Corte de 0,50 ponto na Selic, apesar de surpreender, terá impacto limitado no curto prazo


Economistas lembram que consumidor está muito endividado, o que dificulta novas concessões de crédito

Por Luciana Dyniewicz

A queda de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, deve ter impacto limitado no curto prazo, segundo economistas. Isso porque a trajetória decrescente do juro deve ser lenta e porque a população continua muito endividada — dificultando a concessão de mais crédito por parte dos bancos.

Uma redução ou uma elevação na taxa de juros normalmente leva de seis a nove meses para ter efeitos na economia. Esse é, portanto, o período necessário para consumidores e empresas conseguirem pegar crédito baseado no novo juro. Uma taxa mais baixa significa que o dinheiro fica mais barato, o que resulta em novos financiamentos para investimentos e consumo e, por sua vez, maior crescimento econômico.

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O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que, como, por ora, a queda na Selic é suave, o efeito para o consumidor vai ser “marginal”. Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), lembra também que a inadimplência ainda está em níveis considerados altos.

“Para as famílias que estão mais endividadas, o crédito vai continuar caro. A taxa de juro precisa cair muito para o crédito ficar mais barato para elas e começar um novo ciclo de concessão”, diz Silvia.

Em junho, de acordo com dados da Serasa, foram registrados 71,4 milhões de negativados no País, o que significa que 43,8% da população adulta brasileira não conseguiu pagar alguma dívida.

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Mercado já dava como certo queda da taxa de juros Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para as empresas, por um lado, deve haver um impacto mais imediato. A maioria delas costuma financiar o capital de giro atrelado à Selic. Nesse caso, a partir desta quinta-feira, elas podem sentir um alívio, diz Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Por outro lado, a taxa de juros para crédito para novos investimentos deve levar até nove meses para recuar.

No mercado financeiro, empresas também não devem ter uma alta expressiva no preço de suas ações, dado que os investidores há algum tempo davam como certa essa redução no juro e, portanto, já incorporaram a mudança ao preço dos papéis.

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O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, afirma que as projeções para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano também já consideram a redução da Selic. Assim, não deve haver nova atualização em decorrência da decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom).

O C6 estima que a taxa básica de juros termine o ano em 12% e em 9,5% em 2024. Com base nesses números, projeta também que o PIB cresça 2,5% neste ano e 1% no próximo.

A queda de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, deve ter impacto limitado no curto prazo, segundo economistas. Isso porque a trajetória decrescente do juro deve ser lenta e porque a população continua muito endividada — dificultando a concessão de mais crédito por parte dos bancos.

Uma redução ou uma elevação na taxa de juros normalmente leva de seis a nove meses para ter efeitos na economia. Esse é, portanto, o período necessário para consumidores e empresas conseguirem pegar crédito baseado no novo juro. Uma taxa mais baixa significa que o dinheiro fica mais barato, o que resulta em novos financiamentos para investimentos e consumo e, por sua vez, maior crescimento econômico.

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que, como, por ora, a queda na Selic é suave, o efeito para o consumidor vai ser “marginal”. Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), lembra também que a inadimplência ainda está em níveis considerados altos.

“Para as famílias que estão mais endividadas, o crédito vai continuar caro. A taxa de juro precisa cair muito para o crédito ficar mais barato para elas e começar um novo ciclo de concessão”, diz Silvia.

Em junho, de acordo com dados da Serasa, foram registrados 71,4 milhões de negativados no País, o que significa que 43,8% da população adulta brasileira não conseguiu pagar alguma dívida.

Mercado já dava como certo queda da taxa de juros Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para as empresas, por um lado, deve haver um impacto mais imediato. A maioria delas costuma financiar o capital de giro atrelado à Selic. Nesse caso, a partir desta quinta-feira, elas podem sentir um alívio, diz Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Por outro lado, a taxa de juros para crédito para novos investimentos deve levar até nove meses para recuar.

No mercado financeiro, empresas também não devem ter uma alta expressiva no preço de suas ações, dado que os investidores há algum tempo davam como certa essa redução no juro e, portanto, já incorporaram a mudança ao preço dos papéis.

O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, afirma que as projeções para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano também já consideram a redução da Selic. Assim, não deve haver nova atualização em decorrência da decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom).

O C6 estima que a taxa básica de juros termine o ano em 12% e em 9,5% em 2024. Com base nesses números, projeta também que o PIB cresça 2,5% neste ano e 1% no próximo.

A queda de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, deve ter impacto limitado no curto prazo, segundo economistas. Isso porque a trajetória decrescente do juro deve ser lenta e porque a população continua muito endividada — dificultando a concessão de mais crédito por parte dos bancos.

Uma redução ou uma elevação na taxa de juros normalmente leva de seis a nove meses para ter efeitos na economia. Esse é, portanto, o período necessário para consumidores e empresas conseguirem pegar crédito baseado no novo juro. Uma taxa mais baixa significa que o dinheiro fica mais barato, o que resulta em novos financiamentos para investimentos e consumo e, por sua vez, maior crescimento econômico.

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que, como, por ora, a queda na Selic é suave, o efeito para o consumidor vai ser “marginal”. Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), lembra também que a inadimplência ainda está em níveis considerados altos.

“Para as famílias que estão mais endividadas, o crédito vai continuar caro. A taxa de juro precisa cair muito para o crédito ficar mais barato para elas e começar um novo ciclo de concessão”, diz Silvia.

Em junho, de acordo com dados da Serasa, foram registrados 71,4 milhões de negativados no País, o que significa que 43,8% da população adulta brasileira não conseguiu pagar alguma dívida.

Mercado já dava como certo queda da taxa de juros Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para as empresas, por um lado, deve haver um impacto mais imediato. A maioria delas costuma financiar o capital de giro atrelado à Selic. Nesse caso, a partir desta quinta-feira, elas podem sentir um alívio, diz Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Por outro lado, a taxa de juros para crédito para novos investimentos deve levar até nove meses para recuar.

No mercado financeiro, empresas também não devem ter uma alta expressiva no preço de suas ações, dado que os investidores há algum tempo davam como certa essa redução no juro e, portanto, já incorporaram a mudança ao preço dos papéis.

O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, afirma que as projeções para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano também já consideram a redução da Selic. Assim, não deve haver nova atualização em decorrência da decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom).

O C6 estima que a taxa básica de juros termine o ano em 12% e em 9,5% em 2024. Com base nesses números, projeta também que o PIB cresça 2,5% neste ano e 1% no próximo.

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