Bastidores do mundo dos negócios

Oi procura compradores para imóveis que são últimas ‘joias da coroa’


Consultoria Newmark conduz processo de venda de prédios em Salvador e no Rio de Janeiro

Por Circe Bonatelli
Imóvel da Oi à venda na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, no Rio Foto: Google

A Oi, em recuperação judicial, está se mobilizando para venda de dois prédios, nas cidades do Rio de Janeiro e Salvador, que são apontados como algumas das últimas joias da coroa do acervo imobiliário da companhia. O novo plano de recuperação judicial da tele prevê a arrecadação de até R$ 2,7 bilhões com a venda de centenas de imóveis nos próximos anos, conforme laudo econômico-financeiro elaborado pela consultora EY (antiga Ernest Young).

Essas unidades foram parar nas mãos da empresa durante a privatização das telecomunicações, em 1998, mas muitos deles perderam sua função à medida em que a tecnologia evoluiu. São milhares de imóveis em tamanhos variados e espalhados pelo País. Há desde casinhas para guarda de centrais telefônicas em subúrbios e zonas rurais até prédios inteiros em bairros movimentados. Portanto, podem despertar o interesse de diversos tipos de compradores. O processo de venda de alguns ativos está nas mãos da consultoria Newmark.

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A Coluna apurou com fontes do mercado que, na fila para venda, está um dos prédios do Complexo Itaigara, em Salvador. O edifício tem 12 andares, garagem e área total de 12 mil quadrados. A Oi já não utiliza mais o imóvel, que foi locado para a Caixa Econômica Federal neste ano em um contrato de dez anos. Há uma oferta de R$ 30 milhões na mesa, enviada por family office local.

Outro prédio à venda fica no Rio, na Rua Visconde de Pirajá, quase esquina com a Jangadeiros, área nobre de Ipanema. Trata-se de um imóvel de três andares e garagem, com 6,5 mil metros quadrados de área construída. O local poderia servir para fins comerciais ou ser reformado e destinado a um residencial. Ali, havia expectativa de uma oferta de R$ 80 milhões, mas até agora não apareceram compradores com esse apetite. Há restrições para reforma porque o imóvel é parcialmente tombado e tem uma área de reserva técnica de cabos telefônicos que precisará ser mantida.

A venda de prédios comerciais já vinha sendo explorada pela Oi desde o seu primeiro processo de recuperação judicial. Nesse período, mais de 120 unidades foram alienadas. Ano passado, a tele vendeu, por exemplo, a antiga sede no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, para a gestora HSI por R$ 205 milhões. Este foi considerado o grande imóvel do grupo à venda.

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A maior dificuldade para venda dos imóveis da Oi está na atração de investidores institucionais, uma vez que a maioria deles costuma olhar apenas os prédios de escritórios no Sudeste, especialmente em São Paulo, dando pouca atenção a negócios em outras cidades. O ciclo de subida dos juros também não ajuda, uma vez que muitos investidores preferem ficar na renda fixa a tomar os riscos do setor imobiliário.

Procuradas, a Oi e a Newmark não fizeram comentários.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 15/10/2024 às 15h20

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Imóvel da Oi à venda na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, no Rio Foto: Google

A Oi, em recuperação judicial, está se mobilizando para venda de dois prédios, nas cidades do Rio de Janeiro e Salvador, que são apontados como algumas das últimas joias da coroa do acervo imobiliário da companhia. O novo plano de recuperação judicial da tele prevê a arrecadação de até R$ 2,7 bilhões com a venda de centenas de imóveis nos próximos anos, conforme laudo econômico-financeiro elaborado pela consultora EY (antiga Ernest Young).

Essas unidades foram parar nas mãos da empresa durante a privatização das telecomunicações, em 1998, mas muitos deles perderam sua função à medida em que a tecnologia evoluiu. São milhares de imóveis em tamanhos variados e espalhados pelo País. Há desde casinhas para guarda de centrais telefônicas em subúrbios e zonas rurais até prédios inteiros em bairros movimentados. Portanto, podem despertar o interesse de diversos tipos de compradores. O processo de venda de alguns ativos está nas mãos da consultoria Newmark.

A Coluna apurou com fontes do mercado que, na fila para venda, está um dos prédios do Complexo Itaigara, em Salvador. O edifício tem 12 andares, garagem e área total de 12 mil quadrados. A Oi já não utiliza mais o imóvel, que foi locado para a Caixa Econômica Federal neste ano em um contrato de dez anos. Há uma oferta de R$ 30 milhões na mesa, enviada por family office local.

