Bastidores do mundo dos negócios

Venda de térmicas da Eletrobras avança e atrai Brookfield, Âmbar e Eneva


Negócio é estimado em R$ 8 bilhões e a expectativa é que saia este ano

Por Aline Bronzati, Altamiro Silva Junior e Luciana Collet
Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda Foto: Divulgação/Eletrobras

A canadense Brookfield, a empresa de energia Âmbar, do grupo J&F, a Eneva e a Diamante Energia estão entre os interessados que avançaram para a nova fase do processo de venda dos ativos térmicos da Eletrobras, um negócio estimado em R$ 8 bilhões. O grupo que passou para a segunda etapa de disputa conta com ao menos cinco nomes, de acordo com fontes que falaram na condição de anonimato.

Nesta etapa, os candidatos fazem uma nova análise dos dados para lançarem as chamadas ofertas vinculantes, aquelas que atrelam um preço firme pelo ativo e na qual também têm mais acesso a informações financeiras e estratégicas.

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Alguns destes interessados buscaram parceiros para desenhar uma proposta. É o caso da Eneva, que estaria se associando à gestora Perfin na iniciativa, e da Diamante Energia, que deve repetir a dobradinha com a Qatar Electricity & Water Company (QWEC), com quem já tem joint venture para investimentos em termelétricas a gás no Brasil.

Proposta é assessorada pelo Morgan Stanley

O prazo para a apresentação das ofertas vinculantes termina por volta de 20 de março. As propostas podem ser apresentadas para o pacote completo de ativos à venda, ou para termelétricas individuais. Mas, segundo fontes, haveria preferência pela venda do conjunto inteiro. A operação está sendo assessorada por um dos gigantes de Wall Street, o Morgan Stanley.

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O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW).

Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores, aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.

Rumo à descarbonização

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A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.

A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da Eletrobras, sob o comando de Ivan Monteiro, de desinvestir de ativos considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100% limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.

Procuradas, Eletrobras, Brookfield, Âmbar e Eneva não comentaram. Diamante e Perfin também não se pronunciaram.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 15/02/24, às 17h20

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Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda Foto: Divulgação/Eletrobras

A canadense Brookfield, a empresa de energia Âmbar, do grupo J&F, a Eneva e a Diamante Energia estão entre os interessados que avançaram para a nova fase do processo de venda dos ativos térmicos da Eletrobras, um negócio estimado em R$ 8 bilhões. O grupo que passou para a segunda etapa de disputa conta com ao menos cinco nomes, de acordo com fontes que falaram na condição de anonimato.

Nesta etapa, os candidatos fazem uma nova análise dos dados para lançarem as chamadas ofertas vinculantes, aquelas que atrelam um preço firme pelo ativo e na qual também têm mais acesso a informações financeiras e estratégicas.

Alguns destes interessados buscaram parceiros para desenhar uma proposta. É o caso da Eneva, que estaria se associando à gestora Perfin na iniciativa, e da Diamante Energia, que deve repetir a dobradinha com a Qatar Electricity & Water Company (QWEC), com quem já tem joint venture para investimentos em termelétricas a gás no Brasil.

Proposta é assessorada pelo Morgan Stanley

O prazo para a apresentação das ofertas vinculantes termina por volta de 20 de março. As propostas podem ser apresentadas para o pacote completo de ativos à venda, ou para termelétricas individuais. Mas, segundo fontes, haveria preferência pela venda do conjunto inteiro. A operação está sendo assessorada por um dos gigantes de Wall Street, o Morgan Stanley.

O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW).

Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores, aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.

Rumo à descarbonização

A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.

A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da Eletrobras, sob o comando de Ivan Monteiro, de desinvestir de ativos considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100% limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.

Procuradas, Eletrobras, Brookfield, Âmbar e Eneva não comentaram. Diamante e Perfin também não se pronunciaram.

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Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda Foto: Divulgação/Eletrobras

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O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW).

Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores, aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.

Rumo à descarbonização

A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.

A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da Eletrobras, sob o comando de Ivan Monteiro, de desinvestir de ativos considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100% limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.

Procuradas, Eletrobras, Brookfield, Âmbar e Eneva não comentaram. Diamante e Perfin também não se pronunciaram.

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