Bastidores do mundo dos negócios

Oi estuda venda ou ajuste em TV por assinatura após Sky desistir da compra


Tele decidiu encerrar a plataforma que reunia serviços de streaming e TV por internet

Por Circe Bonatelli
Serviço deve compor plano de recuperação judicial. Foto: Nacho Doce/Reuters Foto: Nacho Doce/Reuters / undefined

A Oi está analisando opções sobre o que fazer com a sua TV por assinatura com transmissão por satélite (tecnologia chamada de DTH) após a Sky ter desistido da compra dessa operação. A Coluna apurou que a Oi está tentando otimizar o negócio de televisão enquanto estuda alternativas para compor o seu plano de recuperação judicial. Um caminho é buscar novos compradores da operação. Outra via seria a manutenção da operação remodelada, segundo fontes. Paralelamente, a Oi decidiu encerrar a plataforma que reunia serviços de streaming e TV por internet, a Oi Play, em meio a uma competição acirrada neste segmento.

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Os assinantes foram informados nas últimas semanas que a Oi Play funcionará só até 31 de dezembro. O acordo firmado entre Oi e Sky em abril de 2022 previa a transferência da base de clientes DTH da Oi para a Sky, além da prestação de serviços relacionados à infraestrutura da operação para a Sky. Pelo acordo acertado, a Oi deveria receber em torno de R$ 790 milhões - valor que seria usado no abatimento de dívidas da tele, conforme previsto no seu primeiro plano de recuperação judicial. Mas o negócio não prosperou.

A Oi comunicou em outubro de 2023 a rescisão unilateral por parte da Sky, e a tele vem buscando desde então a cobrança de um pênalti pelo distrato. “As empresas seguem a discussão da quebra de contrato. O negócio com a Sky certamente não acontecerá”, afirmou uma fonte envolvida nas negociações.

Procurada, a Sky declinou de comentar.

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Tele está em busca de eficiência

A Oi informou que, como parte do seu plano de transformação, vem tomando medidas para intensificar a eficiência operacional, melhorar a estrutura de custos e refletir o novo perfil da companhia, mais leve e digital, e voltada principalmente para a expansão da fibra ótica e para o desenvolvimento de serviços mais aderentes às necessidades de seus clientes. Nesse sentido, deu início a um processo de desativação de alguns produtos, como o Oi Play, conforme tendência de mercado de desintermediação da distribuição de conteúdo.

A tele acrescentou que mantém a estratégia de parceria com marcas fortes de conteúdo, entre elas GloboPlay, HBO Max e Paramount+. A TV por assinatura satelital aparece no balanço da Oi como “operação descontinuada e/ou classificada para venda”. Esse braço gerou uma receita de R$ 801 milhões entre janeiro e setembro de 2023, o que representou recuo de 15,4% na comparação com os mesmos meses de 2022.

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A redução foi reflexo direto da perda de clientes e da migração dos consumidores para os serviços de vídeo por streaming. A ainda Oi tem 1,8 milhão de clientes de TV paga, atrás da Sky, com 3,5 milhões, e a Claro, com 5,5 milhões, de acordo com ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atualizado até outubro. Vale lembrar que o plano de recuperação judicial da Oi inclui também a venda da base de clientes de banda larga.

O processo já está em andamento e vem sendo conduzido pelos bancos Citi e BTG PActual. Segundo fontes, o negócio atraiu interesse das outras grandes teles nacionais, bem como dos provedores regionais de internet. Na próxima fase desse processo, a Oi vai receber as primeiras propostas não vinculantes e, numa segunda fase, avançar para as propostas vinculantes dos interessados mais bem qualificados.

Serviço deve compor plano de recuperação judicial. Foto: Nacho Doce/Reuters Foto: Nacho Doce/Reuters / undefined

A Oi está analisando opções sobre o que fazer com a sua TV por assinatura com transmissão por satélite (tecnologia chamada de DTH) após a Sky ter desistido da compra dessa operação. A Coluna apurou que a Oi está tentando otimizar o negócio de televisão enquanto estuda alternativas para compor o seu plano de recuperação judicial. Um caminho é buscar novos compradores da operação. Outra via seria a manutenção da operação remodelada, segundo fontes. Paralelamente, a Oi decidiu encerrar a plataforma que reunia serviços de streaming e TV por internet, a Oi Play, em meio a uma competição acirrada neste segmento.

Os assinantes foram informados nas últimas semanas que a Oi Play funcionará só até 31 de dezembro. O acordo firmado entre Oi e Sky em abril de 2022 previa a transferência da base de clientes DTH da Oi para a Sky, além da prestação de serviços relacionados à infraestrutura da operação para a Sky. Pelo acordo acertado, a Oi deveria receber em torno de R$ 790 milhões - valor que seria usado no abatimento de dívidas da tele, conforme previsto no seu primeiro plano de recuperação judicial. Mas o negócio não prosperou.

A Oi comunicou em outubro de 2023 a rescisão unilateral por parte da Sky, e a tele vem buscando desde então a cobrança de um pênalti pelo distrato. “As empresas seguem a discussão da quebra de contrato. O negócio com a Sky certamente não acontecerá”, afirmou uma fonte envolvida nas negociações.

