Conflitos entre Israel e Hamas preocupam BCs em meio à luta contra a inflação


Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário

Por Aline Bronzati

LISBOA - Os conflitos entre o grupo Hamas e Israel preocupam bancos centrais à medida que podem dificultar ainda mais o processo de combate à inflação. Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, a percepção de que os juros podem ter de ser mantidos em patamares elevados por mais tempo foi reforçada após os acontecimentos no fim de semana e que tornam mais complexo o xadrez internacional.

A preocupação com os efeitos dos conflitos na condução da política monetária global foi exacerbada durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, realizado em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira. O evento serve de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.

O tema foi puxado pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Mário Centeno. Em discurso de abertura do encontro, ele disse que os acontecimentos vistos no Oriente Médio, que entraram em seu terceiro dia, são “dramáticos” e “assolam” os povos israelense e palestino.

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“Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, à necessidade de darmos oportunidade à paz”, afirmou Centeno.

Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário  Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Ele, que também é presidente do Banco de Portugal, disse que os conflitos são mais um desafio no contexto externo e reforçou o coro para que a política monetária na zona do euro siga focada no combate à inflação e na manutenção da estabilidade de preços. Apesar da melhora do custo de vida identificada no início deste ano, os índices devem seguir acima da meta até o fim de 2023, projetou. “As políticas monetárias na zona do euro deveriam continuar a perseguir a estabilidade de preços”, reforçou.

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O presidente do Banco Central do Cabo Verde, Oscar Santos, alertou para possíveis impactos nos preços de diferentes produtos na esteira do que aconteceu após a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Impacta em praticamente tudo. A inflação é muito importante”, disse, acrescentando que resta aos bancos centrais combatê-la, o que tem sido feito por meio de um processo de aperto monetário global.

Expectativas de que as taxas de juros já teriam de ser mantidas em patamares elevados por mais tempo têm impactado os mercados financeiros globais nas últimas semanas, levando os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do Tesouro norte-americano, a níveis recorde de alta. Os conflitos no Oriente Médio no fim de semana trouxeram nova onda de incertezas aos mercado financeiros globais.

Em Wall Street, os principais índices de Nova York abriram em queda e seguem no vermelho, enquanto investidores monitoram o comportamento dos preços do petróleo e a extensão dos conflitos, crucial para mensurar os seus respectivos impactos. A bolsa de Nova York (Nyse) fez um minuto de silêncio na abertura do pregão de hoje em respeito às vítimas e às pessoas impactadas pelos conflitos na Faixa de Gaza e em Israel.

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Para Centeno, os bancos centrais têm de agir com “prudência” para calibrar a dosagem de política monetária, mas mostraram após choques recentes que sabem se adaptar às diferentes condições que enfrentam no cenário global. “Guerra e povos não são dois temas que rimem muito bem. Leva, normalmente, à maior desigualdade no mundo. Portanto, esse momento não é bom para o crescimento econômico, a paz e a desigualdade no mundo”, disse.

Tanto o membro do BCE quanto o presidente do Banco Central do Cabo Verde mencionaram o Brasil como exemplo de uma condução adequada em termos de política monetária frente à disparada da inflação na esteira da pandemia e da guerra na Ucrânia. O País esteve na linha de frente entre os primeiros a cortar juros, ao lado de Uruguai e Chile.

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Da plateia, Campos Neto sorriu em agradecimento às menções, mas não fez comentários sobre eventuais impactos dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel. Durante o evento, o banqueiro central brasileiro focou sua apresentação na agenda de inovação e inclusão financeira do órgão regulador no Brasil. Na ocasião, mencionou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia; o open finance, que permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras; e o Drex, projeto do real digital e a internacionalização da moeda.

Questionado pelo Broadcast sobre os efeitos dos conflitos no Oriente Médio em termos de política monetária, Campos Neto disse que não poderia fazer comentários a respeito. Por conta da regra de independência do Banco Central brasileiro, o presidente do órgão não fala à imprensa sem a presença do seu assessor.

