Notícias do mundo do agronegócio

Demanda da Ásia leva Aliança Agrícola a ampliar a capacidade de produção


Processadora de grãos deve dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027

Por Coluna Broadcast Agro

A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), vai se expandir para conquistar mercados na Ásia. A ideia é dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas/ano em São Joaquim da Barra (SP). Para tanto, captou R$ 147 milhões via Certificado de Recebíveis do Agronegócio em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram o potencial da Ásia, que adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024. “O foco é ganhar competitividade na Ásia”, diz Danilo Dalia Jorge, o CEO. Em 2023/24, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas e faturou R$ 5 bilhões. Para 2024/25, a meta é de 3 milhões de t e receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.

Ásia adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024 Foto: GERMANO RORATO / ESTADAO
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Grãos para o Leste Europeu

Hoje, o Leste Europeu, em especial a Rússia, é estratégico para a Aliança Agrícola, que destina à região 700 mil toneladas de soja/ano. Já o cereal russo vem para o Brasil – a Aliança foi pioneira em importar trigo russo, com 700 mil toneladas em 2018.

Logística é desafio

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No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento. Foi pioneira em enviar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade de seus embarques. “Estamos fortalecendo nossa operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos”, diz Jorge.

Lacuna

A Lavoro, distribuidora de insumos agrícolas, fechou parceria com a Allianz para oferecer seguros agrícolas. A iniciativa visa contornar a restrição desse serviço ao setor. A Confederação Nacional das Seguradoras projeta crescimento de apenas 1% no mercado de seguro rural para 2024, reflexo dos cortes do governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio. “As mudanças climáticas forçam o produtor a buscar proteção”, diz Ruy Cunha, CEO da Lavoro. A empresa permitirá que agricultores paguem os prêmios com a safra futura, vinculados a contratos de barter.

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Vento a favor

A Axia Agro aproveita o bom momento da pecuária de corte para investir em nutrição animal. A empresa de produtos agropecuários tem no segmento 25% do faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão, e quer alcançar 45% até 2027. “Nossa carteira era mais focada em sanidade e pastagem, mas agora vamos explorar a nutrição, setor que avança rápido”, diz Ary Rodrigues Junior, o CEO. A Axia arrendou uma planta em Araguaína (TO), que se junta às de Tangará (MT) e Ariquemes (RO), para aumentar a produção que abastece 60 lojas no Centro-Oeste e Norte. A meta é alcançar cem lojas até o fim de 2026.

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Não apaga fácil

A crise entre a indústria de carnes e o Carrefour é considerada encerrada pelo governo e frigoríficos, mas o episódio ainda macula a imagem do grupo no Mercosul, segundo Gian Di Gregorio, diretor sênior da área de estratégia da consultoria Alvarez & Marsal. Ele lembra que a rede varejista está presente no bloco e que as carnes têm peso relevante nos resultados do grupo nestes países. “Os efeitos tendem a ser economicamente limitados, mas a empresa pode enfrentar desafios em relação a como a sua imagem é percebida, particularmente no Brasil e na Argentina”, avalia.

Mais rápido

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Uma tecnologia que acelera o reflorestamento com árvores nativas começou a ser aplicada na semana passada pela greentech Morfo, em parceria com a Future Climate, especializada em créditos de carbono. Em vez do plantio por mudas, drones lançam sementes encapsuladas sobre a área – 1,1 mil hectares de uma fazenda no interior paulista. “Isso permite trabalhar até 50 hectares/dia”, conta Adrien Pages, CEO da Morfo.

Em expansão

O sistema foi testado no sul da Bahia, com taxa de sucesso de 80%, em uma densidade de mil sementes por hectare. “O plantio por sementes custa até 50% menos em grandes áreas”, diz Pages. A próxima etapa prevê a semeadura de mais 1,9 mil hectares na mesma fazenda. /

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Giro: Inmet vira secretaria no Ministério da Agricultura

Com a agropecuária cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas, o Instituto Nacional de Meteorologia, responsável por previsões meteorológicas e alertas, vai se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura. O instituto receberá pelo menos R$ 160 milhões em investimentos para modernização das estruturas e compras de novas estações meteorológicas.

Vem aí: Finalmente sai o acordo Mercosul-União Europeia?

