Bolsa sobe 0,43%, com 10ª alta no mês; dólar fecha em R$ 5,14


Ibovespa registrou apenas duas perdas diárias até aqui em agosto, fechando aos 113.512,38 pontos nesta terça-feira; dólar teve alta de 0,96%

Por Luis Eduardo Leal e Simone Cavalcanti

De grão em grão, o Ibovespa estendeu nesta terça-feira, 16, pelo terceiro dia nova série de ganhos em agosto, vindo na semana passada de sete avanços consecutivos, com apenas duas perdas diárias até aqui no mês. Como na segunda-feira, a referência da B3 mostrou indecisão em boa parte do dia, oscilando em torno da estabilidade, mas se firmou em alta no meio da tarde, com ganho moderado como na sessão anterior. Fechou em alta de 0,43%, aos 113.512,38 pontos, entre mínima de 112.689,84 e máxima de 113.626,04, saindo de abertura aos 113.033,79. O giro financeiro ficou em R$ 30,2 bilhões, um pouco abaixo de segunda, embora mantendo o padrão de retomada visto recentemente.

“O mercado doméstico, como também o internacional, tem mostrado resiliência depois de dados de atividade econômica mais fracos divulgados esta semana nos Estados Unidos e na China. Aqui, o momento dos juros contribui, com o sinal sobre o fim do ciclo de alta da taxa de referência, o que é favorecido por inflação mais baixa - e também no exterior, com menos pressão nas commodities. Há um arrefecimento no curto prazo quanto aos preços”, um cenário macro global mais favorável que contribui para o apetite por risco também em ativos brasileiros, aponta Rodrigo Ashikawa, economista-chefe da Claritas, ressalvando que o início formal da campanha eleitoral, nesta terça, tende a trazer com o tempo volatilidade para os negócios.

Ibovespa registrou apenas duas perdas diárias até aqui em agosto, fechando aos 113.512,38 pontos nesta terça-feira; dólar teve alta de 0,96% Foto: JF Diorio/Estadão
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“O que tem mandado é o fluxo do gringo, que tem mostrado interesse pelo preço”, observa Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, destacando nesta terça-feira o desempenho de setores como os de exportação, alimentos e bebidas, e o financeiro, bem como para ações ordinárias da Vale, com alta de 2,42%. Mesmo com forte recuo do petróleo na sessão, em queda superior a 3%, as ações ordinárias da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,15% e as preferenciais, de 0,91%. Os grandes bancos também foram moderadamente bem na sessão, com ações ordinárias do Bradesco em alta de 1,75%, e de preferenciais em 1,44% à frente. Ações de commodities e de bancos costumam ser vistas como porta de entrada do fluxo externo.

“Nesta terça, o mercado caminhou para uma leve alta acompanhando o exterior, que também trabalhou no campo positivo. Mas em alguns setores já se percebe uma certa realização (de lucros) após fortes altas em sessões anteriores, como o de siderurgia, com ações preferenciais da Gerdau (-2,36%) à frente, o que tem a ver também com expectativa de desaceleração da China, e nos Estados Unidos - em razão de grande parte do resultado da Gerdau, neste último trimestre, ter vindo da subsidiária nos Estados Unidos. Como o papel estava bem esticado, veio uma certa realização”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Dólar

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O dólar se manteve em alta desde a abertura da sessão de negócios, encerrando o dia com valorização de 0,96%, a R$ 5,1405 no segmento à vista. O dia de agenda esvaziada e a falta de pressões externas contribuíram para menor volatilidade do que vistas em dias anteriores e a divisa oscilou entre a mínima a R$ 5,1124 e a máxima a R$ 5,1545. Para analistas, o pregão de desta terça foi de ajustes a um real que vem se apreciando, principalmente, desde que o Banco Central indicou o fim do aperto de política monetária no Brasil. Em 30 dias, o dólar acumula recuo de 5,84% frente à moeda doméstica.

