Bolsa sobe pelo terceiro dia consecutivo, mas com menos fôlego, com mercado de olho na PEC


Ibovespa fecha em alta de 0,53%, enquanto dólar cai a a R$ 5,20

Por Luis Eduardo Leal e Antonio Temóteo

O Ibovespa emendou terceiro ganho diário, mas sem repetir o ritmo visto nas duas sessões anteriores, em que havia subido 2,03% e 1,83%, respectivamente, ontem e anteontem. Nesta quarta-feira, 21, a referência da B3 fechou em alta de 0,53%, aos 107.433,14.

Após ter sustentado boa recuperação desde a última segunda mesmo quando o sinal de Nova York não ajudava, o Ibovespa tirou o pé na sessão desta quarta-feira, em que a Câmara dos Deputados ainda avaliava, em primeiro turno, os destaques à PEC da Transição, entre os quais o do partido Novo, que tentava manter, na Constituição, a âncora fiscal, e foi rejeitado nesta tarde. Concluída a votação em primeiro turno, a expectativa passou ao segundo turno na Câmara, concluído no fim da tarde, e à votação final de alterações - como o prazo de vigência reduzido, de dois para um ano -, que precisam passar de novo pelo Senado.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão
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“A semana tem sido positiva, mas, além da situação fiscal (no plano doméstico), há questões ainda com relação à China sobre a covid. Houve afrouxamento das restrições contra o vírus, mas ainda há incerteza com relação a empresas que têm exposição à demanda chinesa, em meio ao avanço da doença por lá. O ambiente ainda é de volatilidade nos mercados globais” diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3.

A valorização do petróleo e do minério de ferro favoreceu dia para Petrobras (ordinárias +2,64%, na máxima da sessão no fechamento; preferenciais +2,17%) e Vale (ordinárias +0,57%) que, junto com os bancos (Bradesco preferenciais +0,82%, Itaú preferenciais +0,41%), contribuíram para o Ibovespa operar no positivo, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. “Na contramão, ficaram as ações de Magazine Luiza (-7,45%), que recuaram mais forte, junto das ações de frigoríficos (Minerva -2,31%, JBS -2,08%)”, acrescenta.

“No exterior, há uma melhora de expectativa quanto à inflação global. Aqui, o Ibovespa engatou a terceira alta, de olho na PEC da Transição com prazo menor. A atenção segue concentrada na formação da equipe econômica, especialmente com relação aos futuros secretários na Fazenda”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, destacando a alta dos grandes bancos na sessão, pelo peso que têm no Ibovespa e por ser um dos segmentos considerados preferenciais pelos investidores em dias de entrada de fluxo estrangeiro na Bolsa. Por outro lado, “mais um dia de liquidez baixa, como costuma ser em fim de ano”, acrescenta Madruga.

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Câmbio

Após a queda de 1,93% na terça, em meio à redução dos prêmios de risco diante da costura política para redução do prazo da PEC da Transição de um para dois anos, o dólar apresentou oscilações mais modestas ao longo da sessão desta quarta-feira, 21. A divisa até ensaiou uma queda mais firme nas primeiras horas de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,1601, com relatos de entrada de fluxo financeiro e comercial. Mas a febre vendedora amainou e, após passar a tarde rodando entre R$ 5,19 e R$ 5,20, a moeda encerrou o dia em ligeira baixa (-0,07%), cotada a R$ 5,2030 - menor valor de fechamento desde 1° de dezembro (R$ 5,1971).

Segundo operadores, depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais na terça, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro, que ontem movimentou mais de US$ 17 bilhões, girou hoje cerca de US$ 12 bilhões.

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Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou em leve alta, na casa dos 104,100 pontos. A moeda americana teve comportamento misto em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Depois de brilhar na terça, o real teve nesta quarta desempenho modesto perto de seus principais pares, como peso chileno e rand sul-africano, que ganharam mais terreno ante o dólar.

