Bastidores do mundo dos negócios

São Paulo cria programa para incentivar PPPs regionais de resíduos sólidos


Governo vai estimular criação de consórcios intermunicipais para gestão na área

Por Elisa Calmon
Municípios paulistas geram cerca de 40 mil toneladas de resíduos por dia Foto: Taba Benedicto/Estadão - 13/12/2023

O Governo do Estado de São Paulo lança amanhã, 05, Dia do Meio Ambiente, o programa Integra Resíduos. O objetivo é tornar o descarte de resíduos sólidos mais sustentável, reduzindo custos logísticos e aumentando o reaproveitamento dos materiais por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Com uma população de 45,2 milhões de habitantes, os municípios paulistas geram cerca de 40 mil toneladas de resíduos por dia, representando um gasto aproximado de R$ 6 bilhões por ano.

O Integra Resíduos busca minimizar problemas como aterros em fim de vida útil, destinação inadequada, utilização de aterros em valas e grandes deslocamentos para a destinação dos materiais. Para isso, o governo vai estimular a formação de consórcios intermunicipais entre os setores público e privado para a regionalização da gestão de resíduos.

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Consolidar as operações é importante ao considerar que os municípios paulistas de pequeno porte representam cerca de 70% do total, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende. Das 645 cidades, 442 têm menos de 30 mil habitantes.

Ganho de escala

“A regionalização permite ganhar escala para reduzir o custo logístico, trazer mais viabilidade econômico-financeira aos projetos de destinação de resíduos e aumentar a eficiência”, explica a secretária. Ela destaca que a iniciativa partiu de uma demanda dos próprios municípios que buscam alternativas mais sustentáveis.

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Na prática, o poder estadual apoiará as gestões municipais no desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental, arcabouço jurídico e estrutura de governança. A lista inclui também o mapeamento de potenciais investidores para a formação de parcerias público-privadas.

Entre os municípios paulistas, 604, cerca de 93% do total, destinam os resíduos urbanos de forma adequada, segundo o “Inventário de Resíduos Sólidos Urbanos 2023″, produzido pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb). O material é depositado em 302 aterros sanitários, sendo 87,7% públicos e 12,3% privados.

Pontos de atenção

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Atualmente, em 185 municípios de São Paulo é necessário percorrer mais de 50 quilômetros para destinar os resíduos em aterros ativos. Além da distância, o prazo de operação desses depósitos é um ponto de atenção citado pela secretária. Ela destaca que em 98 dos aterros a vida útil é inferior a dois anos, enquanto em 72 unidades o prazo varia de dois a cinco anos.

“São 170 pontos nos quais o Integra Resíduos, dentro do nosso papel estruturante, poderá atuar acelerando a mitigação e a transformação desses depósitos em fontes de recursos”, afirma. Nesse cenário, ela considera que a grande demanda e os prazos apertados exigem um modelo mais ágil e com maior com consciência ambiental.

A secretária defende a necessidade de valorizar os resíduos. Ela explica que, por meio da tecnologia, é possível transformá-los em fontes de energia, assim como produzir fertilizante, biometano e biogás, por exemplo. “A destinação correta de resíduos é uma forma muito concreta de sermos mais resilientes e responsivos do ponto de vista ambiental”, afirma.

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Para isso, o programa observa as estratégias, diretrizes e metas da política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com enfoque na prestação regionalizada dos serviços, geração de ganhos de escala, incremento da atividade econômica e inclusão social dos segmentos da população menos favorecida, com fomento a programas de reciclagem.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/06/24, às 11h27

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Municípios paulistas geram cerca de 40 mil toneladas de resíduos por dia Foto: Taba Benedicto/Estadão - 13/12/2023

O Governo do Estado de São Paulo lança amanhã, 05, Dia do Meio Ambiente, o programa Integra Resíduos. O objetivo é tornar o descarte de resíduos sólidos mais sustentável, reduzindo custos logísticos e aumentando o reaproveitamento dos materiais por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Com uma população de 45,2 milhões de habitantes, os municípios paulistas geram cerca de 40 mil toneladas de resíduos por dia, representando um gasto aproximado de R$ 6 bilhões por ano.

O Integra Resíduos busca minimizar problemas como aterros em fim de vida útil, destinação inadequada, utilização de aterros em valas e grandes deslocamentos para a destinação dos materiais. Para isso, o governo vai estimular a formação de consórcios intermunicipais entre os setores público e privado para a regionalização da gestão de resíduos.

Consolidar as operações é importante ao considerar que os municípios paulistas de pequeno porte representam cerca de 70% do total, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende. Das 645 cidades, 442 têm menos de 30 mil habitantes.

Ganho de escala

“A regionalização permite ganhar escala para reduzir o custo logístico, trazer mais viabilidade econômico-financeira aos projetos de destinação de resíduos e aumentar a eficiência”, explica a secretária. Ela destaca que a iniciativa partiu de uma demanda dos próprios municípios que buscam alternativas mais sustentáveis.

