A Agristar, que lidera a produção de sementes de hortaliças do País, pretende crescer 17% em faturamento este ano, para R$ 269 milhões. Marcos Vieira, gerente de marketing, diz que a expansão virá de duas frentes: com ganho de market share – hoje em torno de 20% –, a partir do lançamento de sementes de frutas, legumes e verduras, e também com a recente aquisição de 80% da Hortivale, produtora do segmento em Pombos (PE).
Além da liderança em sementes de cebola, mamão, melão amarelo, tomate para indústria e de abóbora da variedade tetsakabuto, a Agristar quer crescer também em tomate de mesa, folhosas como alface, além de couve-flor e brócolis.
Reforço na infraestrutura
Para atender à demanda, a Agristar dobrará, este ano, a capacidade de produção em Orizona (GO), que hoje beneficia 300 toneladas de sementes por ano, e aumentará em 50% o armazém na sede, em Santo Antônio de Posse (SP), com investimentos de R$ 10 milhões.
Jardinagem na mira
Outra aposta para 2024 é ampliar vendas em jardinagem e lazer. “O setor tem dado sinais de recuperação após a queda no pós-pandemia”, diz Vieira. Para tanto, a Agristar adquiriu, em 2023, a TSV, que tem importante fatia de mercado de envelopes de sementes no Sul do País e passará a comercializar a linha Top Seed Garden.
Além do 4G
A TIM quer levar para os mais de 30 grandes grupos do agro que atende também soluções de agricultura digital. A empresa estuda parcerias com agtechs e empresas de tecnologia, diz Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM Brasil. “Queremos fornecer soluções em agricultura de precisão e monitoramento de safra”, diz. A estratégia integra a meta da companhia de alcançar 20 milhões de hectares conectados na área rural até o fim deste ano.
Conecta
Para os grupos agrícolas mais avançados na transformação digital, a TIM está iniciando a implementação da tecnologia 5G. Há um projeto com o Grupo São Martinho. “Entendemos que o 5G pode ser a solução mais adequada para as agroindústrias fazerem a automação industrial, como as usinas de cana”, avalia. A empresa vê no agro o maior potencial de crescimento do mercado corporativo (B2B) IoT da TIM, que é líder em conectividade nas áreas de produção.
Num só lugar
Marketplace que há 20 anos reuniu empresas que ofereciam produtos agropecuários e compradores interessados em negociar preço e frete, o MF Rural espera fechar 2024 com aumento de 10% a 12% nas vendas. Como os preços dos grãos estão mais baixos, o resultado deve vir da contribuição de outras cadeias, como a leiteira, de sementes para pastagem e de frutas, conta Roberto Fabrizzi Lucas, o CEO. Ele destaca ainda a maior demanda por mudas e tratores usados. Em 2023, as vendas na plataforma somaram R$ 5,5 bilhões, sendo que o maior montante, de cerca de 35%, foi de máquinas e implementos.
Mais dinheiro
O MF Rural prevê para este ano lançar uma linha de crédito própria, por meio do MF Bank. A startup hoje é responsável apenas pela gestão dos leilões de animais realizados na plataforma, que devem avançar de 96 para 120 até dezembro. l
Enche o balde
A AgroForte começou a financiar pecuaristas recebendo leite como pagamento. A operação foi viabilizada pela triangulação entre a fintech, o laticínio Scala e a DeLaval, fabricante de máquinas para a pecuária leiteira. Os equipamentos da marca são financiados pela AgroForte, e a Scala, por sua vez, retém o pagamento do leite fornecido pelos produtores, destinando-o à amortização do empréstimo. Hoje o foco são 850 pecuaristas mineiros, mas a ideia, diz João Pedro O’Callaghan, head de Novos Negócios da AgroForte, é estender para o País.
Giro
Safra de soja deve subir para 156,5 milhões de toneladas
A Agroconsult revisou para cima sua projeção para a safra de soja 2023/24 do Brasil. Serão 156,5 milhões de toneladas, disse a consultoria, após percorrer regiões produtoras no Rally da Safra. O Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) teve produtividade acima da esperada. Rio Grande do Sul também ajuda após 3 anos de perdas.
Vem aí
Fiscais agropecuários vãoà Justiça contra portaria
O sindicato que representa os auditores federais agropecuários, Anffa Sindical, promete entrar na Justiça contra portaria da categoria vê risco e inviabilidade de cumprir a medida./TÂNIA RABELLO, ISADORA DUARTE, AUDRYN KAROLYNE e VINICIUS GALERA