“O que mexeu efetivamente com o câmbio hoje foi a questão interna. O dólar ficou rodando à tarde perto de R$ 5,20, esperando que a Câmara confirme a redução do prazo de validade da PEC para um ano”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ressaltando que uma PEC mais enxuta que o texto original abriu espaço para redução dos prêmios de risco.

O Ibovespa emendou terceiro ganho diário, mas sem repetir o ritmo visto nas duas sessões anteriores, em que havia subido 2,03% e 1,83%, respectivamente, ontem e anteontem. Nesta quarta-feira, 21, a referência da B3 fechou em alta de 0,53%, aos 107.433,14.

Após ter sustentado boa recuperação desde a última segunda mesmo quando o sinal de Nova York não ajudava, o Ibovespa tirou o pé na sessão desta quarta-feira, em que a Câmara dos Deputados ainda avaliava, em primeiro turno, os destaques à PEC da Transição, entre os quais o do partido Novo, que tentava manter, na Constituição, a âncora fiscal, e foi rejeitado nesta tarde. Concluída a votação em primeiro turno, a expectativa passou ao segundo turno na Câmara, concluído no fim da tarde, e à votação final de alterações - como o prazo de vigência reduzido, de dois para um ano -, que precisam passar de novo pelo Senado.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

“A semana tem sido positiva, mas, além da situação fiscal (no plano doméstico), há questões ainda com relação à China sobre a covid. Houve afrouxamento das restrições contra o vírus, mas ainda há incerteza com relação a empresas que têm exposição à demanda chinesa, em meio ao avanço da doença por lá. O ambiente ainda é de volatilidade nos mercados globais” diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3.

A valorização do petróleo e do minério de ferro favoreceu dia para Petrobras (ordinárias +2,64%, na máxima da sessão no fechamento; preferenciais +2,17%) e Vale (ordinárias +0,57%) que, junto com os bancos (Bradesco preferenciais +0,82%, Itaú preferenciais +0,41%), contribuíram para o Ibovespa operar no positivo, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. “Na contramão, ficaram as ações de Magazine Luiza (-7,45%), que recuaram mais forte, junto das ações de frigoríficos (Minerva -2,31%, JBS -2,08%)”, acrescenta.

“No exterior, há uma melhora de expectativa quanto à inflação global. Aqui, o Ibovespa engatou a terceira alta, de olho na PEC da Transição com prazo menor. A atenção segue concentrada na formação da equipe econômica, especialmente com relação aos futuros secretários na Fazenda”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, destacando a alta dos grandes bancos na sessão, pelo peso que têm no Ibovespa e por ser um dos segmentos considerados preferenciais pelos investidores em dias de entrada de fluxo estrangeiro na Bolsa. Por outro lado, “mais um dia de liquidez baixa, como costuma ser em fim de ano”, acrescenta Madruga.

Câmbio

Após a queda de 1,93% na terça, em meio à redução dos prêmios de risco diante da costura política para redução do prazo da PEC da Transição de um para dois anos, o dólar apresentou oscilações mais modestas ao longo da sessão desta quarta-feira, 21. A divisa até ensaiou uma queda mais firme nas primeiras horas de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,1601, com relatos de entrada de fluxo financeiro e comercial. Mas a febre vendedora amainou e, após passar a tarde rodando entre R$ 5,19 e R$ 5,20, a moeda encerrou o dia em ligeira baixa (-0,07%), cotada a R$ 5,2030 - menor valor de fechamento desde 1° de dezembro (R$ 5,1971).

Segundo operadores, depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais na terça, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro, que ontem movimentou mais de US$ 17 bilhões, girou hoje cerca de US$ 12 bilhões.

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou em leve alta, na casa dos 104,100 pontos. A moeda americana teve comportamento misto em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Depois de brilhar na terça, o real teve nesta quarta desempenho modesto perto de seus principais pares, como peso chileno e rand sul-africano, que ganharam mais terreno ante o dólar.

