Bastidores do mundo dos negócios

Oi prepara cisão do grupo, com nova empresa da fibra e busca de sócios


Ideia da segregação é abrir caminho para a Oi Fibra receber investimentos e expandir mais fortemente as operações

Por Circe Bonatelli
Recuperação judicial da Oi foi concluída, mas empresa ainda tem R$ 22 bi em dívidas a serem quitadas Foto: WERTHER SANTANA/ ESTADAO

A Oi está preparando a separação da Oi Fibra em uma nova empresa independente que poderá contar com sócios em um futuro próximo, conforme apurou a Coluna. A Oi Fibra é o braço que presta o serviço de banda larga e se tornou a principal fonte de lucro do grupo após o desmembramento das operações nos últimos anos, com vendas de ativos importantes para o pagamento de dívidas do processo de recuperação judicial.

O projeto prevê a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os ativos da Oi Fibra. Entrarão aí: a base de clientes, os canais de comunicação, vendas e atendimento, e os sistemas para prestação do serviço de banda larga.

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Atração de sócios e abertura de capital estão no radar

A ideia da segregação é abrir caminho para a Oi Fibra receber investimentos e expandir mais fortemente as operações, segundo fontes envolvidas no processo. Isso poderá acontecer por meio da atração de sócios, abertura de capital em Bolsa e/ou participação em fusões e aquisições, por exemplo, de acordo com as fontes. Nesse desenho, a Oi quer ficar com 70% de participação da ClientCo.

Nova empresa ficará com o ‘filé'

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A nova empresa está sendo concebida para receber só os ativos da Oi Fibra, que são o verdadeiro “filé” do grupo. A Oi Fibra gerou um lucro operacional estimado de R$ 238 milhões em 2022 e tem previsão de alcançar R$ 1,6 bilhão em 2024 - de acordo com projeções compartilhadas pela companhia nesta semana. Entretanto, ainda exige investimentos expressivos, mas o grupo tem pouco dinheiro em caixa para sustentar os aportes.

Já o “osso” permanecerá dentro da Oi. Trata-se da unidade de negócio mais problemática, que carrega a concessão de telefonia fixa e o serviço de TV por assinatura, além das subsidiárias de manutenção de redes e call center. Aqui houve prejuízo operacional estimado de R$ 92 milhões em 2022, e a previsão é de consumir bem mais de R$ 1 bilhão de caixa nos próximos dois anos.

A outra unidade remanescente e que permanecerá dentro da companhia é a Oi Soluções, braço de serviços de tecnologia da informação e conectividade para empresas. Essa é uma atividade no azul, compensando os problemas gerados pelo negócio de telefonia fixa. A Oi Soluções teve lucro operacional estimado de R$ 640 milhões em 2022 e não tem necessidade de grandes investimentos, contribuindo para geração de caixa.

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Com dívida bilionária, Oi volta a negociar com credores

A Oi concluiu a recuperação judicial em dezembro, após seis anos de tratativas. Mas ainda restam cerca de R$ 22 bilhões de dívidas a serem quitadas, o que fez a operadora voltar à mesa de negociação com credores para repactuar os vencimentos. Nesta semana, a Oi tornou pública uma proposta que está em negociação com credores e prevê a injeção de mais US$ 1 bilhão para dar fôlego à operadora no curto prazo.

O desenho da ClientCo também passará pela definição sobre o que fazer com as dívidas atuais do grupo. Segundo fontes, a ideia é que as dívidas fiquem no grupo original, mas não se descarta levar um pedaço para a nova empresa. Tanto é que na proposta em discussão com credores, foi oferecido a eles o direito à conversão da maior parte das dívidas em ações da ClientCo, não ultrapassando uma fatia de 30% de participação.

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Procurada, a Oi não fez comentários.

Se confirmada a criação da ClientCo, esse processo será semelhante ao que já aconteceu com a V.tal. A empresa era parte da Oi, englobando as redes de fibra ótica. A companhia fez a cisão dos ativos dando origem a uma nova empresa, cujo controle foi vendido para fundos detidos pelo BTG Pactual, enquanto a Oi ficou com uma porção minoritária.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 04/01/2023, às 16h35

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Recuperação judicial da Oi foi concluída, mas empresa ainda tem R$ 22 bi em dívidas a serem quitadas Foto: WERTHER SANTANA/ ESTADAO

A Oi está preparando a separação da Oi Fibra em uma nova empresa independente que poderá contar com sócios em um futuro próximo, conforme apurou a Coluna. A Oi Fibra é o braço que presta o serviço de banda larga e se tornou a principal fonte de lucro do grupo após o desmembramento das operações nos últimos anos, com vendas de ativos importantes para o pagamento de dívidas do processo de recuperação judicial.

O projeto prevê a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os ativos da Oi Fibra. Entrarão aí: a base de clientes, os canais de comunicação, vendas e atendimento, e os sistemas para prestação do serviço de banda larga.