Nas últimas semanas, a crise dos Treasuries e o cenário internacional aumentaram as preocupações de que o Brasil possa parar antes o processo de flexibilização monetária, ou seja, corte menos os juros em cautela à situação global e os riscos de ressurgimento da inflação. O tema deve estar no centro dos debates das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

LISBOA - Os conflitos entre o grupo Hamas e Israel preocupam bancos centrais à medida que podem dificultar ainda mais o processo de combate à inflação. Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, a percepção de que os juros podem ter de ser mantidos em patamares elevados por mais tempo foi reforçada após os acontecimentos no fim de semana e que tornam mais complexo o xadrez internacional.

A preocupação com os efeitos dos conflitos na condução da política monetária global foi exacerbada durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, realizado em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira. O evento serve de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.

O tema foi puxado pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Mário Centeno. Em discurso de abertura do encontro, ele disse que os acontecimentos vistos no Oriente Médio, que entraram em seu terceiro dia, são “dramáticos” e “assolam” os povos israelense e palestino.

“Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, à necessidade de darmos oportunidade à paz”, afirmou Centeno.

Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário  Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Ele, que também é presidente do Banco de Portugal, disse que os conflitos são mais um desafio no contexto externo e reforçou o coro para que a política monetária na zona do euro siga focada no combate à inflação e na manutenção da estabilidade de preços. Apesar da melhora do custo de vida identificada no início deste ano, os índices devem seguir acima da meta até o fim de 2023, projetou. “As políticas monetárias na zona do euro deveriam continuar a perseguir a estabilidade de preços”, reforçou.

O presidente do Banco Central do Cabo Verde, Oscar Santos, alertou para possíveis impactos nos preços de diferentes produtos na esteira do que aconteceu após a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Impacta em praticamente tudo. A inflação é muito importante”, disse, acrescentando que resta aos bancos centrais combatê-la, o que tem sido feito por meio de um processo de aperto monetário global.

Expectativas de que as taxas de juros já teriam de ser mantidas em patamares elevados por mais tempo têm impactado os mercados financeiros globais nas últimas semanas, levando os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do Tesouro norte-americano, a níveis recorde de alta. Os conflitos no Oriente Médio no fim de semana trouxeram nova onda de incertezas aos mercado financeiros globais.

Em Wall Street, os principais índices de Nova York abriram em queda e seguem no vermelho, enquanto investidores monitoram o comportamento dos preços do petróleo e a extensão dos conflitos, crucial para mensurar os seus respectivos impactos. A bolsa de Nova York (Nyse) fez um minuto de silêncio na abertura do pregão de hoje em respeito às vítimas e às pessoas impactadas pelos conflitos na Faixa de Gaza e em Israel.

Para Centeno, os bancos centrais têm de agir com “prudência” para calibrar a dosagem de política monetária, mas mostraram após choques recentes que sabem se adaptar às diferentes condições que enfrentam no cenário global. “Guerra e povos não são dois temas que rimem muito bem. Leva, normalmente, à maior desigualdade no mundo. Portanto, esse momento não é bom para o crescimento econômico, a paz e a desigualdade no mundo”, disse.

Tanto o membro do BCE quanto o presidente do Banco Central do Cabo Verde mencionaram o Brasil como exemplo de uma condução adequada em termos de política monetária frente à disparada da inflação na esteira da pandemia e da guerra na Ucrânia. O País esteve na linha de frente entre os primeiros a cortar juros, ao lado de Uruguai e Chile.

Da plateia, Campos Neto sorriu em agradecimento às menções, mas não fez comentários sobre eventuais impactos dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel. Durante o evento, o banqueiro central brasileiro focou sua apresentação na agenda de inovação e inclusão financeira do órgão regulador no Brasil. Na ocasião, mencionou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia; o open finance, que permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras; e o Drex, projeto do real digital e a internacionalização da moeda.

Questionado pelo Broadcast sobre os efeitos dos conflitos no Oriente Médio em termos de política monetária, Campos Neto disse que não poderia fazer comentários a respeito. Por conta da regra de independência do Banco Central brasileiro, o presidente do órgão não fala à imprensa sem a presença do seu assessor.

