Bastidores do mundo dos negócios

Operação da Dock no México está ‘pronta’ e vai pegar carona no ‘nearshoring’, diz CEO


Empresa de infraestrutura bancária já tem 40 clientes no país e aposta em ‘boom’ do setor

Por Matheus Piovesana e Altamiro Silva Junior
Atualização:
'Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos', diz Antonio Soares, da Dock Foto: Divulgação/Dock

A Dock está pronta para surfar a onda dos investimentos externos no México, segunda maior economia da América Latina e que vive um “boom” também no setor financeiro. A empresa brasileira de infraestrutura para produtos e serviços bancários consolidou a operação no país com 40 clientes e quer navegar as oportunidades em que nomes como Nubank e Mercado Pago também estão de olho.

“Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos”, disse ao Broadcast o presidente da Dock, Antonio Soares, durante o Febraban Tech, realizado em São Paulo. “Isso vai impulsionar não só o regulador [bancário], mas também a economia a uma digitalização maior, que vivemos aqui.”

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O país vizinho aos Estados Unidos tem se beneficiado do nearshoring, uma mudança na geopolítica e na cadeia de produção mundial que tem levado as principais potências a preferir negócios com vizinhos alinhados politicamente.

Uma década atrás

A avaliação no setor é que o mundo das finanças do México está pelo menos dez anos atrás do brasileiro em termos de digitalização, mas Soares vai além: compara a relação do mexicano com os bancos à que os brasileiros tinham com o sistema financeiro local nos anos 1980. Além de desconfiar das instituições, o consumidor do México ainda prefere o dinheiro e estabelecimentos comerciais temem aceitar cartões, barreiras que o brasileiro já transpôs com as fintechs e o Pix.

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A Dock vê uma oportunidade na venda de produtos e serviços financeiros por empresas de outros setores, negócio em que tem experiência no Brasil. No México, Walmart, Oxxo e outras varejistas oferecem saques e depósitos, tanto que o próprio Nubank, que tem no país seu segundo maior mercado, fechou um acordo com a rede Soriana para oferecer depósitos na Cuenta Nu.

No México, a Dock ganhou tração com a compra da Cacao, em 2021. Na América Latina, hoje opera em mercados como Colômbia, Chile e Argentina. O Brasil ainda é a maior operação, com cerca de R$ 1 trilhão em operações processadas por ano e clientes que vão da varejista Bemol ao Bradesco, com usos de diferentes produtos.

Mais crédito

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Soares afirmou que no Brasil ainda há um grande espaço para aumentar o crédito às cadeias de produção por meio das chamadas finanças embarcadas, que são a oferta de produtos e serviços bancários por empresas de outros setores. A Dock “constrói” bancos para empresas como a Natura, que dá crédito às consultoras via Natura Pay, entre outras.

Nessa equação, as empresas entram com o capital, e a Dock, com a estrutura e os modelos de análise de crédito. “A Natura sabe o quanto aquela consultora vende e se ela está aumentando as vendas nos últimos 12, 24 meses. Isso, o banco não sabe”, disse o executivo.

Outro segmento que tem procurado este tipo de produto é o de transportadoras, que adiantam parte do valor do frete aos caminhoneiros para que eles possam prestar o serviço.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/06/24, às 13h45.

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'Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos', diz Antonio Soares, da Dock Foto: Divulgação/Dock

A Dock está pronta para surfar a onda dos investimentos externos no México, segunda maior economia da América Latina e que vive um “boom” também no setor financeiro. A empresa brasileira de infraestrutura para produtos e serviços bancários consolidou a operação no país com 40 clientes e quer navegar as oportunidades em que nomes como Nubank e Mercado Pago também estão de olho.

“Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos”, disse ao Broadcast o presidente da Dock, Antonio Soares, durante o Febraban Tech, realizado em São Paulo. “Isso vai impulsionar não só o regulador [bancário], mas também a economia a uma digitalização maior, que vivemos aqui.”

