Páscoa online: como a pandemia mudou a forma de vender ovos de chocolate


Fabricantes projetam crescimento de dois dígitos nas vendas de ovos pela internet; na primeira quinzena de março, faturamento no e-commerce aumentou 38% ante 2022, aponta consultoria

Por Márcia De Chiara
Atualização:

A venda online de ovos de Páscoa – praticamente a única alternativa do varejo e da indústria para viabilizar os negócios no auge da pandemia – virou a grande aposta dos fabricantes de chocolates neste ano, mesmo com a normalização das atividades.

Grandes marcas projetam taxas de crescimento nas vendas online na casa de dois dígitos. E, para impulsionar os negócios digitais, ampliaram a presença em shoppings virtuais e traçaram uma “logística de guerra” nas entregas. Tudo para levar o ovo ao destino final no menor prazo possível – e inteiro, isto é, sem quebra ou derretimento.

continua após a publicidade

As lojas físicas ainda são o grande mercado da Páscoa. Respondem pela maior parte da comercialização de ovos e chocolates para a data, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). No entanto, um levantamento feito a pedido do Estadão pela NielsenIQ Ebit, consultoria especializada em monitorar o e-commerce, confirma a tendência. As vendas online de ovos de Páscoa na primeira quinzena deste mês cresceram 38% em faturamento e 28% em número de pedidos em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento.

“O que apressou o online foi a pandemia, mas agora não é mais. É o comportamento do consumidor”, afirma Álvaro Garcia, vice-presidente de marketing da Mondelez, dona da marca Lacta. Ele destaca que muitos consumidores verificam preços na loja física e compram no digital e vice-versa. Isso faz com que haja um intercâmbio muito grande entre o online a loja tradicional.

A marca, que acaba de abrir uma loja no Mercado Livre, quer que os negócios digitais – que incluem a loja própria, e-commerces de parceiros e aplicativos de entrega – representem entre 16% e 20% das suas vendas totais de chocolates nesta Páscoa. No ano passado, essa fatia tinha sido de 6,9%. “É um salto muito grande”, afirma o executivo, destacando que a projeção é um aumento no faturamento total de chocolates entre 10% e 15% em relação à Páscoa do ano passado.

continua após a publicidade
Grande desafio das vendas online de ovos de Páscoa é fazer com que o produto chegue inteiro na casa do comprador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Nestlé, outra gigante do setor de chocolates, produziu neste ano 12 milhões de unidades de ovos de Páscoa com as marcas Nestlé e Garoto, um aumento de quase 10% ante o evento de 2022. Os três últimos anos foram bem distintos para a Páscoa e o e-commerce foi um forte aliado das empresas para impulsionar as vendas, lembra Francini Cristelo, head da Nestlé Stores.

Segundo a executiva, a expectativa de vendas de Páscoa no e-commerce do Empório Nestlé é de um avanço de 20% em relação a 2022. A companhia também espera crescimento nos negócios online nos canais digitais de parceiros.

continua após a publicidade

“De tudo que venderemos nesta Páscoa, perto de 7% a 8% virão do digital”, afirma Daniel Roque, vice-presidente da Cacau Show. Ele espera um avanço de 50% na venda online, em valor, na comparação com 2022. “Será a maior taxa de crescimento desde 2020.”

Em 2020, com a eclosão da pandemia, a Cacau Show rapidamente criou um marketplace com as suas lojas para conseguir vender, pois os pontos de venda estavam fechados. Esse ecossistema envolveu pedidos por WhatsApp, redes sociais e aplicativos de entrega.

continua após a publicidade

No ano passado, a empresa estava presente em apenas um marketplace de terceiros e, ainda, em fase de teste. “Agora potencializou”, diz o executivo, destacando que a companhia está hoje nos shoppings virtuais da Magalu, Shopee e Mercado Livre. No momento, o número de visitas recebidas no site da empresa é 49% maior do que no mesmo período do ano passado e as vendas estão 57,6% acima do esperado.

Indústrias montam ‘logística de guerra’

Num país continental como o Brasil, o grande desafio do comércio online na venda de ovos de Páscoa, um produto frágil, cujo consumo ocorre num curto período, é a logística.

continua após a publicidade

A Lacta, por exemplo, ampliou de 200 para 500 a quantidade de motoristas dos caminhões que levam os ovos dos quatro centros de distribuição e dos 11 postos avançados para os quatro cantos do País.

