Como economizar na conta de luz? Veja dicas de especialistas


Mudanças simples aplicadas ao dia a dia podem fazer a diferença na conta de energia elétrica

Por Katharina Cruz
Atualização:

A energia elétrica vai ficar mais cara no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês, pela primeira vez desde abril de 2022. A bandeira amarela, segundo a Aneel, ocorre por fatores como a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia - e, na prática, significa que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a mudança da bandeira tarifária, muitos brasileiros se preocupam com a conta e procuram soluções para evitar pagar valores muito altos durante esse período. Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam quais são os principais vilões da fatura e destacam que o uso mais consciente de energia também pode fazer a diferença.

Aneel acionou bandeira tarifária amarela em julho, primeira vez desde abril de 2022.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Ações no dia a dia

A economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni, destaca que o controle de tempo do uso de chuveiros elétricos, ferro de passar e máquina de lavar roupa são essenciais para contornar a alta tarifa. “A conta de luz subiu e o frio chegou, então é necessário fazer um controle de tempo”, diz Beni, que também chama atenção para as intensidades dos aparelhos. “Evite chuveiro muito quente, assim como secador de cabelo e ventilador em velocidade máxima. Opte pela moderada ou baixa”, recomenda.

Segundo a economista, o ideal é organizar atividades como lavar e passar as roupas - antes feitas com frequência - em um período específico da semana. O ideal é juntar tudo para lavar e passar de uma só vez. “O ferro tem um tempo para aquecer, esse período faz com que você gaste bastante energia”, ressalta.

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Em relação às roupas, Beni também orienta que as pessoas evitem passar peças que não têm necessidade, como toalha de banho e pano de prato. Segundo a Enel, Ferros elétricos podem ser responsáveis por 7% da fatura. O uso de secadora também deve ser evitado. “É possível aproveitar períodos de sol e vento para secar a roupa naturalmente”, destaca a economista.

Eletroportáteis comuns na cozinha, como airfryer, torradeira, forno elétrico e panelas elétricas, também estão na lista de utensílios que geram grande custo de energia e uma opção é reduzir o consumo substituindo esses aparelhos quando possível. Como exemplo, a professa da FGV aconselha trocar o aspirador de pó pela vassoura.

Outra recomendação da economista é usar um temporizador para o ar condicionado. “A pessoa deixa o ar ligado e sai do ambiente para quando voltar estar fresco. Isso tem um custo muito alto”, afirma.

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Escolhas inteligentes

José Aquiles Baesso Grimoni, professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, afirma que o ideal é ter em casa equipamentos que têm a etiqueta A do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), pois são os mais eficientes, ou seja, consomem menos energia.

Já no caso da iluminação residencial, o professor destaca que as lâmpadas mais eficientes são as lâmpadas LED. “Elas podem fornecer o mesmo nível de iluminamento que outros tipos de lâmpadas (fluorescentes compactas ou tubulares, incandescentes, etc.) gastando bem menos energia elétrica”, diz.

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De acordo com José Aquiles, uma boa prática para a redução da conta de energia a longo prazo é trocar a fonte dos equipamentos, como na utilização da energia solar térmica para aquecer água para banho ou na produção de energia elétrica a partir da energia solar fotovoltaica. Outra alternativa seria utilizar gás (natural ou GLP) para aquecimento de água no lugar dos chuveiros ou dos aquecedores elétricos.

Para economia própria, Aquiles instalou placas solares em sua residência por meio de um financiamento de dois anos. Segundo ele, o financiamento é bastante vantajoso e já é ofertado por vários bancos a juros baixos. “Se fosse financiado em quatro anos, eu pagaria o mesmo valor que eu gastava em média com energia todo mês na minha casa”, explica.

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No Brasil, a geração de energia solar já se mostrou bastante promissora. Segundo a Intelbras, o uso da energia solar pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%. Recentemente, o governo federal tem divulgado medidas voltadas para o incentivo da energia limpa no país - como o programa para promoção do uso de energia renovável, sobretudo solar, por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), publicado em decreto na última segunda-feira, 1°.

