Bastidores do mundo dos negócios

TecBan quer usar Drex e Open Finance para ir além do Banco 24 Horas


Companhia pretende ampliar também serviços de conectividade e de transportes

Por Matheus Piovesana
A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País Foto: Jarbas Oliveira/Estadão

O Open Finance e o Drex, a versão digital do real, a oferta de serviços de conectividade ao varejo e o transporte de produtos de alto valor, como joias e eletrônicos, são parte de um cardápio de diversificação de fontes de receita que a TecBan quer explorar mais nos próximos anos. Conhecida do grande público por um negócio ligado à circulação de dinheiro vivo - a rede Banco 24 Horas -, a companhia quer ser menos dependente dele.

A TecBan fechou 2023 com faturamento de R$ 4,1 bilhões, dos quais 30% vieram dos chamados novos negócios. A ideia é elevar essa fatia a 50% nos próximos quatro anos. “A companhia tem uma diversificação grande, desde o mundo de software ao do transporte de valores não em dinheiro”, disse ao Broadcast o CEO da TecBan, Patricio Santelices.

continua após a publicidade

O executivo chegou à TecBan em fevereiro, substituindo a Jaques Rosenzvaig, que ocupou o cargo por 17 anos. Chileno, Santelices estava na fintech de pagamentos Transbank, e acumula passagens pelo Safra, pela Getnet e pelo Santander Brasil. Na TecBan, a missão é ampliar o leque sem descuidar daquele que ainda é o negócio principal.

Empresa já percorre vias de diversificação

As vias de diversificação são as que a empresa já percorre, mas com a oferta reforçada. As estruturas de transporte de valores, por exemplo, antes dedicadas ao dinheiro vivo, começaram a fazer o transporte de bens de alto valor, como joias, eletrônicos e insumos farmacêuticos. Uma ambição é levar os serviços de redes de comunicação ao varejo, que é cliente da empresa.

continua após a publicidade

Debaixo do grupo, que é controlado por diversos bancos, estão a transportadora de valores TBForte; a operadora de telecomunicações TBNet; e a Serviços Integrados, de instalação e manutenção dos caixas e de estruturas especializadas. Mas o Banco 24 Horas ainda é o principal negócio.

Outras duas vertentes que a TecBan tem ampliado são as do Open Finance e do Drex, em uma empreitada no mundo dos softwares. No caso do Open Finance, a TecBan oferece a infraestrutura para que instituições financeiras façam as trocas de informações, sejam elas bancos ou seguradoras.

No Drex, é parte do piloto do Banco Central, em consórcio com bancos e empresas de tecnologia. “O desafio maior é o da geração de receitas com o que vemos mais para o futuro. Temos um desafio de achar quanto o Drex gerará de receita”, afirmou Santelices.

continua após a publicidade

Rede não será deixada de lado

A rede do Banco 24 Horas não será deixada de lado durante esse processo, nem a própria gestão de caixas eletrônicos. Santelices afirma que a TecBan quer concentrar a gestão do atendimento bancário remoto das instituições. “Começar a gerir os pontos de atendimento dos acionistas, inclusive dentro das agências, é um caminho que estamos gradativamente colocando”, disse ele.

Embora os grandes bancos considerem a presença física como uma vantagem competitiva, a demanda por caixas eletrônicos nas agências próprias chegou a cair mais de 90% em alguns deles após a pandemia da covid-19.

continua após a publicidade

Segundo o Banco 24 Horas, 85% dos usuários utilizaram a rede no ano passado para fazer saques, o serviço mais utilizado. No entanto, no último ano, a circulação de numerário no País cresceu bem menos que os volumes de transação do Pix, por exemplo: houve alta de 3,6% nos valores em espécie que circulam pela economia, para R$ 337,2 bilhões, enquanto o Pix teve um salto de 55,1%, para R$ 2,083 trilhões, de acordo com o Banco Central.

“No Brasil, devem existir 150 mil caixas eletrônicos em toda a indústria financeira. Ainda tem uma possibilidade interessante de avançar na gestão segura e eficiente de uma rede que tem uma pressão de diminuição das transações”, afirmou o executivo.

