RIO E SÃO PAULO - A taxa de desemprego atingiu a marca de 12,0% no trimestre que se encerra em junho, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, são 12,8 milhões de brasileiros em busca de emprego.
Comparada com o trimestre anterior, de janeiro a março, a taxa de desemprego recuou 0,7 ponto porcentual (12,7%). Já na comparação com o mesmo período de 2018 (12,4%), houve queda de 0,4 ponto porcentual.
O resultado reflete a mediana das expectativas dos analistas do Estadão/Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,9% e 12,2%.
O total de ocupados cresceu 2,6% no período de um ano, o equivalente à criação de 2,401 milhões de postos de trabalho. No total, foram registrados 1,479 milhões de ocupados a mais no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A taxa de desocupação manteve-se estatisticamente estável em comparação a 2018, mas recuou 4,6% frente ao trimestre anterior e a categoria conta hoje com 12,8 milhões de pessoas.
Além disso, faltou trabalho para 28,405 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em junho. A taxa da população dos subutilizados diminuiu de 25,0% no trimestre até março para 24,8% no trimestre até junho. O indicador inclui a taxa de desocupação, de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No mesmo período de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,5%.
Uma multidão à procura de emprego
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,9% no trimestre até junho, ante 7,4% no trimestre até março, um aumento de 587 mil pessoas nessa condição. O indicador inclui aquelas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Em todo o Brasil, há um recorde de 7,355 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. Em um ano, o País ganhou mais 892 mil pessoas nessas condições.
O número de trabalhadores por conta própria (24,1 milhões) bateu novo recorde da série histórica (iniciada em 2012) e subiu nas duas comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1.156 mil pessoas) em comparação ao mesmo período de 2018.
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Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) para decidir a meta de inflação de 2022 é o principal destaque da semana econômica, com analistas prevendo redução para 3,5%. IPCA-15 de junho, taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio, sem expectativa de redução, Relatório de Inflação, PIB americano e reunião do G-20, no Japão, são os outros destaques.
Com relação aos desalentados, no trimestre encerrado em junho, o País tinha 4,877 milhões de pessoas nessa situação, o que corresponde a 34 mil pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em março. Em um ano, 90 mil pessoas entraram para o grupo.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, não tinha experiência, era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
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Semana mais curta, com o feriado do Dia do Trabalho no meio, conhecerá a taxa de desemprego no trimestre encerrado em março, com previsão de alta na desocupação da mão de obra.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.290 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa queda de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 208,435 bilhões no trimestre até junho, alta de 2,4% ante igual período do ano anterior.
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