Bastidores do mundo dos negócios

Registradora Cerc espera colocar ‘bolsa’ de renda fixa na rua em 2025


O objetivo da instituição é impulsionar o mercado secundário de papéis do gênero

Por Matheus Piovesana
A empresa acredita que as autorizações do BC e da CVM saem até o final do ano Foto: Divulgação/CVM - 01/11/2021

A registradora Cerc espera colocar no ar uma “bolsa” de instrumentos de renda fixa no primeiro trimestre do ano que vem. A empresa acredita que as autorizações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) necessárias para a operação saem até o final do ano, e quer estar pronta para iniciar as operações. Não há a intenção de criar um ambiente de negociação de renda variável, ao contrário do que outras empresas buscam.

Neste momento, a registradora tem feito testes de homologação, necessários para mostrar que os sistemas estão funcionando de acordo com o que os reguladores exigem. A futura bolsa terá o objetivo de impulsionar o mercado secundário de papéis de renda fixa.

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A tese da Cerc está relacionada ao crescimento do mercado de crédito privado, que tem avançado rapidamente graças à ampliação dos canais de distribuição. Bancos, fintechs e plataformas de investimento têm aumentado a oferta destes produtos a clientes de vários patamares de renda, o que ajuda a sustentar as emissões de papéis. Também têm crescido as emissões de instrumentos bancários, em um momento de juros elevados que desestimulam o investimento em ações.

O CEO da Cerc, Fernando Fontes, afirma que pode acontecer no Brasil fenômeno similar ao dos Estados Unidos, em que o mercado de crédito privado se tornou maior que os bancos no financiamento a empresas. Por lá, a catapulta foi a reforma do sistema financeiro após a crise mundial de 2008. Por aqui, é o amadurecimento do investidor e dos próprios canais de distribuição.

Registro de duplicatas

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A Cerc participa também das discussões sobre o registro centralizado de duplicatas, que são recibos que indicam que as empresas têm direito a receber pagamentos após o fornecimento de um produto ou serviço. As regras acordadas entre as registradoras participantes estão sendo analisadas pelo BC, e Fontes afirma que deve haver uma reposta do regulador a respeito do tema ainda esse ano.

A implementação do registro será por fases, sendo que a obrigatoriedade para as grandes empresas deve começar no ano que vem. Esse mercado é estimado em mais de R$ 10 trilhões anuais, e o registro deve destravar a concessão de crédito usando estes títulos como garantia. Hoje, o alto índice de fraudes cria um obstáculo ao crescimento deste uso.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 17/09/2024, às 17h49.

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A empresa acredita que as autorizações do BC e da CVM saem até o final do ano Foto: Divulgação/CVM - 01/11/2021

A registradora Cerc espera colocar no ar uma “bolsa” de instrumentos de renda fixa no primeiro trimestre do ano que vem. A empresa acredita que as autorizações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) necessárias para a operação saem até o final do ano, e quer estar pronta para iniciar as operações. Não há a intenção de criar um ambiente de negociação de renda variável, ao contrário do que outras empresas buscam.

Neste momento, a registradora tem feito testes de homologação, necessários para mostrar que os sistemas estão funcionando de acordo com o que os reguladores exigem. A futura bolsa terá o objetivo de impulsionar o mercado secundário de papéis de renda fixa.

A tese da Cerc está relacionada ao crescimento do mercado de crédito privado, que tem avançado rapidamente graças à ampliação dos canais de distribuição. Bancos, fintechs e plataformas de investimento têm aumentado a oferta destes produtos a clientes de vários patamares de renda, o que ajuda a sustentar as emissões de papéis. Também têm crescido as emissões de instrumentos bancários, em um momento de juros elevados que desestimulam o investimento em ações.

O CEO da Cerc, Fernando Fontes, afirma que pode acontecer no Brasil fenômeno similar ao dos Estados Unidos, em que o mercado de crédito privado se tornou maior que os bancos no financiamento a empresas. Por lá, a catapulta foi a reforma do sistema financeiro após a crise mundial de 2008. Por aqui, é o amadurecimento do investidor e dos próprios canais de distribuição.

Registro de duplicatas

A Cerc participa também das discussões sobre o registro centralizado de duplicatas, que são recibos que indicam que as empresas têm direito a receber pagamentos após o fornecimento de um produto ou serviço. As regras acordadas entre as registradoras participantes estão sendo analisadas pelo BC, e Fontes afirma que deve haver uma reposta do regulador a respeito do tema ainda esse ano.

A implementação do registro será por fases, sendo que a obrigatoriedade para as grandes empresas deve começar no ano que vem. Esse mercado é estimado em mais de R$ 10 trilhões anuais, e o registro deve destravar a concessão de crédito usando estes títulos como garantia. Hoje, o alto índice de fraudes cria um obstáculo ao crescimento deste uso.

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A registradora Cerc espera colocar no ar uma “bolsa” de instrumentos de renda fixa no primeiro trimestre do ano que vem. A empresa acredita que as autorizações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) necessárias para a operação saem até o final do ano, e quer estar pronta para iniciar as operações. Não há a intenção de criar um ambiente de negociação de renda variável, ao contrário do que outras empresas buscam.

Neste momento, a registradora tem feito testes de homologação, necessários para mostrar que os sistemas estão funcionando de acordo com o que os reguladores exigem. A futura bolsa terá o objetivo de impulsionar o mercado secundário de papéis de renda fixa.

A tese da Cerc está relacionada ao crescimento do mercado de crédito privado, que tem avançado rapidamente graças à ampliação dos canais de distribuição. Bancos, fintechs e plataformas de investimento têm aumentado a oferta destes produtos a clientes de vários patamares de renda, o que ajuda a sustentar as emissões de papéis. Também têm crescido as emissões de instrumentos bancários, em um momento de juros elevados que desestimulam o investimento em ações.

O CEO da Cerc, Fernando Fontes, afirma que pode acontecer no Brasil fenômeno similar ao dos Estados Unidos, em que o mercado de crédito privado se tornou maior que os bancos no financiamento a empresas. Por lá, a catapulta foi a reforma do sistema financeiro após a crise mundial de 2008. Por aqui, é o amadurecimento do investidor e dos próprios canais de distribuição.

Registro de duplicatas

A Cerc participa também das discussões sobre o registro centralizado de duplicatas, que são recibos que indicam que as empresas têm direito a receber pagamentos após o fornecimento de um produto ou serviço. As regras acordadas entre as registradoras participantes estão sendo analisadas pelo BC, e Fontes afirma que deve haver uma reposta do regulador a respeito do tema ainda esse ano.

A implementação do registro será por fases, sendo que a obrigatoriedade para as grandes empresas deve começar no ano que vem. Esse mercado é estimado em mais de R$ 10 trilhões anuais, e o registro deve destravar a concessão de crédito usando estes títulos como garantia. Hoje, o alto índice de fraudes cria um obstáculo ao crescimento deste uso.

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