Como as compras online e as lojas de bairro estão matando os shopping centers nos EUA


Atualmente, há cerca de 750 estabelecimentos do tipo no país; na década de 1980, eram cerca de 2.500, e previsão é de que queda continue

Por Sara Soteras i Acosta

WASHINGTON - “Os shopping centers estão morrendo”, diz Joseph, um homem de 32 anos que trabalha há três anos como balconista em uma loja de departamentos nos arredores de Washington. É assim que esse vendedor resume um fenômeno que pode acabar com um dos pilares da cultura americana: os grandes centros de compras.

O número de shoppings caiu de cerca de 2,5 mil nos Estados Unidos na década de 1980 para cerca de 750 atualmente, e seu declínio é tão acentuado que se espera que dentro de 15 anos restem apenas 150 no país, segundo o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelian.

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Aliás, Joseph, que trabalha no Tysons Corner — um dos poucos grandes centros comerciais ainda existentes na periferia da capital — acredita que seu trabalho irá “desaparecer” dentro de alguns anos, assim como estes grandes complexos.

Andando pelo Tysons Corner em uma manhã de um dia de semana, é fácil ver lojas sem clientes. Muitas pessoas optam por restaurantes e barracas de comida em vez de fazer compras, uma das estratégias que os centros comerciais têm tentado para continuar a atrair visitantes.

Shopping em New Jersey, nos Estados Unidos; centros comerciais têm sofrido  Foto: Sarah Yenesel/Efe/Epa
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Na opinião de Egelanian, que há mais de um quarto de século acompanha a evolução das lojas de departamentos nos Estados Unidos, não há possibilidade de “alterar o rumo” do desaparecimento dos shoppings, algo paradoxal, já que “não foram construídos para morrerem e são fisicamente e legalmente difíceis de matar”.

Segundo o analista, até o Tysons Corner “provavelmente ficará menor com o tempo”, como já aconteceu em outros casos, embora deva continuar sobrevivendo.

O chamado “shopping” americano é há décadas um dos alicerces do desenvolvimento da sociedade no país. Os EUA têm a maior área comercial per capita do mundo: cerca de 2 metros quadrados por pessoa, em comparação com uma cifra como a da Espanha e da maioria dos países europeus, que não chega a meio metro quadrado. Segundo a revista mexicana Real State Market, no México esse indicador é de apenas 0,11148 metro quadrado.

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Para o diretor da consultoria Global Data, Neil Saunders, “sem dúvida haverá mais fechamentos, mas alguns sobreviverão e continuarão funcionando bem”.

“Os hábitos de compra mudaram: agora compramos mais online e compramos mais em nossa área”, diz Saunders. Segundo ele, há “shoppings demais nos Estados Unidos em relação à demanda”.

Basta olhar para as estratégias de localização dos varejistas, algo que deu origem aos “shopping centers de bairro”, diz. Muitas lojas estão seguindo o padrão de abandonar os shoppings no centro das cidades e se mudar para a periferia, com pontos de venda menores em bairros residenciais.

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De fato, o número de lojas de roupas está crescendo, mas hoje elas estão localizadas individualmente nos subúrbios, e não dentro dos shoppings. Em 2022, embora o setor de vestuário tenha fechado 750 lojas no total, registrou o segundo maior número de aberturas, um total de 1.395, indica uma análise da Coresight Research. Muitos deles se estabeleceram nos subúrbios.

A questão é se os shoppings serão capazes de “se adaptar ao que os consumidores desejam”, diz Saunders. “Afinal, a grande maioria das vendas ainda é feita em lojas físicas, por isso a despesa está lá. Os centros comerciais só têm de conseguir captá-la.”/Efe

WASHINGTON - “Os shopping centers estão morrendo”, diz Joseph, um homem de 32 anos que trabalha há três anos como balconista em uma loja de departamentos nos arredores de Washington. É assim que esse vendedor resume um fenômeno que pode acabar com um dos pilares da cultura americana: os grandes centros de compras.

O número de shoppings caiu de cerca de 2,5 mil nos Estados Unidos na década de 1980 para cerca de 750 atualmente, e seu declínio é tão acentuado que se espera que dentro de 15 anos restem apenas 150 no país, segundo o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelian.

