Crescem as opiniões de que a economia norte-americana já entra em processo de recessão. Nesta quarta-feira, 9, em relatório para clientes, o Goldman Sachs avaliou que a economia dos Estados Unidos está provavelmente caindo em recessão e, segundo a consultoria, o Banco do Central do país (Fed) vai lidar com a situação reduzindo os juros americanos para 2,5% até o terceiro trimestre - atualmente a taxa está em 4,25% ao ano. Veja também: A taxa de juros dos EUA Na reunião de janeiro, o Goldman aposta em um corte de 50 pontos porcentuais, o que levaria o juro para 3,75% ao ano. O banco havia previsto em novembro que o Fed iria reduzir os juros para 3% em meados de 2008. No início da semana, o economista para América do Norte do banco Merrill Lynch, David Rosenberg, havia dito que os dados sobre o mercado de trabalho americano divulgados no final da semana passada confirmaram que a economia já estava em transição para uma recessão. "Não se trata mais de uma previsão (de recessão), mas de uma realidade nos dias atuais", afirmou. Posição 'oficial' Já o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, descartou ontem um cenário de recessão no país e afirmou que a maior economia do mundo continuará crescendo. Ele reconheceu, no entanto, que o país "enfrenta fortes ventos contrários". Em entrevista à rede de televisão americana CNBC, ele lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA avançou "quase 5%" no terceiro trimestre de 2007, o que indica que a economia continuará crescendo. "Os dados econômicos são mistos e os observaremos de perto." Paulson admitiu que os Estados Unidos "enfrentam fortes ventos contrários" e, por isso, o governo do presidente George W. Bush "analisa várias opções" para combater o efeito negativo que a crise imobiliária e o dólar fraco exercem sobre a economia americana em conjunto.
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