Bastidores do mundo dos negócios

Projetos de biocombustíves para aviação e navegação superam expectativa do BNDES


Orçamento inicial de programa é de R$ 6 bi, mas demanda chegou a R$ 167 bi

Por Denise Luna
Após avaliar as propostas, o BNDES pode decidir trazer outros bancos para apoiá-las Foto: Wilton Junior/Estadão - 09/082024

A demanda por recursos para desenvolver biorrefinarias no Brasil excedeu as expectativas do BNDES. À Coluna do Broadcast, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon, revela que a demanda para projetos envolvendo biocombustíveis, como o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês) e o “bunker verde” para navegação, atingiu quase 30 vezes o anunciado na chamada pública feita pelo BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o que mostra o potencial do negócio no Brasil.

Com um orçamento inicial de R$ 6 bilhões para o programa, divididos igualmente entre BNDES e Finep, que acenam com taxas diferenciadas, a demanda chegou a R$ 167 bilhões em 76 projetos, sendo que 43 propostas têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação, no total de R$ 120 bilhões, e 33 propostas, ou R$ 47 bilhões, visam desenvolver combustíveis para navegação. Agora, o banco vai avaliar os projetos e decidir, até o final do ano, quais serão elegíveis e quais instrumentos de financiamento serão utilizados.

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“Nós vimos o tamanho da demanda e, obviamente, a gente vai depurar isso até o final do ano, ver o que é viável e buscar a solução financeira. Imagino que vai ter mais de R$ 6 bilhões, mas isso mostra o potencial do Brasil para essa agenda”, disse Gordon, informando que empresas multinacionais estão vindo para o Brasil em função da chamada pública e outras estão antecipando investimentos. “O fato de haver recursos com a Taxa Referencial para inovação, recursos do Fundo Clima, recursos não reembolsáveis da Finep, ajuda a deslocar os investimentos para essa agenda, e tanto atrair quanto antecipar investimentos para o tema”, complementou.

Tendência é que empresas se juntem

De acordo com o diretor, uma planta de SAF custa em torno de US$ 1 bilhão e a tendência é de que empresas se juntem para desenvolver os projetos, que na chamada não tiveram a tecnologia especificada. “Isso é muito interessante, porque a gente não determinou qual é a tecnologia, a gente quer apoiar os projetos bons. Aí recebemos projetos com etanol, projetos de biometano, projetos com outras tecnologias variadas”, informou Gordon.

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Ele explicou que, após avaliar as propostas, o banco pode decidir trazer outros bancos para apoiar os projetos ou mesmo captar recursos. “Ou seja, vamos tentar construir a partir de agora as soluções financeiras para apoiar o máximo possível de bons projetos que conseguirmos. Então a gente quer que o Brasil seja a referência nessa agenda de SAF e de combustível marítimo”, explicou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tonar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. No mundo, a aviação e a navegação contribuem, conjuntamente, com cerca de 5% das emissões globais de CO2. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% essas emissões”.

Adoção será progressiva

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Com implementação progressiva até 2050, obedecendo a uma regulamentação internacional, o uso de uma parcela de 2% de SAF já começará a ser exigido a partir do ano que vem para aeronaves que decolarem da União Europeia. A ideia é aumentar a adição para 5% em 2030 e atingir 63% em 2050. Já a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases efeito estufa em pelo menos 50% até 2050, comparado às emissões de 2008, o que deve ser conseguido com o uso de biodiesel, diesel verde (HVO), etanol, biometano, entre outros.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 07/11/2024, às 12:56.

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Após avaliar as propostas, o BNDES pode decidir trazer outros bancos para apoiá-las Foto: Wilton Junior/Estadão - 09/082024

A demanda por recursos para desenvolver biorrefinarias no Brasil excedeu as expectativas do BNDES. À Coluna do Broadcast, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon, revela que a demanda para projetos envolvendo biocombustíveis, como o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês) e o “bunker verde” para navegação, atingiu quase 30 vezes o anunciado na chamada pública feita pelo BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o que mostra o potencial do negócio no Brasil.

Com um orçamento inicial de R$ 6 bilhões para o programa, divididos igualmente entre BNDES e Finep, que acenam com taxas diferenciadas, a demanda chegou a R$ 167 bilhões em 76 projetos, sendo que 43 propostas têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação, no total de R$ 120 bilhões, e 33 propostas, ou R$ 47 bilhões, visam desenvolver combustíveis para navegação. Agora, o banco vai avaliar os projetos e decidir, até o final do ano, quais serão elegíveis e quais instrumentos de financiamento serão utilizados.

“Nós vimos o tamanho da demanda e, obviamente, a gente vai depurar isso até o final do ano, ver o que é viável e buscar a solução financeira. Imagino que vai ter mais de R$ 6 bilhões, mas isso mostra o potencial do Brasil para essa agenda”, disse Gordon, informando que empresas multinacionais estão vindo para o Brasil em função da chamada pública e outras estão antecipando investimentos. “O fato de haver recursos com a Taxa Referencial para inovação, recursos do Fundo Clima, recursos não reembolsáveis da Finep, ajuda a deslocar os investimentos para essa agenda, e tanto atrair quanto antecipar investimentos para o tema”, complementou.