Outro prédio à venda fica no Rio, na Rua Visconde de Pirajá, quase esquina com a Jangadeiros, área nobre de Ipanema. Trata-se de um imóvel de três andares e garagem, com 6,5 mil metros quadrados de área construída. O local poderia servir para fins comerciais ou ser reformado e destinado a um residencial. Ali, havia expectativa de uma oferta de R$ 80 milhões, mas até agora não apareceram compradores com esse apetite. Há restrições para reforma porque o imóvel é parcialmente tombado e tem uma área de reserva técnica de cabos telefônicos que precisará ser mantida.

A venda de prédios comerciais já vinha sendo explorada pela Oi desde o seu primeiro processo de recuperação judicial. Nesse período, mais de 120 unidades foram alienadas. Ano passado, a tele vendeu, por exemplo, a antiga sede no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, para a gestora HSI por R$ 205 milhões. Este foi considerado o grande imóvel do grupo à venda.

A maior dificuldade para venda dos imóveis da Oi está na atração de investidores institucionais, uma vez que a maioria deles costuma olhar apenas os prédios de escritórios no Sudeste, especialmente em São Paulo, dando pouca atenção a negócios em outras cidades. O ciclo de subida dos juros também não ajuda, uma vez que muitos investidores preferem ficar na renda fixa a tomar os riscos do setor imobiliário.

Procuradas, a Oi e a Newmark não fizeram comentários.

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Imóvel da Oi à venda na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, no Rio Foto: Google

A Oi, em recuperação judicial, está se mobilizando para venda de dois prédios, nas cidades do Rio de Janeiro e Salvador, que são apontados como algumas das últimas joias da coroa do acervo imobiliário da companhia. O novo plano de recuperação judicial da tele prevê a arrecadação de até R$ 2,7 bilhões com a venda de centenas de imóveis nos próximos anos, conforme laudo econômico-financeiro elaborado pela consultora EY (antiga Ernest Young).

Essas unidades foram parar nas mãos da empresa durante a privatização das telecomunicações, em 1998, mas muitos deles perderam sua função à medida em que a tecnologia evoluiu. São milhares de imóveis em tamanhos variados e espalhados pelo País. Há desde casinhas para guarda de centrais telefônicas em subúrbios e zonas rurais até prédios inteiros em bairros movimentados. Portanto, podem despertar o interesse de diversos tipos de compradores. O processo de venda de alguns ativos está nas mãos da consultoria Newmark.

A Coluna apurou com fontes do mercado que, na fila para venda, está um dos prédios do Complexo Itaigara, em Salvador. O edifício tem 12 andares, garagem e área total de 12 mil quadrados. A Oi já não utiliza mais o imóvel, que foi locado para a Caixa Econômica Federal neste ano em um contrato de dez anos. Há uma oferta de R$ 30 milhões na mesa, enviada por family office local.

Outro prédio à venda fica no Rio, na Rua Visconde de Pirajá, quase esquina com a Jangadeiros, área nobre de Ipanema. Trata-se de um imóvel de três andares e garagem, com 6,5 mil metros quadrados de área construída. O local poderia servir para fins comerciais ou ser reformado e destinado a um residencial. Ali, havia expectativa de uma oferta de R$ 80 milhões, mas até agora não apareceram compradores com esse apetite. Há restrições para reforma porque o imóvel é parcialmente tombado e tem uma área de reserva técnica de cabos telefônicos que precisará ser mantida.

A venda de prédios comerciais já vinha sendo explorada pela Oi desde o seu primeiro processo de recuperação judicial. Nesse período, mais de 120 unidades foram alienadas. Ano passado, a tele vendeu, por exemplo, a antiga sede no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, para a gestora HSI por R$ 205 milhões. Este foi considerado o grande imóvel do grupo à venda.

A maior dificuldade para venda dos imóveis da Oi está na atração de investidores institucionais, uma vez que a maioria deles costuma olhar apenas os prédios de escritórios no Sudeste, especialmente em São Paulo, dando pouca atenção a negócios em outras cidades. O ciclo de subida dos juros também não ajuda, uma vez que muitos investidores preferem ficar na renda fixa a tomar os riscos do setor imobiliário.

Procuradas, a Oi e a Newmark não fizeram comentários.

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