Bastidores do mundo dos negócios

SVB fecha mercado externo de dívida e pode dificultar captações do Brasil


Empresas brasileiras que pretendiam captar lá fora podem ter de engavetar planos após colapso do banco

Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Em menos de 48 horas, reguladores dos EUA fecharam o SVB e anunciaram que iriam garantir todos os depósitos Foto: Reuters/Brittany Hosea-Small

O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) fechou o mercado internacional de dívida ontem (13), o que levou empresas e instituições financeiras dos Estados Unidos e da Europa a adiarem, ao menos por ora, planos de novas captações. Algumas empresas brasileiras sondaram bancos de investimento para captar lá fora nas últimas semanas, mas podem ter de engavetar planos também, na avaliação de gestores e executivos de bancos.

Cotações de títulos de dívida (bonds) de bancos despencaram no mercado secundário americano, indício de que novas captações podem ficar complicadas, enquanto as ações do First Republic Bank caíram 62%. No Brasil, startups e bancos digitais, como C6, Nubank e Inter correram para mostrar que não têm ligação com o banco da Califórnia, famoso por financiar empresas nascentes de tecnologia.

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Captações no Brasil estão travadas

Bancos de investimento afirmaram recentemente que o mercado externo era uma das válvulas de escape para o fechamento do mercado de crédito doméstico, sobretudo após a descoberta do rombo da Americanas, que dificultou captações no Brasil. Agora, com a crise no SVB e as dúvidas sobre o impacto que ela pode ter no ciclo dos juros nos EUA, fecha-se mais um caminho de captação para as empresas brasileiras, prevê o sócio e gestor da JGP, Alexandre Muller. “Essa opção sai da mesa”, disse. O que pode trazer algum alívio no mercado doméstico seria a queda da taxa Selic, que favorece todas as empresas que demandam crédito, afirma Muller.

HSBC comprou braço do banco no Reino Unido por uma libra

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Nos EUA, a ação rápida de reguladores que fecharam, em menos de 48 horas, o SVB e no domingo anunciaram que iriam garantir todos os depósitos do banco ajudou a trazer certa tranquilidade ao mercado. Também ajudou a estratégia rápida do HSBC de assumir o braço do SVB no Reino Unido, por uma libra. Mas o clima de incerteza persiste, em meio a relatos de corridas para saques em bancos menores no país.

Evento difere da crise financeira de 2008, diz empresário

Em meio a muitas perguntas de investidores e empreendedores sobre os riscos gerados pela rápida quebra do banco americano, o cofundador do Mercado Livre e atualmente membro do conselho e advisor da companhia, Stello Tolda, descartou que o evento seja semelhante à crise financeira de 2008 ou ao estouro da bolha de internet do começo dos anos 2000. Para Tolda, os reguladores e o sistema financeiro se movimentaram rápido e, com a agilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ajudaram a dar confiança de que crise agora não é nos moldes das mais recentes.

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Mas a ruptura do SBV traz um alerta sobre como administrar caixa e levantar dinheiro novo, na visão de Tolda. Muitas startups e fintechs tinham o SBV como única instituição para operar seus negócios, inclusive de outros países como México e Brasil e agora correm para reaver recursos. Para ele, vale a velha regra, é preciso diversificar e não deixar tudo em um banco só.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 13/03/2023, às 17h42

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Em menos de 48 horas, reguladores dos EUA fecharam o SVB e anunciaram que iriam garantir todos os depósitos Foto: Reuters/Brittany Hosea-Small

O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) fechou o mercado internacional de dívida ontem (13), o que levou empresas e instituições financeiras dos Estados Unidos e da Europa a adiarem, ao menos por ora, planos de novas captações. Algumas empresas brasileiras sondaram bancos de investimento para captar lá fora nas últimas semanas, mas podem ter de engavetar planos também, na avaliação de gestores e executivos de bancos.

Cotações de títulos de dívida (bonds) de bancos despencaram no mercado secundário americano, indício de que novas captações podem ficar complicadas, enquanto as ações do First Republic Bank caíram 62%. No Brasil, startups e bancos digitais, como C6, Nubank e Inter correram para mostrar que não têm ligação com o banco da Califórnia, famoso por financiar empresas nascentes de tecnologia.

Captações no Brasil estão travadas

Bancos de investimento afirmaram recentemente que o mercado externo era uma das válvulas de escape para o fechamento do mercado de crédito doméstico, sobretudo após a descoberta do rombo da Americanas, que dificultou captações no Brasil. Agora, com a crise no SVB e as dúvidas sobre o impacto que ela pode ter no ciclo dos juros nos EUA, fecha-se mais um caminho de captação para as empresas brasileiras, prevê o sócio e gestor da JGP, Alexandre Muller. “Essa opção sai da mesa”, disse. O que pode trazer algum alívio no mercado doméstico seria a queda da taxa Selic, que favorece todas as empresas que demandam crédito, afirma Muller.

HSBC comprou braço do banco no Reino Unido por uma libra

Nos EUA, a ação rápida de reguladores que fecharam, em menos de 48 horas, o SVB e no domingo anunciaram que iriam garantir todos os depósitos do banco ajudou a trazer certa tranquilidade ao mercado. Também ajudou a estratégia rápida do HSBC de assumir o braço do SVB no Reino Unido, por uma libra. Mas o clima de incerteza persiste, em meio a relatos de corridas para saques em bancos menores no país.

