Bastidores do mundo dos negócios

Valor de R$ 10 bi a R$ 15 bi parece ser o piso da oferta da Sabesp, diz presidente da B3


Para Gilson Finkelsztain, operação da companhia de saneamento será a maior do ano

Por Cynthia Decloedt
Finkelsztain: acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é 'emblemático' e 'urgente' Foto: Alex Silva/Estadão - 23/10/2023

A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp pode superar os R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que o mercado comenta como provável a ser movimentado e liderar outras ofertas do setor de saneamento na Bolsa, segundo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.

“Me parece que R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões é o piso do follow-on (oferta subsequente) de Sabesp e o governo do Estado de São Paulo está muito comprometido em que a companhia seja uma empresa de referência de saneamento e ocupe esse espaço, de liderar o movimento para que outras empresas sejam listadas e atraiam capital”, afirmou em conversa com o Broadcast, paralelamente a evento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e B3 sobre mercado de capitais, em São Paulo.

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Segundo ele, este movimento de acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é “emblemático” e “urgente”. “O setor pode ser considerado o maior projeto social do Brasil”, acrescenta.

Na terça-feira, 04, à noite, a Sabesp informou que foi aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) a manutenção pelo Estado de São Paulo de um mínimo 18% do capital social da empresa, podendo ser superior a depender das condições do mercado. Também anunciou que a oferta pública deverá visar a selecionar um investidor profissional para atuar como investidor de referência da Sabesp após a desestatização, por meio da alocação prioritária de ações ordinárias representativas de 15% do capital social da companhia. Esses detalhes eram aguardados e as ações da companhia subiram mais de 8% até a tarde de hoje, 06.

Até o ano passado, havia expectativa que companhias como a Aegea e Iguá estreassem em Bolsa, com ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), mas com a mudança de expectativas em relação às taxas de juros no exterior e no Brasil, esse cenário mudou.

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IPOs só em 2025

O presidente da B3 acredita que as ofertas subsequentes são a agenda deste ano e que as ofertas iniciais ficam para 2025. Ele evitou fazer projeções, mas afirmou que a operação de privatização da Sabesp será a maior do ano.

“Hoje as incertezas e a política monetária fazem com que as ofertas iniciais, globalmente, fiquem em stand by, aguardando um momento de mais certezas”, disse. Segundo Finkelsztain, existem muitas indefinições no ambiente externo, com várias eleições presidenciais previstas – como a dos Estados Unidos –, discussões sobre a direção dos juros e inflação, além de questões geopolíticas.

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“Para que haja um ambiente mais saudável aos IPOs, é preciso que alguma dessas incertezas diminua e acho que isso vai ficar para o ano que vem”, declarou.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/06/24, às 16h03

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Finkelsztain: acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é 'emblemático' e 'urgente' Foto: Alex Silva/Estadão - 23/10/2023

A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp pode superar os R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que o mercado comenta como provável a ser movimentado e liderar outras ofertas do setor de saneamento na Bolsa, segundo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.

“Me parece que R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões é o piso do follow-on (oferta subsequente) de Sabesp e o governo do Estado de São Paulo está muito comprometido em que a companhia seja uma empresa de referência de saneamento e ocupe esse espaço, de liderar o movimento para que outras empresas sejam listadas e atraiam capital”, afirmou em conversa com o Broadcast, paralelamente a evento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e B3 sobre mercado de capitais, em São Paulo.

Segundo ele, este movimento de acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é “emblemático” e “urgente”. “O setor pode ser considerado o maior projeto social do Brasil”, acrescenta.

Na terça-feira, 04, à noite, a Sabesp informou que foi aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) a manutenção pelo Estado de São Paulo de um mínimo 18% do capital social da empresa, podendo ser superior a depender das condições do mercado. Também anunciou que a oferta pública deverá visar a selecionar um investidor profissional para atuar como investidor de referência da Sabesp após a desestatização, por meio da alocação prioritária de ações ordinárias representativas de 15% do capital social da companhia. Esses detalhes eram aguardados e as ações da companhia subiram mais de 8% até a tarde de hoje, 06.

Até o ano passado, havia expectativa que companhias como a Aegea e Iguá estreassem em Bolsa, com ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), mas com a mudança de expectativas em relação às taxas de juros no exterior e no Brasil, esse cenário mudou.

IPOs só em 2025

O presidente da B3 acredita que as ofertas subsequentes são a agenda deste ano e que as ofertas iniciais ficam para 2025. Ele evitou fazer projeções, mas afirmou que a operação de privatização da Sabesp será a maior do ano.

“Hoje as incertezas e a política monetária fazem com que as ofertas iniciais, globalmente, fiquem em stand by, aguardando um momento de mais certezas”, disse. Segundo Finkelsztain, existem muitas indefinições no ambiente externo, com várias eleições presidenciais previstas – como a dos Estados Unidos –, discussões sobre a direção dos juros e inflação, além de questões geopolíticas.

“Para que haja um ambiente mais saudável aos IPOs, é preciso que alguma dessas incertezas diminua e acho que isso vai ficar para o ano que vem”, declarou.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/06/24, às 16h03

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Finkelsztain: acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é 'emblemático' e 'urgente' Foto: Alex Silva/Estadão - 23/10/2023

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“Me parece que R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões é o piso do follow-on (oferta subsequente) de Sabesp e o governo do Estado de São Paulo está muito comprometido em que a companhia seja uma empresa de referência de saneamento e ocupe esse espaço, de liderar o movimento para que outras empresas sejam listadas e atraiam capital”, afirmou em conversa com o Broadcast, paralelamente a evento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e B3 sobre mercado de capitais, em São Paulo.

Segundo ele, este movimento de acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é “emblemático” e “urgente”. “O setor pode ser considerado o maior projeto social do Brasil”, acrescenta.

Na terça-feira, 04, à noite, a Sabesp informou que foi aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) a manutenção pelo Estado de São Paulo de um mínimo 18% do capital social da empresa, podendo ser superior a depender das condições do mercado. Também anunciou que a oferta pública deverá visar a selecionar um investidor profissional para atuar como investidor de referência da Sabesp após a desestatização, por meio da alocação prioritária de ações ordinárias representativas de 15% do capital social da companhia. Esses detalhes eram aguardados e as ações da companhia subiram mais de 8% até a tarde de hoje, 06.

Até o ano passado, havia expectativa que companhias como a Aegea e Iguá estreassem em Bolsa, com ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), mas com a mudança de expectativas em relação às taxas de juros no exterior e no Brasil, esse cenário mudou.

IPOs só em 2025

O presidente da B3 acredita que as ofertas subsequentes são a agenda deste ano e que as ofertas iniciais ficam para 2025. Ele evitou fazer projeções, mas afirmou que a operação de privatização da Sabesp será a maior do ano.

“Hoje as incertezas e a política monetária fazem com que as ofertas iniciais, globalmente, fiquem em stand by, aguardando um momento de mais certezas”, disse. Segundo Finkelsztain, existem muitas indefinições no ambiente externo, com várias eleições presidenciais previstas – como a dos Estados Unidos –, discussões sobre a direção dos juros e inflação, além de questões geopolíticas.

“Para que haja um ambiente mais saudável aos IPOs, é preciso que alguma dessas incertezas diminua e acho que isso vai ficar para o ano que vem”, declarou.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/06/24, às 16h03

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