Aliás, Joseph, que trabalha no Tysons Corner — um dos poucos grandes centros comerciais ainda existentes na periferia da capital — acredita que seu trabalho irá “desaparecer” dentro de alguns anos, assim como estes grandes complexos.

Andando pelo Tysons Corner em uma manhã de um dia de semana, é fácil ver lojas sem clientes. Muitas pessoas optam por restaurantes e barracas de comida em vez de fazer compras, uma das estratégias que os centros comerciais têm tentado para continuar a atrair visitantes.

Shopping em New Jersey, nos Estados Unidos; centros comerciais têm sofrido  Foto: Sarah Yenesel/Efe/Epa

Na opinião de Egelanian, que há mais de um quarto de século acompanha a evolução das lojas de departamentos nos Estados Unidos, não há possibilidade de “alterar o rumo” do desaparecimento dos shoppings, algo paradoxal, já que “não foram construídos para morrerem e são fisicamente e legalmente difíceis de matar”.

Segundo o analista, até o Tysons Corner “provavelmente ficará menor com o tempo”, como já aconteceu em outros casos, embora deva continuar sobrevivendo.

O chamado “shopping” americano é há décadas um dos alicerces do desenvolvimento da sociedade no país. Os EUA têm a maior área comercial per capita do mundo: cerca de 2 metros quadrados por pessoa, em comparação com uma cifra como a da Espanha e da maioria dos países europeus, que não chega a meio metro quadrado. Segundo a revista mexicana Real State Market, no México esse indicador é de apenas 0,11148 metro quadrado.

Para o diretor da consultoria Global Data, Neil Saunders, “sem dúvida haverá mais fechamentos, mas alguns sobreviverão e continuarão funcionando bem”.

“Os hábitos de compra mudaram: agora compramos mais online e compramos mais em nossa área”, diz Saunders. Segundo ele, há “shoppings demais nos Estados Unidos em relação à demanda”.

Basta olhar para as estratégias de localização dos varejistas, algo que deu origem aos “shopping centers de bairro”, diz. Muitas lojas estão seguindo o padrão de abandonar os shoppings no centro das cidades e se mudar para a periferia, com pontos de venda menores em bairros residenciais.

De fato, o número de lojas de roupas está crescendo, mas hoje elas estão localizadas individualmente nos subúrbios, e não dentro dos shoppings. Em 2022, embora o setor de vestuário tenha fechado 750 lojas no total, registrou o segundo maior número de aberturas, um total de 1.395, indica uma análise da Coresight Research. Muitos deles se estabeleceram nos subúrbios.

A questão é se os shoppings serão capazes de “se adaptar ao que os consumidores desejam”, diz Saunders. “Afinal, a grande maioria das vendas ainda é feita em lojas físicas, por isso a despesa está lá. Os centros comerciais só têm de conseguir captá-la.”/Efe

WASHINGTON - “Os shopping centers estão morrendo”, diz Joseph, um homem de 32 anos que trabalha há três anos como balconista em uma loja de departamentos nos arredores de Washington. É assim que esse vendedor resume um fenômeno que pode acabar com um dos pilares da cultura americana: os grandes centros de compras.

O número de shoppings caiu de cerca de 2,5 mil nos Estados Unidos na década de 1980 para cerca de 750 atualmente, e seu declínio é tão acentuado que se espera que dentro de 15 anos restem apenas 150 no país, segundo o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelian.

Aliás, Joseph, que trabalha no Tysons Corner — um dos poucos grandes centros comerciais ainda existentes na periferia da capital — acredita que seu trabalho irá “desaparecer” dentro de alguns anos, assim como estes grandes complexos.

Andando pelo Tysons Corner em uma manhã de um dia de semana, é fácil ver lojas sem clientes. Muitas pessoas optam por restaurantes e barracas de comida em vez de fazer compras, uma das estratégias que os centros comerciais têm tentado para continuar a atrair visitantes.

Shopping em New Jersey, nos Estados Unidos; centros comerciais têm sofrido  Foto: Sarah Yenesel/Efe/Epa

Na opinião de Egelanian, que há mais de um quarto de século acompanha a evolução das lojas de departamentos nos Estados Unidos, não há possibilidade de “alterar o rumo” do desaparecimento dos shoppings, algo paradoxal, já que “não foram construídos para morrerem e são fisicamente e legalmente difíceis de matar”.

