Bastidores do mundo dos negócios

Sem expectativa de venda, bancos estudam ficar com ações da Braskem


Opção voltou à mesa após Adnoc desistir de comprar parte da Novonor na petroquímica

Por Matheus Piovesana e Cynthia Decloedt
Rompimento na mina 18 da Braskem na Lagoa Mundau, em Maceió, em dezembro de 2023 Foto: THIAGO SAMPAIO -AG.ALAGOAS

Os bancos credores da Novonor (antiga Odebrecht) que têm ações da Braskem como garantia dessas dívidas voltaram a estudar a conversão dos débitos em ações da petroquímica. A alternativa está longe de ser a predileta pelas instituições financeiras, mas ganhou força diante da desistência da petroleira de Abu Dhabi Adnoc de comprar a fatia da Novonor na empresa. O agravamento da situação de antigas minas de sal-gema da Braskem em Maceió inviabilizou o negócio, mas não finalizou o impasse entre os bancos e a Novonor.

As instituições pediram ao escritório de advocacia Machado Meyer que elabore um estudo sobre possíveis formas de converter as dívidas em ações, segundo apurou a Coluna com diferentes fontes. O objetivo é entender como funcionaria a participação das instituições na companhia como acionistas.

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Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, e BNDES são detentores de mais de R$ 15 bilhões em créditos contra a Novonor, tomados antes de a empresa entrar em recuperação judicial.

Tragédia em Maceió assombra

A equação não é simples. O evento de Maceió, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ele relacionada e a própria relação com a outra controladora da Braskem, a Petrobras, são pontos de atenção. É preciso definir, por exemplo, uma relação de troca que faça sentido economicamente.

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Para os bancos, a conversão passa longe de ser a primeira opção. Mas há mais de três anos aguardam por essa venda, que com a desistência da Adnoc e as mudanças na Petrobras fica cada vez mais longe.

Se eventualmente se tornarem acionistas da empresa, as instituições teriam de definir qual papel teriam na estrutura de governança e na tomada de decisões. Nestes casos, é comum que os bancos prefiram a posição de investidores financeiros, em busca da melhor janela para desinvestir dos papéis. É o que devem fazer no caso de Americanas, em cuja capitalização devem contribuir com R$ 12 bilhões por meio da conversão de dívidas.

Procurados, os bancos e a Novonor não comentaram.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 28/06/24, às 16h32.

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Rompimento na mina 18 da Braskem na Lagoa Mundau, em Maceió, em dezembro de 2023 Foto: THIAGO SAMPAIO -AG.ALAGOAS

Os bancos credores da Novonor (antiga Odebrecht) que têm ações da Braskem como garantia dessas dívidas voltaram a estudar a conversão dos débitos em ações da petroquímica. A alternativa está longe de ser a predileta pelas instituições financeiras, mas ganhou força diante da desistência da petroleira de Abu Dhabi Adnoc de comprar a fatia da Novonor na empresa. O agravamento da situação de antigas minas de sal-gema da Braskem em Maceió inviabilizou o negócio, mas não finalizou o impasse entre os bancos e a Novonor.

As instituições pediram ao escritório de advocacia Machado Meyer que elabore um estudo sobre possíveis formas de converter as dívidas em ações, segundo apurou a Coluna com diferentes fontes. O objetivo é entender como funcionaria a participação das instituições na companhia como acionistas.

Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, e BNDES são detentores de mais de R$ 15 bilhões em créditos contra a Novonor, tomados antes de a empresa entrar em recuperação judicial.

Tragédia em Maceió assombra

A equação não é simples. O evento de Maceió, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ele relacionada e a própria relação com a outra controladora da Braskem, a Petrobras, são pontos de atenção. É preciso definir, por exemplo, uma relação de troca que faça sentido economicamente.

Para os bancos, a conversão passa longe de ser a primeira opção. Mas há mais de três anos aguardam por essa venda, que com a desistência da Adnoc e as mudanças na Petrobras fica cada vez mais longe.

Se eventualmente se tornarem acionistas da empresa, as instituições teriam de definir qual papel teriam na estrutura de governança e na tomada de decisões. Nestes casos, é comum que os bancos prefiram a posição de investidores financeiros, em busca da melhor janela para desinvestir dos papéis. É o que devem fazer no caso de Americanas, em cuja capitalização devem contribuir com R$ 12 bilhões por meio da conversão de dívidas.

Procurados, os bancos e a Novonor não comentaram.

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As instituições pediram ao escritório de advocacia Machado Meyer que elabore um estudo sobre possíveis formas de converter as dívidas em ações, segundo apurou a Coluna com diferentes fontes. O objetivo é entender como funcionaria a participação das instituições na companhia como acionistas.

Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, e BNDES são detentores de mais de R$ 15 bilhões em créditos contra a Novonor, tomados antes de a empresa entrar em recuperação judicial.

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A equação não é simples. O evento de Maceió, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ele relacionada e a própria relação com a outra controladora da Braskem, a Petrobras, são pontos de atenção. É preciso definir, por exemplo, uma relação de troca que faça sentido economicamente.

Para os bancos, a conversão passa longe de ser a primeira opção. Mas há mais de três anos aguardam por essa venda, que com a desistência da Adnoc e as mudanças na Petrobras fica cada vez mais longe.

Se eventualmente se tornarem acionistas da empresa, as instituições teriam de definir qual papel teriam na estrutura de governança e na tomada de decisões. Nestes casos, é comum que os bancos prefiram a posição de investidores financeiros, em busca da melhor janela para desinvestir dos papéis. É o que devem fazer no caso de Americanas, em cuja capitalização devem contribuir com R$ 12 bilhões por meio da conversão de dívidas.

Procurados, os bancos e a Novonor não comentaram.

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A equação não é simples. O evento de Maceió, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ele relacionada e a própria relação com a outra controladora da Braskem, a Petrobras, são pontos de atenção. É preciso definir, por exemplo, uma relação de troca que faça sentido economicamente.

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Se eventualmente se tornarem acionistas da empresa, as instituições teriam de definir qual papel teriam na estrutura de governança e na tomada de decisões. Nestes casos, é comum que os bancos prefiram a posição de investidores financeiros, em busca da melhor janela para desinvestir dos papéis. É o que devem fazer no caso de Americanas, em cuja capitalização devem contribuir com R$ 12 bilhões por meio da conversão de dívidas.

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