Na Páscoa do ano passado, as vendas online da marca atendiam apenas quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba(PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e interior. Neste ano, a loja online passou a entregar em todo o território nacional. Mas os prazos foram mantidos: até 48 horas nas capitais e até cinco dias úteis nas demais cidades.

Garcia, da Mondelez explica que os ovos vão dentro de uma caixa de isopor para não derreter ou quebrar. “Tem que ter uma superlogística para que o consumidor tenha experiência que teria numa loja física”, observa.

continua após a publicidade

“Hoje as nossas lojas estão muito mais bem preparadas, e o processo, mais fluído”, diz Roque, da Cacau Show. Na Páscoa do ano passado, as entregas das vendas online ocorriam em até três dias úteis após a compra. Este é o primeiro ano com entrega em até 24 horas.

A agilidade na logística aumentou porque a companhia está usando as 3.800 lojas da rede como mini centros de distribuição, fora os 3 mil revendedores da marca em municípios nos quais não há pontos de venda. “Cobrimos 4,5 mil cidades em todo o Brasil”, diz Roque.

Ele explica que as lojas passaram a ter entregadores que fazem a distribuição dos produtos. Há um trabalho de roteirização das entregas pelos franqueados, que organizam os pedidos e os horários dos despachos.

A venda online de ovos de Páscoa – praticamente a única alternativa do varejo e da indústria para viabilizar os negócios no auge da pandemia – virou a grande aposta dos fabricantes de chocolates neste ano, mesmo com a normalização das atividades.

Grandes marcas projetam taxas de crescimento nas vendas online na casa de dois dígitos. E, para impulsionar os negócios digitais, ampliaram a presença em shoppings virtuais e traçaram uma “logística de guerra” nas entregas. Tudo para levar o ovo ao destino final no menor prazo possível – e inteiro, isto é, sem quebra ou derretimento.

As lojas físicas ainda são o grande mercado da Páscoa. Respondem pela maior parte da comercialização de ovos e chocolates para a data, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). No entanto, um levantamento feito a pedido do Estadão pela NielsenIQ Ebit, consultoria especializada em monitorar o e-commerce, confirma a tendência. As vendas online de ovos de Páscoa na primeira quinzena deste mês cresceram 38% em faturamento e 28% em número de pedidos em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento.

“O que apressou o online foi a pandemia, mas agora não é mais. É o comportamento do consumidor”, afirma Álvaro Garcia, vice-presidente de marketing da Mondelez, dona da marca Lacta. Ele destaca que muitos consumidores verificam preços na loja física e compram no digital e vice-versa. Isso faz com que haja um intercâmbio muito grande entre o online a loja tradicional.

A marca, que acaba de abrir uma loja no Mercado Livre, quer que os negócios digitais – que incluem a loja própria, e-commerces de parceiros e aplicativos de entrega – representem entre 16% e 20% das suas vendas totais de chocolates nesta Páscoa. No ano passado, essa fatia tinha sido de 6,9%. “É um salto muito grande”, afirma o executivo, destacando que a projeção é um aumento no faturamento total de chocolates entre 10% e 15% em relação à Páscoa do ano passado.

Grande desafio das vendas online de ovos de Páscoa é fazer com que o produto chegue inteiro na casa do comprador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Nestlé, outra gigante do setor de chocolates, produziu neste ano 12 milhões de unidades de ovos de Páscoa com as marcas Nestlé e Garoto, um aumento de quase 10% ante o evento de 2022. Os três últimos anos foram bem distintos para a Páscoa e o e-commerce foi um forte aliado das empresas para impulsionar as vendas, lembra Francini Cristelo, head da Nestlé Stores.

Segundo a executiva, a expectativa de vendas de Páscoa no e-commerce do Empório Nestlé é de um avanço de 20% em relação a 2022. A companhia também espera crescimento nos negócios online nos canais digitais de parceiros.

“De tudo que venderemos nesta Páscoa, perto de 7% a 8% virão do digital”, afirma Daniel Roque, vice-presidente da Cacau Show. Ele espera um avanço de 50% na venda online, em valor, na comparação com 2022. “Será a maior taxa de crescimento desde 2020.”

Em 2020, com a eclosão da pandemia, a Cacau Show rapidamente criou um marketplace com as suas lojas para conseguir vender, pois os pontos de venda estavam fechados. Esse ecossistema envolveu pedidos por WhatsApp, redes sociais e aplicativos de entrega.