Segundo o analista, até o Tysons Corner “provavelmente ficará menor com o tempo”, como já aconteceu em outros casos, embora deva continuar sobrevivendo.

O chamado “shopping” americano é há décadas um dos alicerces do desenvolvimento da sociedade no país. Os EUA têm a maior área comercial per capita do mundo: cerca de 2 metros quadrados por pessoa, em comparação com uma cifra como a da Espanha e da maioria dos países europeus, que não chega a meio metro quadrado. Segundo a revista mexicana Real State Market, no México esse indicador é de apenas 0,11148 metro quadrado.

Para o diretor da consultoria Global Data, Neil Saunders, “sem dúvida haverá mais fechamentos, mas alguns sobreviverão e continuarão funcionando bem”.

“Os hábitos de compra mudaram: agora compramos mais online e compramos mais em nossa área”, diz Saunders. Segundo ele, há “shoppings demais nos Estados Unidos em relação à demanda”.

Basta olhar para as estratégias de localização dos varejistas, algo que deu origem aos “shopping centers de bairro”, diz. Muitas lojas estão seguindo o padrão de abandonar os shoppings no centro das cidades e se mudar para a periferia, com pontos de venda menores em bairros residenciais.

De fato, o número de lojas de roupas está crescendo, mas hoje elas estão localizadas individualmente nos subúrbios, e não dentro dos shoppings. Em 2022, embora o setor de vestuário tenha fechado 750 lojas no total, registrou o segundo maior número de aberturas, um total de 1.395, indica uma análise da Coresight Research. Muitos deles se estabeleceram nos subúrbios.

A questão é se os shoppings serão capazes de “se adaptar ao que os consumidores desejam”, diz Saunders. “Afinal, a grande maioria das vendas ainda é feita em lojas físicas, por isso a despesa está lá. Os centros comerciais só têm de conseguir captá-la.”/Efe

WASHINGTON - “Os shopping centers estão morrendo”, diz Joseph, um homem de 32 anos que trabalha há três anos como balconista em uma loja de departamentos nos arredores de Washington. É assim que esse vendedor resume um fenômeno que pode acabar com um dos pilares da cultura americana: os grandes centros de compras.

O número de shoppings caiu de cerca de 2,5 mil nos Estados Unidos na década de 1980 para cerca de 750 atualmente, e seu declínio é tão acentuado que se espera que dentro de 15 anos restem apenas 150 no país, segundo o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelian.

Aliás, Joseph, que trabalha no Tysons Corner — um dos poucos grandes centros comerciais ainda existentes na periferia da capital — acredita que seu trabalho irá “desaparecer” dentro de alguns anos, assim como estes grandes complexos.

Andando pelo Tysons Corner em uma manhã de um dia de semana, é fácil ver lojas sem clientes. Muitas pessoas optam por restaurantes e barracas de comida em vez de fazer compras, uma das estratégias que os centros comerciais têm tentado para continuar a atrair visitantes.

Shopping em New Jersey, nos Estados Unidos; centros comerciais têm sofrido  Foto: Sarah Yenesel/Efe/Epa

Na opinião de Egelanian, que há mais de um quarto de século acompanha a evolução das lojas de departamentos nos Estados Unidos, não há possibilidade de “alterar o rumo” do desaparecimento dos shoppings, algo paradoxal, já que “não foram construídos para morrerem e são fisicamente e legalmente difíceis de matar”.

Segundo o analista, até o Tysons Corner “provavelmente ficará menor com o tempo”, como já aconteceu em outros casos, embora deva continuar sobrevivendo.

O chamado “shopping” americano é há décadas um dos alicerces do desenvolvimento da sociedade no país. Os EUA têm a maior área comercial per capita do mundo: cerca de 2 metros quadrados por pessoa, em comparação com uma cifra como a da Espanha e da maioria dos países europeus, que não chega a meio metro quadrado. Segundo a revista mexicana Real State Market, no México esse indicador é de apenas 0,11148 metro quadrado.

Para o diretor da consultoria Global Data, Neil Saunders, “sem dúvida haverá mais fechamentos, mas alguns sobreviverão e continuarão funcionando bem”.

“Os hábitos de compra mudaram: agora compramos mais online e compramos mais em nossa área”, diz Saunders. Segundo ele, há “shoppings demais nos Estados Unidos em relação à demanda”.

