Bastidores do mundo dos negócios

Prédios corporativos de São Paulo têm mais devoluções do que locações em junho


Por Circe Bonatelli
Fintech  cobra taxas de 9,99% nos consórcios vendidos    Foto: Rafael Arbex / Estadão

O mercado de edifícios corporativos classe A de São Paulo teve, em junho, mais áreas devolvidas do que alugadas. A diferença foi de 10,1 mil m², de acordo com levantamento da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Foi o pior mês para o mercado corporativo paulistano em 2020. Até então, havia sido registrada diferença negativa em março - de apenas 1,3 mil m². No acumulado do semestre, houve absorção positiva de 57,5 mil m². O movimento indica que o apetite por escritórios nas regiões nobres esfriou, mas não cessou.

O mês de junho teve dezenas de entradas e saídas, mas duas pesaram negativamente no saldo. O grupo supermercadista Dia desocupou 4 mil m² no edifício Birmann 21 (antiga sede da Editora Abril) na Marginal Pinheiros e se mudou para um imóvel mais barato. A multinacional de agronegócios Monsanto saiu de uma área de 5 mil m² na Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, complexo que fica entre a Berrini e a Marginal Pinheiros.

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Pedidos de renegociação de aluguel têm crescido

O coordenador de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Jadson Andrade, diz que a pandemia começou a pressionar o setor. Empresas em dificuldades financeiras têm pedido renegociação dos valores do aluguel e, aquelas mais apertadas, têm começado a se mudar para endereços mais em conta. Há também estudos envolvendo a adoção do home office por um período prolongado, o que diminui a necessidade de espaços.

Por outro lado, Andrade afirma que esses efeitos negativos ainda são incipientes e limitados. Nessas regiões, a maioria das empresas são grandes e têm caixa para atravessar a crise. Em outros casos, as rescisões nos contratos de locação e as mudanças de endereço são custosas para as inquilinas, por isso não há uma debandada em massa. Além disso, algumas empresas precisam estar em locais nobres para atender clientes e reforçar marcas, mas há poucos imóveis vagos dessa categoria à disposição. Esses fatores ajudam os empreendimentos corporativos a suportarem a crise melhor do que outros setores imobiliários.

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Antigo prédio da Nestlé ficou disponível e aumentou área para aluguel

A taxa de vacância em São Paulo atingiu o patamar mais alto do ano em junho, fechando em 18,2%, ante 16,7% em maio. Além das áreas devolvidas no mês, a quantidade de espaços vagos subiu em decorrência da entrada de novos edifícios no mercado. O River View Corporate Tower (antigo Nestlé Building) terminou de passar por um retrofit e voltou a ficar disponível, agregando ao estoque 43,6 mil m².

Contato: colunabroadcast@estadao.com

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Fintech  cobra taxas de 9,99% nos consórcios vendidos    Foto: Rafael Arbex / Estadão

O mercado de edifícios corporativos classe A de São Paulo teve, em junho, mais áreas devolvidas do que alugadas. A diferença foi de 10,1 mil m², de acordo com levantamento da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Foi o pior mês para o mercado corporativo paulistano em 2020. Até então, havia sido registrada diferença negativa em março - de apenas 1,3 mil m². No acumulado do semestre, houve absorção positiva de 57,5 mil m². O movimento indica que o apetite por escritórios nas regiões nobres esfriou, mas não cessou.

O mês de junho teve dezenas de entradas e saídas, mas duas pesaram negativamente no saldo. O grupo supermercadista Dia desocupou 4 mil m² no edifício Birmann 21 (antiga sede da Editora Abril) na Marginal Pinheiros e se mudou para um imóvel mais barato. A multinacional de agronegócios Monsanto saiu de uma área de 5 mil m² na Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, complexo que fica entre a Berrini e a Marginal Pinheiros.

Pedidos de renegociação de aluguel têm crescido

O coordenador de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Jadson Andrade, diz que a pandemia começou a pressionar o setor. Empresas em dificuldades financeiras têm pedido renegociação dos valores do aluguel e, aquelas mais apertadas, têm começado a se mudar para endereços mais em conta. Há também estudos envolvendo a adoção do home office por um período prolongado, o que diminui a necessidade de espaços.

Por outro lado, Andrade afirma que esses efeitos negativos ainda são incipientes e limitados. Nessas regiões, a maioria das empresas são grandes e têm caixa para atravessar a crise. Em outros casos, as rescisões nos contratos de locação e as mudanças de endereço são custosas para as inquilinas, por isso não há uma debandada em massa. Além disso, algumas empresas precisam estar em locais nobres para atender clientes e reforçar marcas, mas há poucos imóveis vagos dessa categoria à disposição. Esses fatores ajudam os empreendimentos corporativos a suportarem a crise melhor do que outros setores imobiliários.

Antigo prédio da Nestlé ficou disponível e aumentou área para aluguel

A taxa de vacância em São Paulo atingiu o patamar mais alto do ano em junho, fechando em 18,2%, ante 16,7% em maio. Além das áreas devolvidas no mês, a quantidade de espaços vagos subiu em decorrência da entrada de novos edifícios no mercado. O River View Corporate Tower (antigo Nestlé Building) terminou de passar por um retrofit e voltou a ficar disponível, agregando ao estoque 43,6 mil m².

