Bastidores do mundo dos negócios

Privatização da Sabesp deve atrair fundos especializados em água


Há interesse também de investidores europeus que buscam sustentabilidade

Por Aline Bronzati e Altamiro Silva Junior
Atualização:
Estação de tratamento de água da Sabesp na região metropolitana de São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo - 248/06/2020

A oferta de ações da Sabesp, que tem um modelo com pontos inéditos no Brasil, tem despertado o interesse no exterior de investidores especializados em água e saneamento, conforme interlocutores próximos à operação ouvidos pela Coluna. Há interesse também por parte de fundos europeus que levam a sério os temas de meio ambiente, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) e ainda aqueles acostumados a investir nos mercados emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte. Fundos canadenses, que já conhecem o Brasil, também estão monitorando de perto a operação.

A rodada de conversas, os chamados roadshows, com investidores gringos começaram nesta segunda-feira, 24, em Nova York, e devem se estender até a próxima sexta-feira, 28, na Big Apple. Na sequência, a comitiva que conta com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, a alta cúpula da Sabesp e os bancos assessores, parte para a Europa, justamente de onde está vindo parte do interesse estrangeiro para a operação. Estão previstas reuniões em Londres e um encontro em Portugal.

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A visão de interlocutores é de que o apetite gringo para a oferta de ações subsequente da Sabesp ficará mais claro quando forem definidos os dois investidores âncoras que passarem para a última etapa da operação e o preço apresentado. Na sexta-feira, 28, o governo de São Paulo vai informar se há finalistas e quantos são. Segundo fontes, somente a Equatorial Energia apresentou proposta.

Expectativa de ordens grandes

Como é uma operação grande, de mais de US$ 3 bilhões, uma fonte ressalta que é possível receber ordens grandes de estrangeiros. Muitos investidores institucionais não fazem cheques de menos de US$ 100 milhões, observa.

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“Está muito no início ainda, muito em cima de expectativas”, diz uma fonte próxima à operação, na condição de anonimato. Já houve uma série de sondagens para testar o apetite de investidores estrangeiros pela Sabesp nas semanas anteriores, de acordo com um interlocutor. Até então foram conversas informais, o chamado “testando as águas” no jargão do mercado financeiro. E a sinalização foi positiva.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 26/06/24, às 13h32.

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Estação de tratamento de água da Sabesp na região metropolitana de São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo - 248/06/2020

A oferta de ações da Sabesp, que tem um modelo com pontos inéditos no Brasil, tem despertado o interesse no exterior de investidores especializados em água e saneamento, conforme interlocutores próximos à operação ouvidos pela Coluna. Há interesse também por parte de fundos europeus que levam a sério os temas de meio ambiente, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) e ainda aqueles acostumados a investir nos mercados emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte. Fundos canadenses, que já conhecem o Brasil, também estão monitorando de perto a operação.

A rodada de conversas, os chamados roadshows, com investidores gringos começaram nesta segunda-feira, 24, em Nova York, e devem se estender até a próxima sexta-feira, 28, na Big Apple. Na sequência, a comitiva que conta com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, a alta cúpula da Sabesp e os bancos assessores, parte para a Europa, justamente de onde está vindo parte do interesse estrangeiro para a operação. Estão previstas reuniões em Londres e um encontro em Portugal.

A visão de interlocutores é de que o apetite gringo para a oferta de ações subsequente da Sabesp ficará mais claro quando forem definidos os dois investidores âncoras que passarem para a última etapa da operação e o preço apresentado. Na sexta-feira, 28, o governo de São Paulo vai informar se há finalistas e quantos são. Segundo fontes, somente a Equatorial Energia apresentou proposta.

Expectativa de ordens grandes

Como é uma operação grande, de mais de US$ 3 bilhões, uma fonte ressalta que é possível receber ordens grandes de estrangeiros. Muitos investidores institucionais não fazem cheques de menos de US$ 100 milhões, observa.

“Está muito no início ainda, muito em cima de expectativas”, diz uma fonte próxima à operação, na condição de anonimato. Já houve uma série de sondagens para testar o apetite de investidores estrangeiros pela Sabesp nas semanas anteriores, de acordo com um interlocutor. Até então foram conversas informais, o chamado “testando as águas” no jargão do mercado financeiro. E a sinalização foi positiva.

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A rodada de conversas, os chamados roadshows, com investidores gringos começaram nesta segunda-feira, 24, em Nova York, e devem se estender até a próxima sexta-feira, 28, na Big Apple. Na sequência, a comitiva que conta com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, a alta cúpula da Sabesp e os bancos assessores, parte para a Europa, justamente de onde está vindo parte do interesse estrangeiro para a operação. Estão previstas reuniões em Londres e um encontro em Portugal.

A visão de interlocutores é de que o apetite gringo para a oferta de ações subsequente da Sabesp ficará mais claro quando forem definidos os dois investidores âncoras que passarem para a última etapa da operação e o preço apresentado. Na sexta-feira, 28, o governo de São Paulo vai informar se há finalistas e quantos são. Segundo fontes, somente a Equatorial Energia apresentou proposta.

Expectativa de ordens grandes

Como é uma operação grande, de mais de US$ 3 bilhões, uma fonte ressalta que é possível receber ordens grandes de estrangeiros. Muitos investidores institucionais não fazem cheques de menos de US$ 100 milhões, observa.

“Está muito no início ainda, muito em cima de expectativas”, diz uma fonte próxima à operação, na condição de anonimato. Já houve uma série de sondagens para testar o apetite de investidores estrangeiros pela Sabesp nas semanas anteriores, de acordo com um interlocutor. Até então foram conversas informais, o chamado “testando as águas” no jargão do mercado financeiro. E a sinalização foi positiva.

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Como é uma operação grande, de mais de US$ 3 bilhões, uma fonte ressalta que é possível receber ordens grandes de estrangeiros. Muitos investidores institucionais não fazem cheques de menos de US$ 100 milhões, observa.

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