O país vizinho aos Estados Unidos tem se beneficiado do nearshoring, uma mudança na geopolítica e na cadeia de produção mundial que tem levado as principais potências a preferir negócios com vizinhos alinhados politicamente.

Uma década atrás

A avaliação no setor é que o mundo das finanças do México está pelo menos dez anos atrás do brasileiro em termos de digitalização, mas Soares vai além: compara a relação do mexicano com os bancos à que os brasileiros tinham com o sistema financeiro local nos anos 1980. Além de desconfiar das instituições, o consumidor do México ainda prefere o dinheiro e estabelecimentos comerciais temem aceitar cartões, barreiras que o brasileiro já transpôs com as fintechs e o Pix.

A Dock vê uma oportunidade na venda de produtos e serviços financeiros por empresas de outros setores, negócio em que tem experiência no Brasil. No México, Walmart, Oxxo e outras varejistas oferecem saques e depósitos, tanto que o próprio Nubank, que tem no país seu segundo maior mercado, fechou um acordo com a rede Soriana para oferecer depósitos na Cuenta Nu.

No México, a Dock ganhou tração com a compra da Cacao, em 2021. Na América Latina, hoje opera em mercados como Colômbia, Chile e Argentina. O Brasil ainda é a maior operação, com cerca de R$ 1 trilhão em operações processadas por ano e clientes que vão da varejista Bemol ao Bradesco, com usos de diferentes produtos.

Mais crédito

Soares afirmou que no Brasil ainda há um grande espaço para aumentar o crédito às cadeias de produção por meio das chamadas finanças embarcadas, que são a oferta de produtos e serviços bancários por empresas de outros setores. A Dock “constrói” bancos para empresas como a Natura, que dá crédito às consultoras via Natura Pay, entre outras.

Nessa equação, as empresas entram com o capital, e a Dock, com a estrutura e os modelos de análise de crédito. “A Natura sabe o quanto aquela consultora vende e se ela está aumentando as vendas nos últimos 12, 24 meses. Isso, o banco não sabe”, disse o executivo.

Outro segmento que tem procurado este tipo de produto é o de transportadoras, que adiantam parte do valor do frete aos caminhoneiros para que eles possam prestar o serviço.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/06/24, às 13h45.

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A Dock está pronta para surfar a onda dos investimentos externos no México, segunda maior economia da América Latina e que vive um “boom” também no setor financeiro. A empresa brasileira de infraestrutura para produtos e serviços bancários consolidou a operação no país com 40 clientes e quer navegar as oportunidades em que nomes como Nubank e Mercado Pago também estão de olho.

“Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos”, disse ao Broadcast o presidente da Dock, Antonio Soares, durante o Febraban Tech, realizado em São Paulo. “Isso vai impulsionar não só o regulador [bancário], mas também a economia a uma digitalização maior, que vivemos aqui.”

O país vizinho aos Estados Unidos tem se beneficiado do nearshoring, uma mudança na geopolítica e na cadeia de produção mundial que tem levado as principais potências a preferir negócios com vizinhos alinhados politicamente.

Uma década atrás

A avaliação no setor é que o mundo das finanças do México está pelo menos dez anos atrás do brasileiro em termos de digitalização, mas Soares vai além: compara a relação do mexicano com os bancos à que os brasileiros tinham com o sistema financeiro local nos anos 1980. Além de desconfiar das instituições, o consumidor do México ainda prefere o dinheiro e estabelecimentos comerciais temem aceitar cartões, barreiras que o brasileiro já transpôs com as fintechs e o Pix.

A Dock vê uma oportunidade na venda de produtos e serviços financeiros por empresas de outros setores, negócio em que tem experiência no Brasil. No México, Walmart, Oxxo e outras varejistas oferecem saques e depósitos, tanto que o próprio Nubank, que tem no país seu segundo maior mercado, fechou um acordo com a rede Soriana para oferecer depósitos na Cuenta Nu.