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Fintech  cobra taxas de 9,99% nos consórcios vendidos    Foto: Rafael Arbex / Estadão

O mercado de edifícios corporativos classe A de São Paulo teve, em junho, mais áreas devolvidas do que alugadas. A diferença foi de 10,1 mil m², de acordo com levantamento da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Foi o pior mês para o mercado corporativo paulistano em 2020. Até então, havia sido registrada diferença negativa em março - de apenas 1,3 mil m². No acumulado do semestre, houve absorção positiva de 57,5 mil m². O movimento indica que o apetite por escritórios nas regiões nobres esfriou, mas não cessou.

O mês de junho teve dezenas de entradas e saídas, mas duas pesaram negativamente no saldo. O grupo supermercadista Dia desocupou 4 mil m² no edifício Birmann 21 (antiga sede da Editora Abril) na Marginal Pinheiros e se mudou para um imóvel mais barato. A multinacional de agronegócios Monsanto saiu de uma área de 5 mil m² na Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, complexo que fica entre a Berrini e a Marginal Pinheiros.

Pedidos de renegociação de aluguel têm crescido

O coordenador de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Jadson Andrade, diz que a pandemia começou a pressionar o setor. Empresas em dificuldades financeiras têm pedido renegociação dos valores do aluguel e, aquelas mais apertadas, têm começado a se mudar para endereços mais em conta. Há também estudos envolvendo a adoção do home office por um período prolongado, o que diminui a necessidade de espaços.

Por outro lado, Andrade afirma que esses efeitos negativos ainda são incipientes e limitados. Nessas regiões, a maioria das empresas são grandes e têm caixa para atravessar a crise. Em outros casos, as rescisões nos contratos de locação e as mudanças de endereço são custosas para as inquilinas, por isso não há uma debandada em massa. Além disso, algumas empresas precisam estar em locais nobres para atender clientes e reforçar marcas, mas há poucos imóveis vagos dessa categoria à disposição. Esses fatores ajudam os empreendimentos corporativos a suportarem a crise melhor do que outros setores imobiliários.

Antigo prédio da Nestlé ficou disponível e aumentou área para aluguel

A taxa de vacância em São Paulo atingiu o patamar mais alto do ano em junho, fechando em 18,2%, ante 16,7% em maio. Além das áreas devolvidas no mês, a quantidade de espaços vagos subiu em decorrência da entrada de novos edifícios no mercado. O River View Corporate Tower (antigo Nestlé Building) terminou de passar por um retrofit e voltou a ficar disponível, agregando ao estoque 43,6 mil m².

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O mercado de edifícios corporativos classe A de São Paulo teve, em junho, mais áreas devolvidas do que alugadas. A diferença foi de 10,1 mil m², de acordo com levantamento da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Foi o pior mês para o mercado corporativo paulistano em 2020. Até então, havia sido registrada diferença negativa em março - de apenas 1,3 mil m². No acumulado do semestre, houve absorção positiva de 57,5 mil m². O movimento indica que o apetite por escritórios nas regiões nobres esfriou, mas não cessou.

O mês de junho teve dezenas de entradas e saídas, mas duas pesaram negativamente no saldo. O grupo supermercadista Dia desocupou 4 mil m² no edifício Birmann 21 (antiga sede da Editora Abril) na Marginal Pinheiros e se mudou para um imóvel mais barato. A multinacional de agronegócios Monsanto saiu de uma área de 5 mil m² na Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, complexo que fica entre a Berrini e a Marginal Pinheiros.

Pedidos de renegociação de aluguel têm crescido

O coordenador de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Jadson Andrade, diz que a pandemia começou a pressionar o setor. Empresas em dificuldades financeiras têm pedido renegociação dos valores do aluguel e, aquelas mais apertadas, têm começado a se mudar para endereços mais em conta. Há também estudos envolvendo a adoção do home office por um período prolongado, o que diminui a necessidade de espaços.

Por outro lado, Andrade afirma que esses efeitos negativos ainda são incipientes e limitados. Nessas regiões, a maioria das empresas são grandes e têm caixa para atravessar a crise. Em outros casos, as rescisões nos contratos de locação e as mudanças de endereço são custosas para as inquilinas, por isso não há uma debandada em massa. Além disso, algumas empresas precisam estar em locais nobres para atender clientes e reforçar marcas, mas há poucos imóveis vagos dessa categoria à disposição. Esses fatores ajudam os empreendimentos corporativos a suportarem a crise melhor do que outros setores imobiliários.

Antigo prédio da Nestlé ficou disponível e aumentou área para aluguel

A taxa de vacância em São Paulo atingiu o patamar mais alto do ano em junho, fechando em 18,2%, ante 16,7% em maio. Além das áreas devolvidas no mês, a quantidade de espaços vagos subiu em decorrência da entrada de novos edifícios no mercado. O River View Corporate Tower (antigo Nestlé Building) terminou de passar por um retrofit e voltou a ficar disponível, agregando ao estoque 43,6 mil m².

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