Evento difere da crise financeira de 2008, diz empresário

Em meio a muitas perguntas de investidores e empreendedores sobre os riscos gerados pela rápida quebra do banco americano, o cofundador do Mercado Livre e atualmente membro do conselho e advisor da companhia, Stello Tolda, descartou que o evento seja semelhante à crise financeira de 2008 ou ao estouro da bolha de internet do começo dos anos 2000. Para Tolda, os reguladores e o sistema financeiro se movimentaram rápido e, com a agilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ajudaram a dar confiança de que crise agora não é nos moldes das mais recentes.

Mas a ruptura do SBV traz um alerta sobre como administrar caixa e levantar dinheiro novo, na visão de Tolda. Muitas startups e fintechs tinham o SBV como única instituição para operar seus negócios, inclusive de outros países como México e Brasil e agora correm para reaver recursos. Para ele, vale a velha regra, é preciso diversificar e não deixar tudo em um banco só.

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Em menos de 48 horas, reguladores dos EUA fecharam o SVB e anunciaram que iriam garantir todos os depósitos Foto: Reuters/Brittany Hosea-Small

O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) fechou o mercado internacional de dívida ontem (13), o que levou empresas e instituições financeiras dos Estados Unidos e da Europa a adiarem, ao menos por ora, planos de novas captações. Algumas empresas brasileiras sondaram bancos de investimento para captar lá fora nas últimas semanas, mas podem ter de engavetar planos também, na avaliação de gestores e executivos de bancos.

Cotações de títulos de dívida (bonds) de bancos despencaram no mercado secundário americano, indício de que novas captações podem ficar complicadas, enquanto as ações do First Republic Bank caíram 62%. No Brasil, startups e bancos digitais, como C6, Nubank e Inter correram para mostrar que não têm ligação com o banco da Califórnia, famoso por financiar empresas nascentes de tecnologia.

Captações no Brasil estão travadas

Bancos de investimento afirmaram recentemente que o mercado externo era uma das válvulas de escape para o fechamento do mercado de crédito doméstico, sobretudo após a descoberta do rombo da Americanas, que dificultou captações no Brasil. Agora, com a crise no SVB e as dúvidas sobre o impacto que ela pode ter no ciclo dos juros nos EUA, fecha-se mais um caminho de captação para as empresas brasileiras, prevê o sócio e gestor da JGP, Alexandre Muller. “Essa opção sai da mesa”, disse. O que pode trazer algum alívio no mercado doméstico seria a queda da taxa Selic, que favorece todas as empresas que demandam crédito, afirma Muller.

HSBC comprou braço do banco no Reino Unido por uma libra

Nos EUA, a ação rápida de reguladores que fecharam, em menos de 48 horas, o SVB e no domingo anunciaram que iriam garantir todos os depósitos do banco ajudou a trazer certa tranquilidade ao mercado. Também ajudou a estratégia rápida do HSBC de assumir o braço do SVB no Reino Unido, por uma libra. Mas o clima de incerteza persiste, em meio a relatos de corridas para saques em bancos menores no país.

Evento difere da crise financeira de 2008, diz empresário

Em meio a muitas perguntas de investidores e empreendedores sobre os riscos gerados pela rápida quebra do banco americano, o cofundador do Mercado Livre e atualmente membro do conselho e advisor da companhia, Stello Tolda, descartou que o evento seja semelhante à crise financeira de 2008 ou ao estouro da bolha de internet do começo dos anos 2000. Para Tolda, os reguladores e o sistema financeiro se movimentaram rápido e, com a agilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ajudaram a dar confiança de que crise agora não é nos moldes das mais recentes.

Mas a ruptura do SBV traz um alerta sobre como administrar caixa e levantar dinheiro novo, na visão de Tolda. Muitas startups e fintechs tinham o SBV como única instituição para operar seus negócios, inclusive de outros países como México e Brasil e agora correm para reaver recursos. Para ele, vale a velha regra, é preciso diversificar e não deixar tudo em um banco só.

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Bancos de investimento afirmaram recentemente que o mercado externo era uma das válvulas de escape para o fechamento do mercado de crédito doméstico, sobretudo após a descoberta do rombo da Americanas, que dificultou captações no Brasil. Agora, com a crise no SVB e as dúvidas sobre o impacto que ela pode ter no ciclo dos juros nos EUA, fecha-se mais um caminho de captação para as empresas brasileiras, prevê o sócio e gestor da JGP, Alexandre Muller. “Essa opção sai da mesa”, disse. O que pode trazer algum alívio no mercado doméstico seria a queda da taxa Selic, que favorece todas as empresas que demandam crédito, afirma Muller.

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Mas a ruptura do SBV traz um alerta sobre como administrar caixa e levantar dinheiro novo, na visão de Tolda. Muitas startups e fintechs tinham o SBV como única instituição para operar seus negócios, inclusive de outros países como México e Brasil e agora correm para reaver recursos. Para ele, vale a velha regra, é preciso diversificar e não deixar tudo em um banco só.

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