O agronegócio acompanha nesta semana as tratativas para a conclusão do acordo entre UE-Mercosul, prevista para a cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira. O governo brasileiro tenta incluir um mecanismo de reequilíbrio do acordo, em caso de mudanças nas regras que afetem o comércio entre os blocos./Gabriel Azevedo, Leandro Silveira, Isadora Duarte e Tânia Rabello

A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), vai se expandir para conquistar mercados na Ásia. A ideia é dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas/ano em São Joaquim da Barra (SP). Para tanto, captou R$ 147 milhões via Certificado de Recebíveis do Agronegócio em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram o potencial da Ásia, que adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024. “O foco é ganhar competitividade na Ásia”, diz Danilo Dalia Jorge, o CEO. Em 2023/24, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas e faturou R$ 5 bilhões. Para 2024/25, a meta é de 3 milhões de t e receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.

Ásia adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024 Foto: GERMANO RORATO / ESTADAO

Grãos para o Leste Europeu

Hoje, o Leste Europeu, em especial a Rússia, é estratégico para a Aliança Agrícola, que destina à região 700 mil toneladas de soja/ano. Já o cereal russo vem para o Brasil – a Aliança foi pioneira em importar trigo russo, com 700 mil toneladas em 2018.

Logística é desafio

No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento. Foi pioneira em enviar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade de seus embarques. “Estamos fortalecendo nossa operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos”, diz Jorge.

Lacuna

A Lavoro, distribuidora de insumos agrícolas, fechou parceria com a Allianz para oferecer seguros agrícolas. A iniciativa visa contornar a restrição desse serviço ao setor. A Confederação Nacional das Seguradoras projeta crescimento de apenas 1% no mercado de seguro rural para 2024, reflexo dos cortes do governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio. “As mudanças climáticas forçam o produtor a buscar proteção”, diz Ruy Cunha, CEO da Lavoro. A empresa permitirá que agricultores paguem os prêmios com a safra futura, vinculados a contratos de barter.

Vento a favor

A Axia Agro aproveita o bom momento da pecuária de corte para investir em nutrição animal. A empresa de produtos agropecuários tem no segmento 25% do faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão, e quer alcançar 45% até 2027. “Nossa carteira era mais focada em sanidade e pastagem, mas agora vamos explorar a nutrição, setor que avança rápido”, diz Ary Rodrigues Junior, o CEO. A Axia arrendou uma planta em Araguaína (TO), que se junta às de Tangará (MT) e Ariquemes (RO), para aumentar a produção que abastece 60 lojas no Centro-Oeste e Norte. A meta é alcançar cem lojas até o fim de 2026.

Não apaga fácil

A crise entre a indústria de carnes e o Carrefour é considerada encerrada pelo governo e frigoríficos, mas o episódio ainda macula a imagem do grupo no Mercosul, segundo Gian Di Gregorio, diretor sênior da área de estratégia da consultoria Alvarez & Marsal. Ele lembra que a rede varejista está presente no bloco e que as carnes têm peso relevante nos resultados do grupo nestes países. “Os efeitos tendem a ser economicamente limitados, mas a empresa pode enfrentar desafios em relação a como a sua imagem é percebida, particularmente no Brasil e na Argentina”, avalia.

Mais rápido

Uma tecnologia que acelera o reflorestamento com árvores nativas começou a ser aplicada na semana passada pela greentech Morfo, em parceria com a Future Climate, especializada em créditos de carbono. Em vez do plantio por mudas, drones lançam sementes encapsuladas sobre a área – 1,1 mil hectares de uma fazenda no interior paulista. “Isso permite trabalhar até 50 hectares/dia”, conta Adrien Pages, CEO da Morfo.

Em expansão

O sistema foi testado no sul da Bahia, com taxa de sucesso de 80%, em uma densidade de mil sementes por hectare. “O plantio por sementes custa até 50% menos em grandes áreas”, diz Pages. A próxima etapa prevê a semeadura de mais 1,9 mil hectares na mesma fazenda. /

Giro: Inmet vira secretaria no Ministério da Agricultura

Com a agropecuária cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas, o Instituto Nacional de Meteorologia, responsável por previsões meteorológicas e alertas, vai se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura. O instituto receberá pelo menos R$ 160 milhões em investimentos para modernização das estruturas e compras de novas estações meteorológicas.

Vem aí: Finalmente sai o acordo Mercosul-União Europeia?

