Bastidores do mundo dos negócios

Oi busca financiamento de R$ 1,5 bilhão para ganhar fôlego


Empresa dará como garantias ações da V.tal e diversos imóveis espalhados pelo País

Por Cynthia Decloedt, Cristiane Barbieri e Altamiro Silva Junior
A Oi pretendia vender a Oi Fibra por R$ 7,3 bilhões, mas o negócio foi fechado por R$ 5,3 bilhões Foto: Marcos Arcoverde/Estadão - 10/09/2016

A Oi, em recuperação judicial, está em busca de um novo financiamento no valor de R$ 1,5 bilhão para dar um respiro ao caixa, após o seu plano de recuperação não andar como inicialmente esperado. A Coluna apurou que as conversas para levantar recursos envolvem os bancos Citi e Houlihan Lockey, e a assessoria financeira Moelis. Esta última com o papel de atrair fundos de investimento dispostos a fazer aportes de recursos. A Houlihan também representa os credores que têm títulos de dívida emitidos no exterior pela tele, os chamados bondholders.

Em troca do empréstimo, a Oi dará como garantias ações que tem na empresa de infraestrutura de redes V.tal até o limite de US$ 100 milhões e diversos imóveis espalhados pelo País. A tomada de mais um financiamento já estava prevista no plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em abril.

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Nos últimos meses, porém, algumas medidas saíram diferente do esperado. A Oi pretendia obter R$ 7,3 bilhões com a venda do seu negócio de banda larga, a Oi Fibra, mas o negócio foi fechado por R$ 5,3 bilhões, numa operação de troca de ações e perdão de dívida, sem pagamento em dinheiro. Com isso, a Oi descontinuou as projeções para seu fluxo de caixa que haviam sido divulgadas à véspera da votação do novo plano de recuperação, em fevereiro.

Pelo plano, os bondholders serão, na prática, os controladores da empresa com a conversão de seus títulos em capital da companhia. À época do fechamento do acordo, eles tinham R$ 9,4 bilhões em créditos com a Oi. Os maiores bondholders eram as gestoras Pimco, Ashmore e Marathon.

Dinheiro em caixa vem encolhendo

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Os documentos mais recentes - fornecidos pelos administradores judiciais - mostram que o dinheiro em caixa vem encolhendo: era de R$ 1,9 bilhão em maio, R$ 1,57 bilhão em junho e R$ 1,39 bilhão em julho. Outro ponto que está pesando para a Oi tem sido a demora na conclusão do processo que encerra a concessão de telefonia fixa e livra a operadora de continuar arcando com a manutenção de um serviço cujo faturamento é decadente e dá prejuízos sequenciais.

Em junho de 2023, a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passaram a negociar um acordo para por fim à concessão, sob mediação do Tribunal de Contas da União (TCU). O acordo só saiu 13 meses depois, em julho e 2024. Ainda foi preciso esperar mais dois meses para obter aval da Advocacia Geral da União (AGU), em setembro.

O processo então foi para deliberação do conselho diretor da Anatel, mas o tema está parado lá há um mês devido a pendências de documentos e garantias financeiras. A Coluna apurou que o tema foi retirado da pauta da última reunião porque a Oi não havia depositado valores que comprovassem sua capacidade de manter a telefonia fixa nas cidades mais isoladas, conforme pactuado com a Anatel. Procurada, a Oi não comentou. Procuradas, Houlihan Lockey e Moelis não comentaram. O Citi não retornou até a publicação deste texto.

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Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 29/10/2024, às 16:52.

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A Oi pretendia vender a Oi Fibra por R$ 7,3 bilhões, mas o negócio foi fechado por R$ 5,3 bilhões Foto: Marcos Arcoverde/Estadão - 10/09/2016

A Oi, em recuperação judicial, está em busca de um novo financiamento no valor de R$ 1,5 bilhão para dar um respiro ao caixa, após o seu plano de recuperação não andar como inicialmente esperado. A Coluna apurou que as conversas para levantar recursos envolvem os bancos Citi e Houlihan Lockey, e a assessoria financeira Moelis. Esta última com o papel de atrair fundos de investimento dispostos a fazer aportes de recursos. A Houlihan também representa os credores que têm títulos de dívida emitidos no exterior pela tele, os chamados bondholders.

Em troca do empréstimo, a Oi dará como garantias ações que tem na empresa de infraestrutura de redes V.tal até o limite de US$ 100 milhões e diversos imóveis espalhados pelo País. A tomada de mais um financiamento já estava prevista no plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em abril.

