O mundo não vai ajudar o Brasil a encontrar o caminho do crescimento econômico no ano que vem


Com o mundo em recessão, o Brasil não poderá contar com o exterior para crescer em 2023

Por Henrique Meirelles

Há décadas, a China é sinônimo de crescimento econômico. Sempre que vou ao país, fico impressionado com a diferença nas cidades em relação à minha primeira estada lá, na década de 1990. Nas últimas crises mundiais, mesmo quando a maioria dos países enfrentava recessões ou períodos de menor crescimento, a economia chinesa mantinha-se com uma taxa de crescimento em torno de 8% ao ano. Agora, é diferente. O mundo está alarmado porque a China cresce abaixo de seus índices históricos.

Os dados disponíveis indicam que uma causa importante é a extremamente rigorosa política de “covid zero” aplicada pelo governo. Bastam poucos casos para que sejam determinados lockdowns radicais nas regiões afetadas. Outra razão, esta estrutural, é o aumento do custo de produção na China, por fatores demográficos e aumento do padrão de vida. A repressão política aos empresários de sucesso internacional também prejudica o crescimento.

Para conter casos de covid-19 no país, governo chinês tem aderido a lockdowns que afetam tanto sua economia local, quanto o desempenho de outros nomes do globo.  Foto: Aly Song/Reuters
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Na semana passada, o governo chinês reafirmou que vai manter a política de “covid zero”, independentemente de seus custos econômicos. O anúncio frustra o mercado financeiro, que estava ansioso pelo relaxamento, pois a economia chinesa em ritmo lento é ruim em qualquer situação, mas pior no quadro atual.

As maiores economias do mundo estarão em recessão em 2023. Como começou a agir mais tarde, o Fed, o banco central americano, passará boa parte do próximo ano elevando os juros para conter a inflação nos EUA. Poderá levar a taxa para a casa dos 5%. Tanto o FMI quanto os ministros da Economia dos países da União Europeia projetam recessão para o bloco em 2023 – na melhor das hipóteses, um crescimento perto de zero.

Este quadro diz que o Brasil não deve contar com um empurrão do exterior para crescer no ano que vem. A recessão nas maiores economias tende a reduzir compras de produtos brasileiros e desincentivar investimentos em mercados emergentes. Com uma perspectiva de crescimento em torno de 0,7% em 2023, de acordo com o relatório Focus, e o descontrole na política fiscal – e na econômica, em geral – nos últimos anos, o Brasil não se faz atrativo.

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Semanas atrás, comentei aqui a situação da Inglaterra, que sofreu uma crise de confiança por um pacote econômico equivocado. O governo de Liz Truss caiu, e o país continua ameaçado pela recessão, pela necessidade de combater a inflação e pressionado a solucionar a alta nos custos de energia para a população. O Brasil precisa cuidar de si e adotar uma política econômica responsável. Se o mercado mundial não hesita em punir a Inglaterra quando erra, não terá paciência com o Brasil.

Há décadas, a China é sinônimo de crescimento econômico. Sempre que vou ao país, fico impressionado com a diferença nas cidades em relação à minha primeira estada lá, na década de 1990. Nas últimas crises mundiais, mesmo quando a maioria dos países enfrentava recessões ou períodos de menor crescimento, a economia chinesa mantinha-se com uma taxa de crescimento em torno de 8% ao ano. Agora, é diferente. O mundo está alarmado porque a China cresce abaixo de seus índices históricos.

Os dados disponíveis indicam que uma causa importante é a extremamente rigorosa política de “covid zero” aplicada pelo governo. Bastam poucos casos para que sejam determinados lockdowns radicais nas regiões afetadas. Outra razão, esta estrutural, é o aumento do custo de produção na China, por fatores demográficos e aumento do padrão de vida. A repressão política aos empresários de sucesso internacional também prejudica o crescimento.

Para conter casos de covid-19 no país, governo chinês tem aderido a lockdowns que afetam tanto sua economia local, quanto o desempenho de outros nomes do globo.  Foto: Aly Song/Reuters

Na semana passada, o governo chinês reafirmou que vai manter a política de “covid zero”, independentemente de seus custos econômicos. O anúncio frustra o mercado financeiro, que estava ansioso pelo relaxamento, pois a economia chinesa em ritmo lento é ruim em qualquer situação, mas pior no quadro atual.

As maiores economias do mundo estarão em recessão em 2023. Como começou a agir mais tarde, o Fed, o banco central americano, passará boa parte do próximo ano elevando os juros para conter a inflação nos EUA. Poderá levar a taxa para a casa dos 5%. Tanto o FMI quanto os ministros da Economia dos países da União Europeia projetam recessão para o bloco em 2023 – na melhor das hipóteses, um crescimento perto de zero.