O agronegócio acompanha nesta semana as tratativas para a conclusão do acordo entre UE-Mercosul, prevista para a cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira. O governo brasileiro tenta incluir um mecanismo de reequilíbrio do acordo, em caso de mudanças nas regras que afetem o comércio entre os blocos./Gabriel Azevedo, Leandro Silveira, Isadora Duarte e Tânia Rabello

A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), vai se expandir para conquistar mercados na Ásia. A ideia é dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas/ano em São Joaquim da Barra (SP). Para tanto, captou R$ 147 milhões via Certificado de Recebíveis do Agronegócio em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram o potencial da Ásia, que adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024. “O foco é ganhar competitividade na Ásia”, diz Danilo Dalia Jorge, o CEO. Em 2023/24, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas e faturou R$ 5 bilhões. Para 2024/25, a meta é de 3 milhões de t e receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.

Ásia adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024 Foto: GERMANO RORATO / ESTADAO

Grãos para o Leste Europeu

Hoje, o Leste Europeu, em especial a Rússia, é estratégico para a Aliança Agrícola, que destina à região 700 mil toneladas de soja/ano. Já o cereal russo vem para o Brasil – a Aliança foi pioneira em importar trigo russo, com 700 mil toneladas em 2018.

Logística é desafio

No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento. Foi pioneira em enviar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade de seus embarques. “Estamos fortalecendo nossa operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos”, diz Jorge.

Lacuna

A Lavoro, distribuidora de insumos agrícolas, fechou parceria com a Allianz para oferecer seguros agrícolas. A iniciativa visa contornar a restrição desse serviço ao setor. A Confederação Nacional das Seguradoras projeta crescimento de apenas 1% no mercado de seguro rural para 2024, reflexo dos cortes do governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio. “As mudanças climáticas forçam o produtor a buscar proteção”, diz Ruy Cunha, CEO da Lavoro. A empresa permitirá que agricultores paguem os prêmios com a safra futura, vinculados a contratos de barter.

Vento a favor

A Axia Agro aproveita o bom momento da pecuária de corte para investir em nutrição animal. A empresa de produtos agropecuários tem no segmento 25% do faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão, e quer alcançar 45% até 2027. “Nossa carteira era mais focada em sanidade e pastagem, mas agora vamos explorar a nutrição, setor que avança rápido”, diz Ary Rodrigues Junior, o CEO. A Axia arrendou uma planta em Araguaína (TO), que se junta às de Tangará (MT) e Ariquemes (RO), para aumentar a produção que abastece 60 lojas no Centro-Oeste e Norte. A meta é alcançar cem lojas até o fim de 2026.

Não apaga fácil

A crise entre a indústria de carnes e o Carrefour é considerada encerrada pelo governo e frigoríficos, mas o episódio ainda macula a imagem do grupo no Mercosul, segundo Gian Di Gregorio, diretor sênior da área de estratégia da consultoria Alvarez & Marsal. Ele lembra que a rede varejista está presente no bloco e que as carnes têm peso relevante nos resultados do grupo nestes países. “Os efeitos tendem a ser economicamente limitados, mas a empresa pode enfrentar desafios em relação a como a sua imagem é percebida, particularmente no Brasil e na Argentina”, avalia.

Mais rápido

Uma tecnologia que acelera o reflorestamento com árvores nativas começou a ser aplicada na semana passada pela greentech Morfo, em parceria com a Future Climate, especializada em créditos de carbono. Em vez do plantio por mudas, drones lançam sementes encapsuladas sobre a área – 1,1 mil hectares de uma fazenda no interior paulista. “Isso permite trabalhar até 50 hectares/dia”, conta Adrien Pages, CEO da Morfo.

Em expansão

O sistema foi testado no sul da Bahia, com taxa de sucesso de 80%, em uma densidade de mil sementes por hectare. “O plantio por sementes custa até 50% menos em grandes áreas”, diz Pages. A próxima etapa prevê a semeadura de mais 1,9 mil hectares na mesma fazenda. /

Giro: Inmet vira secretaria no Ministério da Agricultura

Com a agropecuária cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas, o Instituto Nacional de Meteorologia, responsável por previsões meteorológicas e alertas, vai se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura. O instituto receberá pelo menos R$ 160 milhões em investimentos para modernização das estruturas e compras de novas estações meteorológicas.

Vem aí: Finalmente sai o acordo Mercosul-União Europeia?