“O real vem se valorizando mais do que os seus pares e essa temática teve início pós-decisão do BC brasileiro, que sinalizou que o ciclo [de aperto monetário] vai terminar”, disse Laszlo Lueska, sócio-gestor da Octante, ressaltando que os investidores estrangeiros estão mais otimistas com o país uma vez que é um dos primeiros a sinalizar o fim do arrocho. “A calmaria no mercado externo nesta terça, sem variação significativa de Treasuries, permite ajustes.”

O declínio da cotação das commodities também ajudou o dólar a se valorizar, principalmente em relação a moedas de exportadores. Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa em razão do avanço nas negociações do acordo nuclear entre Irã e União Europeia. Operadores também aguardavam dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos. O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 3,22%, a US$ 86,53 o barril, e o Brent para outubro recuou 2,90%, a US$ 92,34 o barril. Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, perdeu fôlego após dois dias de altas, e há instantes operava em baixa de 0,08%, a 106.460 pontos.

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Para o nível da cotação, acima de R$ 5,00, fatores internos têm impacto. “O real ainda está depreciado e o motivo disso é toda a incerteza relacionada às eleições. Está embutido nesse nível atual muito do ruído político e das incertezas com relação a médio e longo prazo”, afirmou Lueska.

De grão em grão, o Ibovespa estendeu nesta terça-feira, 16, pelo terceiro dia nova série de ganhos em agosto, vindo na semana passada de sete avanços consecutivos, com apenas duas perdas diárias até aqui no mês. Como na segunda-feira, a referência da B3 mostrou indecisão em boa parte do dia, oscilando em torno da estabilidade, mas se firmou em alta no meio da tarde, com ganho moderado como na sessão anterior. Fechou em alta de 0,43%, aos 113.512,38 pontos, entre mínima de 112.689,84 e máxima de 113.626,04, saindo de abertura aos 113.033,79. O giro financeiro ficou em R$ 30,2 bilhões, um pouco abaixo de segunda, embora mantendo o padrão de retomada visto recentemente.

“O mercado doméstico, como também o internacional, tem mostrado resiliência depois de dados de atividade econômica mais fracos divulgados esta semana nos Estados Unidos e na China. Aqui, o momento dos juros contribui, com o sinal sobre o fim do ciclo de alta da taxa de referência, o que é favorecido por inflação mais baixa - e também no exterior, com menos pressão nas commodities. Há um arrefecimento no curto prazo quanto aos preços”, um cenário macro global mais favorável que contribui para o apetite por risco também em ativos brasileiros, aponta Rodrigo Ashikawa, economista-chefe da Claritas, ressalvando que o início formal da campanha eleitoral, nesta terça, tende a trazer com o tempo volatilidade para os negócios.

Ibovespa registrou apenas duas perdas diárias até aqui em agosto, fechando aos 113.512,38 pontos nesta terça-feira; dólar teve alta de 0,96% Foto: JF Diorio/Estadão

“O que tem mandado é o fluxo do gringo, que tem mostrado interesse pelo preço”, observa Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, destacando nesta terça-feira o desempenho de setores como os de exportação, alimentos e bebidas, e o financeiro, bem como para ações ordinárias da Vale, com alta de 2,42%. Mesmo com forte recuo do petróleo na sessão, em queda superior a 3%, as ações ordinárias da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,15% e as preferenciais, de 0,91%. Os grandes bancos também foram moderadamente bem na sessão, com ações ordinárias do Bradesco em alta de 1,75%, e de preferenciais em 1,44% à frente. Ações de commodities e de bancos costumam ser vistas como porta de entrada do fluxo externo.

