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Frigorífico Barra Mansa quer abater rebanho próprio e ter mais controle da produção


Grupo terá confinamento próprio com 30 mil cabeças por ano

Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

O frigorífico Barra Mansa, de Sertãozinho (SP), vai mudar sua estratégia de aquisição de gado de corte para controlar mais a origem dos bois e a qualidade do produto final. Guilherme Oranges, diretor comercial, conta que pretende operar em 2024 um confinamento próprio que, em cinco anos, deve chegar a cerca de 30 mil cabeças por ano, ou mais de 10% das 280 mil a serem abatidas em 2023. Contratos fechados antecipadamente com pecuaristas também aumentarão, de 10% do total hoje, para até 25%. Com isso, bois comprados no mercado – 90% do bolo neste ano – representarão de 50% a 55% até lá. “Com maior controle da matéria-prima, poderemos obter cortes de maior valor agregado e garantir rastreabilidade a clientes”, explica.

Empresa vende carne com garantia de origem Foto: Jorge Martins/Barra Mansa

Rastreabilidade é tendência sem volta

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As exportações do Barra Mansa ganharam peso em quatro anos, de 20% para 50% da receita. Entre os compradores estão China (com 80%), Europa e Arábia Saudita. “A preocupação com rastreabilidade não passa mais só pela Europa; já surge em outros mercados”, diz o executivo.

Exigências em alta também no Brasil

Aqui, o Barra Mansa vende carne com garantia de origem ao Pão de Açúcar. A empresa rastreia 100% dos fornecedores diretos (de bois gordos) e logo chegará a 50% dos indiretos (de bezerros e bois magros). Em 2022, faturou R$ 2,6 bilhões, valor que pode cair em 2023, com o embargo da China este ano e o câmbio desvalorizado

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SUPERA. A mineira Satis, de nutrição vegetal, viu seu faturamento crescer 17,6% na safra 2022/23, encerrada em junho, para R$ 104,7 milhões. Pela primeira vez, a empresa superou a marca dos R$ 100 milhões, diz Endrigo Bezerra, o diretor executivo. O aumento de 19% no preço médio de seus fertilizantes foliares, organominerais e biológicos compensou o volume vendido 4,6% menor, de 1,977 milhão de litros de insumos. Para o próximo ciclo, a Satis espera avançar pelo menos 20% em receita e ampliar sua participação nas lavouras de soja, milho, trigo, feijão, café, algodão e hortifrúti.

PERTINHO. A meta da Satis é também ganhar mercado em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Atenta à maior demanda, a empresa ampliou sua capacidade de produção em 50% e investiu em novos centros de distribuição - um deles está sendo concluído em Imperatriz (MA). “Um dos principais desafios é ter o produto próximo ao consumidor, porque ele vem optando por adquirir os insumos no momento da utilização. O reforço da estrutura de logística será fundamental”, avalia Bezerra.

AUXÍLIO LOGÍSTICO. O agronegócio tem dado impulso às vendas do e-commerce de empilhadeiras Netmak. Do total de máquinas vendidas, pelo menos 20% das 700 previstas devem ser destinadas ao setor este ano, ou 45% acima de 2022, diz Silene Medeiros, CEO da empresa. O principal modelo buscado pelo agro, para movimentação de big bags para grãos, tem capacidade de 2,5 toneladas e torre de seis metros. A receita anual deve saltar de R$ 60 milhões em 2022 para R$ 90 milhões em 2023.

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MAIS BOLSOS. A Syngenta pretende aproveitar a COP-28 (conferência sobre mudanças climáticas da ONU, em Dubai, nos Emirados Árabes) para atrair investidores internacionais para seu projeto Reverte, de recuperação de pastagens. Grazielle Parenti, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade na América Latina, conta que vem promovendo a iniciativa no exterior, após dois anos focada no Brasil. “Não faremos essa transformação sozinhos, é preciso muito recurso.”

PODE CONFERIR. No Brasil, onde o Itaú BBA é parceiro de crédito para financiar ações nas fazendas dos produtores, a Syngenta acabou de atingir R$ 500 milhões em valor desembolsado para a recuperação de quase 150 mil hectares, diz Parenti. “A quantidade de empresas que vêm atrás de nós querendo fazer parceria é enorme.” A meta é chegar a 2027 com 1 milhão de hectares recuperados, com recursos de US$ 750 milhões.

GIRO

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Setor leiteiro cobra medidas para limitar importações

 Foto: Rubens Cardia/Estadão

A compra de R$ 200 milhões em leite em pó pelo governo federal não será suficiente para enxugar o mercado e fazer subir os preços do produto, avaliam entidades do setor. Produtores querem que o governo adote medidas para limitar a importação de leite uruguaio e argentino. O problema é que cotas ou aumento de alíquotas esbarram no acordo do Mercosul.