O agronegócio acompanha nesta semana as tratativas para a conclusão do acordo entre UE-Mercosul, prevista para a cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira. O governo brasileiro tenta incluir um mecanismo de reequilíbrio do acordo, em caso de mudanças nas regras que afetem o comércio entre os blocos./Gabriel Azevedo, Leandro Silveira, Isadora Duarte e Tânia Rabello

A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), vai se expandir para conquistar mercados na Ásia. A ideia é dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas/ano em São Joaquim da Barra (SP). Para tanto, captou R$ 147 milhões via Certificado de Recebíveis do Agronegócio em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram o potencial da Ásia, que adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024. “O foco é ganhar competitividade na Ásia”, diz Danilo Dalia Jorge, o CEO. Em 2023/24, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas e faturou R$ 5 bilhões. Para 2024/25, a meta é de 3 milhões de t e receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.

Ásia adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024 Foto: GERMANO RORATO / ESTADAO

Grãos para o Leste Europeu

Hoje, o Leste Europeu, em especial a Rússia, é estratégico para a Aliança Agrícola, que destina à região 700 mil toneladas de soja/ano. Já o cereal russo vem para o Brasil – a Aliança foi pioneira em importar trigo russo, com 700 mil toneladas em 2018.

Logística é desafio

No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento. Foi pioneira em enviar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade de seus embarques. “Estamos fortalecendo nossa operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos”, diz Jorge.

Lacuna

A Lavoro, distribuidora de insumos agrícolas, fechou parceria com a Allianz para oferecer seguros agrícolas. A iniciativa visa contornar a restrição desse serviço ao setor. A Confederação Nacional das Seguradoras projeta crescimento de apenas 1% no mercado de seguro rural para 2024, reflexo dos cortes do governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio. “As mudanças climáticas forçam o produtor a buscar proteção”, diz Ruy Cunha, CEO da Lavoro. A empresa permitirá que agricultores paguem os prêmios com a safra futura, vinculados a contratos de barter.

Vento a favor

A Axia Agro aproveita o bom momento da pecuária de corte para investir em nutrição animal. A empresa de produtos agropecuários tem no segmento 25% do faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão, e quer alcançar 45% até 2027. “Nossa carteira era mais focada em sanidade e pastagem, mas agora vamos explorar a nutrição, setor que avança rápido”, diz Ary Rodrigues Junior, o CEO. A Axia arrendou uma planta em Araguaína (TO), que se junta às de Tangará (MT) e Ariquemes (RO), para aumentar a produção que abastece 60 lojas no Centro-Oeste e Norte. A meta é alcançar cem lojas até o fim de 2026.

Não apaga fácil

A crise entre a indústria de carnes e o Carrefour é considerada encerrada pelo governo e frigoríficos, mas o episódio ainda macula a imagem do grupo no Mercosul, segundo Gian Di Gregorio, diretor sênior da área de estratégia da consultoria Alvarez & Marsal. Ele lembra que a rede varejista está presente no bloco e que as carnes têm peso relevante nos resultados do grupo nestes países. “Os efeitos tendem a ser economicamente limitados, mas a empresa pode enfrentar desafios em relação a como a sua imagem é percebida, particularmente no Brasil e na Argentina”, avalia.

Mais rápido

Uma tecnologia que acelera o reflorestamento com árvores nativas começou a ser aplicada na semana passada pela greentech Morfo, em parceria com a Future Climate, especializada em créditos de carbono. Em vez do plantio por mudas, drones lançam sementes encapsuladas sobre a área – 1,1 mil hectares de uma fazenda no interior paulista. “Isso permite trabalhar até 50 hectares/dia”, conta Adrien Pages, CEO da Morfo.

Em expansão

O sistema foi testado no sul da Bahia, com taxa de sucesso de 80%, em uma densidade de mil sementes por hectare. “O plantio por sementes custa até 50% menos em grandes áreas”, diz Pages. A próxima etapa prevê a semeadura de mais 1,9 mil hectares na mesma fazenda. /

Giro: Inmet vira secretaria no Ministério da Agricultura

Com a agropecuária cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas, o Instituto Nacional de Meteorologia, responsável por previsões meteorológicas e alertas, vai se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura. O instituto receberá pelo menos R$ 160 milhões em investimentos para modernização das estruturas e compras de novas estações meteorológicas.

Vem aí: Finalmente sai o acordo Mercosul-União Europeia?