No ano passado, a empresa estava presente em apenas um marketplace de terceiros e, ainda, em fase de teste. “Agora potencializou”, diz o executivo, destacando que a companhia está hoje nos shoppings virtuais da Magalu, Shopee e Mercado Livre. No momento, o número de visitas recebidas no site da empresa é 49% maior do que no mesmo período do ano passado e as vendas estão 57,6% acima do esperado.

Indústrias montam ‘logística de guerra’

Num país continental como o Brasil, o grande desafio do comércio online na venda de ovos de Páscoa, um produto frágil, cujo consumo ocorre num curto período, é a logística.

A Lacta, por exemplo, ampliou de 200 para 500 a quantidade de motoristas dos caminhões que levam os ovos dos quatro centros de distribuição e dos 11 postos avançados para os quatro cantos do País.

Na Páscoa do ano passado, as vendas online da marca atendiam apenas quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba(PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e interior. Neste ano, a loja online passou a entregar em todo o território nacional. Mas os prazos foram mantidos: até 48 horas nas capitais e até cinco dias úteis nas demais cidades.

Garcia, da Mondelez explica que os ovos vão dentro de uma caixa de isopor para não derreter ou quebrar. “Tem que ter uma superlogística para que o consumidor tenha experiência que teria numa loja física”, observa.

“Hoje as nossas lojas estão muito mais bem preparadas, e o processo, mais fluído”, diz Roque, da Cacau Show. Na Páscoa do ano passado, as entregas das vendas online ocorriam em até três dias úteis após a compra. Este é o primeiro ano com entrega em até 24 horas.

A agilidade na logística aumentou porque a companhia está usando as 3.800 lojas da rede como mini centros de distribuição, fora os 3 mil revendedores da marca em municípios nos quais não há pontos de venda. “Cobrimos 4,5 mil cidades em todo o Brasil”, diz Roque.

Ele explica que as lojas passaram a ter entregadores que fazem a distribuição dos produtos. Há um trabalho de roteirização das entregas pelos franqueados, que organizam os pedidos e os horários dos despachos.

A venda online de ovos de Páscoa – praticamente a única alternativa do varejo e da indústria para viabilizar os negócios no auge da pandemia – virou a grande aposta dos fabricantes de chocolates neste ano, mesmo com a normalização das atividades.

Grandes marcas projetam taxas de crescimento nas vendas online na casa de dois dígitos. E, para impulsionar os negócios digitais, ampliaram a presença em shoppings virtuais e traçaram uma “logística de guerra” nas entregas. Tudo para levar o ovo ao destino final no menor prazo possível – e inteiro, isto é, sem quebra ou derretimento.

As lojas físicas ainda são o grande mercado da Páscoa. Respondem pela maior parte da comercialização de ovos e chocolates para a data, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). No entanto, um levantamento feito a pedido do Estadão pela NielsenIQ Ebit, consultoria especializada em monitorar o e-commerce, confirma a tendência. As vendas online de ovos de Páscoa na primeira quinzena deste mês cresceram 38% em faturamento e 28% em número de pedidos em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento.

“O que apressou o online foi a pandemia, mas agora não é mais. É o comportamento do consumidor”, afirma Álvaro Garcia, vice-presidente de marketing da Mondelez, dona da marca Lacta. Ele destaca que muitos consumidores verificam preços na loja física e compram no digital e vice-versa. Isso faz com que haja um intercâmbio muito grande entre o online a loja tradicional.

A marca, que acaba de abrir uma loja no Mercado Livre, quer que os negócios digitais – que incluem a loja própria, e-commerces de parceiros e aplicativos de entrega – representem entre 16% e 20% das suas vendas totais de chocolates nesta Páscoa. No ano passado, essa fatia tinha sido de 6,9%. “É um salto muito grande”, afirma o executivo, destacando que a projeção é um aumento no faturamento total de chocolates entre 10% e 15% em relação à Páscoa do ano passado.

Grande desafio das vendas online de ovos de Páscoa é fazer com que o produto chegue inteiro na casa do comprador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Nestlé, outra gigante do setor de chocolates, produziu neste ano 12 milhões de unidades de ovos de Páscoa com as marcas Nestlé e Garoto, um aumento de quase 10% ante o evento de 2022. Os três últimos anos foram bem distintos para a Páscoa e o e-commerce foi um forte aliado das empresas para impulsionar as vendas, lembra Francini Cristelo, head da Nestlé Stores.

