Como a economia americana pode prejudicar a brasileira?; leia artigo


Taxas reais de juros mais altas nos Estados Unidos levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros

Por Alexandre Manoel

O recente aumento na taxa de juros americana tem gerado aversão ao risco para o mercado brasileiro, porém as taxas reais de juros de médio e longo prazos dos EUA constituem problema ainda mais importante, em função dos sinais sistemáticos de descontrole fiscal na América.

Segundo o Office of Management and Budget (OMB), a dívida pública federal americana cresceu de 55,6% do PIB, em 2000, para 107,1% do PIB, em 2019, devido ao déficit primário ininterrupto de 4,15% do PIB de 2002 a 2019, em média. Esse crescimento não era preocupante até 2019, pois os empréstimos de dois e dez anos ao governo dos EUA rendiam 1,5% ao ano, implicando taxas reais de juros negativas.

Contudo, a pandemia de covid-19 elevou a dívida dos EUA para 123,4% do PIB em 2022, aumento de 16 pontos porcentuais vis-à-vis 2019. Isso trouxe a possibilidade real de os EUA voltarem a conviver estruturalmente com taxas reais de juros positivas, enquanto não apontarem solução crível para o seu problema fiscal.

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Na política americana, os republicanos prometem diminuir os impostos; enquanto os democratas, aumentar os gastos. Também parece não haver espaço substancial para a reforma dos gastos, exceto no orçamento militar, que é considerado intocável.

Dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, segundo projeções do Congressional Budget Office Foto: Jason Reed/Reuters

Diante disso, o Congressional Budget Office (CBO) projeta que a dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, com um déficit primário semelhante, considerando que a atual legislação não será alterada.

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Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA, impulsionando os investidores a exigirem prêmio de juros mais altos no financiamento do governo americano, como os 4,7% ao ano para empréstimos de dez anos, mais de 2% de juros reais. Isso sugere preocupações com uma possível trajetória explosiva da dívida pública.

No contexto brasileiro, taxas reais de juros mais altas nos EUA levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros mais elevada, com maiores dificuldades para o crescimento econômico e estabilização da dívida pública.

Entendemos que a única alternativa ao governo é continuar na persecução das metas fiscais estabelecidas. Qualquer revés na preocupação fiscal significará piora ainda maior nos preços dos ativos domésticos (em relação ao que vem ocorrendo recentemente)./Economista-chefe da AZ Quest Investimentos, foi secretário dos Ministérios da Fazenda e da Economia (2018-2020)

O recente aumento na taxa de juros americana tem gerado aversão ao risco para o mercado brasileiro, porém as taxas reais de juros de médio e longo prazos dos EUA constituem problema ainda mais importante, em função dos sinais sistemáticos de descontrole fiscal na América.

Segundo o Office of Management and Budget (OMB), a dívida pública federal americana cresceu de 55,6% do PIB, em 2000, para 107,1% do PIB, em 2019, devido ao déficit primário ininterrupto de 4,15% do PIB de 2002 a 2019, em média. Esse crescimento não era preocupante até 2019, pois os empréstimos de dois e dez anos ao governo dos EUA rendiam 1,5% ao ano, implicando taxas reais de juros negativas.

Contudo, a pandemia de covid-19 elevou a dívida dos EUA para 123,4% do PIB em 2022, aumento de 16 pontos porcentuais vis-à-vis 2019. Isso trouxe a possibilidade real de os EUA voltarem a conviver estruturalmente com taxas reais de juros positivas, enquanto não apontarem solução crível para o seu problema fiscal.

Na política americana, os republicanos prometem diminuir os impostos; enquanto os democratas, aumentar os gastos. Também parece não haver espaço substancial para a reforma dos gastos, exceto no orçamento militar, que é considerado intocável.

Dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, segundo projeções do Congressional Budget Office Foto: Jason Reed/Reuters

Diante disso, o Congressional Budget Office (CBO) projeta que a dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, com um déficit primário semelhante, considerando que a atual legislação não será alterada.

Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA, impulsionando os investidores a exigirem prêmio de juros mais altos no financiamento do governo americano, como os 4,7% ao ano para empréstimos de dez anos, mais de 2% de juros reais. Isso sugere preocupações com uma possível trajetória explosiva da dívida pública.

No contexto brasileiro, taxas reais de juros mais altas nos EUA levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros mais elevada, com maiores dificuldades para o crescimento econômico e estabilização da dívida pública.

Entendemos que a única alternativa ao governo é continuar na persecução das metas fiscais estabelecidas. Qualquer revés na preocupação fiscal significará piora ainda maior nos preços dos ativos domésticos (em relação ao que vem ocorrendo recentemente)./Economista-chefe da AZ Quest Investimentos, foi secretário dos Ministérios da Fazenda e da Economia (2018-2020)

O recente aumento na taxa de juros americana tem gerado aversão ao risco para o mercado brasileiro, porém as taxas reais de juros de médio e longo prazos dos EUA constituem problema ainda mais importante, em função dos sinais sistemáticos de descontrole fiscal na América.

Segundo o Office of Management and Budget (OMB), a dívida pública federal americana cresceu de 55,6% do PIB, em 2000, para 107,1% do PIB, em 2019, devido ao déficit primário ininterrupto de 4,15% do PIB de 2002 a 2019, em média. Esse crescimento não era preocupante até 2019, pois os empréstimos de dois e dez anos ao governo dos EUA rendiam 1,5% ao ano, implicando taxas reais de juros negativas.

Contudo, a pandemia de covid-19 elevou a dívida dos EUA para 123,4% do PIB em 2022, aumento de 16 pontos porcentuais vis-à-vis 2019. Isso trouxe a possibilidade real de os EUA voltarem a conviver estruturalmente com taxas reais de juros positivas, enquanto não apontarem solução crível para o seu problema fiscal.

Na política americana, os republicanos prometem diminuir os impostos; enquanto os democratas, aumentar os gastos. Também parece não haver espaço substancial para a reforma dos gastos, exceto no orçamento militar, que é considerado intocável.

Dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, segundo projeções do Congressional Budget Office Foto: Jason Reed/Reuters

Diante disso, o Congressional Budget Office (CBO) projeta que a dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, com um déficit primário semelhante, considerando que a atual legislação não será alterada.

Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA, impulsionando os investidores a exigirem prêmio de juros mais altos no financiamento do governo americano, como os 4,7% ao ano para empréstimos de dez anos, mais de 2% de juros reais. Isso sugere preocupações com uma possível trajetória explosiva da dívida pública.

No contexto brasileiro, taxas reais de juros mais altas nos EUA levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros mais elevada, com maiores dificuldades para o crescimento econômico e estabilização da dívida pública.

Entendemos que a única alternativa ao governo é continuar na persecução das metas fiscais estabelecidas. Qualquer revés na preocupação fiscal significará piora ainda maior nos preços dos ativos domésticos (em relação ao que vem ocorrendo recentemente)./Economista-chefe da AZ Quest Investimentos, foi secretário dos Ministérios da Fazenda e da Economia (2018-2020)

O recente aumento na taxa de juros americana tem gerado aversão ao risco para o mercado brasileiro, porém as taxas reais de juros de médio e longo prazos dos EUA constituem problema ainda mais importante, em função dos sinais sistemáticos de descontrole fiscal na América.

Segundo o Office of Management and Budget (OMB), a dívida pública federal americana cresceu de 55,6% do PIB, em 2000, para 107,1% do PIB, em 2019, devido ao déficit primário ininterrupto de 4,15% do PIB de 2002 a 2019, em média. Esse crescimento não era preocupante até 2019, pois os empréstimos de dois e dez anos ao governo dos EUA rendiam 1,5% ao ano, implicando taxas reais de juros negativas.