Basta olhar para as estratégias de localização dos varejistas, algo que deu origem aos “shopping centers de bairro”, diz. Muitas lojas estão seguindo o padrão de abandonar os shoppings no centro das cidades e se mudar para a periferia, com pontos de venda menores em bairros residenciais.

De fato, o número de lojas de roupas está crescendo, mas hoje elas estão localizadas individualmente nos subúrbios, e não dentro dos shoppings. Em 2022, embora o setor de vestuário tenha fechado 750 lojas no total, registrou o segundo maior número de aberturas, um total de 1.395, indica uma análise da Coresight Research. Muitos deles se estabeleceram nos subúrbios.

A questão é se os shoppings serão capazes de “se adaptar ao que os consumidores desejam”, diz Saunders. “Afinal, a grande maioria das vendas ainda é feita em lojas físicas, por isso a despesa está lá. Os centros comerciais só têm de conseguir captá-la.”/Efe

WASHINGTON - “Os shopping centers estão morrendo”, diz Joseph, um homem de 32 anos que trabalha há três anos como balconista em uma loja de departamentos nos arredores de Washington. É assim que esse vendedor resume um fenômeno que pode acabar com um dos pilares da cultura americana: os grandes centros de compras.

O número de shoppings caiu de cerca de 2,5 mil nos Estados Unidos na década de 1980 para cerca de 750 atualmente, e seu declínio é tão acentuado que se espera que dentro de 15 anos restem apenas 150 no país, segundo o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelian.

Aliás, Joseph, que trabalha no Tysons Corner — um dos poucos grandes centros comerciais ainda existentes na periferia da capital — acredita que seu trabalho irá “desaparecer” dentro de alguns anos, assim como estes grandes complexos.

Andando pelo Tysons Corner em uma manhã de um dia de semana, é fácil ver lojas sem clientes. Muitas pessoas optam por restaurantes e barracas de comida em vez de fazer compras, uma das estratégias que os centros comerciais têm tentado para continuar a atrair visitantes.

Shopping em New Jersey, nos Estados Unidos; centros comerciais têm sofrido  Foto: Sarah Yenesel/Efe/Epa

Na opinião de Egelanian, que há mais de um quarto de século acompanha a evolução das lojas de departamentos nos Estados Unidos, não há possibilidade de “alterar o rumo” do desaparecimento dos shoppings, algo paradoxal, já que “não foram construídos para morrerem e são fisicamente e legalmente difíceis de matar”.

Segundo o analista, até o Tysons Corner “provavelmente ficará menor com o tempo”, como já aconteceu em outros casos, embora deva continuar sobrevivendo.

O chamado “shopping” americano é há décadas um dos alicerces do desenvolvimento da sociedade no país. Os EUA têm a maior área comercial per capita do mundo: cerca de 2 metros quadrados por pessoa, em comparação com uma cifra como a da Espanha e da maioria dos países europeus, que não chega a meio metro quadrado. Segundo a revista mexicana Real State Market, no México esse indicador é de apenas 0,11148 metro quadrado.

Para o diretor da consultoria Global Data, Neil Saunders, “sem dúvida haverá mais fechamentos, mas alguns sobreviverão e continuarão funcionando bem”.

“Os hábitos de compra mudaram: agora compramos mais online e compramos mais em nossa área”, diz Saunders. Segundo ele, há “shoppings demais nos Estados Unidos em relação à demanda”.

Basta olhar para as estratégias de localização dos varejistas, algo que deu origem aos “shopping centers de bairro”, diz. Muitas lojas estão seguindo o padrão de abandonar os shoppings no centro das cidades e se mudar para a periferia, com pontos de venda menores em bairros residenciais.

De fato, o número de lojas de roupas está crescendo, mas hoje elas estão localizadas individualmente nos subúrbios, e não dentro dos shoppings. Em 2022, embora o setor de vestuário tenha fechado 750 lojas no total, registrou o segundo maior número de aberturas, um total de 1.395, indica uma análise da Coresight Research. Muitos deles se estabeleceram nos subúrbios.

A questão é se os shoppings serão capazes de “se adaptar ao que os consumidores desejam”, diz Saunders. “Afinal, a grande maioria das vendas ainda é feita em lojas físicas, por isso a despesa está lá. Os centros comerciais só têm de conseguir captá-la.”/Efe

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