Bastidores do mundo dos negócios

Vinci Partners faz nova tentativa para vender controle da Austral


Há conversas iniciais entre a gestora e potenciais investidores estratégicos para venda da empresa que atua em seguros e resseguros

Por Aline Bronzati

A gestora Vinci Partners, com mais de R$ 63 bilhões em ativos sob gestão e listada na Nasdaq, está fazendo uma nova ofensiva para vender o controle do Grupo Austral, que atua nas áreas de seguros e resseguros, apurou a Coluna do Broadcast. Potenciais compradores seriam investidores estratégicos, ou seja, algum concorrente que atue nesses segmentos, de acordo com fontes.

Nomes são mantidos em sigilo uma vez que as conversas ainda estão em estágio preliminar, pede uma das fontes, na condição de anonimato. A Seneca Evercore, especializada em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), é quem assessora as negociações por parte da Vinci.

Estrangeiros já olharam negócio no passado

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Não é de hoje que a gestora tenta vender a Austral. Uma primeira tentativa para o desinvestimento foi feita em 2015. Conversas avançaram com o chinês Fosun e, depois, com a americana Argo, mas ambas não prosperaram.

De lá para cá, os rumos do negócio mudaram. A Austral cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições, marcou presença em contratos importantes, como o seguro da Petrobras, o que lhe garantiu a liderança no setor de petróleo, e avançou para o mercado internacional.

Austral tem a liderança em seguros para o setor de petróleo Foto: Marcos de Paula/Agência Estado
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Ativos somam mais de R$ 5 bilhões

Com uma carteira de investimentos de R$ 1,2 bilhão, o grupo Austral fechou 2022 com mais de R$ 3 bilhões em prêmios totais, que é o faturamento no jargão do setor, um salto de 41,4% ante 2021. Os ativos totais atingiram R$ 5,2 bilhões, alta de 32,8%, na mesma base de comparação. Por sua vez, o lucro líquido consolidado foi de R$ 76 milhões em 2022, avanço de 8,7% frente ao ano anterior.

Os melhores resultados já são reconhecidos pelo mercado. A AM Best, agência internacional de risco focada em seguros e resseguros, acaba de elevar o rating da Austral de ‘B++’ para ‘A-’, que indica que a companhia tem capacidade “excelente” de honrar as suas obrigações financeiras, segundo a classificadora.

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Empresa se tornou consolidadora em resseguros

Em vez de ser vendida, a Austral passou a ser consolidadora na área de resseguros, uma espécie de seguro das seguradoras. Em 2019, sua resseguradora anunciou uma fusão com a Terra Brasis, da Genial Investimentos (antiga Brasil Plural). Dois anos depois, a companhia resultante adquiriu a operação de resseguros da americana Markel no Brasil.

O motivo para a nova tentativa de venda do grupo é a maturação do negócio, de acordo com fontes, que pedem anonimato já que as informações não são públicas. Tradicionalmente, gestoras como a Vinci, com forte atuação na indústria de private equity (que compra participações em empresas), não ficam no capital de uma investida para sempre. Os fundos têm um prazo determinado para desinvestimento. Em média, esse período varia de sete a dez anos.

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“Momento de desinvestir”

O grupo Austral foi fundado em 2010 pelos sócios da Vinci, dentre eles, o ex-banqueiro Gilberto Sayão. A gestora controla a holding, com 70% do negócio, e tem ainda o braço financeiro do Banco Mundial, o International Finance Corporation (IFC), com 20%, e a Genial Investimentos (antiga Brasil Plural), com fatia de 10%, como sócios minoritários.

Ao longo de mais de uma década, o investimento na Austral ajudou a Vinci a suprir perdas de outros lados, mas a visão dos sócios é de que chegou o momento de desinvestir. Uma abertura de capital foi cogitada, conforme fontes. No entanto, a crise do ressegurador IRB Brasil Re, seguida da covid-19 e a volatilidade gerada pelo processo de aperto monetário no mundo inviabilizaram uma listagem em bolsa.

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Procurada, a Vinci Partners disse que “não comenta rumores de mercado”. A Austral também não quis se manifestar.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 27/04/2023, às 18h23

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A gestora Vinci Partners, com mais de R$ 63 bilhões em ativos sob gestão e listada na Nasdaq, está fazendo uma nova ofensiva para vender o controle do Grupo Austral, que atua nas áreas de seguros e resseguros, apurou a Coluna do Broadcast. Potenciais compradores seriam investidores estratégicos, ou seja, algum concorrente que atue nesses segmentos, de acordo com fontes.

