Bastidores do mundo dos negócios

Ouribank volta ao setor imobiliário e prevê R$ 500 mi em financiamentos


Instituição foi protagonista do mercado de investimentos imobiliários da década de 1990

Por Circe Bonatelli
Atualização:
Jefferson Pavarin, head de Real Estate do Ouribank; empresa já foi protagonista do mercado imobiliário Foto: Divulgação / Ouribank

Após vender as operações voltadas ao setor imobiliário no decorrer da última década, o Ouribank decidiu recolocar os pés nos canteiros. A instituição financeira organizou um time para atuar no financiamento de obras, compra de carteiras de recebíveis e emissão de dívida com garantia de imóveis. A previsão é construir uma carteira na ordem de R$ 500 milhões nos próximos dois a três anos, com foco no atendimento de empresas.

O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi uma protagonista do ainda incipiente mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor ainda carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, em que há diversidade de opções para captação de recursos.

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O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo - o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, o grupo criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.

Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.

A decisão de voltar ao setor se deve à experiência do banco e ao crescimento do mercado de crédito imobiliário. Além disso, as cláusulas de não competição já foram quase todas superadas. “Temos conhecimento, experiência e apetite”, afirma o líder de negócios imobiliários do Ouribank, Jefferson Pavarin, que trabalhou na Brazilian Securities e retornou ao grupo ano passado.

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Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo País. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, aponta o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.

Neste ano, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC); O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP).

Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões. Os contratos são indexados a CDI ou IPCA. “Não estamos entrando nesse mercado para competir com um banco como a Caixa Econômica Federal, com dinheiro subsidiado e escala. Mas seremos bem competitivos”, afirma Politi. “Não vamos perder um bom projeto por taxa”, sintetiza Pavarin.

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Na visão dos executivos, há muitas empresas com balanços consistentes e empreendimentos bem planejados, com boa velocidade de vendas no interior do País, mas que ficam fora do radar de bancos e investidores da Faria Lima. Esses projetos, segundo eles, representam uma grande oportunidade para geração de negócios. O banco conta com um time de dez pessoas na análise de crédito e serviços terceirizados de avaliação de imóveis e monitoramento dos fluxos de pagamento.

Além disso, a instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), no valor em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.

Contato: colunabroadcast@estadao.com

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 23/10/2024 às 11h20

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Jefferson Pavarin, head de Real Estate do Ouribank; empresa já foi protagonista do mercado imobiliário Foto: Divulgação / Ouribank

Após vender as operações voltadas ao setor imobiliário no decorrer da última década, o Ouribank decidiu recolocar os pés nos canteiros. A instituição financeira organizou um time para atuar no financiamento de obras, compra de carteiras de recebíveis e emissão de dívida com garantia de imóveis. A previsão é construir uma carteira na ordem de R$ 500 milhões nos próximos dois a três anos, com foco no atendimento de empresas.

O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi uma protagonista do ainda incipiente mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor ainda carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, em que há diversidade de opções para captação de recursos.

O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo - o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, o grupo criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.

Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.

A decisão de voltar ao setor se deve à experiência do banco e ao crescimento do mercado de crédito imobiliário. Além disso, as cláusulas de não competição já foram quase todas superadas. “Temos conhecimento, experiência e apetite”, afirma o líder de negócios imobiliários do Ouribank, Jefferson Pavarin, que trabalhou na Brazilian Securities e retornou ao grupo ano passado.

Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo País. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, aponta o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.

Neste ano, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC); O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP).

Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões. Os contratos são indexados a CDI ou IPCA. “Não estamos entrando nesse mercado para competir com um banco como a Caixa Econômica Federal, com dinheiro subsidiado e escala. Mas seremos bem competitivos”, afirma Politi. “Não vamos perder um bom projeto por taxa”, sintetiza Pavarin.

Na visão dos executivos, há muitas empresas com balanços consistentes e empreendimentos bem planejados, com boa velocidade de vendas no interior do País, mas que ficam fora do radar de bancos e investidores da Faria Lima. Esses projetos, segundo eles, representam uma grande oportunidade para geração de negócios. O banco conta com um time de dez pessoas na análise de crédito e serviços terceirizados de avaliação de imóveis e monitoramento dos fluxos de pagamento.

Além disso, a instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), no valor em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.

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O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi uma protagonista do ainda incipiente mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor ainda carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, em que há diversidade de opções para captação de recursos.

O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo - o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, o grupo criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.

Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.

A decisão de voltar ao setor se deve à experiência do banco e ao crescimento do mercado de crédito imobiliário. Além disso, as cláusulas de não competição já foram quase todas superadas. “Temos conhecimento, experiência e apetite”, afirma o líder de negócios imobiliários do Ouribank, Jefferson Pavarin, que trabalhou na Brazilian Securities e retornou ao grupo ano passado.

Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo País. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, aponta o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.

Neste ano, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC); O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP).

Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões. Os contratos são indexados a CDI ou IPCA. “Não estamos entrando nesse mercado para competir com um banco como a Caixa Econômica Federal, com dinheiro subsidiado e escala. Mas seremos bem competitivos”, afirma Politi. “Não vamos perder um bom projeto por taxa”, sintetiza Pavarin.

Na visão dos executivos, há muitas empresas com balanços consistentes e empreendimentos bem planejados, com boa velocidade de vendas no interior do País, mas que ficam fora do radar de bancos e investidores da Faria Lima. Esses projetos, segundo eles, representam uma grande oportunidade para geração de negócios. O banco conta com um time de dez pessoas na análise de crédito e serviços terceirizados de avaliação de imóveis e monitoramento dos fluxos de pagamento.

Além disso, a instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), no valor em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.

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O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi uma protagonista do ainda incipiente mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor ainda carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, em que há diversidade de opções para captação de recursos.

O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo - o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, o grupo criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.

Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.

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Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo País. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, aponta o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.

Neste ano, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC); O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP).

Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões. Os contratos são indexados a CDI ou IPCA. “Não estamos entrando nesse mercado para competir com um banco como a Caixa Econômica Federal, com dinheiro subsidiado e escala. Mas seremos bem competitivos”, afirma Politi. “Não vamos perder um bom projeto por taxa”, sintetiza Pavarin.

Na visão dos executivos, há muitas empresas com balanços consistentes e empreendimentos bem planejados, com boa velocidade de vendas no interior do País, mas que ficam fora do radar de bancos e investidores da Faria Lima. Esses projetos, segundo eles, representam uma grande oportunidade para geração de negócios. O banco conta com um time de dez pessoas na análise de crédito e serviços terceirizados de avaliação de imóveis e monitoramento dos fluxos de pagamento.

Além disso, a instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), no valor em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.

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