O comércio pelo Canal de Suez caiu 50% em janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI). Já no Canal do Panamá, a queda foi de 32%.
Segundo a entidade, as perturbações estão afetando cadeias de suprimento e distorcendo indicadores macroeconômicos.
O tráfego reduzido na rota do Suez ocorre devido aos ataques a navios no Mar Vermelho, diz o FMI, em meio às tensões no Oriente Médio. O canal é o caminho marítimo mais curto entre Ásia e Europa, e é por onde passa 15% do volume do comércio global.
Agora, várias empresas de transporte colocaram seus navios para usar a rota do Cabo da Boa Esperança, o que, segundo o fundo, aumentou o tempo de entrega em 10 dias, na média.
No Panamá, o problema seria uma dura seca que forçou autoridades a adotar restrições que reduziram, desde outubro, o ritmo das passagens dos navios pelo canal. A rota, normalmente, responde por 5% do comércio global, ainda de acordo com o FMI.
A instituição alerta que estatísticas de importações e exportações podem ser afetadas pelo impacto temporário da mudança de rota dos navios. “Isso tornará mais difícil avaliar a dinâmica subjacente do comércio global e da atividade econômica nos próximos meses”, diz o fundo.