Atração de sócios e abertura de capital estão no radar

A ideia da segregação é abrir caminho para a Oi Fibra receber investimentos e expandir mais fortemente as operações, segundo fontes envolvidas no processo. Isso poderá acontecer por meio da atração de sócios, abertura de capital em Bolsa e/ou participação em fusões e aquisições, por exemplo, de acordo com as fontes. Nesse desenho, a Oi quer ficar com 70% de participação da ClientCo.

Nova empresa ficará com o ‘filé'

A nova empresa está sendo concebida para receber só os ativos da Oi Fibra, que são o verdadeiro “filé” do grupo. A Oi Fibra gerou um lucro operacional estimado de R$ 238 milhões em 2022 e tem previsão de alcançar R$ 1,6 bilhão em 2024 - de acordo com projeções compartilhadas pela companhia nesta semana. Entretanto, ainda exige investimentos expressivos, mas o grupo tem pouco dinheiro em caixa para sustentar os aportes.

Já o “osso” permanecerá dentro da Oi. Trata-se da unidade de negócio mais problemática, que carrega a concessão de telefonia fixa e o serviço de TV por assinatura, além das subsidiárias de manutenção de redes e call center. Aqui houve prejuízo operacional estimado de R$ 92 milhões em 2022, e a previsão é de consumir bem mais de R$ 1 bilhão de caixa nos próximos dois anos.

A outra unidade remanescente e que permanecerá dentro da companhia é a Oi Soluções, braço de serviços de tecnologia da informação e conectividade para empresas. Essa é uma atividade no azul, compensando os problemas gerados pelo negócio de telefonia fixa. A Oi Soluções teve lucro operacional estimado de R$ 640 milhões em 2022 e não tem necessidade de grandes investimentos, contribuindo para geração de caixa.

Com dívida bilionária, Oi volta a negociar com credores

A Oi concluiu a recuperação judicial em dezembro, após seis anos de tratativas. Mas ainda restam cerca de R$ 22 bilhões de dívidas a serem quitadas, o que fez a operadora voltar à mesa de negociação com credores para repactuar os vencimentos. Nesta semana, a Oi tornou pública uma proposta que está em negociação com credores e prevê a injeção de mais US$ 1 bilhão para dar fôlego à operadora no curto prazo.

O desenho da ClientCo também passará pela definição sobre o que fazer com as dívidas atuais do grupo. Segundo fontes, a ideia é que as dívidas fiquem no grupo original, mas não se descarta levar um pedaço para a nova empresa. Tanto é que na proposta em discussão com credores, foi oferecido a eles o direito à conversão da maior parte das dívidas em ações da ClientCo, não ultrapassando uma fatia de 30% de participação.

Procurada, a Oi não fez comentários.

Se confirmada a criação da ClientCo, esse processo será semelhante ao que já aconteceu com a V.tal. A empresa era parte da Oi, englobando as redes de fibra ótica. A companhia fez a cisão dos ativos dando origem a uma nova empresa, cujo controle foi vendido para fundos detidos pelo BTG Pactual, enquanto a Oi ficou com uma porção minoritária.

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O projeto prevê a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os ativos da Oi Fibra. Entrarão aí: a base de clientes, os canais de comunicação, vendas e atendimento, e os sistemas para prestação do serviço de banda larga.

Atração de sócios e abertura de capital estão no radar

A ideia da segregação é abrir caminho para a Oi Fibra receber investimentos e expandir mais fortemente as operações, segundo fontes envolvidas no processo. Isso poderá acontecer por meio da atração de sócios, abertura de capital em Bolsa e/ou participação em fusões e aquisições, por exemplo, de acordo com as fontes. Nesse desenho, a Oi quer ficar com 70% de participação da ClientCo.

Nova empresa ficará com o ‘filé'

A nova empresa está sendo concebida para receber só os ativos da Oi Fibra, que são o verdadeiro “filé” do grupo. A Oi Fibra gerou um lucro operacional estimado de R$ 238 milhões em 2022 e tem previsão de alcançar R$ 1,6 bilhão em 2024 - de acordo com projeções compartilhadas pela companhia nesta semana. Entretanto, ainda exige investimentos expressivos, mas o grupo tem pouco dinheiro em caixa para sustentar os aportes.

Já o “osso” permanecerá dentro da Oi. Trata-se da unidade de negócio mais problemática, que carrega a concessão de telefonia fixa e o serviço de TV por assinatura, além das subsidiárias de manutenção de redes e call center. Aqui houve prejuízo operacional estimado de R$ 92 milhões em 2022, e a previsão é de consumir bem mais de R$ 1 bilhão de caixa nos próximos dois anos.