A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País, mas tem apostado em modelos mais leves. A empresa tem instalado em comércios os chamados Atmos, equipamento similar a uma maquininha de cartão que permite aos comerciantes oferecer saques aos clientes com o dinheiro que está no caixa da loja, além de outros serviços bancários. Hoje, são 570 instalados, número que deve chegar a 800 até o final do ano.

continua após a publicidade

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 21/05/24, às 10h10

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

continua após a publicidade

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País Foto: Jarbas Oliveira/Estadão

O Open Finance e o Drex, a versão digital do real, a oferta de serviços de conectividade ao varejo e o transporte de produtos de alto valor, como joias e eletrônicos, são parte de um cardápio de diversificação de fontes de receita que a TecBan quer explorar mais nos próximos anos. Conhecida do grande público por um negócio ligado à circulação de dinheiro vivo - a rede Banco 24 Horas -, a companhia quer ser menos dependente dele.

A TecBan fechou 2023 com faturamento de R$ 4,1 bilhões, dos quais 30% vieram dos chamados novos negócios. A ideia é elevar essa fatia a 50% nos próximos quatro anos. “A companhia tem uma diversificação grande, desde o mundo de software ao do transporte de valores não em dinheiro”, disse ao Broadcast o CEO da TecBan, Patricio Santelices.

O executivo chegou à TecBan em fevereiro, substituindo a Jaques Rosenzvaig, que ocupou o cargo por 17 anos. Chileno, Santelices estava na fintech de pagamentos Transbank, e acumula passagens pelo Safra, pela Getnet e pelo Santander Brasil. Na TecBan, a missão é ampliar o leque sem descuidar daquele que ainda é o negócio principal.

Empresa já percorre vias de diversificação

As vias de diversificação são as que a empresa já percorre, mas com a oferta reforçada. As estruturas de transporte de valores, por exemplo, antes dedicadas ao dinheiro vivo, começaram a fazer o transporte de bens de alto valor, como joias, eletrônicos e insumos farmacêuticos. Uma ambição é levar os serviços de redes de comunicação ao varejo, que é cliente da empresa.

Debaixo do grupo, que é controlado por diversos bancos, estão a transportadora de valores TBForte; a operadora de telecomunicações TBNet; e a Serviços Integrados, de instalação e manutenção dos caixas e de estruturas especializadas. Mas o Banco 24 Horas ainda é o principal negócio.

Outras duas vertentes que a TecBan tem ampliado são as do Open Finance e do Drex, em uma empreitada no mundo dos softwares. No caso do Open Finance, a TecBan oferece a infraestrutura para que instituições financeiras façam as trocas de informações, sejam elas bancos ou seguradoras.

No Drex, é parte do piloto do Banco Central, em consórcio com bancos e empresas de tecnologia. “O desafio maior é o da geração de receitas com o que vemos mais para o futuro. Temos um desafio de achar quanto o Drex gerará de receita”, afirmou Santelices.

Rede não será deixada de lado

A rede do Banco 24 Horas não será deixada de lado durante esse processo, nem a própria gestão de caixas eletrônicos. Santelices afirma que a TecBan quer concentrar a gestão do atendimento bancário remoto das instituições. “Começar a gerir os pontos de atendimento dos acionistas, inclusive dentro das agências, é um caminho que estamos gradativamente colocando”, disse ele.

Embora os grandes bancos considerem a presença física como uma vantagem competitiva, a demanda por caixas eletrônicos nas agências próprias chegou a cair mais de 90% em alguns deles após a pandemia da covid-19.

Segundo o Banco 24 Horas, 85% dos usuários utilizaram a rede no ano passado para fazer saques, o serviço mais utilizado. No entanto, no último ano, a circulação de numerário no País cresceu bem menos que os volumes de transação do Pix, por exemplo: houve alta de 3,6% nos valores em espécie que circulam pela economia, para R$ 337,2 bilhões, enquanto o Pix teve um salto de 55,1%, para R$ 2,083 trilhões, de acordo com o Banco Central.

“No Brasil, devem existir 150 mil caixas eletrônicos em toda a indústria financeira. Ainda tem uma possibilidade interessante de avançar na gestão segura e eficiente de uma rede que tem uma pressão de diminuição das transações”, afirmou o executivo.

