Bastidores do mundo dos negócios

Privatização da Emae deve ocorrer em fevereiro e será teste para a Sabesp


Modelo envolve oferta em Bolsa a exemplo da gaúcha Corsan

Por Altamiro Silva Junior, Wilian Miron e Cynthia Decloedt
Atualização:
A histórica usina hidrelétrica Henry Borden, na Serra do Mar, faz parte do patrimônio da Emae Foto: Robson Fernandjes/AE

A privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a primeira do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode ocorrer em meados de fevereiro de 2024, na semana seguinte ao carnaval, e deve ser um teste importante para a operação bilionária e mais esperada do próximo ano: a privatização da Sabesp. Além de atrair empresas de energia elétrica, a venda da Emae está despertando o interesse de empresas do ramo imobiliário, já que é dona de cobiçados terrenos em áreas valorizadas de São Paulo.

Com o modelo de privatização pronto, a venda vai se dar por oferta em Bolsa, semelhante ao que aconteceu com a gaúcha Corsan, a empresa de saneamento do Rio Grande do Sul, vendida em dezembro de 2022 por R$ 4,151 bilhões. Inicialmente, havia a expectativa de participantes do mercado de que a venda da Emae pudesse acontecer no final deste ano, mas ela não se confirmou, por conta de atrasos.

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O governo paulista tem de 38,99% das ações totais, a Eletrobras outros 39,02% e o restantes (cerca de 20%) estão na mão de investidores do mercado (“free float”). A Genial, que fez a modelagem de venda da Eletrobras, foi escolhida em licitação para os trabalhos de definição do valor da Emae.

Eletrobras vai aguardar definição de condições e preço

A Eletrobras tem direito de preferência nesta privatização, mas de acordo com uma fonte próxima à empresa e que não quis se identificar, ainda aguarda pela divulgação das condições de venda e de preço para bater o martelo. A Eletrobras pode tanto comprar mais participação na Emae, quando desinvestir.

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Outra fonte afirmou ao Broadcast que a Emae é um caso atípico, porque além de ser uma empresa de energia e água, possui imóveis em regiões valorizadas, o que atrai empresas do ramo imobiliário, algumas das quais já tentaram alinhavar um consórcio com empresas do setor elétrico para comprar a companhia em leilão e depois desmembrar os ativos.

Na Bolsa hoje, a Emae vale R$ 2,1 bilhões, mas como a ação tem liquidez muito baixa, esse número não é uma referência precisa do valor da venda da companhia, ressalta uma fonte. Uma de suas usinas – que muita gente viu, mas não conhece – é a Henry Borden, formada por dutos que caem na Serra do Mar, e podem ser vistos da estrada rumo ao litoral.

Sabesp será a grande operação do mercado de capitais em 2024

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A Sabesp é a grande operação do mercado de capitais em 2024. “Todos os bancos querem estar nessa operação, é como abelha em um pote de mel”, disse o diretor de um banco de investimento. As conversas para montar um sindicato começaram a ganhar forma na semana passada, após a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da companhia.

Procurada, a Emae informou que o tema privatização é tratado pelo governo do Estado de São Paulo. O governo não respondeu.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 11/12/23, às 17h11

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A histórica usina hidrelétrica Henry Borden, na Serra do Mar, faz parte do patrimônio da Emae Foto: Robson Fernandjes/AE

A privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a primeira do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode ocorrer em meados de fevereiro de 2024, na semana seguinte ao carnaval, e deve ser um teste importante para a operação bilionária e mais esperada do próximo ano: a privatização da Sabesp. Além de atrair empresas de energia elétrica, a venda da Emae está despertando o interesse de empresas do ramo imobiliário, já que é dona de cobiçados terrenos em áreas valorizadas de São Paulo.

Com o modelo de privatização pronto, a venda vai se dar por oferta em Bolsa, semelhante ao que aconteceu com a gaúcha Corsan, a empresa de saneamento do Rio Grande do Sul, vendida em dezembro de 2022 por R$ 4,151 bilhões. Inicialmente, havia a expectativa de participantes do mercado de que a venda da Emae pudesse acontecer no final deste ano, mas ela não se confirmou, por conta de atrasos.