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VEM AÍ

 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Expedição Pro Farmer avalia lavouras nos EUA

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A tradicional expedição Pro Farmer, que nesta semana percorre lavouras norte-americanas, ganha ainda mais atenção após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduzir o rendimento da soja do país acima do esperado pelo mercado. Investidores querem saber se o clima ameno no começo de agosto favoreceu ou não a safra./ CLARICE COUTO, ISADORA DUARTE e AUDRYN KAROLYNE

O frigorífico Barra Mansa, de Sertãozinho (SP), vai mudar sua estratégia de aquisição de gado de corte para controlar mais a origem dos bois e a qualidade do produto final. Guilherme Oranges, diretor comercial, conta que pretende operar em 2024 um confinamento próprio que, em cinco anos, deve chegar a cerca de 30 mil cabeças por ano, ou mais de 10% das 280 mil a serem abatidas em 2023. Contratos fechados antecipadamente com pecuaristas também aumentarão, de 10% do total hoje, para até 25%. Com isso, bois comprados no mercado – 90% do bolo neste ano – representarão de 50% a 55% até lá. “Com maior controle da matéria-prima, poderemos obter cortes de maior valor agregado e garantir rastreabilidade a clientes”, explica.

Empresa vende carne com garantia de origem Foto: Jorge Martins/Barra Mansa

Rastreabilidade é tendência sem volta

As exportações do Barra Mansa ganharam peso em quatro anos, de 20% para 50% da receita. Entre os compradores estão China (com 80%), Europa e Arábia Saudita. “A preocupação com rastreabilidade não passa mais só pela Europa; já surge em outros mercados”, diz o executivo.

Exigências em alta também no Brasil

Aqui, o Barra Mansa vende carne com garantia de origem ao Pão de Açúcar. A empresa rastreia 100% dos fornecedores diretos (de bois gordos) e logo chegará a 50% dos indiretos (de bezerros e bois magros). Em 2022, faturou R$ 2,6 bilhões, valor que pode cair em 2023, com o embargo da China este ano e o câmbio desvalorizado

SUPERA. A mineira Satis, de nutrição vegetal, viu seu faturamento crescer 17,6% na safra 2022/23, encerrada em junho, para R$ 104,7 milhões. Pela primeira vez, a empresa superou a marca dos R$ 100 milhões, diz Endrigo Bezerra, o diretor executivo. O aumento de 19% no preço médio de seus fertilizantes foliares, organominerais e biológicos compensou o volume vendido 4,6% menor, de 1,977 milhão de litros de insumos. Para o próximo ciclo, a Satis espera avançar pelo menos 20% em receita e ampliar sua participação nas lavouras de soja, milho, trigo, feijão, café, algodão e hortifrúti.

PERTINHO. A meta da Satis é também ganhar mercado em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Atenta à maior demanda, a empresa ampliou sua capacidade de produção em 50% e investiu em novos centros de distribuição - um deles está sendo concluído em Imperatriz (MA). “Um dos principais desafios é ter o produto próximo ao consumidor, porque ele vem optando por adquirir os insumos no momento da utilização. O reforço da estrutura de logística será fundamental”, avalia Bezerra.

AUXÍLIO LOGÍSTICO. O agronegócio tem dado impulso às vendas do e-commerce de empilhadeiras Netmak. Do total de máquinas vendidas, pelo menos 20% das 700 previstas devem ser destinadas ao setor este ano, ou 45% acima de 2022, diz Silene Medeiros, CEO da empresa. O principal modelo buscado pelo agro, para movimentação de big bags para grãos, tem capacidade de 2,5 toneladas e torre de seis metros. A receita anual deve saltar de R$ 60 milhões em 2022 para R$ 90 milhões em 2023.

MAIS BOLSOS. A Syngenta pretende aproveitar a COP-28 (conferência sobre mudanças climáticas da ONU, em Dubai, nos Emirados Árabes) para atrair investidores internacionais para seu projeto Reverte, de recuperação de pastagens. Grazielle Parenti, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade na América Latina, conta que vem promovendo a iniciativa no exterior, após dois anos focada no Brasil. “Não faremos essa transformação sozinhos, é preciso muito recurso.”

PODE CONFERIR. No Brasil, onde o Itaú BBA é parceiro de crédito para financiar ações nas fazendas dos produtores, a Syngenta acabou de atingir R$ 500 milhões em valor desembolsado para a recuperação de quase 150 mil hectares, diz Parenti. “A quantidade de empresas que vêm atrás de nós querendo fazer parceria é enorme.” A meta é chegar a 2027 com 1 milhão de hectares recuperados, com recursos de US$ 750 milhões.

GIRO

Setor leiteiro cobra medidas para limitar importações

 Foto: Rubens Cardia/Estadão

A compra de R$ 200 milhões em leite em pó pelo governo federal não será suficiente para enxugar o mercado e fazer subir os preços do produto, avaliam entidades do setor. Produtores querem que o governo adote medidas para limitar a importação de leite uruguaio e argentino. O problema é que cotas ou aumento de alíquotas esbarram no acordo do Mercosul.