Este quadro diz que o Brasil não deve contar com um empurrão do exterior para crescer no ano que vem. A recessão nas maiores economias tende a reduzir compras de produtos brasileiros e desincentivar investimentos em mercados emergentes. Com uma perspectiva de crescimento em torno de 0,7% em 2023, de acordo com o relatório Focus, e o descontrole na política fiscal – e na econômica, em geral – nos últimos anos, o Brasil não se faz atrativo.

Semanas atrás, comentei aqui a situação da Inglaterra, que sofreu uma crise de confiança por um pacote econômico equivocado. O governo de Liz Truss caiu, e o país continua ameaçado pela recessão, pela necessidade de combater a inflação e pressionado a solucionar a alta nos custos de energia para a população. O Brasil precisa cuidar de si e adotar uma política econômica responsável. Se o mercado mundial não hesita em punir a Inglaterra quando erra, não terá paciência com o Brasil.

Há décadas, a China é sinônimo de crescimento econômico. Sempre que vou ao país, fico impressionado com a diferença nas cidades em relação à minha primeira estada lá, na década de 1990. Nas últimas crises mundiais, mesmo quando a maioria dos países enfrentava recessões ou períodos de menor crescimento, a economia chinesa mantinha-se com uma taxa de crescimento em torno de 8% ao ano. Agora, é diferente. O mundo está alarmado porque a China cresce abaixo de seus índices históricos.

Os dados disponíveis indicam que uma causa importante é a extremamente rigorosa política de “covid zero” aplicada pelo governo. Bastam poucos casos para que sejam determinados lockdowns radicais nas regiões afetadas. Outra razão, esta estrutural, é o aumento do custo de produção na China, por fatores demográficos e aumento do padrão de vida. A repressão política aos empresários de sucesso internacional também prejudica o crescimento.

Para conter casos de covid-19 no país, governo chinês tem aderido a lockdowns que afetam tanto sua economia local, quanto o desempenho de outros nomes do globo.  Foto: Aly Song/Reuters

Na semana passada, o governo chinês reafirmou que vai manter a política de “covid zero”, independentemente de seus custos econômicos. O anúncio frustra o mercado financeiro, que estava ansioso pelo relaxamento, pois a economia chinesa em ritmo lento é ruim em qualquer situação, mas pior no quadro atual.

As maiores economias do mundo estarão em recessão em 2023. Como começou a agir mais tarde, o Fed, o banco central americano, passará boa parte do próximo ano elevando os juros para conter a inflação nos EUA. Poderá levar a taxa para a casa dos 5%. Tanto o FMI quanto os ministros da Economia dos países da União Europeia projetam recessão para o bloco em 2023 – na melhor das hipóteses, um crescimento perto de zero.

Este quadro diz que o Brasil não deve contar com um empurrão do exterior para crescer no ano que vem. A recessão nas maiores economias tende a reduzir compras de produtos brasileiros e desincentivar investimentos em mercados emergentes. Com uma perspectiva de crescimento em torno de 0,7% em 2023, de acordo com o relatório Focus, e o descontrole na política fiscal – e na econômica, em geral – nos últimos anos, o Brasil não se faz atrativo.

Semanas atrás, comentei aqui a situação da Inglaterra, que sofreu uma crise de confiança por um pacote econômico equivocado. O governo de Liz Truss caiu, e o país continua ameaçado pela recessão, pela necessidade de combater a inflação e pressionado a solucionar a alta nos custos de energia para a população. O Brasil precisa cuidar de si e adotar uma política econômica responsável. Se o mercado mundial não hesita em punir a Inglaterra quando erra, não terá paciência com o Brasil.

Há décadas, a China é sinônimo de crescimento econômico. Sempre que vou ao país, fico impressionado com a diferença nas cidades em relação à minha primeira estada lá, na década de 1990. Nas últimas crises mundiais, mesmo quando a maioria dos países enfrentava recessões ou períodos de menor crescimento, a economia chinesa mantinha-se com uma taxa de crescimento em torno de 8% ao ano. Agora, é diferente. O mundo está alarmado porque a China cresce abaixo de seus índices históricos.

Os dados disponíveis indicam que uma causa importante é a extremamente rigorosa política de “covid zero” aplicada pelo governo. Bastam poucos casos para que sejam determinados lockdowns radicais nas regiões afetadas. Outra razão, esta estrutural, é o aumento do custo de produção na China, por fatores demográficos e aumento do padrão de vida. A repressão política aos empresários de sucesso internacional também prejudica o crescimento.