Segundo a executiva, a expectativa de vendas de Páscoa no e-commerce do Empório Nestlé é de um avanço de 20% em relação a 2022. A companhia também espera crescimento nos negócios online nos canais digitais de parceiros.

“De tudo que venderemos nesta Páscoa, perto de 7% a 8% virão do digital”, afirma Daniel Roque, vice-presidente da Cacau Show. Ele espera um avanço de 50% na venda online, em valor, na comparação com 2022. “Será a maior taxa de crescimento desde 2020.”

Em 2020, com a eclosão da pandemia, a Cacau Show rapidamente criou um marketplace com as suas lojas para conseguir vender, pois os pontos de venda estavam fechados. Esse ecossistema envolveu pedidos por WhatsApp, redes sociais e aplicativos de entrega.

No ano passado, a empresa estava presente em apenas um marketplace de terceiros e, ainda, em fase de teste. “Agora potencializou”, diz o executivo, destacando que a companhia está hoje nos shoppings virtuais da Magalu, Shopee e Mercado Livre. No momento, o número de visitas recebidas no site da empresa é 49% maior do que no mesmo período do ano passado e as vendas estão 57,6% acima do esperado.

Indústrias montam ‘logística de guerra’

Num país continental como o Brasil, o grande desafio do comércio online na venda de ovos de Páscoa, um produto frágil, cujo consumo ocorre num curto período, é a logística.

A Lacta, por exemplo, ampliou de 200 para 500 a quantidade de motoristas dos caminhões que levam os ovos dos quatro centros de distribuição e dos 11 postos avançados para os quatro cantos do País.

Na Páscoa do ano passado, as vendas online da marca atendiam apenas quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba(PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e interior. Neste ano, a loja online passou a entregar em todo o território nacional. Mas os prazos foram mantidos: até 48 horas nas capitais e até cinco dias úteis nas demais cidades.

Garcia, da Mondelez explica que os ovos vão dentro de uma caixa de isopor para não derreter ou quebrar. “Tem que ter uma superlogística para que o consumidor tenha experiência que teria numa loja física”, observa.

“Hoje as nossas lojas estão muito mais bem preparadas, e o processo, mais fluído”, diz Roque, da Cacau Show. Na Páscoa do ano passado, as entregas das vendas online ocorriam em até três dias úteis após a compra. Este é o primeiro ano com entrega em até 24 horas.

A agilidade na logística aumentou porque a companhia está usando as 3.800 lojas da rede como mini centros de distribuição, fora os 3 mil revendedores da marca em municípios nos quais não há pontos de venda. “Cobrimos 4,5 mil cidades em todo o Brasil”, diz Roque.

Ele explica que as lojas passaram a ter entregadores que fazem a distribuição dos produtos. Há um trabalho de roteirização das entregas pelos franqueados, que organizam os pedidos e os horários dos despachos.

A venda online de ovos de Páscoa – praticamente a única alternativa do varejo e da indústria para viabilizar os negócios no auge da pandemia – virou a grande aposta dos fabricantes de chocolates neste ano, mesmo com a normalização das atividades.

Grandes marcas projetam taxas de crescimento nas vendas online na casa de dois dígitos. E, para impulsionar os negócios digitais, ampliaram a presença em shoppings virtuais e traçaram uma “logística de guerra” nas entregas. Tudo para levar o ovo ao destino final no menor prazo possível – e inteiro, isto é, sem quebra ou derretimento.

As lojas físicas ainda são o grande mercado da Páscoa. Respondem pela maior parte da comercialização de ovos e chocolates para a data, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). No entanto, um levantamento feito a pedido do Estadão pela NielsenIQ Ebit, consultoria especializada em monitorar o e-commerce, confirma a tendência. As vendas online de ovos de Páscoa na primeira quinzena deste mês cresceram 38% em faturamento e 28% em número de pedidos em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento.

“O que apressou o online foi a pandemia, mas agora não é mais. É o comportamento do consumidor”, afirma Álvaro Garcia, vice-presidente de marketing da Mondelez, dona da marca Lacta. Ele destaca que muitos consumidores verificam preços na loja física e compram no digital e vice-versa. Isso faz com que haja um intercâmbio muito grande entre o online a loja tradicional.

