Bastidores do mundo dos negócios

Quebra do SVB abre oportunidades de investimento, avalia Terracotta Ventures


Para gestora, evento cria espaço para fundos capitalizados adquirirem participação em empresas por preços mais atrativos

Por Circe Bonatelli
Clientes fazem fila do lado de fora de unidade do Silicon Valley Bank em Wellesley, em Massachusetts Foto: REUTERS/Brian Snyder

A quebra do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como o banco das startups, reforça ainda mais a crise de crédito corporativo, detonada com a elevação dos juros ao redor do mundo. Por outro lado, abre a oportunidade para que fundos capitalizados adquiram participação em empresas por preços mais descontados e mais atrativos.

Quem faz essa avaliação é o sócio da Terracotta Ventures, gestora de recursos especializada em startups do setor de construção, Marcus Anselmo. “Novas captações são muito difíceis agora, neste ambiente de juro alto. Mas quem tem dinheiro vai encontrar boas opções de fazer novos investimentos ou ganhar participação nas investidas”, afirmou. “Há empresas que precisam de reforço do caixa, mas não conseguem crédito. Outras precisam sustentar investimento. Então o equity (participação acionária) é uma opção”.

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Gestora monitora liquidez de startups nas quais é acionista

Quando começaram a surgir notícias de problemas no SVB e corrida por saques, a Terracotta passou a monitorar a situação de liquidez das startups nas quais é acionista. Ao todo, são 12 startups de propriedades comerciais, construção, condomínio e crédito, como Yuca, Livance e Approva Fácil. “Em primeiro lugar, acionamos as startups para saber se tinha alguém exposto”, disse. “Em nosso portfólio, são apenas duas, mas é dinheiro pequeno. Não preocupa”.

A lógica de pensar em novos aportes neste momento é aproveitar a seca de crédito para injetar capital nas startups em troca de participação acionária. Mais adiante, quando os juros caírem, as empresas voltarão a se valorizar, diz Anselmo. “Vai ter um evento de seleção natural, uma limpa no mercado. Quem conseguir se adequar vai ter um prêmio no valuation porque serão sobreviventes em uma posição privilegiada. Veremos um mercado com menos competição e com a economia melhor”.

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Terracotta captou mais de R$ 50 milhões desde 2019

A Terracotta foi fundada em 2019 e, de lá para cá, captou mais de R$ 50 milhões junto a pesos-pesados como Cyrela, Gerdau, Vedacit e São Carlos para investir em startups do setor. No momento, a gestora tem R$ 25 milhões em fundos para investimento. Por ora, a ordem é segurar o dinheiro enquanto a poeira baixa. Na sequência, serão avaliadas as oportunidades. “Ninguém tem o cenário completo ainda para dizer se foi um problema do banco (que quebrou) e se tem uma contaminação sistêmica. O cenário é turbulento, então estamos medindo as velas para navegar”.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 13/03/2023, às 17h49

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Clientes fazem fila do lado de fora de unidade do Silicon Valley Bank em Wellesley, em Massachusetts Foto: REUTERS/Brian Snyder

A quebra do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como o banco das startups, reforça ainda mais a crise de crédito corporativo, detonada com a elevação dos juros ao redor do mundo. Por outro lado, abre a oportunidade para que fundos capitalizados adquiram participação em empresas por preços mais descontados e mais atrativos.

Quem faz essa avaliação é o sócio da Terracotta Ventures, gestora de recursos especializada em startups do setor de construção, Marcus Anselmo. “Novas captações são muito difíceis agora, neste ambiente de juro alto. Mas quem tem dinheiro vai encontrar boas opções de fazer novos investimentos ou ganhar participação nas investidas”, afirmou. “Há empresas que precisam de reforço do caixa, mas não conseguem crédito. Outras precisam sustentar investimento. Então o equity (participação acionária) é uma opção”.