Para conter casos de covid-19 no país, governo chinês tem aderido a lockdowns que afetam tanto sua economia local, quanto o desempenho de outros nomes do globo.  Foto: Aly Song/Reuters

Na semana passada, o governo chinês reafirmou que vai manter a política de “covid zero”, independentemente de seus custos econômicos. O anúncio frustra o mercado financeiro, que estava ansioso pelo relaxamento, pois a economia chinesa em ritmo lento é ruim em qualquer situação, mas pior no quadro atual.

As maiores economias do mundo estarão em recessão em 2023. Como começou a agir mais tarde, o Fed, o banco central americano, passará boa parte do próximo ano elevando os juros para conter a inflação nos EUA. Poderá levar a taxa para a casa dos 5%. Tanto o FMI quanto os ministros da Economia dos países da União Europeia projetam recessão para o bloco em 2023 – na melhor das hipóteses, um crescimento perto de zero.

Este quadro diz que o Brasil não deve contar com um empurrão do exterior para crescer no ano que vem. A recessão nas maiores economias tende a reduzir compras de produtos brasileiros e desincentivar investimentos em mercados emergentes. Com uma perspectiva de crescimento em torno de 0,7% em 2023, de acordo com o relatório Focus, e o descontrole na política fiscal – e na econômica, em geral – nos últimos anos, o Brasil não se faz atrativo.

Semanas atrás, comentei aqui a situação da Inglaterra, que sofreu uma crise de confiança por um pacote econômico equivocado. O governo de Liz Truss caiu, e o país continua ameaçado pela recessão, pela necessidade de combater a inflação e pressionado a solucionar a alta nos custos de energia para a população. O Brasil precisa cuidar de si e adotar uma política econômica responsável. Se o mercado mundial não hesita em punir a Inglaterra quando erra, não terá paciência com o Brasil.

Há décadas, a China é sinônimo de crescimento econômico. Sempre que vou ao país, fico impressionado com a diferença nas cidades em relação à minha primeira estada lá, na década de 1990. Nas últimas crises mundiais, mesmo quando a maioria dos países enfrentava recessões ou períodos de menor crescimento, a economia chinesa mantinha-se com uma taxa de crescimento em torno de 8% ao ano. Agora, é diferente. O mundo está alarmado porque a China cresce abaixo de seus índices históricos.

Os dados disponíveis indicam que uma causa importante é a extremamente rigorosa política de “covid zero” aplicada pelo governo. Bastam poucos casos para que sejam determinados lockdowns radicais nas regiões afetadas. Outra razão, esta estrutural, é o aumento do custo de produção na China, por fatores demográficos e aumento do padrão de vida. A repressão política aos empresários de sucesso internacional também prejudica o crescimento.

Para conter casos de covid-19 no país, governo chinês tem aderido a lockdowns que afetam tanto sua economia local, quanto o desempenho de outros nomes do globo.  Foto: Aly Song/Reuters

Na semana passada, o governo chinês reafirmou que vai manter a política de “covid zero”, independentemente de seus custos econômicos. O anúncio frustra o mercado financeiro, que estava ansioso pelo relaxamento, pois a economia chinesa em ritmo lento é ruim em qualquer situação, mas pior no quadro atual.

As maiores economias do mundo estarão em recessão em 2023. Como começou a agir mais tarde, o Fed, o banco central americano, passará boa parte do próximo ano elevando os juros para conter a inflação nos EUA. Poderá levar a taxa para a casa dos 5%. Tanto o FMI quanto os ministros da Economia dos países da União Europeia projetam recessão para o bloco em 2023 – na melhor das hipóteses, um crescimento perto de zero.

Este quadro diz que o Brasil não deve contar com um empurrão do exterior para crescer no ano que vem. A recessão nas maiores economias tende a reduzir compras de produtos brasileiros e desincentivar investimentos em mercados emergentes. Com uma perspectiva de crescimento em torno de 0,7% em 2023, de acordo com o relatório Focus, e o descontrole na política fiscal – e na econômica, em geral – nos últimos anos, o Brasil não se faz atrativo.

Semanas atrás, comentei aqui a situação da Inglaterra, que sofreu uma crise de confiança por um pacote econômico equivocado. O governo de Liz Truss caiu, e o país continua ameaçado pela recessão, pela necessidade de combater a inflação e pressionado a solucionar a alta nos custos de energia para a população. O Brasil precisa cuidar de si e adotar uma política econômica responsável. Se o mercado mundial não hesita em punir a Inglaterra quando erra, não terá paciência com o Brasil.

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