Dólar supera R$ 5,00 e bolsa cai 0,52% em dia de feriado nos EUA


Dia teve poucas negociações devido às bolsas de Nova York permanecerem fechadas no ‘Memorial Day’

Por Antonio Perez e Luis Eduardo Leal

São Paulo - Após trocas de sinal pela manhã, o dólar à vista se firmou em terreno positivo ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 29, em alta de 0,48%, cotado a R$ 5,0124. Sem a referência de Treasuries e dos índices acionários em Nova York, em razão feriado de Memorial Day nos Estados Unidos, o mercado de câmbio local trabalhou em marcha lenta. As movimentações foram contidas, com oscilação de apenas cerca de quatro centavos entre mínima (R$ 4,9743) e máxima (R$ 5,0155). O índice Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 0,52% e fechou em 110.333,40 pontos.

“Com o feriado nos EUA, a liquidez foi mínima. O exterior acabou ditando o ritmo, com o dólar aqui acompanhando o comportamento de alta em relação a alguns pares emergentes do real”, afirma o analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, acrescentando que amanhã à tarde o mercado já deve começar a se movimentar para a rolagem de posições no segmento futuro e a disputa pela formação da última Ptax de maio.

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No front externo, o destaque foi o acordo firmado entre o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, e o presidente Joe Biden para ampliação do teto da dívida americana. A perspectiva é que o projeto de lei seja votado nesta quarta-feira, 31. Afastado o risco de calote e paralisação de serviços públicos, o foco dos investidores se volta para a trajetória de taxa de juros nos EUA. Dados mais recentes de atividade e inflação aumentam as chances de nova elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual pelo Federal Reserve em junho e desautorizam apostas mais contundentes em cortes os juros ainda neste ano.

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, a perspectiva de alta da taxa básica americana em junho, após acordo em torno do teto da dívida, tende a apoiar o dólar no exterior. “O acordo da dívida nos EUA aliviou e eliminou a antecipação da recessão e o eventual rebaixamento do rating, mas também reforça dólar e alta dos juros pelo Fed”, afirma Velho.

Por aqui, Velho afirma que a expectativa de mais ingresso de recursos externos nos próximos dias, em especial para a Bolsa, e exportações líquidas fortes devem sustentar a taxa de câmbio ao redor de R$ 5,00 no curtíssimo prazo.

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Bolsa de Valores de SP acumula alta de 5,65% em maio Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Investidores vão monitorar nas próximas semanas a tramitação da nova proposta de arcabouço fiscal no Senado, após a aprovação por votação por folga na Câmara. O avanço do novo marco fiscal e a desaceleração surpreendente do IPCA-15 de maio, somadas a declarações em tom mais ameno do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimularam na semana passada as apostas em corte da taxa Selic em agosto.

Bolsa

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O Ibovespa teve um início de semana com variação e giro financeiro restritos pelo feriado em Nova York e também na principal praça financeira europeia, Londres. Assim, sem catalisadores domésticos que elevassem o índice da B3 pelo terceiro dia seguido, ou que resultassem em realização de lucros significativa, a referência oscilou menos de mil pontos entre a mínima (110.195,11) e a máxima (111.168,05) do dia, em que saiu de abertura aos 110.905,81 pontos.

No fechamento, mostrava perda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos, com giro fraquíssimo nesta segunda-feira, a R$ 11,9 bilhões. No mês, que termina na quarta-feira, o Ibovespa acumula ganho de 5,65%, que coloca o do ano a 0,55%.

As ações de maior peso e liquidez tiveram inclinação moderada ao longo da sessão, na maioria em baixa, como Petrobras (ON -0,63%, PN -0,41%), e ao final com sinal misto para as de grandes bancos (Itaú PN -0,44%, Bradesco PN +0,12%, Unit do Santander +0,31%). Apesar da recuperação de quase 5% para o preço do minério neste início de semana na China, o setor metálico, que chegou a esboçar reação mais cedo, fechou o dia em baixa, com Vale (ON -0,75%) à frente.

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Na ponta do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para CVC (+4,03%), Cogna (+3,26%), Eztec (+2,45%) e Méliuz (+2,30%). No lado oposto, Vibra (-3,91%), BRF (-2,89%), Fleury (-2,31%) e Equatorial (-2,28%).

“Com liquidez muito baixa, o dia foi de ajuste leve, com o mercado tendo a seu favor o alívio, que deve ser maior amanhã com Nova York, proporcionado pelo entendimento sobre a elevação do teto da dívida americana, no fim de semana. Mercado trabalhou hoje aqui perto do zero a zero, com o setor metálico devolvendo a alta vista mais cedo. Dia bem tranquilo, sem grandes movimentações”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“O acerto sobre o limite do teto nos Estados Unidos, que será votado na quarta-feira, afasta o risco de calote na dívida americana. E o acordo veio com o compromisso do presidente Joe Biden, junto aos republicanos, de não aumentar gastos públicos nos próximos dois anos - algo que foi visto de forma positiva nos índices futuros dos Estados Unidos, e que deve se refletir amanhã na retomada dos negócios em Nova York”, diz Alan Dias Pimentel, especialista da Blue3 Investimentos.