Gestora monitora liquidez de startups nas quais é acionista

Quando começaram a surgir notícias de problemas no SVB e corrida por saques, a Terracotta passou a monitorar a situação de liquidez das startups nas quais é acionista. Ao todo, são 12 startups de propriedades comerciais, construção, condomínio e crédito, como Yuca, Livance e Approva Fácil. “Em primeiro lugar, acionamos as startups para saber se tinha alguém exposto”, disse. “Em nosso portfólio, são apenas duas, mas é dinheiro pequeno. Não preocupa”.

A lógica de pensar em novos aportes neste momento é aproveitar a seca de crédito para injetar capital nas startups em troca de participação acionária. Mais adiante, quando os juros caírem, as empresas voltarão a se valorizar, diz Anselmo. “Vai ter um evento de seleção natural, uma limpa no mercado. Quem conseguir se adequar vai ter um prêmio no valuation porque serão sobreviventes em uma posição privilegiada. Veremos um mercado com menos competição e com a economia melhor”.

Terracotta captou mais de R$ 50 milhões desde 2019

A Terracotta foi fundada em 2019 e, de lá para cá, captou mais de R$ 50 milhões junto a pesos-pesados como Cyrela, Gerdau, Vedacit e São Carlos para investir em startups do setor. No momento, a gestora tem R$ 25 milhões em fundos para investimento. Por ora, a ordem é segurar o dinheiro enquanto a poeira baixa. Na sequência, serão avaliadas as oportunidades. “Ninguém tem o cenário completo ainda para dizer se foi um problema do banco (que quebrou) e se tem uma contaminação sistêmica. O cenário é turbulento, então estamos medindo as velas para navegar”.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 13/03/2023, às 17h49

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A quebra do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como o banco das startups, reforça ainda mais a crise de crédito corporativo, detonada com a elevação dos juros ao redor do mundo. Por outro lado, abre a oportunidade para que fundos capitalizados adquiram participação em empresas por preços mais descontados e mais atrativos.

Quem faz essa avaliação é o sócio da Terracotta Ventures, gestora de recursos especializada em startups do setor de construção, Marcus Anselmo. “Novas captações são muito difíceis agora, neste ambiente de juro alto. Mas quem tem dinheiro vai encontrar boas opções de fazer novos investimentos ou ganhar participação nas investidas”, afirmou. “Há empresas que precisam de reforço do caixa, mas não conseguem crédito. Outras precisam sustentar investimento. Então o equity (participação acionária) é uma opção”.

Gestora monitora liquidez de startups nas quais é acionista

Quando começaram a surgir notícias de problemas no SVB e corrida por saques, a Terracotta passou a monitorar a situação de liquidez das startups nas quais é acionista. Ao todo, são 12 startups de propriedades comerciais, construção, condomínio e crédito, como Yuca, Livance e Approva Fácil. “Em primeiro lugar, acionamos as startups para saber se tinha alguém exposto”, disse. “Em nosso portfólio, são apenas duas, mas é dinheiro pequeno. Não preocupa”.

A lógica de pensar em novos aportes neste momento é aproveitar a seca de crédito para injetar capital nas startups em troca de participação acionária. Mais adiante, quando os juros caírem, as empresas voltarão a se valorizar, diz Anselmo. “Vai ter um evento de seleção natural, uma limpa no mercado. Quem conseguir se adequar vai ter um prêmio no valuation porque serão sobreviventes em uma posição privilegiada. Veremos um mercado com menos competição e com a economia melhor”.

Terracotta captou mais de R$ 50 milhões desde 2019

A Terracotta foi fundada em 2019 e, de lá para cá, captou mais de R$ 50 milhões junto a pesos-pesados como Cyrela, Gerdau, Vedacit e São Carlos para investir em startups do setor. No momento, a gestora tem R$ 25 milhões em fundos para investimento. Por ora, a ordem é segurar o dinheiro enquanto a poeira baixa. Na sequência, serão avaliadas as oportunidades. “Ninguém tem o cenário completo ainda para dizer se foi um problema do banco (que quebrou) e se tem uma contaminação sistêmica. O cenário é turbulento, então estamos medindo as velas para navegar”.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 13/03/2023, às 17h49

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