A energia elétrica vai ficar mais cara no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês, pela primeira vez desde abril de 2022. A bandeira amarela, segundo a Aneel, ocorre por fatores como a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia - e, na prática, significa que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a mudança da bandeira tarifária, muitos brasileiros se preocupam com a conta e procuram soluções para evitar pagar valores muito altos durante esse período. Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam quais são os principais vilões da fatura e destacam que o uso mais consciente de energia também pode fazer a diferença.

Aneel acionou bandeira tarifária amarela em julho, primeira vez desde abril de 2022.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Ações no dia a dia

A economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni, destaca que o controle de tempo do uso de chuveiros elétricos, ferro de passar e máquina de lavar roupa são essenciais para contornar a alta tarifa. “A conta de luz subiu e o frio chegou, então é necessário fazer um controle de tempo”, diz Beni, que também chama atenção para as intensidades dos aparelhos. “Evite chuveiro muito quente, assim como secador de cabelo e ventilador em velocidade máxima. Opte pela moderada ou baixa”, recomenda.

Segundo a economista, o ideal é organizar atividades como lavar e passar as roupas - antes feitas com frequência - em um período específico da semana. O ideal é juntar tudo para lavar e passar de uma só vez. “O ferro tem um tempo para aquecer, esse período faz com que você gaste bastante energia”, ressalta.

Em relação às roupas, Beni também orienta que as pessoas evitem passar peças que não têm necessidade, como toalha de banho e pano de prato. Segundo a Enel, Ferros elétricos podem ser responsáveis por 7% da fatura. O uso de secadora também deve ser evitado. “É possível aproveitar períodos de sol e vento para secar a roupa naturalmente”, destaca a economista.

Eletroportáteis comuns na cozinha, como airfryer, torradeira, forno elétrico e panelas elétricas, também estão na lista de utensílios que geram grande custo de energia e uma opção é reduzir o consumo substituindo esses aparelhos quando possível. Como exemplo, a professa da FGV aconselha trocar o aspirador de pó pela vassoura.

Outra recomendação da economista é usar um temporizador para o ar condicionado. “A pessoa deixa o ar ligado e sai do ambiente para quando voltar estar fresco. Isso tem um custo muito alto”, afirma.

Escolhas inteligentes

José Aquiles Baesso Grimoni, professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, afirma que o ideal é ter em casa equipamentos que têm a etiqueta A do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), pois são os mais eficientes, ou seja, consomem menos energia.

Já no caso da iluminação residencial, o professor destaca que as lâmpadas mais eficientes são as lâmpadas LED. “Elas podem fornecer o mesmo nível de iluminamento que outros tipos de lâmpadas (fluorescentes compactas ou tubulares, incandescentes, etc.) gastando bem menos energia elétrica”, diz.

De acordo com José Aquiles, uma boa prática para a redução da conta de energia a longo prazo é trocar a fonte dos equipamentos, como na utilização da energia solar térmica para aquecer água para banho ou na produção de energia elétrica a partir da energia solar fotovoltaica. Outra alternativa seria utilizar gás (natural ou GLP) para aquecimento de água no lugar dos chuveiros ou dos aquecedores elétricos.

Para economia própria, Aquiles instalou placas solares em sua residência por meio de um financiamento de dois anos. Segundo ele, o financiamento é bastante vantajoso e já é ofertado por vários bancos a juros baixos. “Se fosse financiado em quatro anos, eu pagaria o mesmo valor que eu gastava em média com energia todo mês na minha casa”, explica.

No Brasil, a geração de energia solar já se mostrou bastante promissora. Segundo a Intelbras, o uso da energia solar pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%. Recentemente, o governo federal tem divulgado medidas voltadas para o incentivo da energia limpa no país - como o programa para promoção do uso de energia renovável, sobretudo solar, por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), publicado em decreto na última segunda-feira, 1°.