Nas últimas semanas, a crise dos Treasuries e o cenário internacional aumentaram as preocupações de que o Brasil possa parar antes o processo de flexibilização monetária, ou seja, corte menos os juros em cautela à situação global e os riscos de ressurgimento da inflação. O tema deve estar no centro dos debates das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

LISBOA - Os conflitos entre o grupo Hamas e Israel preocupam bancos centrais à medida que podem dificultar ainda mais o processo de combate à inflação. Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, a percepção de que os juros podem ter de ser mantidos em patamares elevados por mais tempo foi reforçada após os acontecimentos no fim de semana e que tornam mais complexo o xadrez internacional.

A preocupação com os efeitos dos conflitos na condução da política monetária global foi exacerbada durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, realizado em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira. O evento serve de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.

O tema foi puxado pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Mário Centeno. Em discurso de abertura do encontro, ele disse que os acontecimentos vistos no Oriente Médio, que entraram em seu terceiro dia, são “dramáticos” e “assolam” os povos israelense e palestino.

“Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, à necessidade de darmos oportunidade à paz”, afirmou Centeno.

Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário  Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Ele, que também é presidente do Banco de Portugal, disse que os conflitos são mais um desafio no contexto externo e reforçou o coro para que a política monetária na zona do euro siga focada no combate à inflação e na manutenção da estabilidade de preços. Apesar da melhora do custo de vida identificada no início deste ano, os índices devem seguir acima da meta até o fim de 2023, projetou. “As políticas monetárias na zona do euro deveriam continuar a perseguir a estabilidade de preços”, reforçou.

O presidente do Banco Central do Cabo Verde, Oscar Santos, alertou para possíveis impactos nos preços de diferentes produtos na esteira do que aconteceu após a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Impacta em praticamente tudo. A inflação é muito importante”, disse, acrescentando que resta aos bancos centrais combatê-la, o que tem sido feito por meio de um processo de aperto monetário global.

Expectativas de que as taxas de juros já teriam de ser mantidas em patamares elevados por mais tempo têm impactado os mercados financeiros globais nas últimas semanas, levando os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do Tesouro norte-americano, a níveis recorde de alta. Os conflitos no Oriente Médio no fim de semana trouxeram nova onda de incertezas aos mercado financeiros globais.

Em Wall Street, os principais índices de Nova York abriram em queda e seguem no vermelho, enquanto investidores monitoram o comportamento dos preços do petróleo e a extensão dos conflitos, crucial para mensurar os seus respectivos impactos. A bolsa de Nova York (Nyse) fez um minuto de silêncio na abertura do pregão de hoje em respeito às vítimas e às pessoas impactadas pelos conflitos na Faixa de Gaza e em Israel.

Para Centeno, os bancos centrais têm de agir com “prudência” para calibrar a dosagem de política monetária, mas mostraram após choques recentes que sabem se adaptar às diferentes condições que enfrentam no cenário global. “Guerra e povos não são dois temas que rimem muito bem. Leva, normalmente, à maior desigualdade no mundo. Portanto, esse momento não é bom para o crescimento econômico, a paz e a desigualdade no mundo”, disse.

Tanto o membro do BCE quanto o presidente do Banco Central do Cabo Verde mencionaram o Brasil como exemplo de uma condução adequada em termos de política monetária frente à disparada da inflação na esteira da pandemia e da guerra na Ucrânia. O País esteve na linha de frente entre os primeiros a cortar juros, ao lado de Uruguai e Chile.

Da plateia, Campos Neto sorriu em agradecimento às menções, mas não fez comentários sobre eventuais impactos dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel. Durante o evento, o banqueiro central brasileiro focou sua apresentação na agenda de inovação e inclusão financeira do órgão regulador no Brasil. Na ocasião, mencionou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia; o open finance, que permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras; e o Drex, projeto do real digital e a internacionalização da moeda.

Questionado pelo Broadcast sobre os efeitos dos conflitos no Oriente Médio em termos de política monetária, Campos Neto disse que não poderia fazer comentários a respeito. Por conta da regra de independência do Banco Central brasileiro, o presidente do órgão não fala à imprensa sem a presença do seu assessor.

