Bastidores do mundo dos negócios

Startups voltam a atrair capital, mas 2024 promete ser mais um ano difícil


Investimentos foram de US$ 187 milhões em janeiro, queda de 28% na comparação anual

Por Altamiro Silva Junior
Pessoa usando o aplicativo da fintech Conta Simples no celular. Cédito da foto: Divulgação Foto: Conta Simples/Divulgação

Os investimentos dos fundos de venture capital, que compram participação em startups, ensaiaram uma retomada em janeiro. Entre os nomes que apareceram, estão a fintech Conta Simples, que tem cartão de crédito corporativo, e a Daki, especializada em entregas rápidas, levantando US$ 187 milhões. Na comparação com dezembro, o volume cresceu 47%, mas ante janeiro de 2023 a queda foi de 28% no total investido, isso na comparação com um período já fraco, quando os investimentos já haviam caído mais de 50%, mostra levantamento do Distrito, que mapeia este setor na América Latina. Para gestores, o ano de 2024 ainda deve ser um período difícil e com desafios para empresas de tecnologia que queiram levantar recursos.

“Os fundos de venture capital estão sentados em uma montanha de dinheiro, mas para acessá-la tem de suar”, afirma o sócio da Norte Capital, Gustavo Ahrendes. Após o boom de 2020 e 2021, anos de juros muito baixos e de recorde de investimento em startups no Brasil e no mundo, o mercado entrou em rota de correção quando os bancos centrais começaram a elevar as taxas de juros para conter a inflação. Só em janeiro de 2021, foram US$ 720 milhões em aportes no Brasil, segundo o Distrito, em quase cem empresas, quase três vezes mais do que no mês passado, quando 35 startups captaram.

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Ahrendes diz que já esteve bem mais pessimista com os rumos desse mercado, como no começo de 2023, quando achava que ninguém mais iria conseguir levantar recursos. Agora, após a correção de preços e mudanças estruturais no setor, a qualidade das empresas melhorou, nenhum unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão) quebrou.

Outra diferença para os dias atuais é que as rodadas de captação devem demorar mais. Na época das vacas gordas, a Norte Capital chegava a receber 180 startups por mês buscando recursos. Agora são 40, na média. Seu fundo fez seis investimentos no ano passado e, este ano, talvez possa fazer 10, disse ele em um encontro da Distrito com gestores, empreendedores e investidores.

Para o CEO da gestora DXA, Oscar Decotelli, o ano de 2024 pode ser um período de transição para um momento melhor do mercado, que surgirá - talvez - em 2025. Por ora, o cenário ainda é de muita incerteza, local e externa.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 13/02/2024 às 12h32

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Pessoa usando o aplicativo da fintech Conta Simples no celular. Cédito da foto: Divulgação Foto: Conta Simples/Divulgação

Os investimentos dos fundos de venture capital, que compram participação em startups, ensaiaram uma retomada em janeiro. Entre os nomes que apareceram, estão a fintech Conta Simples, que tem cartão de crédito corporativo, e a Daki, especializada em entregas rápidas, levantando US$ 187 milhões. Na comparação com dezembro, o volume cresceu 47%, mas ante janeiro de 2023 a queda foi de 28% no total investido, isso na comparação com um período já fraco, quando os investimentos já haviam caído mais de 50%, mostra levantamento do Distrito, que mapeia este setor na América Latina. Para gestores, o ano de 2024 ainda deve ser um período difícil e com desafios para empresas de tecnologia que queiram levantar recursos.

“Os fundos de venture capital estão sentados em uma montanha de dinheiro, mas para acessá-la tem de suar”, afirma o sócio da Norte Capital, Gustavo Ahrendes. Após o boom de 2020 e 2021, anos de juros muito baixos e de recorde de investimento em startups no Brasil e no mundo, o mercado entrou em rota de correção quando os bancos centrais começaram a elevar as taxas de juros para conter a inflação. Só em janeiro de 2021, foram US$ 720 milhões em aportes no Brasil, segundo o Distrito, em quase cem empresas, quase três vezes mais do que no mês passado, quando 35 startups captaram.

Ahrendes diz que já esteve bem mais pessimista com os rumos desse mercado, como no começo de 2023, quando achava que ninguém mais iria conseguir levantar recursos. Agora, após a correção de preços e mudanças estruturais no setor, a qualidade das empresas melhorou, nenhum unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão) quebrou.

Outra diferença para os dias atuais é que as rodadas de captação devem demorar mais. Na época das vacas gordas, a Norte Capital chegava a receber 180 startups por mês buscando recursos. Agora são 40, na média. Seu fundo fez seis investimentos no ano passado e, este ano, talvez possa fazer 10, disse ele em um encontro da Distrito com gestores, empreendedores e investidores.

Para o CEO da gestora DXA, Oscar Decotelli, o ano de 2024 pode ser um período de transição para um momento melhor do mercado, que surgirá - talvez - em 2025. Por ora, o cenário ainda é de muita incerteza, local e externa.

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“Os fundos de venture capital estão sentados em uma montanha de dinheiro, mas para acessá-la tem de suar”, afirma o sócio da Norte Capital, Gustavo Ahrendes. Após o boom de 2020 e 2021, anos de juros muito baixos e de recorde de investimento em startups no Brasil e no mundo, o mercado entrou em rota de correção quando os bancos centrais começaram a elevar as taxas de juros para conter a inflação. Só em janeiro de 2021, foram US$ 720 milhões em aportes no Brasil, segundo o Distrito, em quase cem empresas, quase três vezes mais do que no mês passado, quando 35 startups captaram.

Ahrendes diz que já esteve bem mais pessimista com os rumos desse mercado, como no começo de 2023, quando achava que ninguém mais iria conseguir levantar recursos. Agora, após a correção de preços e mudanças estruturais no setor, a qualidade das empresas melhorou, nenhum unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão) quebrou.

Outra diferença para os dias atuais é que as rodadas de captação devem demorar mais. Na época das vacas gordas, a Norte Capital chegava a receber 180 startups por mês buscando recursos. Agora são 40, na média. Seu fundo fez seis investimentos no ano passado e, este ano, talvez possa fazer 10, disse ele em um encontro da Distrito com gestores, empreendedores e investidores.

Para o CEO da gestora DXA, Oscar Decotelli, o ano de 2024 pode ser um período de transição para um momento melhor do mercado, que surgirá - talvez - em 2025. Por ora, o cenário ainda é de muita incerteza, local e externa.

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