Nomes são mantidos em sigilo uma vez que as conversas ainda estão em estágio preliminar, pede uma das fontes, na condição de anonimato. A Seneca Evercore, especializada em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), é quem assessora as negociações por parte da Vinci.

Estrangeiros já olharam negócio no passado

Não é de hoje que a gestora tenta vender a Austral. Uma primeira tentativa para o desinvestimento foi feita em 2015. Conversas avançaram com o chinês Fosun e, depois, com a americana Argo, mas ambas não prosperaram.

De lá para cá, os rumos do negócio mudaram. A Austral cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições, marcou presença em contratos importantes, como o seguro da Petrobras, o que lhe garantiu a liderança no setor de petróleo, e avançou para o mercado internacional.

Austral tem a liderança em seguros para o setor de petróleo Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Ativos somam mais de R$ 5 bilhões

Com uma carteira de investimentos de R$ 1,2 bilhão, o grupo Austral fechou 2022 com mais de R$ 3 bilhões em prêmios totais, que é o faturamento no jargão do setor, um salto de 41,4% ante 2021. Os ativos totais atingiram R$ 5,2 bilhões, alta de 32,8%, na mesma base de comparação. Por sua vez, o lucro líquido consolidado foi de R$ 76 milhões em 2022, avanço de 8,7% frente ao ano anterior.

Os melhores resultados já são reconhecidos pelo mercado. A AM Best, agência internacional de risco focada em seguros e resseguros, acaba de elevar o rating da Austral de ‘B++’ para ‘A-’, que indica que a companhia tem capacidade “excelente” de honrar as suas obrigações financeiras, segundo a classificadora.

Empresa se tornou consolidadora em resseguros

Em vez de ser vendida, a Austral passou a ser consolidadora na área de resseguros, uma espécie de seguro das seguradoras. Em 2019, sua resseguradora anunciou uma fusão com a Terra Brasis, da Genial Investimentos (antiga Brasil Plural). Dois anos depois, a companhia resultante adquiriu a operação de resseguros da americana Markel no Brasil.

O motivo para a nova tentativa de venda do grupo é a maturação do negócio, de acordo com fontes, que pedem anonimato já que as informações não são públicas. Tradicionalmente, gestoras como a Vinci, com forte atuação na indústria de private equity (que compra participações em empresas), não ficam no capital de uma investida para sempre. Os fundos têm um prazo determinado para desinvestimento. Em média, esse período varia de sete a dez anos.

“Momento de desinvestir”

O grupo Austral foi fundado em 2010 pelos sócios da Vinci, dentre eles, o ex-banqueiro Gilberto Sayão. A gestora controla a holding, com 70% do negócio, e tem ainda o braço financeiro do Banco Mundial, o International Finance Corporation (IFC), com 20%, e a Genial Investimentos (antiga Brasil Plural), com fatia de 10%, como sócios minoritários.

Ao longo de mais de uma década, o investimento na Austral ajudou a Vinci a suprir perdas de outros lados, mas a visão dos sócios é de que chegou o momento de desinvestir. Uma abertura de capital foi cogitada, conforme fontes. No entanto, a crise do ressegurador IRB Brasil Re, seguida da covid-19 e a volatilidade gerada pelo processo de aperto monetário no mundo inviabilizaram uma listagem em bolsa.

Procurada, a Vinci Partners disse que “não comenta rumores de mercado”. A Austral também não quis se manifestar.

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Nomes são mantidos em sigilo uma vez que as conversas ainda estão em estágio preliminar, pede uma das fontes, na condição de anonimato. A Seneca Evercore, especializada em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), é quem assessora as negociações por parte da Vinci.

Estrangeiros já olharam negócio no passado

Não é de hoje que a gestora tenta vender a Austral. Uma primeira tentativa para o desinvestimento foi feita em 2015. Conversas avançaram com o chinês Fosun e, depois, com a americana Argo, mas ambas não prosperaram.

De lá para cá, os rumos do negócio mudaram. A Austral cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições, marcou presença em contratos importantes, como o seguro da Petrobras, o que lhe garantiu a liderança no setor de petróleo, e avançou para o mercado internacional.

Austral tem a liderança em seguros para o setor de petróleo Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Ativos somam mais de R$ 5 bilhões

Com uma carteira de investimentos de R$ 1,2 bilhão, o grupo Austral fechou 2022 com mais de R$ 3 bilhões em prêmios totais, que é o faturamento no jargão do setor, um salto de 41,4% ante 2021. Os ativos totais atingiram R$ 5,2 bilhões, alta de 32,8%, na mesma base de comparação. Por sua vez, o lucro líquido consolidado foi de R$ 76 milhões em 2022, avanço de 8,7% frente ao ano anterior.