O agronegócio acompanha nesta semana as tratativas para a conclusão do acordo entre UE-Mercosul, prevista para a cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira. O governo brasileiro tenta incluir um mecanismo de reequilíbrio do acordo, em caso de mudanças nas regras que afetem o comércio entre os blocos./Gabriel Azevedo, Leandro Silveira, Isadora Duarte e Tânia Rabello

A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), vai se expandir para conquistar mercados na Ásia. A ideia é dobrar a capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas/ano em São Joaquim da Barra (SP). Para tanto, captou R$ 147 milhões via Certificado de Recebíveis do Agronegócio em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram o potencial da Ásia, que adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024. “O foco é ganhar competitividade na Ásia”, diz Danilo Dalia Jorge, o CEO. Em 2023/24, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas e faturou R$ 5 bilhões. Para 2024/25, a meta é de 3 milhões de t e receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.

Ásia adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024 Foto: GERMANO RORATO / ESTADAO

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Logística é desafio

No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento. Foi pioneira em enviar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade de seus embarques. “Estamos fortalecendo nossa operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos”, diz Jorge.

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A Lavoro, distribuidora de insumos agrícolas, fechou parceria com a Allianz para oferecer seguros agrícolas. A iniciativa visa contornar a restrição desse serviço ao setor. A Confederação Nacional das Seguradoras projeta crescimento de apenas 1% no mercado de seguro rural para 2024, reflexo dos cortes do governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio. “As mudanças climáticas forçam o produtor a buscar proteção”, diz Ruy Cunha, CEO da Lavoro. A empresa permitirá que agricultores paguem os prêmios com a safra futura, vinculados a contratos de barter.

Vento a favor

A Axia Agro aproveita o bom momento da pecuária de corte para investir em nutrição animal. A empresa de produtos agropecuários tem no segmento 25% do faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão, e quer alcançar 45% até 2027. “Nossa carteira era mais focada em sanidade e pastagem, mas agora vamos explorar a nutrição, setor que avança rápido”, diz Ary Rodrigues Junior, o CEO. A Axia arrendou uma planta em Araguaína (TO), que se junta às de Tangará (MT) e Ariquemes (RO), para aumentar a produção que abastece 60 lojas no Centro-Oeste e Norte. A meta é alcançar cem lojas até o fim de 2026.

Não apaga fácil

A crise entre a indústria de carnes e o Carrefour é considerada encerrada pelo governo e frigoríficos, mas o episódio ainda macula a imagem do grupo no Mercosul, segundo Gian Di Gregorio, diretor sênior da área de estratégia da consultoria Alvarez & Marsal. Ele lembra que a rede varejista está presente no bloco e que as carnes têm peso relevante nos resultados do grupo nestes países. “Os efeitos tendem a ser economicamente limitados, mas a empresa pode enfrentar desafios em relação a como a sua imagem é percebida, particularmente no Brasil e na Argentina”, avalia.

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Uma tecnologia que acelera o reflorestamento com árvores nativas começou a ser aplicada na semana passada pela greentech Morfo, em parceria com a Future Climate, especializada em créditos de carbono. Em vez do plantio por mudas, drones lançam sementes encapsuladas sobre a área – 1,1 mil hectares de uma fazenda no interior paulista. “Isso permite trabalhar até 50 hectares/dia”, conta Adrien Pages, CEO da Morfo.

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O sistema foi testado no sul da Bahia, com taxa de sucesso de 80%, em uma densidade de mil sementes por hectare. “O plantio por sementes custa até 50% menos em grandes áreas”, diz Pages. A próxima etapa prevê a semeadura de mais 1,9 mil hectares na mesma fazenda. /

Giro: Inmet vira secretaria no Ministério da Agricultura

Com a agropecuária cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas, o Instituto Nacional de Meteorologia, responsável por previsões meteorológicas e alertas, vai se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura. O instituto receberá pelo menos R$ 160 milhões em investimentos para modernização das estruturas e compras de novas estações meteorológicas.

Vem aí: Finalmente sai o acordo Mercosul-União Europeia?

O agronegócio acompanha nesta semana as tratativas para a conclusão do acordo entre UE-Mercosul, prevista para a cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira. O governo brasileiro tenta incluir um mecanismo de reequilíbrio do acordo, em caso de mudanças nas regras que afetem o comércio entre os blocos./Gabriel Azevedo, Leandro Silveira, Isadora Duarte e Tânia Rabello

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