“O que mexeu efetivamente com o câmbio hoje foi a questão interna. O dólar ficou rodando à tarde perto de R$ 5,20, esperando que a Câmara confirme a redução do prazo de validade da PEC para um ano”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ressaltando que uma PEC mais enxuta que o texto original abriu espaço para redução dos prêmios de risco.

O Ibovespa emendou terceiro ganho diário, mas sem repetir o ritmo visto nas duas sessões anteriores, em que havia subido 2,03% e 1,83%, respectivamente, ontem e anteontem. Nesta quarta-feira, 21, a referência da B3 fechou em alta de 0,53%, aos 107.433,14.

Após ter sustentado boa recuperação desde a última segunda mesmo quando o sinal de Nova York não ajudava, o Ibovespa tirou o pé na sessão desta quarta-feira, em que a Câmara dos Deputados ainda avaliava, em primeiro turno, os destaques à PEC da Transição, entre os quais o do partido Novo, que tentava manter, na Constituição, a âncora fiscal, e foi rejeitado nesta tarde. Concluída a votação em primeiro turno, a expectativa passou ao segundo turno na Câmara, concluído no fim da tarde, e à votação final de alterações - como o prazo de vigência reduzido, de dois para um ano -, que precisam passar de novo pelo Senado.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

“A semana tem sido positiva, mas, além da situação fiscal (no plano doméstico), há questões ainda com relação à China sobre a covid. Houve afrouxamento das restrições contra o vírus, mas ainda há incerteza com relação a empresas que têm exposição à demanda chinesa, em meio ao avanço da doença por lá. O ambiente ainda é de volatilidade nos mercados globais” diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3.

A valorização do petróleo e do minério de ferro favoreceu dia para Petrobras (ordinárias +2,64%, na máxima da sessão no fechamento; preferenciais +2,17%) e Vale (ordinárias +0,57%) que, junto com os bancos (Bradesco preferenciais +0,82%, Itaú preferenciais +0,41%), contribuíram para o Ibovespa operar no positivo, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. “Na contramão, ficaram as ações de Magazine Luiza (-7,45%), que recuaram mais forte, junto das ações de frigoríficos (Minerva -2,31%, JBS -2,08%)”, acrescenta.

“No exterior, há uma melhora de expectativa quanto à inflação global. Aqui, o Ibovespa engatou a terceira alta, de olho na PEC da Transição com prazo menor. A atenção segue concentrada na formação da equipe econômica, especialmente com relação aos futuros secretários na Fazenda”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, destacando a alta dos grandes bancos na sessão, pelo peso que têm no Ibovespa e por ser um dos segmentos considerados preferenciais pelos investidores em dias de entrada de fluxo estrangeiro na Bolsa. Por outro lado, “mais um dia de liquidez baixa, como costuma ser em fim de ano”, acrescenta Madruga.

Câmbio

Após a queda de 1,93% na terça, em meio à redução dos prêmios de risco diante da costura política para redução do prazo da PEC da Transição de um para dois anos, o dólar apresentou oscilações mais modestas ao longo da sessão desta quarta-feira, 21. A divisa até ensaiou uma queda mais firme nas primeiras horas de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,1601, com relatos de entrada de fluxo financeiro e comercial. Mas a febre vendedora amainou e, após passar a tarde rodando entre R$ 5,19 e R$ 5,20, a moeda encerrou o dia em ligeira baixa (-0,07%), cotada a R$ 5,2030 - menor valor de fechamento desde 1° de dezembro (R$ 5,1971).

Segundo operadores, depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais na terça, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro, que ontem movimentou mais de US$ 17 bilhões, girou hoje cerca de US$ 12 bilhões.

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou em leve alta, na casa dos 104,100 pontos. A moeda americana teve comportamento misto em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Depois de brilhar na terça, o real teve nesta quarta desempenho modesto perto de seus principais pares, como peso chileno e rand sul-africano, que ganharam mais terreno ante o dólar.

“O que mexeu efetivamente com o câmbio hoje foi a questão interna. O dólar ficou rodando à tarde perto de R$ 5,20, esperando que a Câmara confirme a redução do prazo de validade da PEC para um ano”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ressaltando que uma PEC mais enxuta que o texto original abriu espaço para redução dos prêmios de risco.