Os melhores resultados já são reconhecidos pelo mercado. A AM Best, agência internacional de risco focada em seguros e resseguros, acaba de elevar o rating da Austral de ‘B++’ para ‘A-’, que indica que a companhia tem capacidade “excelente” de honrar as suas obrigações financeiras, segundo a classificadora.

Empresa se tornou consolidadora em resseguros

Em vez de ser vendida, a Austral passou a ser consolidadora na área de resseguros, uma espécie de seguro das seguradoras. Em 2019, sua resseguradora anunciou uma fusão com a Terra Brasis, da Genial Investimentos (antiga Brasil Plural). Dois anos depois, a companhia resultante adquiriu a operação de resseguros da americana Markel no Brasil.

O motivo para a nova tentativa de venda do grupo é a maturação do negócio, de acordo com fontes, que pedem anonimato já que as informações não são públicas. Tradicionalmente, gestoras como a Vinci, com forte atuação na indústria de private equity (que compra participações em empresas), não ficam no capital de uma investida para sempre. Os fundos têm um prazo determinado para desinvestimento. Em média, esse período varia de sete a dez anos.

“Momento de desinvestir”

O grupo Austral foi fundado em 2010 pelos sócios da Vinci, dentre eles, o ex-banqueiro Gilberto Sayão. A gestora controla a holding, com 70% do negócio, e tem ainda o braço financeiro do Banco Mundial, o International Finance Corporation (IFC), com 20%, e a Genial Investimentos (antiga Brasil Plural), com fatia de 10%, como sócios minoritários.

Ao longo de mais de uma década, o investimento na Austral ajudou a Vinci a suprir perdas de outros lados, mas a visão dos sócios é de que chegou o momento de desinvestir. Uma abertura de capital foi cogitada, conforme fontes. No entanto, a crise do ressegurador IRB Brasil Re, seguida da covid-19 e a volatilidade gerada pelo processo de aperto monetário no mundo inviabilizaram uma listagem em bolsa.

Procurada, a Vinci Partners disse que “não comenta rumores de mercado”. A Austral também não quis se manifestar.

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Nomes são mantidos em sigilo uma vez que as conversas ainda estão em estágio preliminar, pede uma das fontes, na condição de anonimato. A Seneca Evercore, especializada em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), é quem assessora as negociações por parte da Vinci.

Estrangeiros já olharam negócio no passado

Não é de hoje que a gestora tenta vender a Austral. Uma primeira tentativa para o desinvestimento foi feita em 2015. Conversas avançaram com o chinês Fosun e, depois, com a americana Argo, mas ambas não prosperaram.

De lá para cá, os rumos do negócio mudaram. A Austral cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições, marcou presença em contratos importantes, como o seguro da Petrobras, o que lhe garantiu a liderança no setor de petróleo, e avançou para o mercado internacional.

Austral tem a liderança em seguros para o setor de petróleo Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Ativos somam mais de R$ 5 bilhões

Com uma carteira de investimentos de R$ 1,2 bilhão, o grupo Austral fechou 2022 com mais de R$ 3 bilhões em prêmios totais, que é o faturamento no jargão do setor, um salto de 41,4% ante 2021. Os ativos totais atingiram R$ 5,2 bilhões, alta de 32,8%, na mesma base de comparação. Por sua vez, o lucro líquido consolidado foi de R$ 76 milhões em 2022, avanço de 8,7% frente ao ano anterior.

Os melhores resultados já são reconhecidos pelo mercado. A AM Best, agência internacional de risco focada em seguros e resseguros, acaba de elevar o rating da Austral de ‘B++’ para ‘A-’, que indica que a companhia tem capacidade “excelente” de honrar as suas obrigações financeiras, segundo a classificadora.

Empresa se tornou consolidadora em resseguros

Em vez de ser vendida, a Austral passou a ser consolidadora na área de resseguros, uma espécie de seguro das seguradoras. Em 2019, sua resseguradora anunciou uma fusão com a Terra Brasis, da Genial Investimentos (antiga Brasil Plural). Dois anos depois, a companhia resultante adquiriu a operação de resseguros da americana Markel no Brasil.

