Bastidores do mundo dos negócios

Quase metade das empresas na Bolsa tem situação de alavancagem delicada


Levantamento da RK Partners também revela que 45% das companhias abertas têm endividamento três vezes superior à geração de caixa

Por Cristiane Barbieri e Cynthia Decloedt
Estudo da RK Partners mostra que situação financeira de boa parte das empresas listadas na bolsa de valores é "delicada" Foto: Foto: Renato Cerqueira/Futura Press

Um quarto das empresas de capital aberto estava sem capacidade de pagamento de suas dívidas financeiras no fim do ano passado e pelo menos 45% delas tinham situação de alavancagem delicada, com endividamento três vezes superior à sua geração de caixa, segundo levantamento da RK Partners. Mais de 20% tinham seis vezes mais dívidas em relação ao que conseguiam gerar de caixa. “É um número muito alto”, diz Ricardo Knoepfelmacher, o Ricardo K, conhecido por ter coordenado algumas das maiores reestruturações corporativas do País. “Com a tendência global de manutenção dos juros altos, muitas vão ter de renegociar dívidas nos próximos dois anos.”

O ideal, diz ele, seria que esse porcentual estivesse na casa dos 15%. O mais grave porém, é que as empresas listadas na bolsa estão em melhor situação do que as com capital fechado. Isso porque as companhias fechadas têm acesso mais difícil a recursos, que também conseguem pagando mais caro.

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“Não há dados objetivos, mas a experiência empírica mostra que a tendência é de que as empresas fechadas estejam enfrentando mais dificuldades”, diz Ricardo K. De acordo com ele, o número de consultas à RK Partners, que atende apenas empresas com dívidas acima de R$ 100 milhões, dobrou nos últimos meses.

O número de empresas com pelo menos um compromisso vencido aumentou em 6% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2024. Segundo Ricardo K, as áreas mais afetadas estão sendo agronegócio e infraestrutura.

O levantamento da RK Partners mostrou ainda que as taxas de juros praticadas pelos bancos continuam bastante altas - sendo que piorou para as companhias em alguns casos. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros praticadas em emissões de capital de giro para empresas com vencimento superior a um ano aumentaram em 2,6 pontos porcentuais no Santander em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado (estava em 35,5% recentemente) e em 0,8 ponto porcentual no Banco do Brasil (em 33%).

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Nos demais bancos, essa taxa caiu. No Bradesco, essa linha está 7,8 pontos porcentuais mais barata (estava 23,5% em janeiro de 2024). No Itaú, está 5,7 pontos porcentuais menor (21,6%) e na Caixa, em 5,2 pontos (22,8%).

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/05/24, às 16h09.

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Um quarto das empresas de capital aberto estava sem capacidade de pagamento de suas dívidas financeiras no fim do ano passado e pelo menos 45% delas tinham situação de alavancagem delicada, com endividamento três vezes superior à sua geração de caixa, segundo levantamento da RK Partners. Mais de 20% tinham seis vezes mais dívidas em relação ao que conseguiam gerar de caixa. “É um número muito alto”, diz Ricardo Knoepfelmacher, o Ricardo K, conhecido por ter coordenado algumas das maiores reestruturações corporativas do País. “Com a tendência global de manutenção dos juros altos, muitas vão ter de renegociar dívidas nos próximos dois anos.”

O ideal, diz ele, seria que esse porcentual estivesse na casa dos 15%. O mais grave porém, é que as empresas listadas na bolsa estão em melhor situação do que as com capital fechado. Isso porque as companhias fechadas têm acesso mais difícil a recursos, que também conseguem pagando mais caro.

“Não há dados objetivos, mas a experiência empírica mostra que a tendência é de que as empresas fechadas estejam enfrentando mais dificuldades”, diz Ricardo K. De acordo com ele, o número de consultas à RK Partners, que atende apenas empresas com dívidas acima de R$ 100 milhões, dobrou nos últimos meses.

O número de empresas com pelo menos um compromisso vencido aumentou em 6% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2024. Segundo Ricardo K, as áreas mais afetadas estão sendo agronegócio e infraestrutura.

O levantamento da RK Partners mostrou ainda que as taxas de juros praticadas pelos bancos continuam bastante altas - sendo que piorou para as companhias em alguns casos. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros praticadas em emissões de capital de giro para empresas com vencimento superior a um ano aumentaram em 2,6 pontos porcentuais no Santander em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado (estava em 35,5% recentemente) e em 0,8 ponto porcentual no Banco do Brasil (em 33%).

Nos demais bancos, essa taxa caiu. No Bradesco, essa linha está 7,8 pontos porcentuais mais barata (estava 23,5% em janeiro de 2024). No Itaú, está 5,7 pontos porcentuais menor (21,6%) e na Caixa, em 5,2 pontos (22,8%).