Nos últimos meses, porém, algumas medidas saíram diferente do esperado. A Oi pretendia obter R$ 7,3 bilhões com a venda do seu negócio de banda larga, a Oi Fibra, mas o negócio foi fechado por R$ 5,3 bilhões, numa operação de troca de ações e perdão de dívida, sem pagamento em dinheiro. Com isso, a Oi descontinuou as projeções para seu fluxo de caixa que haviam sido divulgadas à véspera da votação do novo plano de recuperação, em fevereiro.

Pelo plano, os bondholders serão, na prática, os controladores da empresa com a conversão de seus títulos em capital da companhia. À época do fechamento do acordo, eles tinham R$ 9,4 bilhões em créditos com a Oi. Os maiores bondholders eram as gestoras Pimco, Ashmore e Marathon.

Dinheiro em caixa vem encolhendo

Os documentos mais recentes - fornecidos pelos administradores judiciais - mostram que o dinheiro em caixa vem encolhendo: era de R$ 1,9 bilhão em maio, R$ 1,57 bilhão em junho e R$ 1,39 bilhão em julho. Outro ponto que está pesando para a Oi tem sido a demora na conclusão do processo que encerra a concessão de telefonia fixa e livra a operadora de continuar arcando com a manutenção de um serviço cujo faturamento é decadente e dá prejuízos sequenciais.

Em junho de 2023, a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passaram a negociar um acordo para por fim à concessão, sob mediação do Tribunal de Contas da União (TCU). O acordo só saiu 13 meses depois, em julho e 2024. Ainda foi preciso esperar mais dois meses para obter aval da Advocacia Geral da União (AGU), em setembro.

O processo então foi para deliberação do conselho diretor da Anatel, mas o tema está parado lá há um mês devido a pendências de documentos e garantias financeiras. A Coluna apurou que o tema foi retirado da pauta da última reunião porque a Oi não havia depositado valores que comprovassem sua capacidade de manter a telefonia fixa nas cidades mais isoladas, conforme pactuado com a Anatel. Procurada, a Oi não comentou. Procuradas, Houlihan Lockey e Moelis não comentaram. O Citi não retornou até a publicação deste texto.

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Em troca do empréstimo, a Oi dará como garantias ações que tem na empresa de infraestrutura de redes V.tal até o limite de US$ 100 milhões e diversos imóveis espalhados pelo País. A tomada de mais um financiamento já estava prevista no plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em abril.

Nos últimos meses, porém, algumas medidas saíram diferente do esperado. A Oi pretendia obter R$ 7,3 bilhões com a venda do seu negócio de banda larga, a Oi Fibra, mas o negócio foi fechado por R$ 5,3 bilhões, numa operação de troca de ações e perdão de dívida, sem pagamento em dinheiro. Com isso, a Oi descontinuou as projeções para seu fluxo de caixa que haviam sido divulgadas à véspera da votação do novo plano de recuperação, em fevereiro.

Pelo plano, os bondholders serão, na prática, os controladores da empresa com a conversão de seus títulos em capital da companhia. À época do fechamento do acordo, eles tinham R$ 9,4 bilhões em créditos com a Oi. Os maiores bondholders eram as gestoras Pimco, Ashmore e Marathon.

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Em junho de 2023, a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passaram a negociar um acordo para por fim à concessão, sob mediação do Tribunal de Contas da União (TCU). O acordo só saiu 13 meses depois, em julho e 2024. Ainda foi preciso esperar mais dois meses para obter aval da Advocacia Geral da União (AGU), em setembro.

O processo então foi para deliberação do conselho diretor da Anatel, mas o tema está parado lá há um mês devido a pendências de documentos e garantias financeiras. A Coluna apurou que o tema foi retirado da pauta da última reunião porque a Oi não havia depositado valores que comprovassem sua capacidade de manter a telefonia fixa nas cidades mais isoladas, conforme pactuado com a Anatel. Procurada, a Oi não comentou. Procuradas, Houlihan Lockey e Moelis não comentaram. O Citi não retornou até a publicação deste texto.

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Em junho de 2023, a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passaram a negociar um acordo para por fim à concessão, sob mediação do Tribunal de Contas da União (TCU). O acordo só saiu 13 meses depois, em julho e 2024. Ainda foi preciso esperar mais dois meses para obter aval da Advocacia Geral da União (AGU), em setembro.

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