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 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Expedição Pro Farmer avalia lavouras nos EUA

A tradicional expedição Pro Farmer, que nesta semana percorre lavouras norte-americanas, ganha ainda mais atenção após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduzir o rendimento da soja do país acima do esperado pelo mercado. Investidores querem saber se o clima ameno no começo de agosto favoreceu ou não a safra./ CLARICE COUTO, ISADORA DUARTE e AUDRYN KAROLYNE

O frigorífico Barra Mansa, de Sertãozinho (SP), vai mudar sua estratégia de aquisição de gado de corte para controlar mais a origem dos bois e a qualidade do produto final. Guilherme Oranges, diretor comercial, conta que pretende operar em 2024 um confinamento próprio que, em cinco anos, deve chegar a cerca de 30 mil cabeças por ano, ou mais de 10% das 280 mil a serem abatidas em 2023. Contratos fechados antecipadamente com pecuaristas também aumentarão, de 10% do total hoje, para até 25%. Com isso, bois comprados no mercado – 90% do bolo neste ano – representarão de 50% a 55% até lá. “Com maior controle da matéria-prima, poderemos obter cortes de maior valor agregado e garantir rastreabilidade a clientes”, explica.

Empresa vende carne com garantia de origem Foto: Jorge Martins/Barra Mansa

Rastreabilidade é tendência sem volta

As exportações do Barra Mansa ganharam peso em quatro anos, de 20% para 50% da receita. Entre os compradores estão China (com 80%), Europa e Arábia Saudita. “A preocupação com rastreabilidade não passa mais só pela Europa; já surge em outros mercados”, diz o executivo.

Exigências em alta também no Brasil

Aqui, o Barra Mansa vende carne com garantia de origem ao Pão de Açúcar. A empresa rastreia 100% dos fornecedores diretos (de bois gordos) e logo chegará a 50% dos indiretos (de bezerros e bois magros). Em 2022, faturou R$ 2,6 bilhões, valor que pode cair em 2023, com o embargo da China este ano e o câmbio desvalorizado

SUPERA. A mineira Satis, de nutrição vegetal, viu seu faturamento crescer 17,6% na safra 2022/23, encerrada em junho, para R$ 104,7 milhões. Pela primeira vez, a empresa superou a marca dos R$ 100 milhões, diz Endrigo Bezerra, o diretor executivo. O aumento de 19% no preço médio de seus fertilizantes foliares, organominerais e biológicos compensou o volume vendido 4,6% menor, de 1,977 milhão de litros de insumos. Para o próximo ciclo, a Satis espera avançar pelo menos 20% em receita e ampliar sua participação nas lavouras de soja, milho, trigo, feijão, café, algodão e hortifrúti.

PERTINHO. A meta da Satis é também ganhar mercado em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Atenta à maior demanda, a empresa ampliou sua capacidade de produção em 50% e investiu em novos centros de distribuição - um deles está sendo concluído em Imperatriz (MA). “Um dos principais desafios é ter o produto próximo ao consumidor, porque ele vem optando por adquirir os insumos no momento da utilização. O reforço da estrutura de logística será fundamental”, avalia Bezerra.

AUXÍLIO LOGÍSTICO. O agronegócio tem dado impulso às vendas do e-commerce de empilhadeiras Netmak. Do total de máquinas vendidas, pelo menos 20% das 700 previstas devem ser destinadas ao setor este ano, ou 45% acima de 2022, diz Silene Medeiros, CEO da empresa. O principal modelo buscado pelo agro, para movimentação de big bags para grãos, tem capacidade de 2,5 toneladas e torre de seis metros. A receita anual deve saltar de R$ 60 milhões em 2022 para R$ 90 milhões em 2023.

MAIS BOLSOS. A Syngenta pretende aproveitar a COP-28 (conferência sobre mudanças climáticas da ONU, em Dubai, nos Emirados Árabes) para atrair investidores internacionais para seu projeto Reverte, de recuperação de pastagens. Grazielle Parenti, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade na América Latina, conta que vem promovendo a iniciativa no exterior, após dois anos focada no Brasil. “Não faremos essa transformação sozinhos, é preciso muito recurso.”

PODE CONFERIR. No Brasil, onde o Itaú BBA é parceiro de crédito para financiar ações nas fazendas dos produtores, a Syngenta acabou de atingir R$ 500 milhões em valor desembolsado para a recuperação de quase 150 mil hectares, diz Parenti. “A quantidade de empresas que vêm atrás de nós querendo fazer parceria é enorme.” A meta é chegar a 2027 com 1 milhão de hectares recuperados, com recursos de US$ 750 milhões.

GIRO

Setor leiteiro cobra medidas para limitar importações

 Foto: Rubens Cardia/Estadão

A compra de R$ 200 milhões em leite em pó pelo governo federal não será suficiente para enxugar o mercado e fazer subir os preços do produto, avaliam entidades do setor. Produtores querem que o governo adote medidas para limitar a importação de leite uruguaio e argentino. O problema é que cotas ou aumento de alíquotas esbarram no acordo do Mercosul.

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 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Expedição Pro Farmer avalia lavouras nos EUA

A tradicional expedição Pro Farmer, que nesta semana percorre lavouras norte-americanas, ganha ainda mais atenção após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduzir o rendimento da soja do país acima do esperado pelo mercado. Investidores querem saber se o clima ameno no começo de agosto favoreceu ou não a safra./ CLARICE COUTO, ISADORA DUARTE e AUDRYN KAROLYNE

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