Concessão de crédito no Brasil tem queda de 9,5% em fevereiro, diz BC


Financiamentos também ficaram mais caros no mês passado; taxa de juros média passou de 36,5% em fevereiro de 2022 para os atuais 43,5%

Por Eduardo Rodrigues e Célia Froufe
Atualização:

BRASÍLIA - Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central, mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise na Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.

Financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês, informou o Banco Central Foto: Dida Sampaio/Estadão

O aperto no que o BC chama de crédito livre (aquele em que a taxa de juros é pactuada diretamente entre a instituição e os tomadores do empréstimo, ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, onde as concessões recuaram 10,3% no mês passado. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.

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Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, já tinha antecipado que a equipe econômica vai atuar para tentar evitar uma crise de crédito no País e dinamizar a economia para garantir o crescimento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve ser anunciado em abril.

Além de mais difícil, os financiamentos também ficaram mais caros, de acordo com os dados do BC. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. No segundo mês do ano passado, era de 36,5%.

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Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 56,6% para 58,2% ao ano de janeiro para fevereiro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 25,3% para 24,2%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa disparou de 131,1% ao ano para 137,4% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 42,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em fevereiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

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taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).

Inadimplência fica estagnada

Os dados do Banco Central mostram também que a taxa de inadimplência total nas operações de crédito livre com os bancos em fevereiro repetiu os 4,5% de janeiro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,1% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 2,3% para 2,4% no período.

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A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) aumentou de 1,3% para 1,6% em fevereiro ante janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,2% em janeiro para 3,3% em fevereiro.

Estoque menor

Com a queda em fevereiro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1%, para R$ 5,319 trilhões de janeiro para fevereiro, segundo o BC.

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Em fevereiro, na comparação com janeiro, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,5% no segundo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.

No crédito livre, houve estabilidade no saldo para pessoas físicas em fevereiro. Para as empresas, o estoque se reduziu em 1,2% no período.

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O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,2% para 52,8% na passagem de janeiro para fevereiro.

BRASÍLIA - Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central, mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise na Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.

Financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês, informou o Banco Central Foto: Dida Sampaio/Estadão

O aperto no que o BC chama de crédito livre (aquele em que a taxa de juros é pactuada diretamente entre a instituição e os tomadores do empréstimo, ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, onde as concessões recuaram 10,3% no mês passado. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.

Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, já tinha antecipado que a equipe econômica vai atuar para tentar evitar uma crise de crédito no País e dinamizar a economia para garantir o crescimento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve ser anunciado em abril.

Além de mais difícil, os financiamentos também ficaram mais caros, de acordo com os dados do BC. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. No segundo mês do ano passado, era de 36,5%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 56,6% para 58,2% ao ano de janeiro para fevereiro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 25,3% para 24,2%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa disparou de 131,1% ao ano para 137,4% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 42,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em fevereiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).

Inadimplência fica estagnada

Os dados do Banco Central mostram também que a taxa de inadimplência total nas operações de crédito livre com os bancos em fevereiro repetiu os 4,5% de janeiro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,1% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 2,3% para 2,4% no período.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) aumentou de 1,3% para 1,6% em fevereiro ante janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,2% em janeiro para 3,3% em fevereiro.

Estoque menor

Com a queda em fevereiro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1%, para R$ 5,319 trilhões de janeiro para fevereiro, segundo o BC.

Em fevereiro, na comparação com janeiro, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,5% no segundo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.

No crédito livre, houve estabilidade no saldo para pessoas físicas em fevereiro. Para as empresas, o estoque se reduziu em 1,2% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,2% para 52,8% na passagem de janeiro para fevereiro.

BRASÍLIA - Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central, mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise na Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.

Financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês, informou o Banco Central Foto: Dida Sampaio/Estadão

O aperto no que o BC chama de crédito livre (aquele em que a taxa de juros é pactuada diretamente entre a instituição e os tomadores do empréstimo, ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, onde as concessões recuaram 10,3% no mês passado. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.

Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, já tinha antecipado que a equipe econômica vai atuar para tentar evitar uma crise de crédito no País e dinamizar a economia para garantir o crescimento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve ser anunciado em abril.

