Opinião|Desafios atuais do agro vão muito além da pesquisa e do financiamento


Agronegócio brasileiro se tornou gigante que compete de igual para igual e necessita de resguardo de políticas públicas

Por Cesário Ramalho da Silva
Atualização:

No primeiro semestre as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 82,39 bilhões. Foi o segundo maior valor registrado para a série histórica. Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) destaca que entre 2000 e 2019 o Brasil liderou a produtividade agropecuária mundial entre 187 países. De acordo com estudo do BTG, o rendimento dentro das fazendas registrou aumento de 58% desde 2000.

Os números acima mostram a força do agro e as entregas do setor para o País. Além de ser protagonista global em diversos produtos (soja, milho, algodão, café, carnes, cana, suco de laranja, biocombustíveis, etc.), o agro brasileiro tem como mais recente avanço a consolidação de uma virtuosa integração entre as suas diversas cadeias produtivas de alimentos, fibras e energia renovável.

É o milho que vira etanol. É a sobra deste grão que se transforma em ração para os rebanhos. É o dejeto de granjas de suínos e frangos que resulta em biogás. São resíduos da cana que funcionam como matéria-prima para fabricação de fertilizantes, e assim por diante.

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Se a realidade é de inovação, tecnologia e produção com oferta, qualidade e diversidade dentro das propriedades rurais, fora delas velhos e novos riscos assombram o produtor rural e, consequentemente, o agro como um todo e os resultados do setor para o País. O segmento está iniciando um novo ciclo, e conta com um Plano Safra que, se não atende a demanda – muito longe disso –, foi o possível, privilegiando o pequeno produtor em uma agenda que já vem de muitas administrações.

Desafios atuais do agro incluem melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista 

Só que o agro precisa mais do que crédito, que tem como tendência ser cada vez mais privado, digital e verde. Uma peça-chave que merece toda a atenção é o seguro, que ano após ano ainda patina, sem deslanchar. Sem apoio efetivo e no tempo certo com subsídio para o prêmio, o produtor não consegue contratar as coberturas. E este suporte é praxe entre nossos concorrentes europeus e norte-americanos.

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De ponta, o agronegócio brasileiro se tornou este gigante que compete de igual para igual mundialmente, e necessita de resguardo de políticas públicas – não de privilégios – que lhe deem segurança jurídica e previsibilidade para investimentos. Se no passado isso foi ancorado em pesquisa e financiamento público – ambos ainda imprescindíveis, sobretudo para algumas categorias de produtores, em particular os de pequeno porte –, os desafios atuais vão muito além. Vão desde melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista, para ficar apenas em alguns exemplos.

Produtor rural, Cesário Ramalho da Silva é coordenador do Conselho do Agro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi presidente da Sociedade Rural Brasileira

No primeiro semestre as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 82,39 bilhões. Foi o segundo maior valor registrado para a série histórica. Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) destaca que entre 2000 e 2019 o Brasil liderou a produtividade agropecuária mundial entre 187 países. De acordo com estudo do BTG, o rendimento dentro das fazendas registrou aumento de 58% desde 2000.

Os números acima mostram a força do agro e as entregas do setor para o País. Além de ser protagonista global em diversos produtos (soja, milho, algodão, café, carnes, cana, suco de laranja, biocombustíveis, etc.), o agro brasileiro tem como mais recente avanço a consolidação de uma virtuosa integração entre as suas diversas cadeias produtivas de alimentos, fibras e energia renovável.

É o milho que vira etanol. É a sobra deste grão que se transforma em ração para os rebanhos. É o dejeto de granjas de suínos e frangos que resulta em biogás. São resíduos da cana que funcionam como matéria-prima para fabricação de fertilizantes, e assim por diante.

Se a realidade é de inovação, tecnologia e produção com oferta, qualidade e diversidade dentro das propriedades rurais, fora delas velhos e novos riscos assombram o produtor rural e, consequentemente, o agro como um todo e os resultados do setor para o País. O segmento está iniciando um novo ciclo, e conta com um Plano Safra que, se não atende a demanda – muito longe disso –, foi o possível, privilegiando o pequeno produtor em uma agenda que já vem de muitas administrações.

Desafios atuais do agro incluem melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista 

Só que o agro precisa mais do que crédito, que tem como tendência ser cada vez mais privado, digital e verde. Uma peça-chave que merece toda a atenção é o seguro, que ano após ano ainda patina, sem deslanchar. Sem apoio efetivo e no tempo certo com subsídio para o prêmio, o produtor não consegue contratar as coberturas. E este suporte é praxe entre nossos concorrentes europeus e norte-americanos.

De ponta, o agronegócio brasileiro se tornou este gigante que compete de igual para igual mundialmente, e necessita de resguardo de políticas públicas – não de privilégios – que lhe deem segurança jurídica e previsibilidade para investimentos. Se no passado isso foi ancorado em pesquisa e financiamento público – ambos ainda imprescindíveis, sobretudo para algumas categorias de produtores, em particular os de pequeno porte –, os desafios atuais vão muito além. Vão desde melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista, para ficar apenas em alguns exemplos.