Tendência é que empresas se juntem

De acordo com o diretor, uma planta de SAF custa em torno de US$ 1 bilhão e a tendência é de que empresas se juntem para desenvolver os projetos, que na chamada não tiveram a tecnologia especificada. “Isso é muito interessante, porque a gente não determinou qual é a tecnologia, a gente quer apoiar os projetos bons. Aí recebemos projetos com etanol, projetos de biometano, projetos com outras tecnologias variadas”, informou Gordon.

Ele explicou que, após avaliar as propostas, o banco pode decidir trazer outros bancos para apoiar os projetos ou mesmo captar recursos. “Ou seja, vamos tentar construir a partir de agora as soluções financeiras para apoiar o máximo possível de bons projetos que conseguirmos. Então a gente quer que o Brasil seja a referência nessa agenda de SAF e de combustível marítimo”, explicou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tonar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. No mundo, a aviação e a navegação contribuem, conjuntamente, com cerca de 5% das emissões globais de CO2. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% essas emissões”.

Adoção será progressiva

Com implementação progressiva até 2050, obedecendo a uma regulamentação internacional, o uso de uma parcela de 2% de SAF já começará a ser exigido a partir do ano que vem para aeronaves que decolarem da União Europeia. A ideia é aumentar a adição para 5% em 2030 e atingir 63% em 2050. Já a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases efeito estufa em pelo menos 50% até 2050, comparado às emissões de 2008, o que deve ser conseguido com o uso de biodiesel, diesel verde (HVO), etanol, biometano, entre outros.

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Com um orçamento inicial de R$ 6 bilhões para o programa, divididos igualmente entre BNDES e Finep, que acenam com taxas diferenciadas, a demanda chegou a R$ 167 bilhões em 76 projetos, sendo que 43 propostas têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação, no total de R$ 120 bilhões, e 33 propostas, ou R$ 47 bilhões, visam desenvolver combustíveis para navegação. Agora, o banco vai avaliar os projetos e decidir, até o final do ano, quais serão elegíveis e quais instrumentos de financiamento serão utilizados.

“Nós vimos o tamanho da demanda e, obviamente, a gente vai depurar isso até o final do ano, ver o que é viável e buscar a solução financeira. Imagino que vai ter mais de R$ 6 bilhões, mas isso mostra o potencial do Brasil para essa agenda”, disse Gordon, informando que empresas multinacionais estão vindo para o Brasil em função da chamada pública e outras estão antecipando investimentos. “O fato de haver recursos com a Taxa Referencial para inovação, recursos do Fundo Clima, recursos não reembolsáveis da Finep, ajuda a deslocar os investimentos para essa agenda, e tanto atrair quanto antecipar investimentos para o tema”, complementou.

Tendência é que empresas se juntem

De acordo com o diretor, uma planta de SAF custa em torno de US$ 1 bilhão e a tendência é de que empresas se juntem para desenvolver os projetos, que na chamada não tiveram a tecnologia especificada. “Isso é muito interessante, porque a gente não determinou qual é a tecnologia, a gente quer apoiar os projetos bons. Aí recebemos projetos com etanol, projetos de biometano, projetos com outras tecnologias variadas”, informou Gordon.

Ele explicou que, após avaliar as propostas, o banco pode decidir trazer outros bancos para apoiar os projetos ou mesmo captar recursos. “Ou seja, vamos tentar construir a partir de agora as soluções financeiras para apoiar o máximo possível de bons projetos que conseguirmos. Então a gente quer que o Brasil seja a referência nessa agenda de SAF e de combustível marítimo”, explicou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tonar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. No mundo, a aviação e a navegação contribuem, conjuntamente, com cerca de 5% das emissões globais de CO2. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% essas emissões”.

Adoção será progressiva

Com implementação progressiva até 2050, obedecendo a uma regulamentação internacional, o uso de uma parcela de 2% de SAF já começará a ser exigido a partir do ano que vem para aeronaves que decolarem da União Europeia. A ideia é aumentar a adição para 5% em 2030 e atingir 63% em 2050. Já a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases efeito estufa em pelo menos 50% até 2050, comparado às emissões de 2008, o que deve ser conseguido com o uso de biodiesel, diesel verde (HVO), etanol, biometano, entre outros.

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Com um orçamento inicial de R$ 6 bilhões para o programa, divididos igualmente entre BNDES e Finep, que acenam com taxas diferenciadas, a demanda chegou a R$ 167 bilhões em 76 projetos, sendo que 43 propostas têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação, no total de R$ 120 bilhões, e 33 propostas, ou R$ 47 bilhões, visam desenvolver combustíveis para navegação. Agora, o banco vai avaliar os projetos e decidir, até o final do ano, quais serão elegíveis e quais instrumentos de financiamento serão utilizados.