“Nesta terça, o mercado caminhou para uma leve alta acompanhando o exterior, que também trabalhou no campo positivo. Mas em alguns setores já se percebe uma certa realização (de lucros) após fortes altas em sessões anteriores, como o de siderurgia, com ações preferenciais da Gerdau (-2,36%) à frente, o que tem a ver também com expectativa de desaceleração da China, e nos Estados Unidos - em razão de grande parte do resultado da Gerdau, neste último trimestre, ter vindo da subsidiária nos Estados Unidos. Como o papel estava bem esticado, veio uma certa realização”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Dólar

O dólar se manteve em alta desde a abertura da sessão de negócios, encerrando o dia com valorização de 0,96%, a R$ 5,1405 no segmento à vista. O dia de agenda esvaziada e a falta de pressões externas contribuíram para menor volatilidade do que vistas em dias anteriores e a divisa oscilou entre a mínima a R$ 5,1124 e a máxima a R$ 5,1545. Para analistas, o pregão de desta terça foi de ajustes a um real que vem se apreciando, principalmente, desde que o Banco Central indicou o fim do aperto de política monetária no Brasil. Em 30 dias, o dólar acumula recuo de 5,84% frente à moeda doméstica.

“O real vem se valorizando mais do que os seus pares e essa temática teve início pós-decisão do BC brasileiro, que sinalizou que o ciclo [de aperto monetário] vai terminar”, disse Laszlo Lueska, sócio-gestor da Octante, ressaltando que os investidores estrangeiros estão mais otimistas com o país uma vez que é um dos primeiros a sinalizar o fim do arrocho. “A calmaria no mercado externo nesta terça, sem variação significativa de Treasuries, permite ajustes.”

O declínio da cotação das commodities também ajudou o dólar a se valorizar, principalmente em relação a moedas de exportadores. Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa em razão do avanço nas negociações do acordo nuclear entre Irã e União Europeia. Operadores também aguardavam dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos. O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 3,22%, a US$ 86,53 o barril, e o Brent para outubro recuou 2,90%, a US$ 92,34 o barril. Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, perdeu fôlego após dois dias de altas, e há instantes operava em baixa de 0,08%, a 106.460 pontos.

Para o nível da cotação, acima de R$ 5,00, fatores internos têm impacto. “O real ainda está depreciado e o motivo disso é toda a incerteza relacionada às eleições. Está embutido nesse nível atual muito do ruído político e das incertezas com relação a médio e longo prazo”, afirmou Lueska.

De grão em grão, o Ibovespa estendeu nesta terça-feira, 16, pelo terceiro dia nova série de ganhos em agosto, vindo na semana passada de sete avanços consecutivos, com apenas duas perdas diárias até aqui no mês. Como na segunda-feira, a referência da B3 mostrou indecisão em boa parte do dia, oscilando em torno da estabilidade, mas se firmou em alta no meio da tarde, com ganho moderado como na sessão anterior. Fechou em alta de 0,43%, aos 113.512,38 pontos, entre mínima de 112.689,84 e máxima de 113.626,04, saindo de abertura aos 113.033,79. O giro financeiro ficou em R$ 30,2 bilhões, um pouco abaixo de segunda, embora mantendo o padrão de retomada visto recentemente.

“O mercado doméstico, como também o internacional, tem mostrado resiliência depois de dados de atividade econômica mais fracos divulgados esta semana nos Estados Unidos e na China. Aqui, o momento dos juros contribui, com o sinal sobre o fim do ciclo de alta da taxa de referência, o que é favorecido por inflação mais baixa - e também no exterior, com menos pressão nas commodities. Há um arrefecimento no curto prazo quanto aos preços”, um cenário macro global mais favorável que contribui para o apetite por risco também em ativos brasileiros, aponta Rodrigo Ashikawa, economista-chefe da Claritas, ressalvando que o início formal da campanha eleitoral, nesta terça, tende a trazer com o tempo volatilidade para os negócios.

