Desemprego em SP cai para 6% no 3º trimestre, menor nível da série histórica do IBGE


A taxa de desocupação recuou de forma estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação e aumentou em apenas cinco, porém dentro da margem de erro da pesquisa

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - A taxa de desemprego em São Paulo desceu de 6,4% no segundo trimestre para 6,0% no terceiro trimestre de 2024, o menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024.

“São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm uma parcela maior não só da população como um todo, mas também da população ocupada no mercado de trabalho muito grande. Se a taxa de desocupação reduz nesses Estados, naturalmente vai influenciar muito mais no total nacional do que, por exemplo, a taxa de desocupação no Acre”, apontou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. “Se São Paulo está evoluindo de alguma forma, isso pode se espalhar para o resto do País.”

As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%) Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Em Minas Gerais, a taxa de desemprego diminuiu de 5,3% no segundo trimestre para 5,0% no terceiro trimestre. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 9,6% para 8,5% no período.

A taxa de desocupação recuou de forma estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre. Houve elevação em apenas cinco Unidades da Federação, mas com variação dentro da margem de erro da pesquisa, ou seja, considerada estatisticamente não significativa. As demais 22 Unidades da Federação ou registraram queda efetiva ou tendência de redução, embora dentro da margem de erro da pesquisa.

Kratochwill lembra que a taxa de desocupação nacional desceu no terceiro trimestre ao segundo menor patamar da série histórica, redução que “pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e à formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano”. No terceiro trimestre, a indústria registrou uma abertura de mais de 400 mil vagas, lembrou o pesquisador.

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“Quando a indústria se fortalece no Sul, isso pode se espalhar para o resto do País”, acrescentou.

No terceiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).

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Desigualdades no desemprego

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no terceiro trimestre de 2024. A taxa de desemprego foi de 5,3% para os homens no terceiro trimestre, ante um resultado de 7,7% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,0%, muito aquém do resultado para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 10,8%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,2%.

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Desemprego de longa duração

No terceiro trimestre de 2024, o País tinha 1,472 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,237 milhões.

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 20,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Na comparação interanual, houve redução de dois dígitos no número de desempregados por todas as faixas de tempo de procura.

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“Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, justificou Kratochwill.

Outras 765 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 19,1% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2023.

No terceiro trimestre de 2024, 3,426 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 12,1% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,338 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 17,6% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2023.

RIO - A taxa de desemprego em São Paulo desceu de 6,4% no segundo trimestre para 6,0% no terceiro trimestre de 2024, o menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024.

“São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm uma parcela maior não só da população como um todo, mas também da população ocupada no mercado de trabalho muito grande. Se a taxa de desocupação reduz nesses Estados, naturalmente vai influenciar muito mais no total nacional do que, por exemplo, a taxa de desocupação no Acre”, apontou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. “Se São Paulo está evoluindo de alguma forma, isso pode se espalhar para o resto do País.”

As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%) Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Em Minas Gerais, a taxa de desemprego diminuiu de 5,3% no segundo trimestre para 5,0% no terceiro trimestre. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 9,6% para 8,5% no período.

A taxa de desocupação recuou de forma estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre. Houve elevação em apenas cinco Unidades da Federação, mas com variação dentro da margem de erro da pesquisa, ou seja, considerada estatisticamente não significativa. As demais 22 Unidades da Federação ou registraram queda efetiva ou tendência de redução, embora dentro da margem de erro da pesquisa.

Kratochwill lembra que a taxa de desocupação nacional desceu no terceiro trimestre ao segundo menor patamar da série histórica, redução que “pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e à formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano”. No terceiro trimestre, a indústria registrou uma abertura de mais de 400 mil vagas, lembrou o pesquisador.

“Quando a indústria se fortalece no Sul, isso pode se espalhar para o resto do País”, acrescentou.

No terceiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).

Desigualdades no desemprego

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no terceiro trimestre de 2024. A taxa de desemprego foi de 5,3% para os homens no terceiro trimestre, ante um resultado de 7,7% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,0%, muito aquém do resultado para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 10,8%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,2%.

Desemprego de longa duração

No terceiro trimestre de 2024, o País tinha 1,472 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,237 milhões.

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 20,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Na comparação interanual, houve redução de dois dígitos no número de desempregados por todas as faixas de tempo de procura.

“Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, justificou Kratochwill.

Outras 765 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 19,1% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2023.

No terceiro trimestre de 2024, 3,426 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 12,1% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,338 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 17,6% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2023.

RIO - A taxa de desemprego em São Paulo desceu de 6,4% no segundo trimestre para 6,0% no terceiro trimestre de 2024, o menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024.

“São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm uma parcela maior não só da população como um todo, mas também da população ocupada no mercado de trabalho muito grande. Se a taxa de desocupação reduz nesses Estados, naturalmente vai influenciar muito mais no total nacional do que, por exemplo, a taxa de desocupação no Acre”, apontou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. “Se São Paulo está evoluindo de alguma forma, isso pode se espalhar para o resto do País.”

As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%) Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Em Minas Gerais, a taxa de desemprego diminuiu de 5,3% no segundo trimestre para 5,0% no terceiro trimestre. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 9,6% para 8,5% no período.

A taxa de desocupação recuou de forma estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre. Houve elevação em apenas cinco Unidades da Federação, mas com variação dentro da margem de erro da pesquisa, ou seja, considerada estatisticamente não significativa. As demais 22 Unidades da Federação ou registraram queda efetiva ou tendência de redução, embora dentro da margem de erro da pesquisa.

Kratochwill lembra que a taxa de desocupação nacional desceu no terceiro trimestre ao segundo menor patamar da série histórica, redução que “pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e à formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano”. No terceiro trimestre, a indústria registrou uma abertura de mais de 400 mil vagas, lembrou o pesquisador.

“Quando a indústria se fortalece no Sul, isso pode se espalhar para o resto do País”, acrescentou.

No terceiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).

Desigualdades no desemprego

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no terceiro trimestre de 2024. A taxa de desemprego foi de 5,3% para os homens no terceiro trimestre, ante um resultado de 7,7% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,0%, muito aquém do resultado para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 10,8%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,2%.

Desemprego de longa duração

No terceiro trimestre de 2024, o País tinha 1,472 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,237 milhões.

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 20,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Na comparação interanual, houve redução de dois dígitos no número de desempregados por todas as faixas de tempo de procura.

“Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, justificou Kratochwill.

Outras 765 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 19,1% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2023.

No terceiro trimestre de 2024, 3,426 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 12,1% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,338 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 17,6% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2023.

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