O motivo para a nova tentativa de venda do grupo é a maturação do negócio, de acordo com fontes, que pedem anonimato já que as informações não são públicas. Tradicionalmente, gestoras como a Vinci, com forte atuação na indústria de private equity (que compra participações em empresas), não ficam no capital de uma investida para sempre. Os fundos têm um prazo determinado para desinvestimento. Em média, esse período varia de sete a dez anos.

“Momento de desinvestir”

O grupo Austral foi fundado em 2010 pelos sócios da Vinci, dentre eles, o ex-banqueiro Gilberto Sayão. A gestora controla a holding, com 70% do negócio, e tem ainda o braço financeiro do Banco Mundial, o International Finance Corporation (IFC), com 20%, e a Genial Investimentos (antiga Brasil Plural), com fatia de 10%, como sócios minoritários.

Ao longo de mais de uma década, o investimento na Austral ajudou a Vinci a suprir perdas de outros lados, mas a visão dos sócios é de que chegou o momento de desinvestir. Uma abertura de capital foi cogitada, conforme fontes. No entanto, a crise do ressegurador IRB Brasil Re, seguida da covid-19 e a volatilidade gerada pelo processo de aperto monetário no mundo inviabilizaram uma listagem em bolsa.

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Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 27/04/2023, às 18h23

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Nomes são mantidos em sigilo uma vez que as conversas ainda estão em estágio preliminar, pede uma das fontes, na condição de anonimato. A Seneca Evercore, especializada em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), é quem assessora as negociações por parte da Vinci.

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Não é de hoje que a gestora tenta vender a Austral. Uma primeira tentativa para o desinvestimento foi feita em 2015. Conversas avançaram com o chinês Fosun e, depois, com a americana Argo, mas ambas não prosperaram.

De lá para cá, os rumos do negócio mudaram. A Austral cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições, marcou presença em contratos importantes, como o seguro da Petrobras, o que lhe garantiu a liderança no setor de petróleo, e avançou para o mercado internacional.

Austral tem a liderança em seguros para o setor de petróleo Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Ativos somam mais de R$ 5 bilhões

Com uma carteira de investimentos de R$ 1,2 bilhão, o grupo Austral fechou 2022 com mais de R$ 3 bilhões em prêmios totais, que é o faturamento no jargão do setor, um salto de 41,4% ante 2021. Os ativos totais atingiram R$ 5,2 bilhões, alta de 32,8%, na mesma base de comparação. Por sua vez, o lucro líquido consolidado foi de R$ 76 milhões em 2022, avanço de 8,7% frente ao ano anterior.

Os melhores resultados já são reconhecidos pelo mercado. A AM Best, agência internacional de risco focada em seguros e resseguros, acaba de elevar o rating da Austral de ‘B++’ para ‘A-’, que indica que a companhia tem capacidade “excelente” de honrar as suas obrigações financeiras, segundo a classificadora.

Empresa se tornou consolidadora em resseguros

Em vez de ser vendida, a Austral passou a ser consolidadora na área de resseguros, uma espécie de seguro das seguradoras. Em 2019, sua resseguradora anunciou uma fusão com a Terra Brasis, da Genial Investimentos (antiga Brasil Plural). Dois anos depois, a companhia resultante adquiriu a operação de resseguros da americana Markel no Brasil.

O motivo para a nova tentativa de venda do grupo é a maturação do negócio, de acordo com fontes, que pedem anonimato já que as informações não são públicas. Tradicionalmente, gestoras como a Vinci, com forte atuação na indústria de private equity (que compra participações em empresas), não ficam no capital de uma investida para sempre. Os fundos têm um prazo determinado para desinvestimento. Em média, esse período varia de sete a dez anos.

“Momento de desinvestir”

O grupo Austral foi fundado em 2010 pelos sócios da Vinci, dentre eles, o ex-banqueiro Gilberto Sayão. A gestora controla a holding, com 70% do negócio, e tem ainda o braço financeiro do Banco Mundial, o International Finance Corporation (IFC), com 20%, e a Genial Investimentos (antiga Brasil Plural), com fatia de 10%, como sócios minoritários.

Ao longo de mais de uma década, o investimento na Austral ajudou a Vinci a suprir perdas de outros lados, mas a visão dos sócios é de que chegou o momento de desinvestir. Uma abertura de capital foi cogitada, conforme fontes. No entanto, a crise do ressegurador IRB Brasil Re, seguida da covid-19 e a volatilidade gerada pelo processo de aperto monetário no mundo inviabilizaram uma listagem em bolsa.

Procurada, a Vinci Partners disse que “não comenta rumores de mercado”. A Austral também não quis se manifestar.

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