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Um quarto das empresas de capital aberto estava sem capacidade de pagamento de suas dívidas financeiras no fim do ano passado e pelo menos 45% delas tinham situação de alavancagem delicada, com endividamento três vezes superior à sua geração de caixa, segundo levantamento da RK Partners. Mais de 20% tinham seis vezes mais dívidas em relação ao que conseguiam gerar de caixa. “É um número muito alto”, diz Ricardo Knoepfelmacher, o Ricardo K, conhecido por ter coordenado algumas das maiores reestruturações corporativas do País. “Com a tendência global de manutenção dos juros altos, muitas vão ter de renegociar dívidas nos próximos dois anos.”

O ideal, diz ele, seria que esse porcentual estivesse na casa dos 15%. O mais grave porém, é que as empresas listadas na bolsa estão em melhor situação do que as com capital fechado. Isso porque as companhias fechadas têm acesso mais difícil a recursos, que também conseguem pagando mais caro.

“Não há dados objetivos, mas a experiência empírica mostra que a tendência é de que as empresas fechadas estejam enfrentando mais dificuldades”, diz Ricardo K. De acordo com ele, o número de consultas à RK Partners, que atende apenas empresas com dívidas acima de R$ 100 milhões, dobrou nos últimos meses.

O número de empresas com pelo menos um compromisso vencido aumentou em 6% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2024. Segundo Ricardo K, as áreas mais afetadas estão sendo agronegócio e infraestrutura.

O levantamento da RK Partners mostrou ainda que as taxas de juros praticadas pelos bancos continuam bastante altas - sendo que piorou para as companhias em alguns casos. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros praticadas em emissões de capital de giro para empresas com vencimento superior a um ano aumentaram em 2,6 pontos porcentuais no Santander em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado (estava em 35,5% recentemente) e em 0,8 ponto porcentual no Banco do Brasil (em 33%).

Nos demais bancos, essa taxa caiu. No Bradesco, essa linha está 7,8 pontos porcentuais mais barata (estava 23,5% em janeiro de 2024). No Itaú, está 5,7 pontos porcentuais menor (21,6%) e na Caixa, em 5,2 pontos (22,8%).

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O ideal, diz ele, seria que esse porcentual estivesse na casa dos 15%. O mais grave porém, é que as empresas listadas na bolsa estão em melhor situação do que as com capital fechado. Isso porque as companhias fechadas têm acesso mais difícil a recursos, que também conseguem pagando mais caro.

“Não há dados objetivos, mas a experiência empírica mostra que a tendência é de que as empresas fechadas estejam enfrentando mais dificuldades”, diz Ricardo K. De acordo com ele, o número de consultas à RK Partners, que atende apenas empresas com dívidas acima de R$ 100 milhões, dobrou nos últimos meses.

O número de empresas com pelo menos um compromisso vencido aumentou em 6% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2024. Segundo Ricardo K, as áreas mais afetadas estão sendo agronegócio e infraestrutura.

O levantamento da RK Partners mostrou ainda que as taxas de juros praticadas pelos bancos continuam bastante altas - sendo que piorou para as companhias em alguns casos. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros praticadas em emissões de capital de giro para empresas com vencimento superior a um ano aumentaram em 2,6 pontos porcentuais no Santander em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado (estava em 35,5% recentemente) e em 0,8 ponto porcentual no Banco do Brasil (em 33%).

Nos demais bancos, essa taxa caiu. No Bradesco, essa linha está 7,8 pontos porcentuais mais barata (estava 23,5% em janeiro de 2024). No Itaú, está 5,7 pontos porcentuais menor (21,6%) e na Caixa, em 5,2 pontos (22,8%).

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“Não há dados objetivos, mas a experiência empírica mostra que a tendência é de que as empresas fechadas estejam enfrentando mais dificuldades”, diz Ricardo K. De acordo com ele, o número de consultas à RK Partners, que atende apenas empresas com dívidas acima de R$ 100 milhões, dobrou nos últimos meses.

O número de empresas com pelo menos um compromisso vencido aumentou em 6% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2024. Segundo Ricardo K, as áreas mais afetadas estão sendo agronegócio e infraestrutura.

O levantamento da RK Partners mostrou ainda que as taxas de juros praticadas pelos bancos continuam bastante altas - sendo que piorou para as companhias em alguns casos. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros praticadas em emissões de capital de giro para empresas com vencimento superior a um ano aumentaram em 2,6 pontos porcentuais no Santander em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado (estava em 35,5% recentemente) e em 0,8 ponto porcentual no Banco do Brasil (em 33%).

Nos demais bancos, essa taxa caiu. No Bradesco, essa linha está 7,8 pontos porcentuais mais barata (estava 23,5% em janeiro de 2024). No Itaú, está 5,7 pontos porcentuais menor (21,6%) e na Caixa, em 5,2 pontos (22,8%).

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