São Paulo - Após trocas de sinal pela manhã, o dólar à vista se firmou em terreno positivo ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 29, em alta de 0,48%, cotado a R$ 5,0124. Sem a referência de Treasuries e dos índices acionários em Nova York, em razão feriado de Memorial Day nos Estados Unidos, o mercado de câmbio local trabalhou em marcha lenta. As movimentações foram contidas, com oscilação de apenas cerca de quatro centavos entre mínima (R$ 4,9743) e máxima (R$ 5,0155). O índice Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 0,52% e fechou em 110.333,40 pontos.

“Com o feriado nos EUA, a liquidez foi mínima. O exterior acabou ditando o ritmo, com o dólar aqui acompanhando o comportamento de alta em relação a alguns pares emergentes do real”, afirma o analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, acrescentando que amanhã à tarde o mercado já deve começar a se movimentar para a rolagem de posições no segmento futuro e a disputa pela formação da última Ptax de maio.

No front externo, o destaque foi o acordo firmado entre o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, e o presidente Joe Biden para ampliação do teto da dívida americana. A perspectiva é que o projeto de lei seja votado nesta quarta-feira, 31. Afastado o risco de calote e paralisação de serviços públicos, o foco dos investidores se volta para a trajetória de taxa de juros nos EUA. Dados mais recentes de atividade e inflação aumentam as chances de nova elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual pelo Federal Reserve em junho e desautorizam apostas mais contundentes em cortes os juros ainda neste ano.

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, a perspectiva de alta da taxa básica americana em junho, após acordo em torno do teto da dívida, tende a apoiar o dólar no exterior. “O acordo da dívida nos EUA aliviou e eliminou a antecipação da recessão e o eventual rebaixamento do rating, mas também reforça dólar e alta dos juros pelo Fed”, afirma Velho.

Por aqui, Velho afirma que a expectativa de mais ingresso de recursos externos nos próximos dias, em especial para a Bolsa, e exportações líquidas fortes devem sustentar a taxa de câmbio ao redor de R$ 5,00 no curtíssimo prazo.

Bolsa de Valores de SP acumula alta de 5,65% em maio Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Investidores vão monitorar nas próximas semanas a tramitação da nova proposta de arcabouço fiscal no Senado, após a aprovação por votação por folga na Câmara. O avanço do novo marco fiscal e a desaceleração surpreendente do IPCA-15 de maio, somadas a declarações em tom mais ameno do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimularam na semana passada as apostas em corte da taxa Selic em agosto.

Bolsa

O Ibovespa teve um início de semana com variação e giro financeiro restritos pelo feriado em Nova York e também na principal praça financeira europeia, Londres. Assim, sem catalisadores domésticos que elevassem o índice da B3 pelo terceiro dia seguido, ou que resultassem em realização de lucros significativa, a referência oscilou menos de mil pontos entre a mínima (110.195,11) e a máxima (111.168,05) do dia, em que saiu de abertura aos 110.905,81 pontos.

No fechamento, mostrava perda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos, com giro fraquíssimo nesta segunda-feira, a R$ 11,9 bilhões. No mês, que termina na quarta-feira, o Ibovespa acumula ganho de 5,65%, que coloca o do ano a 0,55%.

As ações de maior peso e liquidez tiveram inclinação moderada ao longo da sessão, na maioria em baixa, como Petrobras (ON -0,63%, PN -0,41%), e ao final com sinal misto para as de grandes bancos (Itaú PN -0,44%, Bradesco PN +0,12%, Unit do Santander +0,31%). Apesar da recuperação de quase 5% para o preço do minério neste início de semana na China, o setor metálico, que chegou a esboçar reação mais cedo, fechou o dia em baixa, com Vale (ON -0,75%) à frente.

Na ponta do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para CVC (+4,03%), Cogna (+3,26%), Eztec (+2,45%) e Méliuz (+2,30%). No lado oposto, Vibra (-3,91%), BRF (-2,89%), Fleury (-2,31%) e Equatorial (-2,28%).

“Com liquidez muito baixa, o dia foi de ajuste leve, com o mercado tendo a seu favor o alívio, que deve ser maior amanhã com Nova York, proporcionado pelo entendimento sobre a elevação do teto da dívida americana, no fim de semana. Mercado trabalhou hoje aqui perto do zero a zero, com o setor metálico devolvendo a alta vista mais cedo. Dia bem tranquilo, sem grandes movimentações”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“O acerto sobre o limite do teto nos Estados Unidos, que será votado na quarta-feira, afasta o risco de calote na dívida americana. E o acordo veio com o compromisso do presidente Joe Biden, junto aos republicanos, de não aumentar gastos públicos nos próximos dois anos - algo que foi visto de forma positiva nos índices futuros dos Estados Unidos, e que deve se refletir amanhã na retomada dos negócios em Nova York”, diz Alan Dias Pimentel, especialista da Blue3 Investimentos.