O Ibovespa emendou terceiro ganho diário, mas sem repetir o ritmo visto nas duas sessões anteriores, em que havia subido 2,03% e 1,83%, respectivamente, ontem e anteontem. Nesta quarta-feira, 21, a referência da B3 fechou em alta de 0,53%, aos 107.433,14.

Após ter sustentado boa recuperação desde a última segunda mesmo quando o sinal de Nova York não ajudava, o Ibovespa tirou o pé na sessão desta quarta-feira, em que a Câmara dos Deputados ainda avaliava, em primeiro turno, os destaques à PEC da Transição, entre os quais o do partido Novo, que tentava manter, na Constituição, a âncora fiscal, e foi rejeitado nesta tarde. Concluída a votação em primeiro turno, a expectativa passou ao segundo turno na Câmara, concluído no fim da tarde, e à votação final de alterações - como o prazo de vigência reduzido, de dois para um ano -, que precisam passar de novo pelo Senado.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

“A semana tem sido positiva, mas, além da situação fiscal (no plano doméstico), há questões ainda com relação à China sobre a covid. Houve afrouxamento das restrições contra o vírus, mas ainda há incerteza com relação a empresas que têm exposição à demanda chinesa, em meio ao avanço da doença por lá. O ambiente ainda é de volatilidade nos mercados globais” diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3.

A valorização do petróleo e do minério de ferro favoreceu dia para Petrobras (ordinárias +2,64%, na máxima da sessão no fechamento; preferenciais +2,17%) e Vale (ordinárias +0,57%) que, junto com os bancos (Bradesco preferenciais +0,82%, Itaú preferenciais +0,41%), contribuíram para o Ibovespa operar no positivo, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. “Na contramão, ficaram as ações de Magazine Luiza (-7,45%), que recuaram mais forte, junto das ações de frigoríficos (Minerva -2,31%, JBS -2,08%)”, acrescenta.

“No exterior, há uma melhora de expectativa quanto à inflação global. Aqui, o Ibovespa engatou a terceira alta, de olho na PEC da Transição com prazo menor. A atenção segue concentrada na formação da equipe econômica, especialmente com relação aos futuros secretários na Fazenda”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, destacando a alta dos grandes bancos na sessão, pelo peso que têm no Ibovespa e por ser um dos segmentos considerados preferenciais pelos investidores em dias de entrada de fluxo estrangeiro na Bolsa. Por outro lado, “mais um dia de liquidez baixa, como costuma ser em fim de ano”, acrescenta Madruga.

Câmbio

Após a queda de 1,93% na terça, em meio à redução dos prêmios de risco diante da costura política para redução do prazo da PEC da Transição de um para dois anos, o dólar apresentou oscilações mais modestas ao longo da sessão desta quarta-feira, 21. A divisa até ensaiou uma queda mais firme nas primeiras horas de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,1601, com relatos de entrada de fluxo financeiro e comercial. Mas a febre vendedora amainou e, após passar a tarde rodando entre R$ 5,19 e R$ 5,20, a moeda encerrou o dia em ligeira baixa (-0,07%), cotada a R$ 5,2030 - menor valor de fechamento desde 1° de dezembro (R$ 5,1971).

Segundo operadores, depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais na terça, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro, que ontem movimentou mais de US$ 17 bilhões, girou hoje cerca de US$ 12 bilhões.

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou em leve alta, na casa dos 104,100 pontos. A moeda americana teve comportamento misto em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Depois de brilhar na terça, o real teve nesta quarta desempenho modesto perto de seus principais pares, como peso chileno e rand sul-africano, que ganharam mais terreno ante o dólar.

“O que mexeu efetivamente com o câmbio hoje foi a questão interna. O dólar ficou rodando à tarde perto de R$ 5,20, esperando que a Câmara confirme a redução do prazo de validade da PEC para um ano”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ressaltando que uma PEC mais enxuta que o texto original abriu espaço para redução dos prêmios de risco.