Ibovespa registrou apenas duas perdas diárias até aqui em agosto, fechando aos 113.512,38 pontos nesta terça-feira; dólar teve alta de 0,96% Foto: JF Diorio/Estadão

“O que tem mandado é o fluxo do gringo, que tem mostrado interesse pelo preço”, observa Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, destacando nesta terça-feira o desempenho de setores como os de exportação, alimentos e bebidas, e o financeiro, bem como para ações ordinárias da Vale, com alta de 2,42%. Mesmo com forte recuo do petróleo na sessão, em queda superior a 3%, as ações ordinárias da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,15% e as preferenciais, de 0,91%. Os grandes bancos também foram moderadamente bem na sessão, com ações ordinárias do Bradesco em alta de 1,75%, e de preferenciais em 1,44% à frente. Ações de commodities e de bancos costumam ser vistas como porta de entrada do fluxo externo.

“Nesta terça, o mercado caminhou para uma leve alta acompanhando o exterior, que também trabalhou no campo positivo. Mas em alguns setores já se percebe uma certa realização (de lucros) após fortes altas em sessões anteriores, como o de siderurgia, com ações preferenciais da Gerdau (-2,36%) à frente, o que tem a ver também com expectativa de desaceleração da China, e nos Estados Unidos - em razão de grande parte do resultado da Gerdau, neste último trimestre, ter vindo da subsidiária nos Estados Unidos. Como o papel estava bem esticado, veio uma certa realização”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Dólar

O dólar se manteve em alta desde a abertura da sessão de negócios, encerrando o dia com valorização de 0,96%, a R$ 5,1405 no segmento à vista. O dia de agenda esvaziada e a falta de pressões externas contribuíram para menor volatilidade do que vistas em dias anteriores e a divisa oscilou entre a mínima a R$ 5,1124 e a máxima a R$ 5,1545. Para analistas, o pregão de desta terça foi de ajustes a um real que vem se apreciando, principalmente, desde que o Banco Central indicou o fim do aperto de política monetária no Brasil. Em 30 dias, o dólar acumula recuo de 5,84% frente à moeda doméstica.

“O real vem se valorizando mais do que os seus pares e essa temática teve início pós-decisão do BC brasileiro, que sinalizou que o ciclo [de aperto monetário] vai terminar”, disse Laszlo Lueska, sócio-gestor da Octante, ressaltando que os investidores estrangeiros estão mais otimistas com o país uma vez que é um dos primeiros a sinalizar o fim do arrocho. “A calmaria no mercado externo nesta terça, sem variação significativa de Treasuries, permite ajustes.”

O declínio da cotação das commodities também ajudou o dólar a se valorizar, principalmente em relação a moedas de exportadores. Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa em razão do avanço nas negociações do acordo nuclear entre Irã e União Europeia. Operadores também aguardavam dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos. O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 3,22%, a US$ 86,53 o barril, e o Brent para outubro recuou 2,90%, a US$ 92,34 o barril. Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, perdeu fôlego após dois dias de altas, e há instantes operava em baixa de 0,08%, a 106.460 pontos.

Para o nível da cotação, acima de R$ 5,00, fatores internos têm impacto. “O real ainda está depreciado e o motivo disso é toda a incerteza relacionada às eleições. Está embutido nesse nível atual muito do ruído político e das incertezas com relação a médio e longo prazo”, afirmou Lueska.

De grão em grão, o Ibovespa estendeu nesta terça-feira, 16, pelo terceiro dia nova série de ganhos em agosto, vindo na semana passada de sete avanços consecutivos, com apenas duas perdas diárias até aqui no mês. Como na segunda-feira, a referência da B3 mostrou indecisão em boa parte do dia, oscilando em torno da estabilidade, mas se firmou em alta no meio da tarde, com ganho moderado como na sessão anterior. Fechou em alta de 0,43%, aos 113.512,38 pontos, entre mínima de 112.689,84 e máxima de 113.626,04, saindo de abertura aos 113.033,79. O giro financeiro ficou em R$ 30,2 bilhões, um pouco abaixo de segunda, embora mantendo o padrão de retomada visto recentemente.

