Bastidores do mundo dos negócios

Volatilidade geopolítica global faz empresas repensarem joint ventures


Pesquisa mostra que 33% dos executivos consideram mudar negócios para outros lugares

Por Cynthia Decloedt
Restrições comerciais à China são o principal fator para eventual mudança de sede Foto: David Kirton/Reuters

O aumento da turbulência no mundo, com o impacto das guerras recentes, das restrições comerciais à China, riscos climáticos e da pandemia nos preços e oferta de produtos globalmente, está fazendo crescer também o número de companhias que estão repensando suas joint ventures internacionalmente.

A consultoria Boston Consulting Group (BCG) levantou junto a 159 executivos que 33% deles estão avaliando a possibilidade de transferir suas joint ventures para outros lugares, 16% pretendem renegociar os termos de suas parcerias e 13% irão encerrar essas operações. Joint ventures são companhias formadas por duas empresas parceiras, com participação normalmente de 50% cada.

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Os entrevistados demonstram ainda insegurança com o futuro. Este fim de semana, por exemplo, emergiu a possibilidade de um conflito entre Irã e Israel, que se soma à guerra Rússia e Ucrânia e da ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza. Apenas 23% dos empresários se consideraram bem preparados para lidar com os desafios futuros, enquanto 70% afirmam estar apenas um pouco preparados e 8% não se sentem nada preparados para enfrentar os cenários geopolíticos que possam surgir.

Fatia que considera mudança é expressiva

“A maioria das companhias segue comprometida com os objetivos que as levaram a criar empresas em parceria com outros players, mas é expressivo que um terço esteja considerando mudanças estruturantes, por meio da saída dos atuais domicílios”, diz o sócio e diretor executivo do BCG, Lucas Zuquim.

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Segundo ele, a maior parte desta transferência das joint ventures para outras localidades está relacionada com as restrições comerciais que vem sendo impostas contra a China, nos campos de tecnologia e da sustentabilidade ambiental.

Os novos destinos são majoritariamente outros países asiáticos e Estados Unidos e Europa, que têm, por outro lado, adotado políticas que favorecem a produção nessas regiões. Zuquim diz que a América Latina não aparece como um destino nas transferências de joint ventures, mas ressalva que empresas estrangeiras continuam vendo a região como um local favorável para constituírem subsidiárias.

Entre as empresas globais que pretendem seguir com suas joint ventures nas atuais localidades, a estratégia têm sido assegurar seus interesses por meio de práticas de restrição de acesso à propriedade intelectual e matérias-primas críticas, além de estabelecer relações diretas com outros clientes e fornecedores.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 15/04/24, às 15h37

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Restrições comerciais à China são o principal fator para eventual mudança de sede Foto: David Kirton/Reuters

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Os entrevistados demonstram ainda insegurança com o futuro. Este fim de semana, por exemplo, emergiu a possibilidade de um conflito entre Irã e Israel, que se soma à guerra Rússia e Ucrânia e da ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza. Apenas 23% dos empresários se consideraram bem preparados para lidar com os desafios futuros, enquanto 70% afirmam estar apenas um pouco preparados e 8% não se sentem nada preparados para enfrentar os cenários geopolíticos que possam surgir.

Fatia que considera mudança é expressiva

“A maioria das companhias segue comprometida com os objetivos que as levaram a criar empresas em parceria com outros players, mas é expressivo que um terço esteja considerando mudanças estruturantes, por meio da saída dos atuais domicílios”, diz o sócio e diretor executivo do BCG, Lucas Zuquim.

Segundo ele, a maior parte desta transferência das joint ventures para outras localidades está relacionada com as restrições comerciais que vem sendo impostas contra a China, nos campos de tecnologia e da sustentabilidade ambiental.

Os novos destinos são majoritariamente outros países asiáticos e Estados Unidos e Europa, que têm, por outro lado, adotado políticas que favorecem a produção nessas regiões. Zuquim diz que a América Latina não aparece como um destino nas transferências de joint ventures, mas ressalva que empresas estrangeiras continuam vendo a região como um local favorável para constituírem subsidiárias.

Entre as empresas globais que pretendem seguir com suas joint ventures nas atuais localidades, a estratégia têm sido assegurar seus interesses por meio de práticas de restrição de acesso à propriedade intelectual e matérias-primas críticas, além de estabelecer relações diretas com outros clientes e fornecedores.

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Os entrevistados demonstram ainda insegurança com o futuro. Este fim de semana, por exemplo, emergiu a possibilidade de um conflito entre Irã e Israel, que se soma à guerra Rússia e Ucrânia e da ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza. Apenas 23% dos empresários se consideraram bem preparados para lidar com os desafios futuros, enquanto 70% afirmam estar apenas um pouco preparados e 8% não se sentem nada preparados para enfrentar os cenários geopolíticos que possam surgir.

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“A maioria das companhias segue comprometida com os objetivos que as levaram a criar empresas em parceria com outros players, mas é expressivo que um terço esteja considerando mudanças estruturantes, por meio da saída dos atuais domicílios”, diz o sócio e diretor executivo do BCG, Lucas Zuquim.

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Os novos destinos são majoritariamente outros países asiáticos e Estados Unidos e Europa, que têm, por outro lado, adotado políticas que favorecem a produção nessas regiões. Zuquim diz que a América Latina não aparece como um destino nas transferências de joint ventures, mas ressalva que empresas estrangeiras continuam vendo a região como um local favorável para constituírem subsidiárias.

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Os entrevistados demonstram ainda insegurança com o futuro. Este fim de semana, por exemplo, emergiu a possibilidade de um conflito entre Irã e Israel, que se soma à guerra Rússia e Ucrânia e da ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza. Apenas 23% dos empresários se consideraram bem preparados para lidar com os desafios futuros, enquanto 70% afirmam estar apenas um pouco preparados e 8% não se sentem nada preparados para enfrentar os cenários geopolíticos que possam surgir.

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“A maioria das companhias segue comprometida com os objetivos que as levaram a criar empresas em parceria com outros players, mas é expressivo que um terço esteja considerando mudanças estruturantes, por meio da saída dos atuais domicílios”, diz o sócio e diretor executivo do BCG, Lucas Zuquim.

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