Os consumidores da região metropolitana de São Paulo estão mais otimistas em maio, o que está se refletindo sobre a intenção de consumo. O índice que mede a disposição das pessoas em comprar, o IIC, apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), registrou uma elevação de 3,95% em relação a abril e de 6,45% sobre maio do ano passado, o que fez com que chegasse ao maior patamar desde 1999 em um mês de maio. O item que mais contribuiu para a elevação foi o que se refere ao cenário político favorável. Na avaliação da assessoria econômica da Fecomercio, a grande exposição na mídia da discussão sobre as reformas explica o resultado. A disposição do governo em promover as mudanças estruturais estaria criando um ambiente positivo. Por isso, o Índice de Intenções Futuras (correspondente a 60% do cálculo total do IIC) apresentou alta de 5,74% em relação a abril e de 10,60% na comparação com maio do ano passado. Outros dois fatores contribuíram para a redução da cautela do consumidor: a melhora do ambiente internacional, com o fim da guerra no Iraque, e o recuo da inflação. Embora estejam mais otimistas, as pessoas entrevistadas ainda não se encorajaram a adquirir bens que não sejam os de primeira necessidade. O porcentual de entrevistados que não querem gastar com produtos de maior valor (como carros, aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos) nos próximos 12 meses subiu de 52,02% em abril para 52,87% este mês.