Bastidores do mundo dos negócios

Pessoa física que comprou Petrobras com trava só pode vender dia 23


O investidor do varejo que comprou ações da Petrobras com o chamado "lock-up" (restrição de venda) poderá vender a ação - que pagou a R$ 30 na oferta subsequente (follow on) da petroleira no início de fevereiro - apenas no dia 23 de março. Cerca de 53 mil pessoas físicas participaram do movimento. Cerca de 40 mil deles aceitaram a trava de venda, para terem seus pedidos priorizados. A ação fechou ontem a R$ 16,37 .

Por Fernanda Guimarães

Dois lados. A estrutura divide opiniões no mercado. Os críticos dizem que ela cria assimetria entre os investidores institucionais e as pessoas físicas, que ficam de mãos atadas por não poder vender os papéis e serem obrigadas a olhar a queda das ações "da janela". Os que defendem dizem que o lock-up permite que as pessoas físicas ampliem a participação nos lançamentos de ações. Apesar da polêmica, era um risco grifado no prospecto da oferta. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi o vendedor das ações da petroleira no início de fevereiro, em uma oferta de cerca de R$ 22 bilhões. Com a venda, o lucro para o banco de fomento foi de R$ 4,6 bilhões.

Defesa. A estrutura do "lock-up" foi criada em uma tentativa de separar o investidor pessoa física dos "flipper", como são chamados aqueles que compram papéis nas ofertas, mas os vendem no dia seguinte gerando pressão no preço da ação.

Contato: colunabroadcast@estadao.com

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Defesa. A estrutura do "lock-up" foi criada em uma tentativa de separar o investidor pessoa física dos "flipper", como são chamados aqueles que compram papéis nas ofertas, mas os vendem no dia seguinte gerando pressão no preço da ação.

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