O governo paulista tem de 38,99% das ações totais, a Eletrobras outros 39,02% e o restantes (cerca de 20%) estão na mão de investidores do mercado (“free float”). A Genial, que fez a modelagem de venda da Eletrobras, foi escolhida em licitação para os trabalhos de definição do valor da Emae.

Eletrobras vai aguardar definição de condições e preço

A Eletrobras tem direito de preferência nesta privatização, mas de acordo com uma fonte próxima à empresa e que não quis se identificar, ainda aguarda pela divulgação das condições de venda e de preço para bater o martelo. A Eletrobras pode tanto comprar mais participação na Emae, quando desinvestir.

Outra fonte afirmou ao Broadcast que a Emae é um caso atípico, porque além de ser uma empresa de energia e água, possui imóveis em regiões valorizadas, o que atrai empresas do ramo imobiliário, algumas das quais já tentaram alinhavar um consórcio com empresas do setor elétrico para comprar a companhia em leilão e depois desmembrar os ativos.

Na Bolsa hoje, a Emae vale R$ 2,1 bilhões, mas como a ação tem liquidez muito baixa, esse número não é uma referência precisa do valor da venda da companhia, ressalta uma fonte. Uma de suas usinas – que muita gente viu, mas não conhece – é a Henry Borden, formada por dutos que caem na Serra do Mar, e podem ser vistos da estrada rumo ao litoral.

Sabesp será a grande operação do mercado de capitais em 2024

A Sabesp é a grande operação do mercado de capitais em 2024. “Todos os bancos querem estar nessa operação, é como abelha em um pote de mel”, disse o diretor de um banco de investimento. As conversas para montar um sindicato começaram a ganhar forma na semana passada, após a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da companhia.

Procurada, a Emae informou que o tema privatização é tratado pelo governo do Estado de São Paulo. O governo não respondeu.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 11/12/23, às 17h11

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A histórica usina hidrelétrica Henry Borden, na Serra do Mar, faz parte do patrimônio da Emae Foto: Robson Fernandjes/AE

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O governo paulista tem de 38,99% das ações totais, a Eletrobras outros 39,02% e o restantes (cerca de 20%) estão na mão de investidores do mercado (“free float”). A Genial, que fez a modelagem de venda da Eletrobras, foi escolhida em licitação para os trabalhos de definição do valor da Emae.

Eletrobras vai aguardar definição de condições e preço

A Eletrobras tem direito de preferência nesta privatização, mas de acordo com uma fonte próxima à empresa e que não quis se identificar, ainda aguarda pela divulgação das condições de venda e de preço para bater o martelo. A Eletrobras pode tanto comprar mais participação na Emae, quando desinvestir.

Outra fonte afirmou ao Broadcast que a Emae é um caso atípico, porque além de ser uma empresa de energia e água, possui imóveis em regiões valorizadas, o que atrai empresas do ramo imobiliário, algumas das quais já tentaram alinhavar um consórcio com empresas do setor elétrico para comprar a companhia em leilão e depois desmembrar os ativos.

Na Bolsa hoje, a Emae vale R$ 2,1 bilhões, mas como a ação tem liquidez muito baixa, esse número não é uma referência precisa do valor da venda da companhia, ressalta uma fonte. Uma de suas usinas – que muita gente viu, mas não conhece – é a Henry Borden, formada por dutos que caem na Serra do Mar, e podem ser vistos da estrada rumo ao litoral.

Sabesp será a grande operação do mercado de capitais em 2024

A Sabesp é a grande operação do mercado de capitais em 2024. “Todos os bancos querem estar nessa operação, é como abelha em um pote de mel”, disse o diretor de um banco de investimento. As conversas para montar um sindicato começaram a ganhar forma na semana passada, após a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da companhia.

Procurada, a Emae informou que o tema privatização é tratado pelo governo do Estado de São Paulo. O governo não respondeu.

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