A marca, que acaba de abrir uma loja no Mercado Livre, quer que os negócios digitais – que incluem a loja própria, e-commerces de parceiros e aplicativos de entrega – representem entre 16% e 20% das suas vendas totais de chocolates nesta Páscoa. No ano passado, essa fatia tinha sido de 6,9%. “É um salto muito grande”, afirma o executivo, destacando que a projeção é um aumento no faturamento total de chocolates entre 10% e 15% em relação à Páscoa do ano passado.

Grande desafio das vendas online de ovos de Páscoa é fazer com que o produto chegue inteiro na casa do comprador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Nestlé, outra gigante do setor de chocolates, produziu neste ano 12 milhões de unidades de ovos de Páscoa com as marcas Nestlé e Garoto, um aumento de quase 10% ante o evento de 2022. Os três últimos anos foram bem distintos para a Páscoa e o e-commerce foi um forte aliado das empresas para impulsionar as vendas, lembra Francini Cristelo, head da Nestlé Stores.

Segundo a executiva, a expectativa de vendas de Páscoa no e-commerce do Empório Nestlé é de um avanço de 20% em relação a 2022. A companhia também espera crescimento nos negócios online nos canais digitais de parceiros.

“De tudo que venderemos nesta Páscoa, perto de 7% a 8% virão do digital”, afirma Daniel Roque, vice-presidente da Cacau Show. Ele espera um avanço de 50% na venda online, em valor, na comparação com 2022. “Será a maior taxa de crescimento desde 2020.”

Em 2020, com a eclosão da pandemia, a Cacau Show rapidamente criou um marketplace com as suas lojas para conseguir vender, pois os pontos de venda estavam fechados. Esse ecossistema envolveu pedidos por WhatsApp, redes sociais e aplicativos de entrega.

No ano passado, a empresa estava presente em apenas um marketplace de terceiros e, ainda, em fase de teste. “Agora potencializou”, diz o executivo, destacando que a companhia está hoje nos shoppings virtuais da Magalu, Shopee e Mercado Livre. No momento, o número de visitas recebidas no site da empresa é 49% maior do que no mesmo período do ano passado e as vendas estão 57,6% acima do esperado.

Indústrias montam ‘logística de guerra’

Num país continental como o Brasil, o grande desafio do comércio online na venda de ovos de Páscoa, um produto frágil, cujo consumo ocorre num curto período, é a logística.

A Lacta, por exemplo, ampliou de 200 para 500 a quantidade de motoristas dos caminhões que levam os ovos dos quatro centros de distribuição e dos 11 postos avançados para os quatro cantos do País.

Na Páscoa do ano passado, as vendas online da marca atendiam apenas quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba(PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e interior. Neste ano, a loja online passou a entregar em todo o território nacional. Mas os prazos foram mantidos: até 48 horas nas capitais e até cinco dias úteis nas demais cidades.

Garcia, da Mondelez explica que os ovos vão dentro de uma caixa de isopor para não derreter ou quebrar. “Tem que ter uma superlogística para que o consumidor tenha experiência que teria numa loja física”, observa.

“Hoje as nossas lojas estão muito mais bem preparadas, e o processo, mais fluído”, diz Roque, da Cacau Show. Na Páscoa do ano passado, as entregas das vendas online ocorriam em até três dias úteis após a compra. Este é o primeiro ano com entrega em até 24 horas.

A agilidade na logística aumentou porque a companhia está usando as 3.800 lojas da rede como mini centros de distribuição, fora os 3 mil revendedores da marca em municípios nos quais não há pontos de venda. “Cobrimos 4,5 mil cidades em todo o Brasil”, diz Roque.

Ele explica que as lojas passaram a ter entregadores que fazem a distribuição dos produtos. Há um trabalho de roteirização das entregas pelos franqueados, que organizam os pedidos e os horários dos despachos.

A venda online de ovos de Páscoa – praticamente a única alternativa do varejo e da indústria para viabilizar os negócios no auge da pandemia – virou a grande aposta dos fabricantes de chocolates neste ano, mesmo com a normalização das atividades.

Grandes marcas projetam taxas de crescimento nas vendas online na casa de dois dígitos. E, para impulsionar os negócios digitais, ampliaram a presença em shoppings virtuais e traçaram uma “logística de guerra” nas entregas. Tudo para levar o ovo ao destino final no menor prazo possível – e inteiro, isto é, sem quebra ou derretimento.