Produtor rural, Cesário Ramalho da Silva é coordenador do Conselho do Agro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi presidente da Sociedade Rural Brasileira

No primeiro semestre as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 82,39 bilhões. Foi o segundo maior valor registrado para a série histórica. Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) destaca que entre 2000 e 2019 o Brasil liderou a produtividade agropecuária mundial entre 187 países. De acordo com estudo do BTG, o rendimento dentro das fazendas registrou aumento de 58% desde 2000.

Os números acima mostram a força do agro e as entregas do setor para o País. Além de ser protagonista global em diversos produtos (soja, milho, algodão, café, carnes, cana, suco de laranja, biocombustíveis, etc.), o agro brasileiro tem como mais recente avanço a consolidação de uma virtuosa integração entre as suas diversas cadeias produtivas de alimentos, fibras e energia renovável.

É o milho que vira etanol. É a sobra deste grão que se transforma em ração para os rebanhos. É o dejeto de granjas de suínos e frangos que resulta em biogás. São resíduos da cana que funcionam como matéria-prima para fabricação de fertilizantes, e assim por diante.

Se a realidade é de inovação, tecnologia e produção com oferta, qualidade e diversidade dentro das propriedades rurais, fora delas velhos e novos riscos assombram o produtor rural e, consequentemente, o agro como um todo e os resultados do setor para o País. O segmento está iniciando um novo ciclo, e conta com um Plano Safra que, se não atende a demanda – muito longe disso –, foi o possível, privilegiando o pequeno produtor em uma agenda que já vem de muitas administrações.

Desafios atuais do agro incluem melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista 

Só que o agro precisa mais do que crédito, que tem como tendência ser cada vez mais privado, digital e verde. Uma peça-chave que merece toda a atenção é o seguro, que ano após ano ainda patina, sem deslanchar. Sem apoio efetivo e no tempo certo com subsídio para o prêmio, o produtor não consegue contratar as coberturas. E este suporte é praxe entre nossos concorrentes europeus e norte-americanos.

De ponta, o agronegócio brasileiro se tornou este gigante que compete de igual para igual mundialmente, e necessita de resguardo de políticas públicas – não de privilégios – que lhe deem segurança jurídica e previsibilidade para investimentos. Se no passado isso foi ancorado em pesquisa e financiamento público – ambos ainda imprescindíveis, sobretudo para algumas categorias de produtores, em particular os de pequeno porte –, os desafios atuais vão muito além. Vão desde melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista, para ficar apenas em alguns exemplos.

Produtor rural, Cesário Ramalho da Silva é coordenador do Conselho do Agro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi presidente da Sociedade Rural Brasileira

No primeiro semestre as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 82,39 bilhões. Foi o segundo maior valor registrado para a série histórica. Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) destaca que entre 2000 e 2019 o Brasil liderou a produtividade agropecuária mundial entre 187 países. De acordo com estudo do BTG, o rendimento dentro das fazendas registrou aumento de 58% desde 2000.

Os números acima mostram a força do agro e as entregas do setor para o País. Além de ser protagonista global em diversos produtos (soja, milho, algodão, café, carnes, cana, suco de laranja, biocombustíveis, etc.), o agro brasileiro tem como mais recente avanço a consolidação de uma virtuosa integração entre as suas diversas cadeias produtivas de alimentos, fibras e energia renovável.

É o milho que vira etanol. É a sobra deste grão que se transforma em ração para os rebanhos. É o dejeto de granjas de suínos e frangos que resulta em biogás. São resíduos da cana que funcionam como matéria-prima para fabricação de fertilizantes, e assim por diante.

Se a realidade é de inovação, tecnologia e produção com oferta, qualidade e diversidade dentro das propriedades rurais, fora delas velhos e novos riscos assombram o produtor rural e, consequentemente, o agro como um todo e os resultados do setor para o País. O segmento está iniciando um novo ciclo, e conta com um Plano Safra que, se não atende a demanda – muito longe disso –, foi o possível, privilegiando o pequeno produtor em uma agenda que já vem de muitas administrações.

Desafios atuais do agro incluem melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista 

Só que o agro precisa mais do que crédito, que tem como tendência ser cada vez mais privado, digital e verde. Uma peça-chave que merece toda a atenção é o seguro, que ano após ano ainda patina, sem deslanchar. Sem apoio efetivo e no tempo certo com subsídio para o prêmio, o produtor não consegue contratar as coberturas. E este suporte é praxe entre nossos concorrentes europeus e norte-americanos.

De ponta, o agronegócio brasileiro se tornou este gigante que compete de igual para igual mundialmente, e necessita de resguardo de políticas públicas – não de privilégios – que lhe deem segurança jurídica e previsibilidade para investimentos. Se no passado isso foi ancorado em pesquisa e financiamento público – ambos ainda imprescindíveis, sobretudo para algumas categorias de produtores, em particular os de pequeno porte –, os desafios atuais vão muito além. Vão desde melhorias na infraestrutura logística, medidas de adaptabilidade às mudanças climáticas, garantia real ao direito de propriedade e diplomacia inteligente para driblar a geopolítica protecionista, para ficar apenas em alguns exemplos.

Produtor rural, Cesário Ramalho da Silva é coordenador do Conselho do Agro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi presidente da Sociedade Rural Brasileira

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