A outra unidade remanescente e que permanecerá dentro da companhia é a Oi Soluções, braço de serviços de tecnologia da informação e conectividade para empresas. Essa é uma atividade no azul, compensando os problemas gerados pelo negócio de telefonia fixa. A Oi Soluções teve lucro operacional estimado de R$ 640 milhões em 2022 e não tem necessidade de grandes investimentos, contribuindo para geração de caixa.

Com dívida bilionária, Oi volta a negociar com credores

A Oi concluiu a recuperação judicial em dezembro, após seis anos de tratativas. Mas ainda restam cerca de R$ 22 bilhões de dívidas a serem quitadas, o que fez a operadora voltar à mesa de negociação com credores para repactuar os vencimentos. Nesta semana, a Oi tornou pública uma proposta que está em negociação com credores e prevê a injeção de mais US$ 1 bilhão para dar fôlego à operadora no curto prazo.

O desenho da ClientCo também passará pela definição sobre o que fazer com as dívidas atuais do grupo. Segundo fontes, a ideia é que as dívidas fiquem no grupo original, mas não se descarta levar um pedaço para a nova empresa. Tanto é que na proposta em discussão com credores, foi oferecido a eles o direito à conversão da maior parte das dívidas em ações da ClientCo, não ultrapassando uma fatia de 30% de participação.

Procurada, a Oi não fez comentários.

Se confirmada a criação da ClientCo, esse processo será semelhante ao que já aconteceu com a V.tal. A empresa era parte da Oi, englobando as redes de fibra ótica. A companhia fez a cisão dos ativos dando origem a uma nova empresa, cujo controle foi vendido para fundos detidos pelo BTG Pactual, enquanto a Oi ficou com uma porção minoritária.

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O projeto prevê a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os ativos da Oi Fibra. Entrarão aí: a base de clientes, os canais de comunicação, vendas e atendimento, e os sistemas para prestação do serviço de banda larga.

Atração de sócios e abertura de capital estão no radar

A ideia da segregação é abrir caminho para a Oi Fibra receber investimentos e expandir mais fortemente as operações, segundo fontes envolvidas no processo. Isso poderá acontecer por meio da atração de sócios, abertura de capital em Bolsa e/ou participação em fusões e aquisições, por exemplo, de acordo com as fontes. Nesse desenho, a Oi quer ficar com 70% de participação da ClientCo.

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A nova empresa está sendo concebida para receber só os ativos da Oi Fibra, que são o verdadeiro “filé” do grupo. A Oi Fibra gerou um lucro operacional estimado de R$ 238 milhões em 2022 e tem previsão de alcançar R$ 1,6 bilhão em 2024 - de acordo com projeções compartilhadas pela companhia nesta semana. Entretanto, ainda exige investimentos expressivos, mas o grupo tem pouco dinheiro em caixa para sustentar os aportes.

Já o “osso” permanecerá dentro da Oi. Trata-se da unidade de negócio mais problemática, que carrega a concessão de telefonia fixa e o serviço de TV por assinatura, além das subsidiárias de manutenção de redes e call center. Aqui houve prejuízo operacional estimado de R$ 92 milhões em 2022, e a previsão é de consumir bem mais de R$ 1 bilhão de caixa nos próximos dois anos.

A outra unidade remanescente e que permanecerá dentro da companhia é a Oi Soluções, braço de serviços de tecnologia da informação e conectividade para empresas. Essa é uma atividade no azul, compensando os problemas gerados pelo negócio de telefonia fixa. A Oi Soluções teve lucro operacional estimado de R$ 640 milhões em 2022 e não tem necessidade de grandes investimentos, contribuindo para geração de caixa.

Com dívida bilionária, Oi volta a negociar com credores

A Oi concluiu a recuperação judicial em dezembro, após seis anos de tratativas. Mas ainda restam cerca de R$ 22 bilhões de dívidas a serem quitadas, o que fez a operadora voltar à mesa de negociação com credores para repactuar os vencimentos. Nesta semana, a Oi tornou pública uma proposta que está em negociação com credores e prevê a injeção de mais US$ 1 bilhão para dar fôlego à operadora no curto prazo.

O desenho da ClientCo também passará pela definição sobre o que fazer com as dívidas atuais do grupo. Segundo fontes, a ideia é que as dívidas fiquem no grupo original, mas não se descarta levar um pedaço para a nova empresa. Tanto é que na proposta em discussão com credores, foi oferecido a eles o direito à conversão da maior parte das dívidas em ações da ClientCo, não ultrapassando uma fatia de 30% de participação.

Procurada, a Oi não fez comentários.

Se confirmada a criação da ClientCo, esse processo será semelhante ao que já aconteceu com a V.tal. A empresa era parte da Oi, englobando as redes de fibra ótica. A companhia fez a cisão dos ativos dando origem a uma nova empresa, cujo controle foi vendido para fundos detidos pelo BTG Pactual, enquanto a Oi ficou com uma porção minoritária.

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