Nas últimas semanas, a crise dos Treasuries e o cenário internacional aumentaram as preocupações de que o Brasil possa parar antes o processo de flexibilização monetária, ou seja, corte menos os juros em cautela à situação global e os riscos de ressurgimento da inflação. O tema deve estar no centro dos debates das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

LISBOA - Os conflitos entre o grupo Hamas e Israel preocupam bancos centrais à medida que podem dificultar ainda mais o processo de combate à inflação. Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, a percepção de que os juros podem ter de ser mantidos em patamares elevados por mais tempo foi reforçada após os acontecimentos no fim de semana e que tornam mais complexo o xadrez internacional.

A preocupação com os efeitos dos conflitos na condução da política monetária global foi exacerbada durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, realizado em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira. O evento serve de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.

O tema foi puxado pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Mário Centeno. Em discurso de abertura do encontro, ele disse que os acontecimentos vistos no Oriente Médio, que entraram em seu terceiro dia, são “dramáticos” e “assolam” os povos israelense e palestino.

“Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, à necessidade de darmos oportunidade à paz”, afirmou Centeno.

Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário  Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Ele, que também é presidente do Banco de Portugal, disse que os conflitos são mais um desafio no contexto externo e reforçou o coro para que a política monetária na zona do euro siga focada no combate à inflação e na manutenção da estabilidade de preços. Apesar da melhora do custo de vida identificada no início deste ano, os índices devem seguir acima da meta até o fim de 2023, projetou. “As políticas monetárias na zona do euro deveriam continuar a perseguir a estabilidade de preços”, reforçou.

O presidente do Banco Central do Cabo Verde, Oscar Santos, alertou para possíveis impactos nos preços de diferentes produtos na esteira do que aconteceu após a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Impacta em praticamente tudo. A inflação é muito importante”, disse, acrescentando que resta aos bancos centrais combatê-la, o que tem sido feito por meio de um processo de aperto monetário global.

Expectativas de que as taxas de juros já teriam de ser mantidas em patamares elevados por mais tempo têm impactado os mercados financeiros globais nas últimas semanas, levando os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do Tesouro norte-americano, a níveis recorde de alta. Os conflitos no Oriente Médio no fim de semana trouxeram nova onda de incertezas aos mercado financeiros globais.

Em Wall Street, os principais índices de Nova York abriram em queda e seguem no vermelho, enquanto investidores monitoram o comportamento dos preços do petróleo e a extensão dos conflitos, crucial para mensurar os seus respectivos impactos. A bolsa de Nova York (Nyse) fez um minuto de silêncio na abertura do pregão de hoje em respeito às vítimas e às pessoas impactadas pelos conflitos na Faixa de Gaza e em Israel.

Para Centeno, os bancos centrais têm de agir com “prudência” para calibrar a dosagem de política monetária, mas mostraram após choques recentes que sabem se adaptar às diferentes condições que enfrentam no cenário global. “Guerra e povos não são dois temas que rimem muito bem. Leva, normalmente, à maior desigualdade no mundo. Portanto, esse momento não é bom para o crescimento econômico, a paz e a desigualdade no mundo”, disse.

Tanto o membro do BCE quanto o presidente do Banco Central do Cabo Verde mencionaram o Brasil como exemplo de uma condução adequada em termos de política monetária frente à disparada da inflação na esteira da pandemia e da guerra na Ucrânia. O País esteve na linha de frente entre os primeiros a cortar juros, ao lado de Uruguai e Chile.

Da plateia, Campos Neto sorriu em agradecimento às menções, mas não fez comentários sobre eventuais impactos dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel. Durante o evento, o banqueiro central brasileiro focou sua apresentação na agenda de inovação e inclusão financeira do órgão regulador no Brasil. Na ocasião, mencionou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia; o open finance, que permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras; e o Drex, projeto do real digital e a internacionalização da moeda.

Questionado pelo Broadcast sobre os efeitos dos conflitos no Oriente Médio em termos de política monetária, Campos Neto disse que não poderia fazer comentários a respeito. Por conta da regra de independência do Banco Central brasileiro, o presidente do órgão não fala à imprensa sem a presença do seu assessor.

Nas últimas semanas, a crise dos Treasuries e o cenário internacional aumentaram as preocupações de que o Brasil possa parar antes o processo de flexibilização monetária, ou seja, corte menos os juros em cautela à situação global e os riscos de ressurgimento da inflação. O tema deve estar no centro dos debates das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

LISBOA - Os conflitos entre o grupo Hamas e Israel preocupam bancos centrais à medida que podem dificultar ainda mais o processo de combate à inflação. Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, a percepção de que os juros podem ter de ser mantidos em patamares elevados por mais tempo foi reforçada após os acontecimentos no fim de semana e que tornam mais complexo o xadrez internacional.