A energia elétrica vai ficar mais cara no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês, pela primeira vez desde abril de 2022. A bandeira amarela, segundo a Aneel, ocorre por fatores como a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia - e, na prática, significa que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a mudança da bandeira tarifária, muitos brasileiros se preocupam com a conta e procuram soluções para evitar pagar valores muito altos durante esse período. Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam quais são os principais vilões da fatura e destacam que o uso mais consciente de energia também pode fazer a diferença.

Aneel acionou bandeira tarifária amarela em julho, primeira vez desde abril de 2022.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Ações no dia a dia

A economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni, destaca que o controle de tempo do uso de chuveiros elétricos, ferro de passar e máquina de lavar roupa são essenciais para contornar a alta tarifa. “A conta de luz subiu e o frio chegou, então é necessário fazer um controle de tempo”, diz Beni, que também chama atenção para as intensidades dos aparelhos. “Evite chuveiro muito quente, assim como secador de cabelo e ventilador em velocidade máxima. Opte pela moderada ou baixa”, recomenda.

Segundo a economista, o ideal é organizar atividades como lavar e passar as roupas - antes feitas com frequência - em um período específico da semana. O ideal é juntar tudo para lavar e passar de uma só vez. “O ferro tem um tempo para aquecer, esse período faz com que você gaste bastante energia”, ressalta.

Em relação às roupas, Beni também orienta que as pessoas evitem passar peças que não têm necessidade, como toalha de banho e pano de prato. Segundo a Enel, Ferros elétricos podem ser responsáveis por 7% da fatura. O uso de secadora também deve ser evitado. “É possível aproveitar períodos de sol e vento para secar a roupa naturalmente”, destaca a economista.

Eletroportáteis comuns na cozinha, como airfryer, torradeira, forno elétrico e panelas elétricas, também estão na lista de utensílios que geram grande custo de energia e uma opção é reduzir o consumo substituindo esses aparelhos quando possível. Como exemplo, a professa da FGV aconselha trocar o aspirador de pó pela vassoura.

Outra recomendação da economista é usar um temporizador para o ar condicionado. “A pessoa deixa o ar ligado e sai do ambiente para quando voltar estar fresco. Isso tem um custo muito alto”, afirma.

Escolhas inteligentes

José Aquiles Baesso Grimoni, professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, afirma que o ideal é ter em casa equipamentos que têm a etiqueta A do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), pois são os mais eficientes, ou seja, consomem menos energia.

Já no caso da iluminação residencial, o professor destaca que as lâmpadas mais eficientes são as lâmpadas LED. “Elas podem fornecer o mesmo nível de iluminamento que outros tipos de lâmpadas (fluorescentes compactas ou tubulares, incandescentes, etc.) gastando bem menos energia elétrica”, diz.

De acordo com José Aquiles, uma boa prática para a redução da conta de energia a longo prazo é trocar a fonte dos equipamentos, como na utilização da energia solar térmica para aquecer água para banho ou na produção de energia elétrica a partir da energia solar fotovoltaica. Outra alternativa seria utilizar gás (natural ou GLP) para aquecimento de água no lugar dos chuveiros ou dos aquecedores elétricos.

Para economia própria, Aquiles instalou placas solares em sua residência por meio de um financiamento de dois anos. Segundo ele, o financiamento é bastante vantajoso e já é ofertado por vários bancos a juros baixos. “Se fosse financiado em quatro anos, eu pagaria o mesmo valor que eu gastava em média com energia todo mês na minha casa”, explica.

No Brasil, a geração de energia solar já se mostrou bastante promissora. Segundo a Intelbras, o uso da energia solar pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%. Recentemente, o governo federal tem divulgado medidas voltadas para o incentivo da energia limpa no país - como o programa para promoção do uso de energia renovável, sobretudo solar, por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), publicado em decreto na última segunda-feira, 1°.

