Mercado tem alívio com PEC da Transição desidratada na CCJ, mesmo com exterior ruim


Bolsa subiu 0,72%, com ritmo melhor nos minutos finais; dólar à vista baixou a R$ 5,2697

Por Redação
Atualização:

Os ativos domésticos demoraram a encontrar um consenso neste dia dedicado à apresentação, debate e votação na CCJ do Senado da Proposta de Emenda à Constituição que abre espaço para a ampliação do Bolsa Família. Se pela manhã a aposta em uma desidratação dos excessos do texto conduziu um alívio, na segunda etapa os mercados reagiram pontualmente ao sinal mais claro de que seria cortado o adicional ao teto de gastos.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

No meio da tarde, o senador Jaques Wagner (PT-BA) explicou qual seria o desenho final que o PT concordava e que acabou prevalecendo: em vez de elevar o teto em R$ 175 bilhões, a proposta era de ampliá-lo em R$ 145 bilhões, bem como haveria uma diminuição do período para que o futuro governo apresentasse o novo arcabouço fiscal. Fora do teto ficaram os R$ 23 bilhões para investimentos, bem como algumas despesas relacionadas ao ensino superior, à pesquisa, a projetos socioambientais e às operações financeiras com organismos multilaterais.

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O texto foi aprovado por unanimidade às 17h35, e foi só aí que o mercado embalou. Como os fechamentos de juros e dólar à vista ocorreram antes, às 17h, não conseguiram capturar todo o efeito. As taxas futuras terminaram a sessão regular em alta, mas cederam na estendida. O dólar à vista baixou a R$ 5,2697 (-0,25%) enquanto o futuro acentuou a baixa. E a Bolsa subiu aos 110.188,57 pontos, valorização de 0,72%, com ritmo melhor nos minutos finais.

Todo esse debate da PEC acabou neutralizando o noticiário externo, em dia de forte aversão ao risco lá fora. Ações de tecnologia lideraram as perdas nas Bolsas de Nova York, mas o setor financeiro, penalizado com a perspectiva de recessão econômica num futuro próximo, também deu sua contribuição negativa. Assim, entre os índices, Nasdaq cedeu 2,00%, Dow Jones recuou 1,03% e S&P 500 caiu 1,44%. Destaque também à queda forte do Brent, que fechou abaixo de US$ 80 pela primeira vez desde janeiro.

“Apesar da boa recuperação econômica e de a inflação (nos EUA) apresentar algum sinal de melhora, o Federal Reserve deve seguir, em menor intensidade, com o aperto monetário, o que deve impactar os dados de atividade econômica no quarto trimestre de 2022 e pode penalizar os ativos de risco”, observa Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, destacando que as bolsas americanas vêm de um rali iniciado ainda em meados de outubro.

Os ativos domésticos demoraram a encontrar um consenso neste dia dedicado à apresentação, debate e votação na CCJ do Senado da Proposta de Emenda à Constituição que abre espaço para a ampliação do Bolsa Família. Se pela manhã a aposta em uma desidratação dos excessos do texto conduziu um alívio, na segunda etapa os mercados reagiram pontualmente ao sinal mais claro de que seria cortado o adicional ao teto de gastos.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

No meio da tarde, o senador Jaques Wagner (PT-BA) explicou qual seria o desenho final que o PT concordava e que acabou prevalecendo: em vez de elevar o teto em R$ 175 bilhões, a proposta era de ampliá-lo em R$ 145 bilhões, bem como haveria uma diminuição do período para que o futuro governo apresentasse o novo arcabouço fiscal. Fora do teto ficaram os R$ 23 bilhões para investimentos, bem como algumas despesas relacionadas ao ensino superior, à pesquisa, a projetos socioambientais e às operações financeiras com organismos multilaterais.