As lojas físicas ainda são o grande mercado da Páscoa. Respondem pela maior parte da comercialização de ovos e chocolates para a data, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). No entanto, um levantamento feito a pedido do Estadão pela NielsenIQ Ebit, consultoria especializada em monitorar o e-commerce, confirma a tendência. As vendas online de ovos de Páscoa na primeira quinzena deste mês cresceram 38% em faturamento e 28% em número de pedidos em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento.

“O que apressou o online foi a pandemia, mas agora não é mais. É o comportamento do consumidor”, afirma Álvaro Garcia, vice-presidente de marketing da Mondelez, dona da marca Lacta. Ele destaca que muitos consumidores verificam preços na loja física e compram no digital e vice-versa. Isso faz com que haja um intercâmbio muito grande entre o online a loja tradicional.

A marca, que acaba de abrir uma loja no Mercado Livre, quer que os negócios digitais – que incluem a loja própria, e-commerces de parceiros e aplicativos de entrega – representem entre 16% e 20% das suas vendas totais de chocolates nesta Páscoa. No ano passado, essa fatia tinha sido de 6,9%. “É um salto muito grande”, afirma o executivo, destacando que a projeção é um aumento no faturamento total de chocolates entre 10% e 15% em relação à Páscoa do ano passado.

Grande desafio das vendas online de ovos de Páscoa é fazer com que o produto chegue inteiro na casa do comprador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Nestlé, outra gigante do setor de chocolates, produziu neste ano 12 milhões de unidades de ovos de Páscoa com as marcas Nestlé e Garoto, um aumento de quase 10% ante o evento de 2022. Os três últimos anos foram bem distintos para a Páscoa e o e-commerce foi um forte aliado das empresas para impulsionar as vendas, lembra Francini Cristelo, head da Nestlé Stores.

Segundo a executiva, a expectativa de vendas de Páscoa no e-commerce do Empório Nestlé é de um avanço de 20% em relação a 2022. A companhia também espera crescimento nos negócios online nos canais digitais de parceiros.

“De tudo que venderemos nesta Páscoa, perto de 7% a 8% virão do digital”, afirma Daniel Roque, vice-presidente da Cacau Show. Ele espera um avanço de 50% na venda online, em valor, na comparação com 2022. “Será a maior taxa de crescimento desde 2020.”

Em 2020, com a eclosão da pandemia, a Cacau Show rapidamente criou um marketplace com as suas lojas para conseguir vender, pois os pontos de venda estavam fechados. Esse ecossistema envolveu pedidos por WhatsApp, redes sociais e aplicativos de entrega.

No ano passado, a empresa estava presente em apenas um marketplace de terceiros e, ainda, em fase de teste. “Agora potencializou”, diz o executivo, destacando que a companhia está hoje nos shoppings virtuais da Magalu, Shopee e Mercado Livre. No momento, o número de visitas recebidas no site da empresa é 49% maior do que no mesmo período do ano passado e as vendas estão 57,6% acima do esperado.

Indústrias montam ‘logística de guerra’

Num país continental como o Brasil, o grande desafio do comércio online na venda de ovos de Páscoa, um produto frágil, cujo consumo ocorre num curto período, é a logística.

A Lacta, por exemplo, ampliou de 200 para 500 a quantidade de motoristas dos caminhões que levam os ovos dos quatro centros de distribuição e dos 11 postos avançados para os quatro cantos do País.

Na Páscoa do ano passado, as vendas online da marca atendiam apenas quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba(PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e interior. Neste ano, a loja online passou a entregar em todo o território nacional. Mas os prazos foram mantidos: até 48 horas nas capitais e até cinco dias úteis nas demais cidades.

Garcia, da Mondelez explica que os ovos vão dentro de uma caixa de isopor para não derreter ou quebrar. “Tem que ter uma superlogística para que o consumidor tenha experiência que teria numa loja física”, observa.

“Hoje as nossas lojas estão muito mais bem preparadas, e o processo, mais fluído”, diz Roque, da Cacau Show. Na Páscoa do ano passado, as entregas das vendas online ocorriam em até três dias úteis após a compra. Este é o primeiro ano com entrega em até 24 horas.

A agilidade na logística aumentou porque a companhia está usando as 3.800 lojas da rede como mini centros de distribuição, fora os 3 mil revendedores da marca em municípios nos quais não há pontos de venda. “Cobrimos 4,5 mil cidades em todo o Brasil”, diz Roque.

Ele explica que as lojas passaram a ter entregadores que fazem a distribuição dos produtos. Há um trabalho de roteirização das entregas pelos franqueados, que organizam os pedidos e os horários dos despachos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.