A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País, mas tem apostado em modelos mais leves. A empresa tem instalado em comércios os chamados Atmos, equipamento similar a uma maquininha de cartão que permite aos comerciantes oferecer saques aos clientes com o dinheiro que está no caixa da loja, além de outros serviços bancários. Hoje, são 570 instalados, número que deve chegar a 800 até o final do ano.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 21/05/24, às 10h10

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País Foto: Jarbas Oliveira/Estadão

O Open Finance e o Drex, a versão digital do real, a oferta de serviços de conectividade ao varejo e o transporte de produtos de alto valor, como joias e eletrônicos, são parte de um cardápio de diversificação de fontes de receita que a TecBan quer explorar mais nos próximos anos. Conhecida do grande público por um negócio ligado à circulação de dinheiro vivo - a rede Banco 24 Horas -, a companhia quer ser menos dependente dele.

A TecBan fechou 2023 com faturamento de R$ 4,1 bilhões, dos quais 30% vieram dos chamados novos negócios. A ideia é elevar essa fatia a 50% nos próximos quatro anos. “A companhia tem uma diversificação grande, desde o mundo de software ao do transporte de valores não em dinheiro”, disse ao Broadcast o CEO da TecBan, Patricio Santelices.

O executivo chegou à TecBan em fevereiro, substituindo a Jaques Rosenzvaig, que ocupou o cargo por 17 anos. Chileno, Santelices estava na fintech de pagamentos Transbank, e acumula passagens pelo Safra, pela Getnet e pelo Santander Brasil. Na TecBan, a missão é ampliar o leque sem descuidar daquele que ainda é o negócio principal.

Empresa já percorre vias de diversificação

As vias de diversificação são as que a empresa já percorre, mas com a oferta reforçada. As estruturas de transporte de valores, por exemplo, antes dedicadas ao dinheiro vivo, começaram a fazer o transporte de bens de alto valor, como joias, eletrônicos e insumos farmacêuticos. Uma ambição é levar os serviços de redes de comunicação ao varejo, que é cliente da empresa.

Debaixo do grupo, que é controlado por diversos bancos, estão a transportadora de valores TBForte; a operadora de telecomunicações TBNet; e a Serviços Integrados, de instalação e manutenção dos caixas e de estruturas especializadas. Mas o Banco 24 Horas ainda é o principal negócio.

Outras duas vertentes que a TecBan tem ampliado são as do Open Finance e do Drex, em uma empreitada no mundo dos softwares. No caso do Open Finance, a TecBan oferece a infraestrutura para que instituições financeiras façam as trocas de informações, sejam elas bancos ou seguradoras.

No Drex, é parte do piloto do Banco Central, em consórcio com bancos e empresas de tecnologia. “O desafio maior é o da geração de receitas com o que vemos mais para o futuro. Temos um desafio de achar quanto o Drex gerará de receita”, afirmou Santelices.

Rede não será deixada de lado

A rede do Banco 24 Horas não será deixada de lado durante esse processo, nem a própria gestão de caixas eletrônicos. Santelices afirma que a TecBan quer concentrar a gestão do atendimento bancário remoto das instituições. “Começar a gerir os pontos de atendimento dos acionistas, inclusive dentro das agências, é um caminho que estamos gradativamente colocando”, disse ele.

Embora os grandes bancos considerem a presença física como uma vantagem competitiva, a demanda por caixas eletrônicos nas agências próprias chegou a cair mais de 90% em alguns deles após a pandemia da covid-19.

Segundo o Banco 24 Horas, 85% dos usuários utilizaram a rede no ano passado para fazer saques, o serviço mais utilizado. No entanto, no último ano, a circulação de numerário no País cresceu bem menos que os volumes de transação do Pix, por exemplo: houve alta de 3,6% nos valores em espécie que circulam pela economia, para R$ 337,2 bilhões, enquanto o Pix teve um salto de 55,1%, para R$ 2,083 trilhões, de acordo com o Banco Central.

“No Brasil, devem existir 150 mil caixas eletrônicos em toda a indústria financeira. Ainda tem uma possibilidade interessante de avançar na gestão segura e eficiente de uma rede que tem uma pressão de diminuição das transações”, afirmou o executivo.

A TecBan tem cerca de 24 mil caixas espalhados pelo País, mas tem apostado em modelos mais leves. A empresa tem instalado em comércios os chamados Atmos, equipamento similar a uma maquininha de cartão que permite aos comerciantes oferecer saques aos clientes com o dinheiro que está no caixa da loja, além de outros serviços bancários. Hoje, são 570 instalados, número que deve chegar a 800 até o final do ano.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 21/05/24, às 10h10

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.