Bastidores do mundo dos negócios

Pedidos de recuperação judicial disparam e devem ter alta de 50% neste ano


Juros altos, inflação persistente e a inesperada seca na oferta de crédito puxaram crescimento nos pedidos no País

Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior

As projeções para o número de pedidos de recuperação judicial previsto para este ano aumentaram. A piora no ambiente macroeconômico, com juros altos, inflação persistente e a inesperada seca na oferta de crédito, após o evento de Americanas e a quebra de bancos no exterior, puxou o crescimento nos pedidos. Nos dois primeiros meses de 2023, os novos pedidos de recuperação judicial subiram para mais de 200. Nesta semana, a cervejaria Petrópolis entrou com pedido de proteção contra credores e a varejista de moda Amaro com um pedido de recuperação extrajudicial - em que a negociação é fechada com uma maioria de credores e os demais são dragados. No mercado, não faltam nomes para engrossar essa lista.

Conta da pandemia chegou

As reestruturações de dívida feitas durante a pandemia, em 2020, tinham vencimento em 2023 e 2024, e já sinalizavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma o sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse, Roberto Zarour. Mas não se previa que a Selic seguisse em patamar elevado.

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Escritórios se preparam para aumento

Nesse ambiente, o próprio escritório resolveu reforçar sua área, com novas contratações, e espera que o número de pedidos supere o ano passado. “A manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial”, diz Zarour.

Para o sócio da Pantálica Partners, Salvatore Milanese, o número de pedidos de recuperação judicial deve subir 50% em relação ao ano passado, uma parte em função do impacto do forte crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das companhias.

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Linha de produção da cervejaria Petrópolis, que pediu recuperação judicial Foto: Valéria Gonçavez/AE

Número pode alcançar recorde do período da Lava Jato

Embora exista a possibilidade de o número de pedidos alcançar o recorde da Lava Jato, quando somaram mais de 1,8 mil em 2016, Zarour, do Lefosse, considera que esse não é um cenário já dado, e é preciso observar os desdobramentos das conversas das empresas com credores.

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Cenário deve estimular fusões e aquisições

Milanese chama a atenção ainda para a perspectiva de um aumento de 30% a 40% nas operações de fusões e aquisições em decorrência desse cenário de dificuldade das empresas. “Na pandemia, drogaram o sistema empresarial”, comentou, citando haver, entre os que se tornaram seus clientes, alguns que tomaram recursos sem efetivamente precisar deles.

Ele afirma que seu escritório de assessoria financeira tem recebido por volta de 15 consultas ao mês para ajudar empresas em dificuldade, contra cinco ou seis no ano passado.

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Só em fevereiro, os pedidos de recuperação judicial cresceram 86% na comparação com o mesmo mês de 2022, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em 2022, foram registrados 833 pedidos.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 30/03/2023, às 15h32

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As projeções para o número de pedidos de recuperação judicial previsto para este ano aumentaram. A piora no ambiente macroeconômico, com juros altos, inflação persistente e a inesperada seca na oferta de crédito, após o evento de Americanas e a quebra de bancos no exterior, puxou o crescimento nos pedidos. Nos dois primeiros meses de 2023, os novos pedidos de recuperação judicial subiram para mais de 200. Nesta semana, a cervejaria Petrópolis entrou com pedido de proteção contra credores e a varejista de moda Amaro com um pedido de recuperação extrajudicial - em que a negociação é fechada com uma maioria de credores e os demais são dragados. No mercado, não faltam nomes para engrossar essa lista.

Conta da pandemia chegou

As reestruturações de dívida feitas durante a pandemia, em 2020, tinham vencimento em 2023 e 2024, e já sinalizavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma o sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse, Roberto Zarour. Mas não se previa que a Selic seguisse em patamar elevado.

Escritórios se preparam para aumento

Nesse ambiente, o próprio escritório resolveu reforçar sua área, com novas contratações, e espera que o número de pedidos supere o ano passado. “A manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial”, diz Zarour.

Para o sócio da Pantálica Partners, Salvatore Milanese, o número de pedidos de recuperação judicial deve subir 50% em relação ao ano passado, uma parte em função do impacto do forte crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das companhias.

Linha de produção da cervejaria Petrópolis, que pediu recuperação judicial Foto: Valéria Gonçavez/AE

Número pode alcançar recorde do período da Lava Jato

Embora exista a possibilidade de o número de pedidos alcançar o recorde da Lava Jato, quando somaram mais de 1,8 mil em 2016, Zarour, do Lefosse, considera que esse não é um cenário já dado, e é preciso observar os desdobramentos das conversas das empresas com credores.

Cenário deve estimular fusões e aquisições

Milanese chama a atenção ainda para a perspectiva de um aumento de 30% a 40% nas operações de fusões e aquisições em decorrência desse cenário de dificuldade das empresas. “Na pandemia, drogaram o sistema empresarial”, comentou, citando haver, entre os que se tornaram seus clientes, alguns que tomaram recursos sem efetivamente precisar deles.

Ele afirma que seu escritório de assessoria financeira tem recebido por volta de 15 consultas ao mês para ajudar empresas em dificuldade, contra cinco ou seis no ano passado.