São Paulo - Após trocas de sinal pela manhã, o dólar à vista se firmou em terreno positivo ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 29, em alta de 0,48%, cotado a R$ 5,0124. Sem a referência de Treasuries e dos índices acionários em Nova York, em razão feriado de Memorial Day nos Estados Unidos, o mercado de câmbio local trabalhou em marcha lenta. As movimentações foram contidas, com oscilação de apenas cerca de quatro centavos entre mínima (R$ 4,9743) e máxima (R$ 5,0155). O índice Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 0,52% e fechou em 110.333,40 pontos.

“Com o feriado nos EUA, a liquidez foi mínima. O exterior acabou ditando o ritmo, com o dólar aqui acompanhando o comportamento de alta em relação a alguns pares emergentes do real”, afirma o analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, acrescentando que amanhã à tarde o mercado já deve começar a se movimentar para a rolagem de posições no segmento futuro e a disputa pela formação da última Ptax de maio.

No front externo, o destaque foi o acordo firmado entre o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, e o presidente Joe Biden para ampliação do teto da dívida americana. A perspectiva é que o projeto de lei seja votado nesta quarta-feira, 31. Afastado o risco de calote e paralisação de serviços públicos, o foco dos investidores se volta para a trajetória de taxa de juros nos EUA. Dados mais recentes de atividade e inflação aumentam as chances de nova elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual pelo Federal Reserve em junho e desautorizam apostas mais contundentes em cortes os juros ainda neste ano.

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, a perspectiva de alta da taxa básica americana em junho, após acordo em torno do teto da dívida, tende a apoiar o dólar no exterior. “O acordo da dívida nos EUA aliviou e eliminou a antecipação da recessão e o eventual rebaixamento do rating, mas também reforça dólar e alta dos juros pelo Fed”, afirma Velho.

Por aqui, Velho afirma que a expectativa de mais ingresso de recursos externos nos próximos dias, em especial para a Bolsa, e exportações líquidas fortes devem sustentar a taxa de câmbio ao redor de R$ 5,00 no curtíssimo prazo.

Bolsa de Valores de SP acumula alta de 5,65% em maio Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Investidores vão monitorar nas próximas semanas a tramitação da nova proposta de arcabouço fiscal no Senado, após a aprovação por votação por folga na Câmara. O avanço do novo marco fiscal e a desaceleração surpreendente do IPCA-15 de maio, somadas a declarações em tom mais ameno do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimularam na semana passada as apostas em corte da taxa Selic em agosto.

Bolsa

O Ibovespa teve um início de semana com variação e giro financeiro restritos pelo feriado em Nova York e também na principal praça financeira europeia, Londres. Assim, sem catalisadores domésticos que elevassem o índice da B3 pelo terceiro dia seguido, ou que resultassem em realização de lucros significativa, a referência oscilou menos de mil pontos entre a mínima (110.195,11) e a máxima (111.168,05) do dia, em que saiu de abertura aos 110.905,81 pontos.

No fechamento, mostrava perda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos, com giro fraquíssimo nesta segunda-feira, a R$ 11,9 bilhões. No mês, que termina na quarta-feira, o Ibovespa acumula ganho de 5,65%, que coloca o do ano a 0,55%.

As ações de maior peso e liquidez tiveram inclinação moderada ao longo da sessão, na maioria em baixa, como Petrobras (ON -0,63%, PN -0,41%), e ao final com sinal misto para as de grandes bancos (Itaú PN -0,44%, Bradesco PN +0,12%, Unit do Santander +0,31%). Apesar da recuperação de quase 5% para o preço do minério neste início de semana na China, o setor metálico, que chegou a esboçar reação mais cedo, fechou o dia em baixa, com Vale (ON -0,75%) à frente.

Na ponta do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para CVC (+4,03%), Cogna (+3,26%), Eztec (+2,45%) e Méliuz (+2,30%). No lado oposto, Vibra (-3,91%), BRF (-2,89%), Fleury (-2,31%) e Equatorial (-2,28%).

“Com liquidez muito baixa, o dia foi de ajuste leve, com o mercado tendo a seu favor o alívio, que deve ser maior amanhã com Nova York, proporcionado pelo entendimento sobre a elevação do teto da dívida americana, no fim de semana. Mercado trabalhou hoje aqui perto do zero a zero, com o setor metálico devolvendo a alta vista mais cedo. Dia bem tranquilo, sem grandes movimentações”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“O acerto sobre o limite do teto nos Estados Unidos, que será votado na quarta-feira, afasta o risco de calote na dívida americana. E o acordo veio com o compromisso do presidente Joe Biden, junto aos republicanos, de não aumentar gastos públicos nos próximos dois anos - algo que foi visto de forma positiva nos índices futuros dos Estados Unidos, e que deve se refletir amanhã na retomada dos negócios em Nova York”, diz Alan Dias Pimentel, especialista da Blue3 Investimentos.

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