O Ibovespa emendou terceiro ganho diário, mas sem repetir o ritmo visto nas duas sessões anteriores, em que havia subido 2,03% e 1,83%, respectivamente, ontem e anteontem. Nesta quarta-feira, 21, a referência da B3 fechou em alta de 0,53%, aos 107.433,14.

Após ter sustentado boa recuperação desde a última segunda mesmo quando o sinal de Nova York não ajudava, o Ibovespa tirou o pé na sessão desta quarta-feira, em que a Câmara dos Deputados ainda avaliava, em primeiro turno, os destaques à PEC da Transição, entre os quais o do partido Novo, que tentava manter, na Constituição, a âncora fiscal, e foi rejeitado nesta tarde. Concluída a votação em primeiro turno, a expectativa passou ao segundo turno na Câmara, concluído no fim da tarde, e à votação final de alterações - como o prazo de vigência reduzido, de dois para um ano -, que precisam passar de novo pelo Senado.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

“A semana tem sido positiva, mas, além da situação fiscal (no plano doméstico), há questões ainda com relação à China sobre a covid. Houve afrouxamento das restrições contra o vírus, mas ainda há incerteza com relação a empresas que têm exposição à demanda chinesa, em meio ao avanço da doença por lá. O ambiente ainda é de volatilidade nos mercados globais” diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3.

A valorização do petróleo e do minério de ferro favoreceu dia para Petrobras (ordinárias +2,64%, na máxima da sessão no fechamento; preferenciais +2,17%) e Vale (ordinárias +0,57%) que, junto com os bancos (Bradesco preferenciais +0,82%, Itaú preferenciais +0,41%), contribuíram para o Ibovespa operar no positivo, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. “Na contramão, ficaram as ações de Magazine Luiza (-7,45%), que recuaram mais forte, junto das ações de frigoríficos (Minerva -2,31%, JBS -2,08%)”, acrescenta.

“No exterior, há uma melhora de expectativa quanto à inflação global. Aqui, o Ibovespa engatou a terceira alta, de olho na PEC da Transição com prazo menor. A atenção segue concentrada na formação da equipe econômica, especialmente com relação aos futuros secretários na Fazenda”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, destacando a alta dos grandes bancos na sessão, pelo peso que têm no Ibovespa e por ser um dos segmentos considerados preferenciais pelos investidores em dias de entrada de fluxo estrangeiro na Bolsa. Por outro lado, “mais um dia de liquidez baixa, como costuma ser em fim de ano”, acrescenta Madruga.

Câmbio

Após a queda de 1,93% na terça, em meio à redução dos prêmios de risco diante da costura política para redução do prazo da PEC da Transição de um para dois anos, o dólar apresentou oscilações mais modestas ao longo da sessão desta quarta-feira, 21. A divisa até ensaiou uma queda mais firme nas primeiras horas de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,1601, com relatos de entrada de fluxo financeiro e comercial. Mas a febre vendedora amainou e, após passar a tarde rodando entre R$ 5,19 e R$ 5,20, a moeda encerrou o dia em ligeira baixa (-0,07%), cotada a R$ 5,2030 - menor valor de fechamento desde 1° de dezembro (R$ 5,1971).

Segundo operadores, depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais na terça, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro, que ontem movimentou mais de US$ 17 bilhões, girou hoje cerca de US$ 12 bilhões.

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou em leve alta, na casa dos 104,100 pontos. A moeda americana teve comportamento misto em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Depois de brilhar na terça, o real teve nesta quarta desempenho modesto perto de seus principais pares, como peso chileno e rand sul-africano, que ganharam mais terreno ante o dólar.

“O que mexeu efetivamente com o câmbio hoje foi a questão interna. O dólar ficou rodando à tarde perto de R$ 5,20, esperando que a Câmara confirme a redução do prazo de validade da PEC para um ano”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ressaltando que uma PEC mais enxuta que o texto original abriu espaço para redução dos prêmios de risco.

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