Bastidores do mundo dos negócios

Procura por galpões logísticos acelera e atinge pico em dois anos


Empresas de comércio eletrônico ajudaram a puxar a demanda pelos espaços

Por Circe Bonatelli
Quantidade de áreas locadas no segundo trimestre foi 84% maior que no mesmo período do ano passado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A procura por galpões logísticos - imóveis para armazenagem e distribuição de mercadorias - acelerou nos últimos meses, impulsionada pelas empresas de comércio eletrônico. As locações no Estado de São Paulo entre abril e junho foram as maiores em dois anos, de acordo com dados da consultoria imobiliária Newmark.

A quantidade de áreas locadas (absorção bruta, no jargão) no segundo trimestre foi de 672 mil m², aumento de 84% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Já no primeiro semestre, as locações totalizaram 1,075 milhão m², avanço de 19% na mesma base de comparação anual. Já o saldo entre áreas alugadas e devolvidas(absorção líquida) chegou a 483 mil m² no trimestre, crescimento de 75%, e 758 no semestre, alta de 19%.

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Os maiores negócios foram fechados pelo Mercado Livre, que locou 111 mil m² da GLP, em Guarulhos, e pela Shopee, que arrematou 70 mil m² também da GLP, em Cajamar. “Para variar, o comércio eletrônico ganhou novamente como o maior demandante por mais um trimestre”, disse a líder de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania.

As varejistas têm apresentado um apetite grande por novos centros de armazenagem e distribuição, o que se intensificou com a chegada das empresas asiáticas, que miram a liderança do segmento, apontou Mariana. A Shopee, por exemplo, já ultrapassou a Amazon em quantidade de galpões.

Por sua vez, as varejistas já estabelecidas por aqui têm buscado defender suas posições, considerando ainda que outras empresas estão desembarcando no Brasil, como é o caso da chinesa Temu, que abriu seu site local recentemente. “Todos os e-commerce estão na corrida para garantir a melhor posição em relação aos novos entrantes”, apontou a executiva da Newmark.

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Com o mercado aquecido, a vacância está em queda. No fim de junho, apenas 9,8% da área total dos galpões estava vaga, contra 10,2% um ano antes. Por consequência, os proprietários têm aproveitado para tentar subir o aluguel, que ficou estagnado nos últimos anos. Em média, o preço pedido de locação chegou a R$ 26 por metro quadrado no segundo trimestre, alta de 8,5% em um ano.

A expectativa é que o nível de atividade nesse mercado siga forte nos próximos meses, com aumento dos preços pedidos de aluguel à medida que a vacância siga em queda. Paralelamente, o mercado de logística tem atraído investimentos. A consultoria estima que um total de 450 mil m² de obras de novos galpões fiquem prontas até o fim de 2024, totalizando 1 milhão m² no ano inteiro.

Neste mês, por exemplo, a Coluna mostrou alguns investimentos relevantes que estão por vir. A multinacional GLP, de Cingapura, investirá R$ 2,1 bilhões entre 2024 e 2026 no Brasil para a construção de novos galpões logísticos. Já a gestora SPX Syn abriu um fundo de R$ 400 milhões para aportes.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 17/07/24, às 12h04.

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Quantidade de áreas locadas no segundo trimestre foi 84% maior que no mesmo período do ano passado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A procura por galpões logísticos - imóveis para armazenagem e distribuição de mercadorias - acelerou nos últimos meses, impulsionada pelas empresas de comércio eletrônico. As locações no Estado de São Paulo entre abril e junho foram as maiores em dois anos, de acordo com dados da consultoria imobiliária Newmark.

A quantidade de áreas locadas (absorção bruta, no jargão) no segundo trimestre foi de 672 mil m², aumento de 84% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Já no primeiro semestre, as locações totalizaram 1,075 milhão m², avanço de 19% na mesma base de comparação anual. Já o saldo entre áreas alugadas e devolvidas(absorção líquida) chegou a 483 mil m² no trimestre, crescimento de 75%, e 758 no semestre, alta de 19%.

Os maiores negócios foram fechados pelo Mercado Livre, que locou 111 mil m² da GLP, em Guarulhos, e pela Shopee, que arrematou 70 mil m² também da GLP, em Cajamar. “Para variar, o comércio eletrônico ganhou novamente como o maior demandante por mais um trimestre”, disse a líder de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania.

As varejistas têm apresentado um apetite grande por novos centros de armazenagem e distribuição, o que se intensificou com a chegada das empresas asiáticas, que miram a liderança do segmento, apontou Mariana. A Shopee, por exemplo, já ultrapassou a Amazon em quantidade de galpões.

Por sua vez, as varejistas já estabelecidas por aqui têm buscado defender suas posições, considerando ainda que outras empresas estão desembarcando no Brasil, como é o caso da chinesa Temu, que abriu seu site local recentemente. “Todos os e-commerce estão na corrida para garantir a melhor posição em relação aos novos entrantes”, apontou a executiva da Newmark.