No México, a Dock ganhou tração com a compra da Cacao, em 2021. Na América Latina, hoje opera em mercados como Colômbia, Chile e Argentina. O Brasil ainda é a maior operação, com cerca de R$ 1 trilhão em operações processadas por ano e clientes que vão da varejista Bemol ao Bradesco, com usos de diferentes produtos.

Mais crédito

Soares afirmou que no Brasil ainda há um grande espaço para aumentar o crédito às cadeias de produção por meio das chamadas finanças embarcadas, que são a oferta de produtos e serviços bancários por empresas de outros setores. A Dock “constrói” bancos para empresas como a Natura, que dá crédito às consultoras via Natura Pay, entre outras.

Nessa equação, as empresas entram com o capital, e a Dock, com a estrutura e os modelos de análise de crédito. “A Natura sabe o quanto aquela consultora vende e se ela está aumentando as vendas nos últimos 12, 24 meses. Isso, o banco não sabe”, disse o executivo.

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“Acredito que o México vai avançar, porque vai receber muitos investimentos dos Estados Unidos”, disse ao Broadcast o presidente da Dock, Antonio Soares, durante o Febraban Tech, realizado em São Paulo. “Isso vai impulsionar não só o regulador [bancário], mas também a economia a uma digitalização maior, que vivemos aqui.”

O país vizinho aos Estados Unidos tem se beneficiado do nearshoring, uma mudança na geopolítica e na cadeia de produção mundial que tem levado as principais potências a preferir negócios com vizinhos alinhados politicamente.

Uma década atrás

A avaliação no setor é que o mundo das finanças do México está pelo menos dez anos atrás do brasileiro em termos de digitalização, mas Soares vai além: compara a relação do mexicano com os bancos à que os brasileiros tinham com o sistema financeiro local nos anos 1980. Além de desconfiar das instituições, o consumidor do México ainda prefere o dinheiro e estabelecimentos comerciais temem aceitar cartões, barreiras que o brasileiro já transpôs com as fintechs e o Pix.

A Dock vê uma oportunidade na venda de produtos e serviços financeiros por empresas de outros setores, negócio em que tem experiência no Brasil. No México, Walmart, Oxxo e outras varejistas oferecem saques e depósitos, tanto que o próprio Nubank, que tem no país seu segundo maior mercado, fechou um acordo com a rede Soriana para oferecer depósitos na Cuenta Nu.

No México, a Dock ganhou tração com a compra da Cacao, em 2021. Na América Latina, hoje opera em mercados como Colômbia, Chile e Argentina. O Brasil ainda é a maior operação, com cerca de R$ 1 trilhão em operações processadas por ano e clientes que vão da varejista Bemol ao Bradesco, com usos de diferentes produtos.

Mais crédito

Soares afirmou que no Brasil ainda há um grande espaço para aumentar o crédito às cadeias de produção por meio das chamadas finanças embarcadas, que são a oferta de produtos e serviços bancários por empresas de outros setores. A Dock “constrói” bancos para empresas como a Natura, que dá crédito às consultoras via Natura Pay, entre outras.

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A avaliação no setor é que o mundo das finanças do México está pelo menos dez anos atrás do brasileiro em termos de digitalização, mas Soares vai além: compara a relação do mexicano com os bancos à que os brasileiros tinham com o sistema financeiro local nos anos 1980. Além de desconfiar das instituições, o consumidor do México ainda prefere o dinheiro e estabelecimentos comerciais temem aceitar cartões, barreiras que o brasileiro já transpôs com as fintechs e o Pix.

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No México, a Dock ganhou tração com a compra da Cacao, em 2021. Na América Latina, hoje opera em mercados como Colômbia, Chile e Argentina. O Brasil ainda é a maior operação, com cerca de R$ 1 trilhão em operações processadas por ano e clientes que vão da varejista Bemol ao Bradesco, com usos de diferentes produtos.

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