A energia elétrica vai ficar mais cara no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês, pela primeira vez desde abril de 2022. A bandeira amarela, segundo a Aneel, ocorre por fatores como a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia - e, na prática, significa que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a mudança da bandeira tarifária, muitos brasileiros se preocupam com a conta e procuram soluções para evitar pagar valores muito altos durante esse período. Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam quais são os principais vilões da fatura e destacam que o uso mais consciente de energia também pode fazer a diferença.

Aneel acionou bandeira tarifária amarela em julho, primeira vez desde abril de 2022.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Ações no dia a dia

A economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni, destaca que o controle de tempo do uso de chuveiros elétricos, ferro de passar e máquina de lavar roupa são essenciais para contornar a alta tarifa. “A conta de luz subiu e o frio chegou, então é necessário fazer um controle de tempo”, diz Beni, que também chama atenção para as intensidades dos aparelhos. “Evite chuveiro muito quente, assim como secador de cabelo e ventilador em velocidade máxima. Opte pela moderada ou baixa”, recomenda.

Segundo a economista, o ideal é organizar atividades como lavar e passar as roupas - antes feitas com frequência - em um período específico da semana. O ideal é juntar tudo para lavar e passar de uma só vez. “O ferro tem um tempo para aquecer, esse período faz com que você gaste bastante energia”, ressalta.

Em relação às roupas, Beni também orienta que as pessoas evitem passar peças que não têm necessidade, como toalha de banho e pano de prato. Segundo a Enel, Ferros elétricos podem ser responsáveis por 7% da fatura. O uso de secadora também deve ser evitado. “É possível aproveitar períodos de sol e vento para secar a roupa naturalmente”, destaca a economista.

Eletroportáteis comuns na cozinha, como airfryer, torradeira, forno elétrico e panelas elétricas, também estão na lista de utensílios que geram grande custo de energia e uma opção é reduzir o consumo substituindo esses aparelhos quando possível. Como exemplo, a professa da FGV aconselha trocar o aspirador de pó pela vassoura.

Outra recomendação da economista é usar um temporizador para o ar condicionado. “A pessoa deixa o ar ligado e sai do ambiente para quando voltar estar fresco. Isso tem um custo muito alto”, afirma.

Escolhas inteligentes

José Aquiles Baesso Grimoni, professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, afirma que o ideal é ter em casa equipamentos que têm a etiqueta A do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), pois são os mais eficientes, ou seja, consomem menos energia.

Já no caso da iluminação residencial, o professor destaca que as lâmpadas mais eficientes são as lâmpadas LED. “Elas podem fornecer o mesmo nível de iluminamento que outros tipos de lâmpadas (fluorescentes compactas ou tubulares, incandescentes, etc.) gastando bem menos energia elétrica”, diz.

De acordo com José Aquiles, uma boa prática para a redução da conta de energia a longo prazo é trocar a fonte dos equipamentos, como na utilização da energia solar térmica para aquecer água para banho ou na produção de energia elétrica a partir da energia solar fotovoltaica. Outra alternativa seria utilizar gás (natural ou GLP) para aquecimento de água no lugar dos chuveiros ou dos aquecedores elétricos.

Para economia própria, Aquiles instalou placas solares em sua residência por meio de um financiamento de dois anos. Segundo ele, o financiamento é bastante vantajoso e já é ofertado por vários bancos a juros baixos. “Se fosse financiado em quatro anos, eu pagaria o mesmo valor que eu gastava em média com energia todo mês na minha casa”, explica.

No Brasil, a geração de energia solar já se mostrou bastante promissora. Segundo a Intelbras, o uso da energia solar pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%. Recentemente, o governo federal tem divulgado medidas voltadas para o incentivo da energia limpa no país - como o programa para promoção do uso de energia renovável, sobretudo solar, por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), publicado em decreto na última segunda-feira, 1°.