A preocupação com os efeitos dos conflitos na condução da política monetária global foi exacerbada durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, realizado em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira. O evento serve de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.

O tema foi puxado pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Mário Centeno. Em discurso de abertura do encontro, ele disse que os acontecimentos vistos no Oriente Médio, que entraram em seu terceiro dia, são “dramáticos” e “assolam” os povos israelense e palestino.

“Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, à necessidade de darmos oportunidade à paz”, afirmou Centeno.

Com os índices de custo de vida ainda distantes das metas de Estados Unidos e Europa, acontecimentos do fim de semana reforçam este cenário  Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Ele, que também é presidente do Banco de Portugal, disse que os conflitos são mais um desafio no contexto externo e reforçou o coro para que a política monetária na zona do euro siga focada no combate à inflação e na manutenção da estabilidade de preços. Apesar da melhora do custo de vida identificada no início deste ano, os índices devem seguir acima da meta até o fim de 2023, projetou. “As políticas monetárias na zona do euro deveriam continuar a perseguir a estabilidade de preços”, reforçou.

O presidente do Banco Central do Cabo Verde, Oscar Santos, alertou para possíveis impactos nos preços de diferentes produtos na esteira do que aconteceu após a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Impacta em praticamente tudo. A inflação é muito importante”, disse, acrescentando que resta aos bancos centrais combatê-la, o que tem sido feito por meio de um processo de aperto monetário global.

Expectativas de que as taxas de juros já teriam de ser mantidas em patamares elevados por mais tempo têm impactado os mercados financeiros globais nas últimas semanas, levando os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do Tesouro norte-americano, a níveis recorde de alta. Os conflitos no Oriente Médio no fim de semana trouxeram nova onda de incertezas aos mercado financeiros globais.

Em Wall Street, os principais índices de Nova York abriram em queda e seguem no vermelho, enquanto investidores monitoram o comportamento dos preços do petróleo e a extensão dos conflitos, crucial para mensurar os seus respectivos impactos. A bolsa de Nova York (Nyse) fez um minuto de silêncio na abertura do pregão de hoje em respeito às vítimas e às pessoas impactadas pelos conflitos na Faixa de Gaza e em Israel.

Para Centeno, os bancos centrais têm de agir com “prudência” para calibrar a dosagem de política monetária, mas mostraram após choques recentes que sabem se adaptar às diferentes condições que enfrentam no cenário global. “Guerra e povos não são dois temas que rimem muito bem. Leva, normalmente, à maior desigualdade no mundo. Portanto, esse momento não é bom para o crescimento econômico, a paz e a desigualdade no mundo”, disse.

Tanto o membro do BCE quanto o presidente do Banco Central do Cabo Verde mencionaram o Brasil como exemplo de uma condução adequada em termos de política monetária frente à disparada da inflação na esteira da pandemia e da guerra na Ucrânia. O País esteve na linha de frente entre os primeiros a cortar juros, ao lado de Uruguai e Chile.

Da plateia, Campos Neto sorriu em agradecimento às menções, mas não fez comentários sobre eventuais impactos dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel. Durante o evento, o banqueiro central brasileiro focou sua apresentação na agenda de inovação e inclusão financeira do órgão regulador no Brasil. Na ocasião, mencionou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia; o open finance, que permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras; e o Drex, projeto do real digital e a internacionalização da moeda.

Questionado pelo Broadcast sobre os efeitos dos conflitos no Oriente Médio em termos de política monetária, Campos Neto disse que não poderia fazer comentários a respeito. Por conta da regra de independência do Banco Central brasileiro, o presidente do órgão não fala à imprensa sem a presença do seu assessor.

Nas últimas semanas, a crise dos Treasuries e o cenário internacional aumentaram as preocupações de que o Brasil possa parar antes o processo de flexibilização monetária, ou seja, corte menos os juros em cautela à situação global e os riscos de ressurgimento da inflação. O tema deve estar no centro dos debates das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

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