Com apelo social e produto ‘premium’, Dengo quer chegar a todas as capitais


Companhia vê espaço para abrir até 200 unidades sem perder o compromisso de remunerar produtores com valores pelo menos 70% acima dos praticados pelo mercado

Por Wesley Gonsalves

Cacau do sul da Bahia, açúcar orgânico, uma pitada de preocupação social e ambiental e uma história para contar. Esses são os ingredientes da rede de chocolates da Dengo, idealizada por Estevan Sartoreli, que comanda o negócio em parceria com o fundador da Natura, Guilherme Leal

Sartoreli está à frente de plano de expansão da Dengo no País Foto: Alex Silva/Estadão

Brigando por espaço com gigantes como Kopenhagen e Lindt, a marca chegou a 30 lojas em operação neste ano – para o ano que vem, prevê abrir outras nove. O objetivo, segundo Sartoreli, é chegar a todas as capitais brasileiras – ele vê potencial para a rede chegar a 200 unidades em todo o País. Hoje, o negócio se restringe a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. 

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Apesar de a meta de 200 unidades parecer ousada para o segmento premium, o negócio estabeleceu um “teto” muito mais baixo de operação do que a maioria de suas concorrentes. A Kopenhagen, por exemplo, já tem 530 pontos de venda, enquanto a Cacau Show, de preços mais baixos, superou a marca de 2,6 mil.

Parte da explicação para os preços praticados e para os limites para a expansão do negócio, segundo Sartoreli, está no compromisso da Dengo em fomentar o desenvolvimento social dos trabalhadores que estão na ponta da produção do chocolate, seu principal produto – a marca também fabrica mel de cacau, cervejas e uma linha de gim. “Acreditamos que transferência de riqueza para o produtor é a chave da produção de um chocolate de qualidade”, diz. 

Atualmente, a companhia trabalha com cerca de 200 pequenos e médios produtores de cacau orgânico de Ilhéus, na Bahia. Os trabalhadores recebem pela commodity um prêmio superior a 70% – podendo chegar a 160% – do valor negociado em Bolsas de mercadorias e futuros. 

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ESG

O consultor Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer, considera que a preocupação social da Dengo pode ser a força motriz para a expansão do negócio, diferenciando a marca dos concorrentes e garantindo destaque dentro do setor premium, com apelo ESG (sigla em inglês para as áreas ambiental, social e de governança). “Quanto mais histórias você tem para contar, melhor. Isso cria uma percepção de valor para o consumidor .” 

Empresa critica excesso de açúcar no chocolate

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Além de tentar manter pagamento justo aos cacaueiros, a Dengo quer garantir que seu chocolate não faça mal à saúde dos consumidores. Segundo Estevan Sartoreli, presidente da empresa, o excesso de gordura e açúcar na manufatura por grandes companhias, para cortar custos, acabaria transformando o produto em um risco à saúde pública. “A indústria do chocolate no Brasil é muito mais uma indústria do açúcar do que do cacau”, afirma. 

A empresa também está de olho nas embalagens. Na hora de entregar os produtos aos clientes, para evitar o uso de plástico, a companhia aposta em um sistema de vendas a granel.

Cacau do sul da Bahia, açúcar orgânico, uma pitada de preocupação social e ambiental e uma história para contar. Esses são os ingredientes da rede de chocolates da Dengo, idealizada por Estevan Sartoreli, que comanda o negócio em parceria com o fundador da Natura, Guilherme Leal

Sartoreli está à frente de plano de expansão da Dengo no País Foto: Alex Silva/Estadão

Brigando por espaço com gigantes como Kopenhagen e Lindt, a marca chegou a 30 lojas em operação neste ano – para o ano que vem, prevê abrir outras nove. O objetivo, segundo Sartoreli, é chegar a todas as capitais brasileiras – ele vê potencial para a rede chegar a 200 unidades em todo o País. Hoje, o negócio se restringe a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. 

Apesar de a meta de 200 unidades parecer ousada para o segmento premium, o negócio estabeleceu um “teto” muito mais baixo de operação do que a maioria de suas concorrentes. A Kopenhagen, por exemplo, já tem 530 pontos de venda, enquanto a Cacau Show, de preços mais baixos, superou a marca de 2,6 mil.

