O desemprego na zona do euro continuou em máximas recordes em agosto e o número de pessoas desempregadas subiu novamente, destacando o custo humano da crise da dívida de três anos do bloco. O desemprego nos 17 países que compartilham o euro ficou em 11,4 por cento da população economicamente ativa em agosto, leitura estável na comparação com julho segundo base estatística, mas outras 34 mil pessoas ficaram desempregadas no mês, informou nesta segunda-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE) Eurostat. Esse resultado deixou 18,2 milhões de pessoas desempregadas na zona do euro, o maior nível desde a implementação do euro em 1999, enquanto 25,5 milhões de pessoas estavam sem trabalho nas 27 nações da UE, segundo a Eurostat. A crise da dívida que começou na Grécia em 2010 e espalhou-se pela zona do euro, engolindo Irlanda, Portugal, Chipre e a economia da Espanha, devastou a confiança do empresário e cortou a capacidade das empresas de criar empregos. O desemprego pode ficar superior a 19 milhões de pessoas até o início de 2014, ou cerca de 12 por cento da força de trabalho da zona do euro, de acordo com um novo estudo da consultoria Ernst & Young, prevendo que essa taxa cresça para 27 por cento na endividada Grécia. Isso comparado aos 24,4 por cento em junho, o último dado disponível do país. "Nesse ambiente difícil, as empresas devem reduzir o emprego ainda mais a fim de preservar a produtividade e o lucro", afirmou o relatório. A produção industrial da zona do euro mostrou seu pior desempenho nos três meses até desemprego desde a crise financeira de 2008 e 2009, com as fábricas sendo afetadas pela queda da demanda apesar de cortar preços, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira. (Reportagem de Robin Emmott)
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