Além de mais difícil, os financiamentos também ficaram mais caros, de acordo com os dados do BC. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. No segundo mês do ano passado, era de 36,5%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 56,6% para 58,2% ao ano de janeiro para fevereiro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 25,3% para 24,2%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa disparou de 131,1% ao ano para 137,4% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 42,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em fevereiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).

Inadimplência fica estagnada

Os dados do Banco Central mostram também que a taxa de inadimplência total nas operações de crédito livre com os bancos em fevereiro repetiu os 4,5% de janeiro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,1% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 2,3% para 2,4% no período.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) aumentou de 1,3% para 1,6% em fevereiro ante janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,2% em janeiro para 3,3% em fevereiro.

Estoque menor

Com a queda em fevereiro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1%, para R$ 5,319 trilhões de janeiro para fevereiro, segundo o BC.

Em fevereiro, na comparação com janeiro, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,5% no segundo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.

No crédito livre, houve estabilidade no saldo para pessoas físicas em fevereiro. Para as empresas, o estoque se reduziu em 1,2% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,2% para 52,8% na passagem de janeiro para fevereiro.

BRASÍLIA - Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central, mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise na Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.

Financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês, informou o Banco Central Foto: Dida Sampaio/Estadão

O aperto no que o BC chama de crédito livre (aquele em que a taxa de juros é pactuada diretamente entre a instituição e os tomadores do empréstimo, ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, onde as concessões recuaram 10,3% no mês passado. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.

Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, já tinha antecipado que a equipe econômica vai atuar para tentar evitar uma crise de crédito no País e dinamizar a economia para garantir o crescimento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve ser anunciado em abril.

Além de mais difícil, os financiamentos também ficaram mais caros, de acordo com os dados do BC. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. No segundo mês do ano passado, era de 36,5%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 56,6% para 58,2% ao ano de janeiro para fevereiro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 25,3% para 24,2%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa disparou de 131,1% ao ano para 137,4% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 42,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em fevereiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).

Inadimplência fica estagnada

Os dados do Banco Central mostram também que a taxa de inadimplência total nas operações de crédito livre com os bancos em fevereiro repetiu os 4,5% de janeiro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,1% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 2,3% para 2,4% no período.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) aumentou de 1,3% para 1,6% em fevereiro ante janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,2% em janeiro para 3,3% em fevereiro.

Estoque menor

Com a queda em fevereiro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1%, para R$ 5,319 trilhões de janeiro para fevereiro, segundo o BC.

Em fevereiro, na comparação com janeiro, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,5% no segundo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.

No crédito livre, houve estabilidade no saldo para pessoas físicas em fevereiro. Para as empresas, o estoque se reduziu em 1,2% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,2% para 52,8% na passagem de janeiro para fevereiro.

BRASÍLIA - Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central, mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise na Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.

Financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro em relação a janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês, informou o Banco Central Foto: Dida Sampaio/Estadão

O aperto no que o BC chama de crédito livre (aquele em que a taxa de juros é pactuada diretamente entre a instituição e os tomadores do empréstimo, ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, onde as concessões recuaram 10,3% no mês passado. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.

Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, já tinha antecipado que a equipe econômica vai atuar para tentar evitar uma crise de crédito no País e dinamizar a economia para garantir o crescimento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve ser anunciado em abril.

Além de mais difícil, os financiamentos também ficaram mais caros, de acordo com os dados do BC. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. No segundo mês do ano passado, era de 36,5%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 56,6% para 58,2% ao ano de janeiro para fevereiro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 25,3% para 24,2%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa disparou de 131,1% ao ano para 137,4% ao ano de janeiro para fevereiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 42,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em fevereiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).

Inadimplência fica estagnada

Os dados do Banco Central mostram também que a taxa de inadimplência total nas operações de crédito livre com os bancos em fevereiro repetiu os 4,5% de janeiro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência também continuou em 6,1% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 2,3% para 2,4% no período.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) aumentou de 1,3% para 1,6% em fevereiro ante janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,2% em janeiro para 3,3% em fevereiro.

Estoque menor

Com a queda em fevereiro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1%, para R$ 5,319 trilhões de janeiro para fevereiro, segundo o BC.

Em fevereiro, na comparação com janeiro, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,5% no segundo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.

No crédito livre, houve estabilidade no saldo para pessoas físicas em fevereiro. Para as empresas, o estoque se reduziu em 1,2% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,2% para 52,8% na passagem de janeiro para fevereiro.

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