O texto foi aprovado por unanimidade às 17h35, e foi só aí que o mercado embalou. Como os fechamentos de juros e dólar à vista ocorreram antes, às 17h, não conseguiram capturar todo o efeito. As taxas futuras terminaram a sessão regular em alta, mas cederam na estendida. O dólar à vista baixou a R$ 5,2697 (-0,25%) enquanto o futuro acentuou a baixa. E a Bolsa subiu aos 110.188,57 pontos, valorização de 0,72%, com ritmo melhor nos minutos finais.

Todo esse debate da PEC acabou neutralizando o noticiário externo, em dia de forte aversão ao risco lá fora. Ações de tecnologia lideraram as perdas nas Bolsas de Nova York, mas o setor financeiro, penalizado com a perspectiva de recessão econômica num futuro próximo, também deu sua contribuição negativa. Assim, entre os índices, Nasdaq cedeu 2,00%, Dow Jones recuou 1,03% e S&P 500 caiu 1,44%. Destaque também à queda forte do Brent, que fechou abaixo de US$ 80 pela primeira vez desde janeiro.

“Apesar da boa recuperação econômica e de a inflação (nos EUA) apresentar algum sinal de melhora, o Federal Reserve deve seguir, em menor intensidade, com o aperto monetário, o que deve impactar os dados de atividade econômica no quarto trimestre de 2022 e pode penalizar os ativos de risco”, observa Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, destacando que as bolsas americanas vêm de um rali iniciado ainda em meados de outubro.

Os ativos domésticos demoraram a encontrar um consenso neste dia dedicado à apresentação, debate e votação na CCJ do Senado da Proposta de Emenda à Constituição que abre espaço para a ampliação do Bolsa Família. Se pela manhã a aposta em uma desidratação dos excessos do texto conduziu um alívio, na segunda etapa os mercados reagiram pontualmente ao sinal mais claro de que seria cortado o adicional ao teto de gastos.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

No meio da tarde, o senador Jaques Wagner (PT-BA) explicou qual seria o desenho final que o PT concordava e que acabou prevalecendo: em vez de elevar o teto em R$ 175 bilhões, a proposta era de ampliá-lo em R$ 145 bilhões, bem como haveria uma diminuição do período para que o futuro governo apresentasse o novo arcabouço fiscal. Fora do teto ficaram os R$ 23 bilhões para investimentos, bem como algumas despesas relacionadas ao ensino superior, à pesquisa, a projetos socioambientais e às operações financeiras com organismos multilaterais.

O texto foi aprovado por unanimidade às 17h35, e foi só aí que o mercado embalou. Como os fechamentos de juros e dólar à vista ocorreram antes, às 17h, não conseguiram capturar todo o efeito. As taxas futuras terminaram a sessão regular em alta, mas cederam na estendida. O dólar à vista baixou a R$ 5,2697 (-0,25%) enquanto o futuro acentuou a baixa. E a Bolsa subiu aos 110.188,57 pontos, valorização de 0,72%, com ritmo melhor nos minutos finais.

Todo esse debate da PEC acabou neutralizando o noticiário externo, em dia de forte aversão ao risco lá fora. Ações de tecnologia lideraram as perdas nas Bolsas de Nova York, mas o setor financeiro, penalizado com a perspectiva de recessão econômica num futuro próximo, também deu sua contribuição negativa. Assim, entre os índices, Nasdaq cedeu 2,00%, Dow Jones recuou 1,03% e S&P 500 caiu 1,44%. Destaque também à queda forte do Brent, que fechou abaixo de US$ 80 pela primeira vez desde janeiro.

“Apesar da boa recuperação econômica e de a inflação (nos EUA) apresentar algum sinal de melhora, o Federal Reserve deve seguir, em menor intensidade, com o aperto monetário, o que deve impactar os dados de atividade econômica no quarto trimestre de 2022 e pode penalizar os ativos de risco”, observa Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, destacando que as bolsas americanas vêm de um rali iniciado ainda em meados de outubro.

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