Na prática, o poder estadual apoiará as gestões municipais no desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental, arcabouço jurídico e estrutura de governança. A lista inclui também o mapeamento de potenciais investidores para a formação de parcerias público-privadas.

Entre os municípios paulistas, 604, cerca de 93% do total, destinam os resíduos urbanos de forma adequada, segundo o “Inventário de Resíduos Sólidos Urbanos 2023″, produzido pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb). O material é depositado em 302 aterros sanitários, sendo 87,7% públicos e 12,3% privados.

Pontos de atenção

Atualmente, em 185 municípios de São Paulo é necessário percorrer mais de 50 quilômetros para destinar os resíduos em aterros ativos. Além da distância, o prazo de operação desses depósitos é um ponto de atenção citado pela secretária. Ela destaca que em 98 dos aterros a vida útil é inferior a dois anos, enquanto em 72 unidades o prazo varia de dois a cinco anos.

“São 170 pontos nos quais o Integra Resíduos, dentro do nosso papel estruturante, poderá atuar acelerando a mitigação e a transformação desses depósitos em fontes de recursos”, afirma. Nesse cenário, ela considera que a grande demanda e os prazos apertados exigem um modelo mais ágil e com maior com consciência ambiental.

A secretária defende a necessidade de valorizar os resíduos. Ela explica que, por meio da tecnologia, é possível transformá-los em fontes de energia, assim como produzir fertilizante, biometano e biogás, por exemplo. “A destinação correta de resíduos é uma forma muito concreta de sermos mais resilientes e responsivos do ponto de vista ambiental”, afirma.

Para isso, o programa observa as estratégias, diretrizes e metas da política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com enfoque na prestação regionalizada dos serviços, geração de ganhos de escala, incremento da atividade econômica e inclusão social dos segmentos da população menos favorecida, com fomento a programas de reciclagem.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/06/24, às 11h27

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O Governo do Estado de São Paulo lança amanhã, 05, Dia do Meio Ambiente, o programa Integra Resíduos. O objetivo é tornar o descarte de resíduos sólidos mais sustentável, reduzindo custos logísticos e aumentando o reaproveitamento dos materiais por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Com uma população de 45,2 milhões de habitantes, os municípios paulistas geram cerca de 40 mil toneladas de resíduos por dia, representando um gasto aproximado de R$ 6 bilhões por ano.

O Integra Resíduos busca minimizar problemas como aterros em fim de vida útil, destinação inadequada, utilização de aterros em valas e grandes deslocamentos para a destinação dos materiais. Para isso, o governo vai estimular a formação de consórcios intermunicipais entre os setores público e privado para a regionalização da gestão de resíduos.

Consolidar as operações é importante ao considerar que os municípios paulistas de pequeno porte representam cerca de 70% do total, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende. Das 645 cidades, 442 têm menos de 30 mil habitantes.

Ganho de escala

“A regionalização permite ganhar escala para reduzir o custo logístico, trazer mais viabilidade econômico-financeira aos projetos de destinação de resíduos e aumentar a eficiência”, explica a secretária. Ela destaca que a iniciativa partiu de uma demanda dos próprios municípios que buscam alternativas mais sustentáveis.

Na prática, o poder estadual apoiará as gestões municipais no desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental, arcabouço jurídico e estrutura de governança. A lista inclui também o mapeamento de potenciais investidores para a formação de parcerias público-privadas.

Entre os municípios paulistas, 604, cerca de 93% do total, destinam os resíduos urbanos de forma adequada, segundo o “Inventário de Resíduos Sólidos Urbanos 2023″, produzido pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb). O material é depositado em 302 aterros sanitários, sendo 87,7% públicos e 12,3% privados.

Pontos de atenção

Atualmente, em 185 municípios de São Paulo é necessário percorrer mais de 50 quilômetros para destinar os resíduos em aterros ativos. Além da distância, o prazo de operação desses depósitos é um ponto de atenção citado pela secretária. Ela destaca que em 98 dos aterros a vida útil é inferior a dois anos, enquanto em 72 unidades o prazo varia de dois a cinco anos.

“São 170 pontos nos quais o Integra Resíduos, dentro do nosso papel estruturante, poderá atuar acelerando a mitigação e a transformação desses depósitos em fontes de recursos”, afirma. Nesse cenário, ela considera que a grande demanda e os prazos apertados exigem um modelo mais ágil e com maior com consciência ambiental.

A secretária defende a necessidade de valorizar os resíduos. Ela explica que, por meio da tecnologia, é possível transformá-los em fontes de energia, assim como produzir fertilizante, biometano e biogás, por exemplo. “A destinação correta de resíduos é uma forma muito concreta de sermos mais resilientes e responsivos do ponto de vista ambiental”, afirma.

Para isso, o programa observa as estratégias, diretrizes e metas da política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com enfoque na prestação regionalizada dos serviços, geração de ganhos de escala, incremento da atividade econômica e inclusão social dos segmentos da população menos favorecida, com fomento a programas de reciclagem.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/06/24, às 11h27

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