RIO - O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade o nome do ex-senador Jean Paul Pratespara a presidência e conselheiro da estatal. A escolha de Prates já havia sido antecipada pelo Estadão/Broadcast em outubro do ano passado. O processo foi acelerado pela renúncia do presidente anterior, Caio Paes de Andrade, que deixou a companhia para assumir uma secretaria no governo de São Paulo.
Prates foi indicado oficialmente pelo governo Lula em 3 de janeiro, e desde a última semana iniciou no Rio, onde fica a sede da Petrobras, uma série de reuniões para tomar conhecimento da real situação da companhia. Entre a indicação e a posse foram apenas 24 dias, mas terá que esperar até a próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO) da empresa, em abril, para ser realmente efetivado. Na mesma data, terminam os mandatos dos atuais diretores executivos da companhia, que aos poucos serão trocados pelo novo dirigente. O Conselho de Administração também será renovado, com nomes a serem indicados pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Entre as expectativas com a entrada do ex-senador (PT-RN) na estatal está o fim da política de preços de importação (PPI), mantendo referência no mercado internacional; a suspensão do programa de desinvestimento para reavaliação; revisão do Plano Estratégico 2023-2027; e a ampliação da produção de biocombustíveis, assim como o desenvolvimento de projetos de geração de energia limpa.
Prates é carioca e tem 54 anos. É advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia. Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A. - Braspetro, editor da Revista Oil & Gas Journal Latinoamericana e Diretor Executivo da Expetro Consultoria em Recursos Naturais Ltda., a maior consultoria de petróleo nacional durante os anos 1990 e 2000.
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Como secretário de Estado de Energia do Governo do Rio Grande do Norte levou o estado à autossuficiência energética e à liderança nacional em geração eólica, além de ter consolidado uma refinaria e usinas termelétricas a gás e biomassa no estado e construído bases para os projetos de energia solar e eólica offshore.
Como senador da República pelo Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023 foi membro do colégio de líderes e líder no Senado e no Congresso Nacional. Atuou ainda como presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia.
Foi recentemente reconhecido como um dos três mais influentes no setor de energia renovável no Brasil, e uma das 50 personalidades mais importantes do setor energético mundial, pelas duas principais revistas internacionais especializadas em energia – Recharge (europeia) e Windpower (americana). Também foi eleito um dos 25 mais influentes da indústria eólica mundial pela revista Windpower.