Parte da explicação para os preços praticados e para os limites para a expansão do negócio, segundo Sartoreli, está no compromisso da Dengo em fomentar o desenvolvimento social dos trabalhadores que estão na ponta da produção do chocolate, seu principal produto – a marca também fabrica mel de cacau, cervejas e uma linha de gim. “Acreditamos que transferência de riqueza para o produtor é a chave da produção de um chocolate de qualidade”, diz. 

Atualmente, a companhia trabalha com cerca de 200 pequenos e médios produtores de cacau orgânico de Ilhéus, na Bahia. Os trabalhadores recebem pela commodity um prêmio superior a 70% – podendo chegar a 160% – do valor negociado em Bolsas de mercadorias e futuros. 

ESG

O consultor Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer, considera que a preocupação social da Dengo pode ser a força motriz para a expansão do negócio, diferenciando a marca dos concorrentes e garantindo destaque dentro do setor premium, com apelo ESG (sigla em inglês para as áreas ambiental, social e de governança). “Quanto mais histórias você tem para contar, melhor. Isso cria uma percepção de valor para o consumidor .” 

Empresa critica excesso de açúcar no chocolate

Além de tentar manter pagamento justo aos cacaueiros, a Dengo quer garantir que seu chocolate não faça mal à saúde dos consumidores. Segundo Estevan Sartoreli, presidente da empresa, o excesso de gordura e açúcar na manufatura por grandes companhias, para cortar custos, acabaria transformando o produto em um risco à saúde pública. “A indústria do chocolate no Brasil é muito mais uma indústria do açúcar do que do cacau”, afirma. 

A empresa também está de olho nas embalagens. Na hora de entregar os produtos aos clientes, para evitar o uso de plástico, a companhia aposta em um sistema de vendas a granel.

Cacau do sul da Bahia, açúcar orgânico, uma pitada de preocupação social e ambiental e uma história para contar. Esses são os ingredientes da rede de chocolates da Dengo, idealizada por Estevan Sartoreli, que comanda o negócio em parceria com o fundador da Natura, Guilherme Leal

Sartoreli está à frente de plano de expansão da Dengo no País Foto: Alex Silva/Estadão

Brigando por espaço com gigantes como Kopenhagen e Lindt, a marca chegou a 30 lojas em operação neste ano – para o ano que vem, prevê abrir outras nove. O objetivo, segundo Sartoreli, é chegar a todas as capitais brasileiras – ele vê potencial para a rede chegar a 200 unidades em todo o País. Hoje, o negócio se restringe a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. 

Apesar de a meta de 200 unidades parecer ousada para o segmento premium, o negócio estabeleceu um “teto” muito mais baixo de operação do que a maioria de suas concorrentes. A Kopenhagen, por exemplo, já tem 530 pontos de venda, enquanto a Cacau Show, de preços mais baixos, superou a marca de 2,6 mil.

Parte da explicação para os preços praticados e para os limites para a expansão do negócio, segundo Sartoreli, está no compromisso da Dengo em fomentar o desenvolvimento social dos trabalhadores que estão na ponta da produção do chocolate, seu principal produto – a marca também fabrica mel de cacau, cervejas e uma linha de gim. “Acreditamos que transferência de riqueza para o produtor é a chave da produção de um chocolate de qualidade”, diz. 

Atualmente, a companhia trabalha com cerca de 200 pequenos e médios produtores de cacau orgânico de Ilhéus, na Bahia. Os trabalhadores recebem pela commodity um prêmio superior a 70% – podendo chegar a 160% – do valor negociado em Bolsas de mercadorias e futuros. 

ESG

O consultor Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer, considera que a preocupação social da Dengo pode ser a força motriz para a expansão do negócio, diferenciando a marca dos concorrentes e garantindo destaque dentro do setor premium, com apelo ESG (sigla em inglês para as áreas ambiental, social e de governança). “Quanto mais histórias você tem para contar, melhor. Isso cria uma percepção de valor para o consumidor .” 

Empresa critica excesso de açúcar no chocolate

Além de tentar manter pagamento justo aos cacaueiros, a Dengo quer garantir que seu chocolate não faça mal à saúde dos consumidores. Segundo Estevan Sartoreli, presidente da empresa, o excesso de gordura e açúcar na manufatura por grandes companhias, para cortar custos, acabaria transformando o produto em um risco à saúde pública. “A indústria do chocolate no Brasil é muito mais uma indústria do açúcar do que do cacau”, afirma. 

A empresa também está de olho nas embalagens. Na hora de entregar os produtos aos clientes, para evitar o uso de plástico, a companhia aposta em um sistema de vendas a granel.

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