Só em fevereiro, os pedidos de recuperação judicial cresceram 86% na comparação com o mesmo mês de 2022, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em 2022, foram registrados 833 pedidos.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 30/03/2023, às 15h32

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Conta da pandemia chegou

As reestruturações de dívida feitas durante a pandemia, em 2020, tinham vencimento em 2023 e 2024, e já sinalizavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma o sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse, Roberto Zarour. Mas não se previa que a Selic seguisse em patamar elevado.

Escritórios se preparam para aumento

Nesse ambiente, o próprio escritório resolveu reforçar sua área, com novas contratações, e espera que o número de pedidos supere o ano passado. “A manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial”, diz Zarour.

Para o sócio da Pantálica Partners, Salvatore Milanese, o número de pedidos de recuperação judicial deve subir 50% em relação ao ano passado, uma parte em função do impacto do forte crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das companhias.

Linha de produção da cervejaria Petrópolis, que pediu recuperação judicial Foto: Valéria Gonçavez/AE

Número pode alcançar recorde do período da Lava Jato

Embora exista a possibilidade de o número de pedidos alcançar o recorde da Lava Jato, quando somaram mais de 1,8 mil em 2016, Zarour, do Lefosse, considera que esse não é um cenário já dado, e é preciso observar os desdobramentos das conversas das empresas com credores.

Cenário deve estimular fusões e aquisições

Milanese chama a atenção ainda para a perspectiva de um aumento de 30% a 40% nas operações de fusões e aquisições em decorrência desse cenário de dificuldade das empresas. “Na pandemia, drogaram o sistema empresarial”, comentou, citando haver, entre os que se tornaram seus clientes, alguns que tomaram recursos sem efetivamente precisar deles.

Ele afirma que seu escritório de assessoria financeira tem recebido por volta de 15 consultas ao mês para ajudar empresas em dificuldade, contra cinco ou seis no ano passado.

Só em fevereiro, os pedidos de recuperação judicial cresceram 86% na comparação com o mesmo mês de 2022, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em 2022, foram registrados 833 pedidos.

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Conta da pandemia chegou

As reestruturações de dívida feitas durante a pandemia, em 2020, tinham vencimento em 2023 e 2024, e já sinalizavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma o sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse, Roberto Zarour. Mas não se previa que a Selic seguisse em patamar elevado.

Escritórios se preparam para aumento

Nesse ambiente, o próprio escritório resolveu reforçar sua área, com novas contratações, e espera que o número de pedidos supere o ano passado. “A manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial”, diz Zarour.

Para o sócio da Pantálica Partners, Salvatore Milanese, o número de pedidos de recuperação judicial deve subir 50% em relação ao ano passado, uma parte em função do impacto do forte crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das companhias.

Linha de produção da cervejaria Petrópolis, que pediu recuperação judicial Foto: Valéria Gonçavez/AE

Número pode alcançar recorde do período da Lava Jato

Embora exista a possibilidade de o número de pedidos alcançar o recorde da Lava Jato, quando somaram mais de 1,8 mil em 2016, Zarour, do Lefosse, considera que esse não é um cenário já dado, e é preciso observar os desdobramentos das conversas das empresas com credores.

Cenário deve estimular fusões e aquisições

Milanese chama a atenção ainda para a perspectiva de um aumento de 30% a 40% nas operações de fusões e aquisições em decorrência desse cenário de dificuldade das empresas. “Na pandemia, drogaram o sistema empresarial”, comentou, citando haver, entre os que se tornaram seus clientes, alguns que tomaram recursos sem efetivamente precisar deles.

Ele afirma que seu escritório de assessoria financeira tem recebido por volta de 15 consultas ao mês para ajudar empresas em dificuldade, contra cinco ou seis no ano passado.

Só em fevereiro, os pedidos de recuperação judicial cresceram 86% na comparação com o mesmo mês de 2022, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em 2022, foram registrados 833 pedidos.

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Conta da pandemia chegou

As reestruturações de dívida feitas durante a pandemia, em 2020, tinham vencimento em 2023 e 2024, e já sinalizavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma o sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse, Roberto Zarour. Mas não se previa que a Selic seguisse em patamar elevado.

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Nesse ambiente, o próprio escritório resolveu reforçar sua área, com novas contratações, e espera que o número de pedidos supere o ano passado. “A manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial”, diz Zarour.

Para o sócio da Pantálica Partners, Salvatore Milanese, o número de pedidos de recuperação judicial deve subir 50% em relação ao ano passado, uma parte em função do impacto do forte crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das companhias.

Linha de produção da cervejaria Petrópolis, que pediu recuperação judicial Foto: Valéria Gonçavez/AE

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Embora exista a possibilidade de o número de pedidos alcançar o recorde da Lava Jato, quando somaram mais de 1,8 mil em 2016, Zarour, do Lefosse, considera que esse não é um cenário já dado, e é preciso observar os desdobramentos das conversas das empresas com credores.

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Milanese chama a atenção ainda para a perspectiva de um aumento de 30% a 40% nas operações de fusões e aquisições em decorrência desse cenário de dificuldade das empresas. “Na pandemia, drogaram o sistema empresarial”, comentou, citando haver, entre os que se tornaram seus clientes, alguns que tomaram recursos sem efetivamente precisar deles.

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Só em fevereiro, os pedidos de recuperação judicial cresceram 86% na comparação com o mesmo mês de 2022, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em 2022, foram registrados 833 pedidos.

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