Com o mercado aquecido, a vacância está em queda. No fim de junho, apenas 9,8% da área total dos galpões estava vaga, contra 10,2% um ano antes. Por consequência, os proprietários têm aproveitado para tentar subir o aluguel, que ficou estagnado nos últimos anos. Em média, o preço pedido de locação chegou a R$ 26 por metro quadrado no segundo trimestre, alta de 8,5% em um ano.

A expectativa é que o nível de atividade nesse mercado siga forte nos próximos meses, com aumento dos preços pedidos de aluguel à medida que a vacância siga em queda. Paralelamente, o mercado de logística tem atraído investimentos. A consultoria estima que um total de 450 mil m² de obras de novos galpões fiquem prontas até o fim de 2024, totalizando 1 milhão m² no ano inteiro.

Neste mês, por exemplo, a Coluna mostrou alguns investimentos relevantes que estão por vir. A multinacional GLP, de Cingapura, investirá R$ 2,1 bilhões entre 2024 e 2026 no Brasil para a construção de novos galpões logísticos. Já a gestora SPX Syn abriu um fundo de R$ 400 milhões para aportes.

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A quantidade de áreas locadas (absorção bruta, no jargão) no segundo trimestre foi de 672 mil m², aumento de 84% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Já no primeiro semestre, as locações totalizaram 1,075 milhão m², avanço de 19% na mesma base de comparação anual. Já o saldo entre áreas alugadas e devolvidas(absorção líquida) chegou a 483 mil m² no trimestre, crescimento de 75%, e 758 no semestre, alta de 19%.

Os maiores negócios foram fechados pelo Mercado Livre, que locou 111 mil m² da GLP, em Guarulhos, e pela Shopee, que arrematou 70 mil m² também da GLP, em Cajamar. “Para variar, o comércio eletrônico ganhou novamente como o maior demandante por mais um trimestre”, disse a líder de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania.

As varejistas têm apresentado um apetite grande por novos centros de armazenagem e distribuição, o que se intensificou com a chegada das empresas asiáticas, que miram a liderança do segmento, apontou Mariana. A Shopee, por exemplo, já ultrapassou a Amazon em quantidade de galpões.

Por sua vez, as varejistas já estabelecidas por aqui têm buscado defender suas posições, considerando ainda que outras empresas estão desembarcando no Brasil, como é o caso da chinesa Temu, que abriu seu site local recentemente. “Todos os e-commerce estão na corrida para garantir a melhor posição em relação aos novos entrantes”, apontou a executiva da Newmark.

Com o mercado aquecido, a vacância está em queda. No fim de junho, apenas 9,8% da área total dos galpões estava vaga, contra 10,2% um ano antes. Por consequência, os proprietários têm aproveitado para tentar subir o aluguel, que ficou estagnado nos últimos anos. Em média, o preço pedido de locação chegou a R$ 26 por metro quadrado no segundo trimestre, alta de 8,5% em um ano.

A expectativa é que o nível de atividade nesse mercado siga forte nos próximos meses, com aumento dos preços pedidos de aluguel à medida que a vacância siga em queda. Paralelamente, o mercado de logística tem atraído investimentos. A consultoria estima que um total de 450 mil m² de obras de novos galpões fiquem prontas até o fim de 2024, totalizando 1 milhão m² no ano inteiro.

Neste mês, por exemplo, a Coluna mostrou alguns investimentos relevantes que estão por vir. A multinacional GLP, de Cingapura, investirá R$ 2,1 bilhões entre 2024 e 2026 no Brasil para a construção de novos galpões logísticos. Já a gestora SPX Syn abriu um fundo de R$ 400 milhões para aportes.

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Os maiores negócios foram fechados pelo Mercado Livre, que locou 111 mil m² da GLP, em Guarulhos, e pela Shopee, que arrematou 70 mil m² também da GLP, em Cajamar. “Para variar, o comércio eletrônico ganhou novamente como o maior demandante por mais um trimestre”, disse a líder de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania.

As varejistas têm apresentado um apetite grande por novos centros de armazenagem e distribuição, o que se intensificou com a chegada das empresas asiáticas, que miram a liderança do segmento, apontou Mariana. A Shopee, por exemplo, já ultrapassou a Amazon em quantidade de galpões.

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A expectativa é que o nível de atividade nesse mercado siga forte nos próximos meses, com aumento dos preços pedidos de aluguel à medida que a vacância siga em queda. Paralelamente, o mercado de logística tem atraído investimentos. A consultoria estima que um total de 450 mil m² de obras de novos galpões fiquem prontas até o fim de 2024, totalizando 1 milhão m² no ano inteiro.

Neste mês, por exemplo, a Coluna mostrou alguns investimentos relevantes que estão por vir. A multinacional GLP, de Cingapura, investirá R$ 2,1 bilhões entre 2024 e 2026 no Brasil para a construção de novos galpões logísticos. Já a gestora SPX Syn abriu um fundo de R$ 400 milhões para aportes.

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