O investidor aproveitou a ausência dos mercados externos, ainda devido ao feriado de Natal, e promoveu uma realização de lucros com base em alguns poucos catalisadores brasileiros. Além da cautela em relação aos nomes que ainda restam para compor o ministério do próximo governo, a piora da percepção fiscal parece já ter efeito sobre as expectativas dos agentes, conforme mostrou a piora das projeções de inflação para 2023, 2024 e 2025 contidas no Boletim Focus. E como isso suscita a possibilidade de juros maiores - a taxa Selic final de 2023 foi elevada de 11,75% para 12%, no documento do BC -, houve alta de 0,83% do dólar, com consequente perdas de 0,87% na Bolsa.
Nesse último caso, em um dia de perdas generalizadas, as ações ligadas à atividade doméstica e ao crédito sentiram a correção, o que fez o Ibovespa ceder 0,87%, aos 108.737,75 pontos, após cinco pregões consecutivos de ganhos.
Esses fatores, em um dia de alta do dólar ante algumas divisas, nas poucas praças que estiveram abertas, fez a moeda dos EUA inverter o movimento de quatro quedas consecutivas em relação ao real e subiu 0,83%, cotado a R$ 5,2093. No exterior, os agentes monitoraram o anúncio de relaxamento de medidas para lidar com a pandemia da covid-19 na China, bem como declarações de dirigente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e do dirigente do Banco Central Europeu (BCE).