“O mercado doméstico, como também o internacional, tem mostrado resiliência depois de dados de atividade econômica mais fracos divulgados esta semana nos Estados Unidos e na China. Aqui, o momento dos juros contribui, com o sinal sobre o fim do ciclo de alta da taxa de referência, o que é favorecido por inflação mais baixa - e também no exterior, com menos pressão nas commodities. Há um arrefecimento no curto prazo quanto aos preços”, um cenário macro global mais favorável que contribui para o apetite por risco também em ativos brasileiros, aponta Rodrigo Ashikawa, economista-chefe da Claritas, ressalvando que o início formal da campanha eleitoral, nesta terça, tende a trazer com o tempo volatilidade para os negócios.

Ibovespa registrou apenas duas perdas diárias até aqui em agosto, fechando aos 113.512,38 pontos nesta terça-feira; dólar teve alta de 0,96% Foto: JF Diorio/Estadão

“O que tem mandado é o fluxo do gringo, que tem mostrado interesse pelo preço”, observa Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, destacando nesta terça-feira o desempenho de setores como os de exportação, alimentos e bebidas, e o financeiro, bem como para ações ordinárias da Vale, com alta de 2,42%. Mesmo com forte recuo do petróleo na sessão, em queda superior a 3%, as ações ordinárias da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,15% e as preferenciais, de 0,91%. Os grandes bancos também foram moderadamente bem na sessão, com ações ordinárias do Bradesco em alta de 1,75%, e de preferenciais em 1,44% à frente. Ações de commodities e de bancos costumam ser vistas como porta de entrada do fluxo externo.

“Nesta terça, o mercado caminhou para uma leve alta acompanhando o exterior, que também trabalhou no campo positivo. Mas em alguns setores já se percebe uma certa realização (de lucros) após fortes altas em sessões anteriores, como o de siderurgia, com ações preferenciais da Gerdau (-2,36%) à frente, o que tem a ver também com expectativa de desaceleração da China, e nos Estados Unidos - em razão de grande parte do resultado da Gerdau, neste último trimestre, ter vindo da subsidiária nos Estados Unidos. Como o papel estava bem esticado, veio uma certa realização”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Dólar

O dólar se manteve em alta desde a abertura da sessão de negócios, encerrando o dia com valorização de 0,96%, a R$ 5,1405 no segmento à vista. O dia de agenda esvaziada e a falta de pressões externas contribuíram para menor volatilidade do que vistas em dias anteriores e a divisa oscilou entre a mínima a R$ 5,1124 e a máxima a R$ 5,1545. Para analistas, o pregão de desta terça foi de ajustes a um real que vem se apreciando, principalmente, desde que o Banco Central indicou o fim do aperto de política monetária no Brasil. Em 30 dias, o dólar acumula recuo de 5,84% frente à moeda doméstica.

“O real vem se valorizando mais do que os seus pares e essa temática teve início pós-decisão do BC brasileiro, que sinalizou que o ciclo [de aperto monetário] vai terminar”, disse Laszlo Lueska, sócio-gestor da Octante, ressaltando que os investidores estrangeiros estão mais otimistas com o país uma vez que é um dos primeiros a sinalizar o fim do arrocho. “A calmaria no mercado externo nesta terça, sem variação significativa de Treasuries, permite ajustes.”

O declínio da cotação das commodities também ajudou o dólar a se valorizar, principalmente em relação a moedas de exportadores. Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa em razão do avanço nas negociações do acordo nuclear entre Irã e União Europeia. Operadores também aguardavam dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos. O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 3,22%, a US$ 86,53 o barril, e o Brent para outubro recuou 2,90%, a US$ 92,34 o barril. Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, perdeu fôlego após dois dias de altas, e há instantes operava em baixa de 0,08%, a 106.460 pontos.

Para o nível da cotação, acima de R$ 5,00, fatores internos têm impacto. “O real ainda está depreciado e o motivo disso é toda a incerteza relacionada às eleições. Está embutido nesse nível atual muito do ruído político e das incertezas com relação a médio e longo prazo”, afirmou Lueska.

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