A energia elétrica vai ficar mais cara no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês, pela primeira vez desde abril de 2022. A bandeira amarela, segundo a Aneel, ocorre por fatores como a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia - e, na prática, significa que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a mudança da bandeira tarifária, muitos brasileiros se preocupam com a conta e procuram soluções para evitar pagar valores muito altos durante esse período. Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam quais são os principais vilões da fatura e destacam que o uso mais consciente de energia também pode fazer a diferença.

Aneel acionou bandeira tarifária amarela em julho, primeira vez desde abril de 2022.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Ações no dia a dia

A economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni, destaca que o controle de tempo do uso de chuveiros elétricos, ferro de passar e máquina de lavar roupa são essenciais para contornar a alta tarifa. “A conta de luz subiu e o frio chegou, então é necessário fazer um controle de tempo”, diz Beni, que também chama atenção para as intensidades dos aparelhos. “Evite chuveiro muito quente, assim como secador de cabelo e ventilador em velocidade máxima. Opte pela moderada ou baixa”, recomenda.

Segundo a economista, o ideal é organizar atividades como lavar e passar as roupas - antes feitas com frequência - em um período específico da semana. O ideal é juntar tudo para lavar e passar de uma só vez. “O ferro tem um tempo para aquecer, esse período faz com que você gaste bastante energia”, ressalta.

Em relação às roupas, Beni também orienta que as pessoas evitem passar peças que não têm necessidade, como toalha de banho e pano de prato. Segundo a Enel, Ferros elétricos podem ser responsáveis por 7% da fatura. O uso de secadora também deve ser evitado. “É possível aproveitar períodos de sol e vento para secar a roupa naturalmente”, destaca a economista.

Eletroportáteis comuns na cozinha, como airfryer, torradeira, forno elétrico e panelas elétricas, também estão na lista de utensílios que geram grande custo de energia e uma opção é reduzir o consumo substituindo esses aparelhos quando possível. Como exemplo, a professa da FGV aconselha trocar o aspirador de pó pela vassoura.

Outra recomendação da economista é usar um temporizador para o ar condicionado. “A pessoa deixa o ar ligado e sai do ambiente para quando voltar estar fresco. Isso tem um custo muito alto”, afirma.

Escolhas inteligentes

José Aquiles Baesso Grimoni, professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, afirma que o ideal é ter em casa equipamentos que têm a etiqueta A do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), pois são os mais eficientes, ou seja, consomem menos energia.

Já no caso da iluminação residencial, o professor destaca que as lâmpadas mais eficientes são as lâmpadas LED. “Elas podem fornecer o mesmo nível de iluminamento que outros tipos de lâmpadas (fluorescentes compactas ou tubulares, incandescentes, etc.) gastando bem menos energia elétrica”, diz.

De acordo com José Aquiles, uma boa prática para a redução da conta de energia a longo prazo é trocar a fonte dos equipamentos, como na utilização da energia solar térmica para aquecer água para banho ou na produção de energia elétrica a partir da energia solar fotovoltaica. Outra alternativa seria utilizar gás (natural ou GLP) para aquecimento de água no lugar dos chuveiros ou dos aquecedores elétricos.

Para economia própria, Aquiles instalou placas solares em sua residência por meio de um financiamento de dois anos. Segundo ele, o financiamento é bastante vantajoso e já é ofertado por vários bancos a juros baixos. “Se fosse financiado em quatro anos, eu pagaria o mesmo valor que eu gastava em média com energia todo mês na minha casa”, explica.

No Brasil, a geração de energia solar já se mostrou bastante promissora. Segundo a Intelbras, o uso da energia solar pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%. Recentemente, o governo federal tem divulgado medidas voltadas para o incentivo da energia limpa no país - como o programa para promoção do uso de energia renovável, sobretudo solar, por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), publicado em decreto na última segunda-feira, 1°.

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