Procurada, a Sky declinou de comentar.

Tele está em busca de eficiência

A Oi informou que, como parte do seu plano de transformação, vem tomando medidas para intensificar a eficiência operacional, melhorar a estrutura de custos e refletir o novo perfil da companhia, mais leve e digital, e voltada principalmente para a expansão da fibra ótica e para o desenvolvimento de serviços mais aderentes às necessidades de seus clientes. Nesse sentido, deu início a um processo de desativação de alguns produtos, como o Oi Play, conforme tendência de mercado de desintermediação da distribuição de conteúdo.

A tele acrescentou que mantém a estratégia de parceria com marcas fortes de conteúdo, entre elas GloboPlay, HBO Max e Paramount+. A TV por assinatura satelital aparece no balanço da Oi como “operação descontinuada e/ou classificada para venda”. Esse braço gerou uma receita de R$ 801 milhões entre janeiro e setembro de 2023, o que representou recuo de 15,4% na comparação com os mesmos meses de 2022.

A redução foi reflexo direto da perda de clientes e da migração dos consumidores para os serviços de vídeo por streaming. A ainda Oi tem 1,8 milhão de clientes de TV paga, atrás da Sky, com 3,5 milhões, e a Claro, com 5,5 milhões, de acordo com ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atualizado até outubro. Vale lembrar que o plano de recuperação judicial da Oi inclui também a venda da base de clientes de banda larga.

O processo já está em andamento e vem sendo conduzido pelos bancos Citi e BTG PActual. Segundo fontes, o negócio atraiu interesse das outras grandes teles nacionais, bem como dos provedores regionais de internet. Na próxima fase desse processo, a Oi vai receber as primeiras propostas não vinculantes e, numa segunda fase, avançar para as propostas vinculantes dos interessados mais bem qualificados.

Serviço deve compor plano de recuperação judicial. Foto: Nacho Doce/Reuters Foto: Nacho Doce/Reuters / undefined

A Oi está analisando opções sobre o que fazer com a sua TV por assinatura com transmissão por satélite (tecnologia chamada de DTH) após a Sky ter desistido da compra dessa operação. A Coluna apurou que a Oi está tentando otimizar o negócio de televisão enquanto estuda alternativas para compor o seu plano de recuperação judicial. Um caminho é buscar novos compradores da operação. Outra via seria a manutenção da operação remodelada, segundo fontes. Paralelamente, a Oi decidiu encerrar a plataforma que reunia serviços de streaming e TV por internet, a Oi Play, em meio a uma competição acirrada neste segmento.

Os assinantes foram informados nas últimas semanas que a Oi Play funcionará só até 31 de dezembro. O acordo firmado entre Oi e Sky em abril de 2022 previa a transferência da base de clientes DTH da Oi para a Sky, além da prestação de serviços relacionados à infraestrutura da operação para a Sky. Pelo acordo acertado, a Oi deveria receber em torno de R$ 790 milhões - valor que seria usado no abatimento de dívidas da tele, conforme previsto no seu primeiro plano de recuperação judicial. Mas o negócio não prosperou.

A Oi comunicou em outubro de 2023 a rescisão unilateral por parte da Sky, e a tele vem buscando desde então a cobrança de um pênalti pelo distrato. “As empresas seguem a discussão da quebra de contrato. O negócio com a Sky certamente não acontecerá”, afirmou uma fonte envolvida nas negociações.

Procurada, a Sky declinou de comentar.

Tele está em busca de eficiência

A Oi informou que, como parte do seu plano de transformação, vem tomando medidas para intensificar a eficiência operacional, melhorar a estrutura de custos e refletir o novo perfil da companhia, mais leve e digital, e voltada principalmente para a expansão da fibra ótica e para o desenvolvimento de serviços mais aderentes às necessidades de seus clientes. Nesse sentido, deu início a um processo de desativação de alguns produtos, como o Oi Play, conforme tendência de mercado de desintermediação da distribuição de conteúdo.

A tele acrescentou que mantém a estratégia de parceria com marcas fortes de conteúdo, entre elas GloboPlay, HBO Max e Paramount+. A TV por assinatura satelital aparece no balanço da Oi como “operação descontinuada e/ou classificada para venda”. Esse braço gerou uma receita de R$ 801 milhões entre janeiro e setembro de 2023, o que representou recuo de 15,4% na comparação com os mesmos meses de 2022.

A redução foi reflexo direto da perda de clientes e da migração dos consumidores para os serviços de vídeo por streaming. A ainda Oi tem 1,8 milhão de clientes de TV paga, atrás da Sky, com 3,5 milhões, e a Claro, com 5,5 milhões, de acordo com ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atualizado até outubro. Vale lembrar que o plano de recuperação judicial da Oi inclui também a venda da base de clientes de banda larga.

O processo já está em andamento e vem sendo conduzido pelos bancos Citi e BTG PActual. Segundo fontes, o negócio atraiu interesse das outras grandes teles nacionais, bem como dos provedores regionais de internet. Na próxima fase desse processo, a Oi vai receber as primeiras propostas não vinculantes e, numa segunda fase, avançar para as propostas vinculantes dos interessados mais bem qualificados.

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