Contudo, a pandemia de covid-19 elevou a dívida dos EUA para 123,4% do PIB em 2022, aumento de 16 pontos porcentuais vis-à-vis 2019. Isso trouxe a possibilidade real de os EUA voltarem a conviver estruturalmente com taxas reais de juros positivas, enquanto não apontarem solução crível para o seu problema fiscal.

Na política americana, os republicanos prometem diminuir os impostos; enquanto os democratas, aumentar os gastos. Também parece não haver espaço substancial para a reforma dos gastos, exceto no orçamento militar, que é considerado intocável.

Dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, segundo projeções do Congressional Budget Office Foto: Jason Reed/Reuters

Diante disso, o Congressional Budget Office (CBO) projeta que a dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, com um déficit primário semelhante, considerando que a atual legislação não será alterada.

Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA, impulsionando os investidores a exigirem prêmio de juros mais altos no financiamento do governo americano, como os 4,7% ao ano para empréstimos de dez anos, mais de 2% de juros reais. Isso sugere preocupações com uma possível trajetória explosiva da dívida pública.

No contexto brasileiro, taxas reais de juros mais altas nos EUA levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros mais elevada, com maiores dificuldades para o crescimento econômico e estabilização da dívida pública.

Entendemos que a única alternativa ao governo é continuar na persecução das metas fiscais estabelecidas. Qualquer revés na preocupação fiscal significará piora ainda maior nos preços dos ativos domésticos (em relação ao que vem ocorrendo recentemente)./Economista-chefe da AZ Quest Investimentos, foi secretário dos Ministérios da Fazenda e da Economia (2018-2020)

O recente aumento na taxa de juros americana tem gerado aversão ao risco para o mercado brasileiro, porém as taxas reais de juros de médio e longo prazos dos EUA constituem problema ainda mais importante, em função dos sinais sistemáticos de descontrole fiscal na América.

Segundo o Office of Management and Budget (OMB), a dívida pública federal americana cresceu de 55,6% do PIB, em 2000, para 107,1% do PIB, em 2019, devido ao déficit primário ininterrupto de 4,15% do PIB de 2002 a 2019, em média. Esse crescimento não era preocupante até 2019, pois os empréstimos de dois e dez anos ao governo dos EUA rendiam 1,5% ao ano, implicando taxas reais de juros negativas.

Contudo, a pandemia de covid-19 elevou a dívida dos EUA para 123,4% do PIB em 2022, aumento de 16 pontos porcentuais vis-à-vis 2019. Isso trouxe a possibilidade real de os EUA voltarem a conviver estruturalmente com taxas reais de juros positivas, enquanto não apontarem solução crível para o seu problema fiscal.

Na política americana, os republicanos prometem diminuir os impostos; enquanto os democratas, aumentar os gastos. Também parece não haver espaço substancial para a reforma dos gastos, exceto no orçamento militar, que é considerado intocável.

Dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, segundo projeções do Congressional Budget Office Foto: Jason Reed/Reuters

Diante disso, o Congressional Budget Office (CBO) projeta que a dívida pública dos EUA chegará a 133,4% do PIB em 2033, dez pontos porcentuais acima do nível atual, com um déficit primário semelhante, considerando que a atual legislação não será alterada.

Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA, impulsionando os investidores a exigirem prêmio de juros mais altos no financiamento do governo americano, como os 4,7% ao ano para empréstimos de dez anos, mais de 2% de juros reais. Isso sugere preocupações com uma possível trajetória explosiva da dívida pública.

No contexto brasileiro, taxas reais de juros mais altas nos EUA levantam questões sobre a taxa terminal doméstica de juros mais elevada, com maiores dificuldades para o crescimento econômico e estabilização da dívida pública.

Entendemos que a única alternativa ao governo é continuar na persecução das metas fiscais estabelecidas. Qualquer revés na preocupação fiscal significará piora ainda maior nos preços dos ativos domésticos (em relação ao que vem ocorrendo recentemente)./Economista-chefe da AZ Quest Investimentos, foi secretário dos Ministérios da Fazenda e da Economia (2018-2020)

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