“Nós vimos o tamanho da demanda e, obviamente, a gente vai depurar isso até o final do ano, ver o que é viável e buscar a solução financeira. Imagino que vai ter mais de R$ 6 bilhões, mas isso mostra o potencial do Brasil para essa agenda”, disse Gordon, informando que empresas multinacionais estão vindo para o Brasil em função da chamada pública e outras estão antecipando investimentos. “O fato de haver recursos com a Taxa Referencial para inovação, recursos do Fundo Clima, recursos não reembolsáveis da Finep, ajuda a deslocar os investimentos para essa agenda, e tanto atrair quanto antecipar investimentos para o tema”, complementou.

Tendência é que empresas se juntem

De acordo com o diretor, uma planta de SAF custa em torno de US$ 1 bilhão e a tendência é de que empresas se juntem para desenvolver os projetos, que na chamada não tiveram a tecnologia especificada. “Isso é muito interessante, porque a gente não determinou qual é a tecnologia, a gente quer apoiar os projetos bons. Aí recebemos projetos com etanol, projetos de biometano, projetos com outras tecnologias variadas”, informou Gordon.

Ele explicou que, após avaliar as propostas, o banco pode decidir trazer outros bancos para apoiar os projetos ou mesmo captar recursos. “Ou seja, vamos tentar construir a partir de agora as soluções financeiras para apoiar o máximo possível de bons projetos que conseguirmos. Então a gente quer que o Brasil seja a referência nessa agenda de SAF e de combustível marítimo”, explicou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tonar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. No mundo, a aviação e a navegação contribuem, conjuntamente, com cerca de 5% das emissões globais de CO2. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% essas emissões”.

Adoção será progressiva

Com implementação progressiva até 2050, obedecendo a uma regulamentação internacional, o uso de uma parcela de 2% de SAF já começará a ser exigido a partir do ano que vem para aeronaves que decolarem da União Europeia. A ideia é aumentar a adição para 5% em 2030 e atingir 63% em 2050. Já a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases efeito estufa em pelo menos 50% até 2050, comparado às emissões de 2008, o que deve ser conseguido com o uso de biodiesel, diesel verde (HVO), etanol, biometano, entre outros.

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Com um orçamento inicial de R$ 6 bilhões para o programa, divididos igualmente entre BNDES e Finep, que acenam com taxas diferenciadas, a demanda chegou a R$ 167 bilhões em 76 projetos, sendo que 43 propostas têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação, no total de R$ 120 bilhões, e 33 propostas, ou R$ 47 bilhões, visam desenvolver combustíveis para navegação. Agora, o banco vai avaliar os projetos e decidir, até o final do ano, quais serão elegíveis e quais instrumentos de financiamento serão utilizados.

“Nós vimos o tamanho da demanda e, obviamente, a gente vai depurar isso até o final do ano, ver o que é viável e buscar a solução financeira. Imagino que vai ter mais de R$ 6 bilhões, mas isso mostra o potencial do Brasil para essa agenda”, disse Gordon, informando que empresas multinacionais estão vindo para o Brasil em função da chamada pública e outras estão antecipando investimentos. “O fato de haver recursos com a Taxa Referencial para inovação, recursos do Fundo Clima, recursos não reembolsáveis da Finep, ajuda a deslocar os investimentos para essa agenda, e tanto atrair quanto antecipar investimentos para o tema”, complementou.

Tendência é que empresas se juntem

De acordo com o diretor, uma planta de SAF custa em torno de US$ 1 bilhão e a tendência é de que empresas se juntem para desenvolver os projetos, que na chamada não tiveram a tecnologia especificada. “Isso é muito interessante, porque a gente não determinou qual é a tecnologia, a gente quer apoiar os projetos bons. Aí recebemos projetos com etanol, projetos de biometano, projetos com outras tecnologias variadas”, informou Gordon.

Ele explicou que, após avaliar as propostas, o banco pode decidir trazer outros bancos para apoiar os projetos ou mesmo captar recursos. “Ou seja, vamos tentar construir a partir de agora as soluções financeiras para apoiar o máximo possível de bons projetos que conseguirmos. Então a gente quer que o Brasil seja a referência nessa agenda de SAF e de combustível marítimo”, explicou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tonar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. No mundo, a aviação e a navegação contribuem, conjuntamente, com cerca de 5% das emissões globais de CO2. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% essas emissões”.

Adoção será progressiva

Com implementação progressiva até 2050, obedecendo a uma regulamentação internacional, o uso de uma parcela de 2% de SAF já começará a ser exigido a partir do ano que vem para aeronaves que decolarem da União Europeia. A ideia é aumentar a adição para 5% em 2030 e atingir 63% em 2050. Já a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases efeito estufa em pelo menos 50% até 2050, comparado às emissões de 2008, o que deve ser conseguido com o uso de biodiesel, diesel verde (HVO), etanol, biometano, entre outros.

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